Yasmin A. 27/02/2022
Utopia feminina
Com uma premissa simples, mas curiosa, adentramos nesta utopia em que se imagina uma sociedade perfeita para as mulheres, habitantes de uma ilha super isolada.
O fio condutor desta trama é através de 3 homens que estavam explorando a região e descobriram tal lugar. Com personalidades distintas entre si (um machista deliberado, um sensível à alma feminina e um racional curioso), vamos descobrindo mais dessas mulheres que nunca tinham se deparado com homens até então.
À primeira vista, eu gostei de como a autora construiu esse universo, criando uma grande diferenciação entre homens e aquelas mulheres, em específico.
Tratando de temas como religião, maternidade, sistema educacional, entre outros, tratados de forma filosófica, nos dá vontade (principalmente se for uma leitora, como no meu caso), em conhecer este local.
No entanto, algumas passagens me chamaram a atenção de forma negativa, como a definição de feminilidade; cabelos curtos, não querer se enfeitar, músculos definidos e etc não seriam características "femininas". Além da necessidade comum à todas em querer ser mães.
Porém, muita coisa podemos relevar pela época de publicação, em 1915, e também pela vida da própria autora que se entrelaça à obra.
Recomendo muito a leitura para refletir sobre nossa sociedade atual, porque tem muita coisa ali que dá pra aproveitar.