Paciente Particular

Paciente Particular P. D. James




Resenhas - Paciente Particular


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regifreitas 23/03/2023

PACIENTE PARTICULAR (The private patient, 2008), de P.D. James; tradução Fernanda Abreu.

A célebre jornalista investigativa, Rhoda Gradwyn, é assassinada na clínica particular do respeitado cirurgião plástico, dr. Chandler-Powell, na localidade de Cheverell Manor, nos arredores de Londres. No dia anterior, Rhoda havia dado entrada na clínica para realizar uma cirurgia corretiva em uma cicatriz que ela possuía, desde mundo jovem, no rosto. Tal marca fora fruto de um passado familiar sombrio e violento, que Rhoda desejava esquecer, mas que ao mesmo tempo a motivara a se tornar a importante profissional que ela se tornara.

Para investigar o crime, entra em cena o grupo especial liderado pelo inspetor-comandante Adam Dalgliesh, em sua décima quarta, e última, aparição em um livro de P.D. James.

Como é comum nas obras de James, ela vai aos poucos apresentando os personagens, sempre muito bem construídos. Suspeita-se de que algum dos funcionários da clínica é que cometeu o assassinato. A trama vai se intrincando cada vez mais, conforme as informações sobre essas pessoas vão sendo reveladas, bem como as possíveis motivações para o crime. Todos são potencialmente suspeitos.

P.D. James é sempre muito hábil em construir um clima de suspense que não deixa o leitor entrever a verdade até as páginas finais. Além disso, ela sempre consegue inserir, mesmo que muito sutilmente, algum tipo de crítica social. Aqui ela trata de conflitos familiares, alcoolismo, beleza, vaidade, ética médica e violência de gênero, só para citar alguns. Nem todos os temas são desenvolvidos a contento, mas servem de pano de fundo para a história principal.

Trata-se de uma autora a qual recorro frequentemente quando desejo ler algo mais voltado para o entretenimento, sem contudo deixar de lado a qualidade do texto, muito além de outros autores do gênero. E nunca falha!
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Giulia.Goncalves 25/05/2021

O bucolismo e a criatividade de P.D. James
Esse é um dos livros que se pode chamar de literatura de " sopa". Ele cozinha lentamente, descreve os locais, apresenta as personagens e suas relações de forma que tudo parece muito fragmentado no início. Aos poucos e juntamente com o inspetor Adam Dalgliesh, as partes vão se juntando para montar o misterioso mosaico do caso de assassinato da paciente particular e por fim, o leitor acaba completamente absorto na trama, nas intrigas e no cenário. Não falta suspense, drama, briga de família, paixões e segredos e além de tudo, como toda boa novela termina com casamento.
Minha recomendação é: leia no frio pra entrar ainda mais na vibe do livro que se passa em grande parte no outono/inverno da Inglaterra.
Julinho 15/07/2021minha estante
Livros "sopa" melhor definição para os livros da P. D. James rsrs




Mad Jr 06/11/2011

Paciente Particular - PD James
Rhoda Gradwyn é uma jornalista investigativa, que carrega há mais de 30 anos, uma cicatriz em seu rosto, lembrança amarga de seu passado cruel e doloroso, que ela está disposta a eliminar. Para tanto, procura o renomado Dr. Chandler-Powell para realizar esse novo passo em sua vida. Mas a austera mansão Cheverell Manor, adaptada como clínica cirúrgica, esconde entre seus limites lendas sobre bruxas queimadas, brigas por dinheiro e ganância. Nessa atmosfera que Rhoda vai para a sala de cirurgia, e pensando ser o início de vida nova, mal pode imaginar que seria o último dia de sua vida.

Fatos são revelados e segredos vêm a tona, muito mais para complicar do que facilitar a árdua tarefa da equipe de investigação chefiada pelo Inspetor Adam Dalgliesh de descobrir o que se passou na fatídica noite de sexta-feira, 14 de dezembro.

Finalmente, eu consegui me livrar da má impressão que tinha de PD James! Foi difícil, afinal, tentar ler um mesmo livro (A Chantagista) por duas vezes e não chegar nem à metade, foi chato na época.

Lendo esse Paciente Particular, eu pude descobrir o que me fez, no primeiro contato com a escritora, parar a leitura pela metade: o fato de ela descrever tudo minimamente, em cada detalhe, tanto da cena quanto dos personagens, como se ela não tivesse a intenção de deixar o leitor supor nada a respeito.

Bem, isso para mim, não foi problema nesse livro. Consegui passar por cima dessas frescuras todas, e apreciei a obra em sua essência: o clima, o assassinato, a vitima, os suspeitos... E, fiquei tão satisfeito com a resolução, que perdoei um ‘pós-solution’ (inventei essa expressão agora... e acho que não saberia explicar sem cometer spoilers... rsrs) de 50 páginas, lançando vez ou outra uma frase de efeito, ou liçãozinha de moral!

E por fim, mais um resultado positivo: tenho mais uma escritora para ler a coleção.
Tiago 30/04/2012minha estante
Ótima resenha amigo :)




Amal1 10/10/2023

Paciente Partícular
Nunca tinha lido nada da escritora e encontrei esse na biblioteca.
Bem, eu gostei do começo da história e da investigação mas também achei o livro nada sucinto (até exagerado) e cansativo.
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Babi e Marcel 28/02/2010

Chato!!!
Bom, tentei ler o livro por indicação e notas que vi aqui no skoob.
Não consegui passar da metade do livro, a leitura é chata e lenta d+.
Pode até ser que o fim do livro seja interessante, mas com toda honestidade ter que passar por essa tortura pra chegar lá, não mesmo!!! rsrsrs
Carol 09/11/2010minha estante
Concordo peguei achando que era estilo Agatha Crhistie ledo engano mto cansativo como se nem tivesse diálogos, já estou largando...




Mih Del Debbio 26/05/2010

Não consegui...
Adorei a capa desse livro e a sinopse na contra capa me instigou bastante, mas foi só.

Odeio abandonar os livros, mas infelizmente eu não consegui ler esse. A historia parece ser muito boa, mas a autora conta pequenos detalhes da historia com tal euforia que acaba utilzando 5 paginas pra contar a vida de pessoas que nem fazem diferença no enredo. Isso acaba prolongando demais e se torna uma leitura cansativa. Eu parei na página 170 até agora só morreu uma pessoa e as investigações ainda nem começaram... mas não consigo continuar.
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Tatiana 04/05/2013

Bege
Não surpreende, não instiga, não causa nenhum suspense ou qualquer outra emoção...
Chatooooo
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Victor Albertini 15/10/2021

Bom mistério, enredo bem construído, personagens instigantes e final impactante. Um primeiro contato amigável com a autora, que é muito frequentemente comparada a Agatha Christie, embora possuam estilos bastante diferentes de escrita (o que é excelente). O livro peca um pouco no excesso de cenas descritivas, o que não é compatível com o ritmo de um romance policial, embora não comprometa a qualidade da obra. Aparentemente, prolixidade é uma característica da autora, mas ainda assim é um livro que vale a pena!
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Fabio Shiva 01/05/2012

Inteligência, finesse... e assassinatos!
A frase de abertura desse livro já mostra bem o que teremos em seguida (tradução livre minha):

“Em vinte e um de novembro, no dia de seu quadragésimo sétimo aniversário, três semanas e dois dias antes de ser assassinada, Rhoda Gradwyn foi até a Harley Street para a sua primeira consulta com o cirurgião plástico e lá, em uma sala decorada (assim parecia) para inspirar confiança e banir apreensões, tomou a decisão que iria levar inexoravelmente à sua morte.”

Inteligência, finesse... e assassinatos! Essas são as marcas registradas de P. D. James, senhora inglesa de olhar tão simpático e benevolente, que quase não dá para acreditar que ela é capaz de pensar em tantas crueldades...

Apreciei muito a oportunidade de ler esse livro no original (“The Private Patient”). Além de poder captar melhor o estilo de P. D. James, pude aprender um pouco mais sobre alguns de seus “truques” literários. Um deles é frequentemente complementar os diálogos com sentenças hipotéticas, formuladas pelos personagens apenas em pensamento. Um recurso bem interessante, que dá vivacidade e realismo aos diálogos.

Outro desses “truques” também diz respeito aos diálogos, mais especificamente às conversações entre Adam Dalgliesh (o herói criado por P. D. James, mistura de policial e poeta) e seus subordinados. Demorei um pouco para perceber a sutileza e elegância desses diálogos, que sempre procuram reproduzir o ponto de vista de um oficial de polícia empenhado em sua investigação, considerando sempre o aspecto profissional acima de tudo. O que não impede que o lado humano aflore, em passagens de grande sensibilidade:

“Você falou movida pela compaixão. Sentir muita compaixão pode ser perigoso em uma investigação de assassinato, mas não tão perigoso quanto perder de todo a capacidade de sentir compaixão.”

***

Comunidade Resenhas Literárias

Aproveito para convidar todos a conhecerem a comunidade Resenhas Literárias, um espaço agradável para troca de ideias e experiências sobre livros:
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http://www.comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/
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Cris Paiva 07/02/2018

Cheguei à conclusão que PD James é um gosto adquirido. O primeiro livro que eu li, Morte no seminário, eu gostei, mas demorei um mês pra ler por conta da quantidade de detalhes que ela coloca nas cenas, mas depois de uns 4 livros já me acostumei com a mania dela de criar atmosfera e embarquei na viagem.

Paciente Particular se passa em uma clinica de cirurgia plasticas, do dr. Chandler-Powel que fica em uma casa de época, isolada no campo. Rhoda Gradwyn é uma jornalista que vai se internar na clínica para retirar uma cicatriz antiga que lhe toma todo um lado do rosto. Antes de se internar, ela comunica a viagem a um de seus poucos amigos, Robin, e também conta a ele que é um dos beneficiários de seu testamento.

Logo depois da cirurgia, Rhoda é assassinada e o detetive Adam Dalgliesh é tirado de sua folga, onde pretendia pedir a mão da namorada em casamento e levado as pressas, junto com a sua equipe para a clínica.

Todo o resto da história é dedicado a investigação, a coleta de evidências, entrevistas com todos os funcionários e pacientes, viagens e mais investigação. É um trabalho de formiguinha realizado pelos policiais, e que na maioria das vezes você acha que não vai levar a lugar nenhum, mas aos poucos as pistas vão se encaixando conforme uma informação vai puxando a outra. A investigação do Dalgliesh me lembra um novelo de lã embolado, com as linhas formando nós e laçadas, e você tem de ir com calma, puxando e desenrolando até que consegue soltar todo o novelo, mas todo o processo leva tempo e dedicação.

Esse não é um dos maiores livros dela, é bem curtinho para os seus padrões, e para mim a leitura voou que nem vi passar.
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Julinho 20/07/2021

O último caso de Adam Dalgliesh
"Paciente Particular" não é exatamente um livro habitual dentro da obra de P. D. James, pois é um livro mais enxuto e menos prolixo que o habitual em seus livros, ainda sim, a escritora se dedica a desenhar o perfil dos personagens e construir o cenário e atmosfera mais detalhadamente que qualquer outro romance policial - encontramos aqui a qualidade narrativa acima da média (de romances contemporâneos no geral, não apenas do estigmatizado gênero do popular "quem matou"), personagens imensamente humanos e críveis (dentro daquilo que alguns gostam de classificar como "realista", mas o que eu evito, porque os bons escritores sabem criar dentro da fantasia personagens que parecem tão reais como se corresse sangue em suas veias) e uma trama costurada com coerência, sensibilidade e um profundo conhecimento da alma humana. E como Bônus, os fãs do melhor da literatura inglesa podem se deleitar com as citações as obras de Jane Austen, Thomas Hardy e outros mestres da ficção da terra da Rainha Elizabeth II - citações essas que nunca são meras sacadas intelectualizadas, mas revelam um profundo conhecimento e paixão pela literatura.

Falando mais especificamente do romance, a autora teceu diversas discussões em torno de temas como a educação no século XXI e os limites entre justiça e ética. Mas diferentemente da má ficção, que toma partido da forma mais tosca e panfletária possível, P. D. James deu indícios de seu ponto de vista de forma sútil e inteligente, deixando para o leitor a tarefa final de empreender a reflexão final.

Devo ter lido muitos romances policiais, porque a identidade do assassino não foi uma surpresa para mim (o que vem acontecendo com certa recorrência ultimamente), mas isso não foi um demérito para o livro ou estragou minha experiência de leitura: a resolução foi coerente, a motivação crível e bem construída dentro da narrativa. Os livros da P. D. James normalmente não se propõem a oferecer um plot twist, e ironicamente, descobrir quem matou não é o que mais importa: o porquê é o que mais mexe com o leitor e o tira da zona de conforto, mesmo que ele já desconfie.
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Carol 26/05/2012

Eu não aguentei a história tem até uma premissa interessante, mas a autora exagera nos detalhes sem importancia, deixando a leitura devagar e massante. Pra quem curte algo mais agil. com muitos dialogos evite
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CisoS 07/01/2013

Um livro da P.D.James nunca é "apenas" um romance policial
Não apenas os personagens são convincentes, mas, no meio dos assassinatos, você é levado a contemplar o destino de um inseto num pedaço de lenha na lareira.
P.D. James é sempre genial.
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