Arthur.Bezerra 21/11/2021
Miles na sua antiga escola era o melhor, maior e mais famoso pregador de peças. Esse é o principal motivo para não querer se mudar. Para piorar a situação, está indo para uma cidade pequena, pouco conhecida: Vale do Bocejo. O protagonista marca o início demonstrando sua elevadíssima autoconfiança em suas habilidades, mas no decorrer da história descobre que as coisas não são bem como ele pensa.
Niles possui uma genialidade extraordinária, provavelmente a mente mais brilhante de Vale do Bocejo, possuindo conhecimentos que nem mesmo o novato tem. Entretanto, alguns aspectos de Miles lhe faltam, como o improviso. Tendo isso em vista, propõe uma união ao recém chegado, mas recebe em contraproposta uma guerra.
Nessa parte a história fica mais divertida e acompanhamos o duelo maravilhoso entre esses dois pregadores de peças. Ao mesmo tempo que nos deparamos com Josh, o filho do diretor, que recebe tratamento muitas vezes parcial; Holly, que faz de tudo para se tornar líder do conselho estudantil e quebrar a hegemonia dos Broncas (família do Josh); e assim chegamos em Barry Bronca.
Este homem merece um parágrafo só dele. Muitas risadas podem ser dadas das situacões em que ele se encontra e seu jeito de ser é um tanto peculiar. Entretanto, não acredito que seja o antagonista do enredo. A relação de Barry com seu pai é das piores, fica claro que desde pequeno vem sofrendo uma imensa pressão para herdar o cargo de diretor e mesmo já tendo a conquistado se submente a humilhações do seu progenitor que, entre outras coisas, ameaça trocá-lo por seu irmão Bob (E eu fico na dúvida: Esse cara é o dono da escola? Porque, se sim, poder tirar o diretor e trazer certas influências para o rumo do lugar faria mais sentido). Portanto, a falta de amor paterno e traumas do passado, que ficam evidentes, fazem de Barry Bronca quem ele é.
Com tudo isso, ler "Os Dois Terríveis" é mais do que aconselhável tanto para crianças quanto para adultos. Um tempo que com certeza não será desperdiçado.