Fefa 15/05/2012
Uma segunda chance ao autor...
Quando li O Retrato de Doryan Gray fiquei um pouco decepcionada, como comentei aqui no blog, pois, apesar de toda vontade que tinha de ler este clássico, não gostei muito da história nem da forma como ela é narrada. Não gostei do personagem principal, na realidade, não gostei de nada. Estes meus comentários geraram certa revolta por aqui e, inclusive, um comentário anônimo me chamado de estupida.
Desde então, não li mais nada de Oscar Wilde até que, procurando sobre histórias de fantasmas e casarões antigos (coisa que eu adoro), descobri este pequeno livro que conta a história de uma rica família norte-americana que compra a propriedade de Canterville, na Inglaterra, um enorme casarão que, além de decorado ao estilo vitorino, é assombrado pelo fantasma de Simon de Canterville, um dos ancestrais proprietários do local, que assassinou sua própria esposa na biblioteca de depois desapareceu.
O Sr. Otis, embaixador norte-americano comprou a casa ciente da existência do fantasma e se mudou para lá com sua família. Assim que a familia chegou, o fantasma iniciou suas atividades e é aí que começa a parte engraçada. Na primeira noite, quando o fantasma anda pelos corredores arrastando suas correntes, o Sr. Otis abre a porta do quarto e, com toda a praticidade, oferece ao fantasma um produto para lubrificar suas correntes, para que elas não façam tanto barulho... e assim as tentativas do desventurado fantasma de assombrar a família tem inicio... mas, na verdade, quem aterroriza o pobre coitado são os filhos do Sr. Otis.
O tal fantasma sofre horrores nas mãos dos gemeos e do menino mais velho, chegando a ficar mais assutado do que poderia pensar em assutar!! Praticamente um fantasma em depressão... até que uma amizade florece entre ele e a a filha mais nova do embaixador, a jovem Virgínia.
É interessante a diferença com que o autor molda os personagens que são norte-americanos, modernos, pragmáticos, sem qualquer interesse pelos costumos antiquados e pelos ideiais medievias e, de outro lado, os personagens ingleses, cheios de seus modos rebuscados e cavalheirescos... e como uuns menosprezam os outros por estes modos!
Adorei o livrinho. Muito fácil e gostoso de ler.
Bem, depois de não ter gostado muito de O Retrato de Doryan Gray, este texto, apesar de bem pequeno, me agradou bastante!!!
Beijos, bom fim de semana, com muita leitura, cinema e comida gostosa!!!
Fefa Rodrigues