Resenhas - O Rabo da Serpente

anna v. 23/12/2015

Mediano
Romance policial passado em Cuba em 1989, estrelando o detetive Mario Conde. O crime em si não tem muita graça, tampouco a investigação realizada por Conde. O grande atrativo, na minha opinião, é a caracterização de Havana e seus personagens, bairros, hábitos. O clima é passado muito bem.
No mais, me incomoda que só haja 3 personagens femininas citadas no livro, e todas elas estão presentes para atender às necessidades sexuais ou afetivas do protagonista. Fuén.
Edição: Benvirá

Nanda 08/04/2016

Retratado na cidade de Havana, o livro narra a investigação policial feita por Mario Conde em um misterioso caso de um assassinato de um chinês. A sinopse me fisgou de cara, mostrando ter todos os elementos necessários para um bom livro policial. Infelizmente, eu descobri que 155 páginas podem ser sofridas.

A narrativa é lenta, a descrição do ambiente, assim como as características dos personagens, são rasas. Além disso, existe uma xenofobia enorme por parte do Conde. Em diversas cenas foi possível notar que ele os considerava inferiores, fazendo duras críticas aos seus hábitos e costumes, sem contar a descrição de um "cheiro de chinês". Não sei se a intenção do autor foi passar essa impressão, mas não foi algo que me agradou.

Outro ponto que me incomodou bastante foi a falta de exploração dos personagens secundários. A tenente Patricia, que inicia todo o caso quando o leva a casa do policial, acaba por ser para as fantasias sexuais do mesmo, sem nenhuma relevância para a história em si. O pai da tenente por ser chinês sofreu com o preconceito e seu acréscimo à investigação foi mísero.

Durante praticamente toda a leitura eu fiquei entediada. Eu esperava um suspense policial que me pegasse de surpresa ao revelar o assassino. O que aconteceu foi que me deparei com uma história rasa, sem fluidez e um tanto óbvia, pois a revelação não me surpreendeu em nada.

Sou fã do gênero policial e acredito que existem leituras que valham mais a pena. O rabo da serpente não é um livro que eu recomendaria, pois não foi um livro que me prendeu.

site: http://www.entrelinhascasuais.com/2015/10/resenha-o-rabo-da-serpente-leonardo.html

Paulascrap 22/08/2022

esperava mais...

"Então percebeu: mais uma vez sentia o cheiro de chinês. Claro, era um cheiro amarelo, morno e persistente"

📌Livro escolhido pelo autora para participar do desafio livrada desse ano, mas infelizmente foi uma leitura morna que não fluiu em nada pra mim, mesmo amante do gênero.

📌O detetive Mario Conde vai investigar o crime no bairro chinês de Havana, quanto mais avançamos nos acontecimentos menos interessante fica a leitura, parace que a trama fica mais concentrada em narrar o xenofóbico com o qual conde trata a vítima chinesa, Pedro Cuang de 78 anos e o local pelo qual passa do que com a elucidação do crime em si.

📌No decorrer da investigação Conde vai ter auxílio do pai de sua companheira de policia Patrícia, o chinês Juan Chion, se socorrendo do conhecimento deste para ajudá-lo entender rituais e outros aspectos de sua cultura e com isso tentar decifrar o símbolo talhado no peito de Pedro, mas a atuação da máfia chinesa estava perto de ser descartada e a simbologia cada vez mais obscura.

📌 A leitura se torna mais interessante ao observar a cultura e ambientação da trama na cidace cubana, mas quanto a busca pela autoria do crime deixa muito a desejar, parece que nem o detetive tem interesse em obter êxito no caso o que torna a leitura bem mediana e lenta embora curta.

#orabodaserpente #desafiolivrada #romancepolicial

RITA TOURINO 25/12/2023

Mistérios Culturais
O livro O Rabo da Serpente de Leonardo Padura, é uma história interessante protagonizada pelo detetive Mario Conde que mesmo em suas férias, se vê envolvido em uma intrigante investigação liderada por Patricia Chion, desencadeando uma série de eventos que exploram não apenas a criminalidade, mas também as complexidades culturais de Havana.
A história vai além do típico thriller, explora aspectos culturais e rituais pouco conhecidos das comunidades chinesa e africana. A busca por respostas leva o detetive Mario Conde a enfrentar não apenas a máfia chinesa, mas também a desvendar segredos, negócios ilícitos e a intricada teia de relações entre as comunidades imigrantes.
O enigma por trás do símbolo talhado no peito de Cuang e os rituais associados a diferentes tradições tornam-se elementos essenciais na história, proporcionam uma experiência literária enriquecedora.
Apesar de ser um livro policial também explora temas profundos, como imigração, honra, mistério, desgraça e a convivência de culturas diversas e reflexão social em Havana.