Resenhas - Franny & Zooey

Lucas 02/04/2021

Inteiramente só e inteiramente cercado por outros
1955. Franny, agora com vinte anos de idade, chora. Seymour não existe mais. Buddy já não vive na cidade de Nova York. A mãe oferece caldo de galinha. Não é fome. É o momento de jogarmos luz sobre as estantes de livros, como fizera Seymour vinte anos antes.

Ensaio completo no link

site: https://www.revistaamalgama.com.br/04/2021/inteiramente-so-e-inteiramente-cercado-por-outros-os-livros-da-familia-glass/

Frederico 08/04/2021

Esperava bem mais... inteligente, curto, mas parece mais um ensaio, um exercício de literatura.

Paula1908 30/12/2022

Salinger acabou com a minha cabeça em 175 páginas
Em uma junção de filosofia, sociologia, psicologia, religião e família.. Tudo isso consegue ser abordado em um pequeno livro de 175 páginas, com no máximo 5 personagens ativos e em apenas dois ambientes.
Foi minha primeira leitura de Salinger e me encontro completamente admirada. Eu nunca, em minha vida, li um livro que consegue mostrar conflitos em família, irmãos, debates sobre religião e frustrações tão bem.
Cheguei a ter uma crise existencial entre às páginas 142, 143 e 144. Simplesmente GENIAL. O personagem Zooey é MARAVILHOSO.
Chegando ao fim do livro, senti um alívio imenso por ter concluído uma leitura tão prazerosa. Até chorei de tão emocionada. Que livro!!!!!!!!!

Marcelo 08/06/2021

Diálogos para insônia
É difícil descrever o quanto eu odiei esse livro.
Após ter uma experiência fantástica com "O apanhador no campo de centeio", que entrou para minha lista de favoritos, decidi buscar mais do autor. O fato de JD Salinger ter sido um autor recluso, que não gostava de publicar sua obra, aguçou ainda mais a minha curiosidade pelo seu trabalho (isto é, os que são possíveis ter acesso).
A primeira parte (e mais curta) do livro trata de Franny conversando com seu namorado em um restaurante. O restante é Zooey conversando com sua mãe e depois com Franny, sua irmã. O problema do livro não consiste no fato de nada acontecer. O problema é que os diálogos e conflitos dos personagens são maçantes à beça. Eu literalmente peguei no sono por diversas vezes. Chato, chato, chato!
Penso em dar mais uma chance ao autor, e ler "Nove Histórias". Mas o desapontamento que esse livro deixou em mim é tão grande que eu vou precisar de muitos meses para ter disposição em iniciar Nove Histórias.

ju pazzoti 22/08/2021

Apaixonante
A partir de duas histórias complementares, "Franny" e "Zooey", acompanhamos varias páginas - o livro inteiro, na verdade - de diálogos entre Franny e Zooey, os mais novos dos sete irmãos da família Glass, e também com Bessie, a mãe, e Lane, o namorado de Franny.

Assim como em "O Apanhador no Campo de Centeio", fiquei maravilhada com a capacidade do Salinger de escrever diálogos enormes cheios de reflexões, completamente viciantes e muito realistas.

Como toda leitura depende do leitor e do momento da vida em que o mesmo lê o livro, "Franny & Zooey" calhou na hora certa pra mim. Acabei me identificando com os personagens, em especial com a Franny, e simplesmente amei o diálogo final dela com o Zooey.

Um livro maravilhoso sobre as fases da vida e a busca de algum sentido existencial. Com certeza vou reler mais vezes.

"Eu estou simplesmente cansada de ego, ego. ego. O meu e o de todo mundo. Cansada de todo mundo que quer chegar em algum lugar, fazer alguma coisa que chame atenção e tal, ser uma pessoa interessante. É repulsivo - é porque é. Podem dizer o que quiserem", "Franny"

"Não existe uma única pessoa lá que não seja a Gorda do Seymour", "Zooey"

Leandro 10/11/2021

Uma família disfuncional de filhos "superinteligentes" e perpetuamente atormentados por isso, levando a discussão sobre a arte e religião.

rafinha 04/01/2022

J.D Salinger sabe como construir personagens isso é fato!
achei muito interessante observar a maneira em que ele mescla filosofia e religião com uma história familiar, saúde mental e dinâmica entre irmão.
Os personagens podem as vezes causar desconforto no leitor, porém como outras obras do autor me soa familiar da escrita esse sentimento.

Alberto 10/01/2022

Tocante no conteúdo, virtuoso na técnica, um grande mestre em sua melhor forma.
Um texto sem palavras ociosas, pleno de imagens eloquentes e inesperadas, onde Salinger extrai emoção e significado a partir de cenas corriqueiras do cotidiano de uma família. As duas histórias são encadeadas e formam um conjunto, uma espécie de novela em duas partes. Tudo se passa em poucas horas, em dois ambientes apenas, só cinco atores em cena; e com um conjunto tão restrito de ingredientes o talento expressivo do autor produz magia literária. Um texto cheio de afeto, que apresenta convincentemente personagens ricos de nuances e suas relações conflituosas e complementares. O autor se deu ao trabalho de escrever uma espécie de prefácio que praticamente implora que não caiamos na tentação de ler o texto como se fosse uma mensagem religiosa ou mística, que é o que pareceria a um leitor preguiçoso. O tema místico é um pretexto, um assunto para os personagens conversarem. No fundo, como o autor adverte, existe uma bela história de amor, um hino ao amor familial, fraternal, um louvor e um memento de laços que a vida não explica e a morte não dissipa. É bela e tocante a comunhão e o diálogo, muitas vezes silencioso, entre os irmãos presentes e ausentes, inclusive entre os vivos e os mortos. O retrato da mãe é pungente, é admirável como Salinger faz sua homenagem apaixonada sem cair no sentimentalismo e sem soar piegas. Beleza de livro, para reler muitas vezes e usar como padrão para avaliar os demais livros.

gabriela cardoso 12/02/2022

franny & zooey
"O que distingue o homem insensato do sensato é que o primeiro anseia morrer orgulhosamente por uma causa, enquanto o segundo aspira viver humildemente por ela."

eva 24/04/2022

cada vez que fico mais e mais fascinada com a escrita do salinger... ele é genial!
os personagens são muito singulares e os diálogos são maravilhosos. nem sei dizer ao certo sobre o que é esse livro, mas ele conseguiu mesclar filosofia, religião, um pouco sobre academicismo... é uma viagem

_bbrcam 20/06/2022

Gostei muito!
Assim como os outros livros do Salinger, eles te fazem refletir e tem boas tiradas! Gostei principalmente da página 121. é bem interessante o impacto que o Seymour teve na criação dos irmãos e, após seu falecimento, o impacto de sua morte em todos. Gosto da família Glass.

raquel 18/10/2022

Salinger tem meu coração!
Já amei a escrita do Salinger em O apanhador no campo de centeio e agora amei ainda mais!
História reflexiva e personagens bem construídos. Triste é se identificar com eles.

Jo 13/12/2022

mto louco
assim como todos os livros do jd salinger. é tipo uma explosão de coisas q nao da nem tempo de processar, é incomodo, é estranho. por isso é genial