O Mercador De Veneza

O Mercador De Veneza William Shakespeare




Resenhas - O Mercador de Veneza


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Yussif 16/05/2012

Nesse texto, Shakespeare surpreende pela modernidade de suas complexidades morais. Na Veneza do século XVI, o jovem Bassânio pede dinheiro emprestado a Antônio para ir a Belmonte pedir a mão de Pórcia, que por sua vez, procura o agiota Shylock e garante um pedaço de sua própria carne caso o empréstimo não seja pago. A partir daí, armações, disfarces e desencontros afloram o que há de melhor e pior na alma humana.
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Evy 19/03/2012

Tenho um Shakespeare na prateleira
Uma das peças teatrais mais famosas de William Shakespeare. Relata o amor da Pórcia de Belmonte, uma jovem rica e o plebeu Bassânio. Por ser uma peça teatral o texto é dividido nas falas dos personagens o que deixa o livro um pouco cansativo e a leitura não flui, mas é uma excelente estória.
Tassy 16/04/2012minha estante
Bassânio não era plebeu, mas um nobre falido...


Evy 17/04/2012minha estante
Ops, é verdade ... sorry




Moita 31/01/2012

Rápido e eficaz
Leitura rápida e que vale a pena. Primeiro Shakespeare que eu leio. Linguagem já exige uma certa carga cultural. Pra quem não tem muita experiência, um dicionário é um bom companheiro. mas vale a pena. Não é muito extenso e nota-se uma grande quantidade de outras obras que foram influenciadas por esta, assim como o clássico brazuca "O Auto da Compadecida".
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Jéssica F. 25/01/2012

Resumo em uma única frase: William Shakespeare, porque me fazes suspirar tanto?
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Martelinhos 24/09/2011

Já li Hamlet, Rei Lear e Macbeth e posso dizer que a obra shakesperiana de que mais gostei foi essa. Adorei O Mercador de Veneza!!
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Coruja 08/06/2011

"Hei de por em prática a maldade que me ensinastes, sendo de censurar se eu não fizer melhor do que a encomenda"
Após Muito Barulho por Nada, essa aqui é minha peça favorita do bardo. Assim, uma vez que estamos no mês do teatro no Desafio Literário 2011, achei que nada era mais justo do que escrever também uma resenha desta peça.

Sempre achei curioso que O Mercador de Veneza se inserisse no ciclo de comédias de Shakespeare. Claro que minha interpretação leva em conta fatos históricos posteriores à Inglaterra Elisabetana. Quando escreveu essa peça, Shakespeare estava fazendo uma provocação a Christopher Marlowe, que tinha escrito O Judeu de Malta: Shylock era a resposta shakespeariana ao Barrabás do rival.

Se fosse hoje escrever as trocas de farpas entre Shakespeare e outros escritores seus contemporâneos, ficaríamos aqui o dia todo. Talvez outro dia possamos entrar no assunto – por hora, basta saber que, à época, Marlowe era tão ou mais conhecido que Shakespeare, cujas primeiras peças, aliás, inspiravam-se naquele.

Dessa forma, Shakespeare criou Shylock para ridicularizar Barrabás... mas colocou na boca de seu personagem um de seus monólogos mais belos, que ecoa hoje com a idéia que temos de tolerância, de igualdade. Não havia muitos judeus na Inglaterra nesse tempo ou mesmo algum tipo de ressentimento nacional contra eles e, realmente, não faz sentido algum discutir se Shakespeare era ou não anti-semita estudando essa peça.

Na verdade, se quiserem ler nas entrelinhas de O Mercador de Veneza, faz muito mais sentido debater a paixão não correspondida de Antonio por Bassanio...

Teorias da conspiração à parte, vamos ao que interessa. Como em outras peças do bardo, há aqui duas narrativas paralelas: a oposição entre o nobre cristão Antonio, o mercador do título, e Shylock, o judeu agiota; e a corte de Bassanio a Portia. Bassanio é amigo de Antonio e, para cortejar a moça, que é uma fabulosa herdeira, pede dinheiro emprestado ao companheiro.

O problema é que a fortuna do mercador está investida em navios, que se encontram em todas as partes do mundo; de forma tal que, para ajudar o outro, ele vai pedir dinheiro emprestado a Shylock.

Pausa para lembrar das aulas de História: o livro se passa em Veneza, cidade italiana, país católico (embora possamos fazer muitas e muitas ressalvas à Italia como Estado Unificado até a Idade Moderna) - e em algum período medieval. A Igreja Católica proibia terminantemente a usura, o que, é claro, não daria muito certo numa cidade tão mercantil quanto Veneza.

Afinal, comércio precisa de crédito e ninguém dá crédito de graça. Entram assim os judeus, que não têm problemas de consciência em emprestar dinheiro a juros.

Apesar de serem vitais para a economia, isso não significa que os judeus fossem menos odiados. Antonio despreza Shylock, a quem já cobriu de cusparadas e talvez até uns pontapés. Mas ele precisa de dinheiro e cristãos não emprestam dinheiro, de forma que só sobra a ele ir atrás de um judeu.

Agora considere que Antonio é a nata, o que há de melhor em Veneza, amado e respeitado por sua bondade e compaixão: se ele trata Shylock como menos que um cão, imagine como são simpáticos os outros cidadãos?

Vamos lembrar aqui que O Mercador de Veneza é uma peça. Como tal, sua interpretação é abeta e influenciada especialmente pelas montagens que são feitas dela, das atuações de cada ator. Lendo cruamente o texto, você talvez possa não encontrar muitos motivos para simpatizar com Shylock. Ele está longe de ser um personagem que inspire compaixão, aferrado que é a mesquinharias, disposto a ter sua libra de carne de qualquer maneira.

Além disso, ao tempo em que foi encenada pela primeira vez, Shylock muito provavelmente era retratado como um personagem ridículo, cheio de maneirismos e, muito provavelmente, ruivo.

Leia novamente o monólogo lá em cima. Agora, sinta nas entrelinhas anos de humilhação, de menosprezo, de ridículo, de desrespeito. Shylock entende sua importância; sabe que, sem ele, a cidade não funcionaria. As pessoas o encaram como um mal necessário, e que, se tivessem oportunidade, não hesitariam em apunhalá-lo pelas costas.

Na verdade, sua própria filha não hesita em fazê-lo.

A despeito do papel que tem na derrocada de Shylock, adiciono que Portia é uma das mais fantásticas heroínas shakespearianas. Ok, ela é hipócrita, gananciosa, arruína Shylock mesmo depois dele estar já completamente vencido e aceita o Bassanio apesar de saber que ele é um babaca e caçador de dotes. Mas o que ela faz naquele tribunal - onde, a se considerar seu gênero e posição, não deveria nem colocar os pés - é absolutamente genial: quando todos os doutores da lei de Veneza falham em salvar Antonio, ela entra para resolver a questão. E a resolve magistralmente.

Sugiro também assistir a adaptação para as telas feita em 2003, com Al Pacino no papel de Shylock. Todos os atores estão maravilhosos, mas a forma como Pacino interpreta o velho agiota é de dar calafrios. Especialmente na cena do monólogo. A despeito das intenções de Shakespeare ao criar Shylock, a verdade é que ele me deixa de coração partido.

E vocês? Qual a sua peça favorita do bardo?
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ReiFi 13/08/2010

O Mercador de Veneza - W. Shakespeare
Eu acho que já vi isso em algum lugar:

“Shylock – Acompanhai-me ao notário e assina-me o doumento da dívida, no qual, por brincadeira, declarado será que se no dia tal ou tal, em lugar também sabido, a quantia ou quantias não pagardes, concordais em ceder, por equidade, uma libra de vossa bela carne, que do corpo vos há de ser cortada onde bem me aprouver”. (pág.204-205)

E durante o julgamento para pagar a dívida:

“Pórcia – Um momentinho, apenas. Há mais alguma coisa. Pela letra, a sangue jus não tens; nem uma gota. São palavras expressas: “Uma libra de carne”. Tira, pois, o combinado: tua libra de carne. Mas se acaso derramares, no instante de a cortares, uma gota que seja, só, de sangue cristão, teus bens e tuas terras todas, pelas leis de Veneza, para o Estado passarão por direito”.

E viva Ariano Suassuna (ou seria a William Shakespeare?)

Para saber mais acesse:
http://catalisecritica.wordpress.com/2010/05/04/o-mercados-de-veneza-william-shakespeare/
Wendell 03/11/2011minha estante
Poxa velho, beleza que a gente já viu isso no Auto da Compadecida, mas não precisava contar uma das melhores partes do livro.


Cris 04/09/2014minha estante
Eu também me lembrei de "O auto da Compadecida". Realmente, não tem como não lembrar! rsrs




Mau 26/04/2010

O Mercador de Veneza, peça teatral de William Shakespeare escrita no final do século XVI, se passa na Veneza da mesma época, sendo esta uma cidade das mais liberais e desenvolvidas daquele período. Naquele tempo, os judeus viviam isolados em guetos e eram muito descriminados, como não podiam ter propriedades, muitos ganhavam a vida como agiota.

O jovem nobre e pródigo Bassânio pede emprestado três mil ducanos ao seu grande amigo, o mercador António, para que assim possa viajar a Belmonte e cortejar sua amada Pórcia, rica herdeira que está em busca de um marido. No entanto, mesmo sendo um senhor rico Antônio não pode emprestá-lo tal quantia, pois todo seu dinheiro se encontra comprometido em empreendimentos no exterior. Assim, ele acaba recorrendo ao judeu agiota Shylock, que o via como inimigo em virtude de toda a discriminação recebida. Este vê na ocasião a oportunidade de vingar-se e propõe um contrato no qual se Antonio não lhe devolvesse o valor dentro de três meses, teria direito a cortar uma libra de carne de seu corpo.

O contrato foi então firmado e, após receber o dinheiro, Bassânio parte para Belmonte com intuito de cortejar Pórcia, que, contudo, não possui o direito de escolha, pois ela cumpre o testamento de seu pai que diz que só ganharia a mão de sua filha aquele que adivinhar em qual entre três escrínios, sendo um de ouro, outro de prata e o último de chumbo, encontrava-se uma foto da bela Pórcia. Vencido o desafio, Bassânio recebe de Pórcia o anel de noivado. Mas, antes de acontecer o casamento, chegam notícias de que Shylock está cobrando a dívida de António, já que este não conseguiu cumprir com o acordado, pois todos os seus navios naufragaram. Bassânio parte então para defender o amigo e, em segredo, Pórcia segue-lhe com intuito de disfarçar-se em advogado e ajudar a resolver a questão, levando consigo sua dama de companhia, a qual servirá de secretário.

O caso é então levado à corte para que se defina se a condição será mesmo executada. Shylock exige o cumprimento do contrato e que seja feita justiça, exigindo que lhe seja entregue a libra de carne de António, indicando ainda que tal libra seja retirada do ponto mais próximo do coração. Mas Pórcia consegue se infiltrar no Tribunal disfarçada de advogado e, principalmente através do argumento de que o contrato não permite o derramamento de sangue do Antonio, consegue reverter a situação, livrando-o da dívida e fazendo com que Shylock perdesse seus bens.

Pode-se dizer que a sede de justiça de Shylock foi saciada, uma vez que fora concedido a ele o cumprimento do pacto que tanto desejava, no entanto, o adimplemento deveria ser feito conforme o pacto, mas este cumprimento acarretaria em descumprimento de outra norma jurídica que atentaria contra a vida de Antônio (católico) o que na época já era considerado crime.
Contudo, observando as normas presentes no ordenamento jurídico brasileiro o contrato principal seria considerado, mas a cláusula que determinava a garantia seria considerada nula. Visto que esta fere preceitos de nossa Constituição. Entretanto, o contrato firmado entre Shylock e António foi considerado válido tendo em vista que na época o contrato legalmente celebrado era uma emanação da vontade e que, se não cumprido, traria uma insegurança jurídica para toda Veneza.
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Bruno 24/03/2010

O Mercador de Veneza
William Shakespeare se consagrando mais uma vez pela sua tremenda habilidade em fazer dramaturgia.

Sua aptidão em demonstrar situações íntrisecas da alma humana torna-se notável, quando narra o que Bassanio é capaz de fazer para cortejar Portia.

Aconselho, uma ótima leitura para aquela viagem de ônibus.
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Tarcísio 11/09/2009

Definitivamente é uma história mais para ser vista do que lida. A estrutura do texto no livro, dividida nas falas das personagens como scripts dificulta a fluência da leitura. A linguagem muito rebuscada (o livro foi escrito séculos atrás) também não colabora muito para uma experiência mais leve e agradável. De qualquer forma, o destaque vai para a facilidade que Shakespeare tinha em trabalhar com as palavras.
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kassya 28/07/2009

"Não sei, realmente, porque estou tão triste. Isso me enfara; e a vós também, dissestes. Mas como começou essa tristeza, de que modo a adquiri, como me veio, onde nasceu, de que matéria é feita, ainda estou por saber. E de tal modo obtuso ela me deixa, que muito dificilmente me conheço".

Como toda leitura Shakespeare, requer tempo e paciencia, afinal e uma viagem bastante profunda.
Gabriel1075 01/12/2020minha estante
Ler seu comentário me fez pensar que esses sentimentos de Antônio foram uma ''antecipação'' pelo que estava por vir(no caso, a injustiça contra ele). É como se um fardo pesado caísse sobre ele antes mesmo de se tornar Fiador de Bassânio ...




Esther 01/07/2009

Não era acostumada com esse tipo de texto (escrito em forma de diálogo para produções encenadas) e confesso ter tido certo desânimo no começo. Mas a sinopse apresentada no início dessa edição ajuda bastante a entender a mola mestre da estória.
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Andre.Crespo 16/06/2009

Uma tragicomédia que era pra ser apenas uma comédia
Tinha lido algo sobre esse livro antes de lê-lo. Falava que era para ser outra comédia de Shakespeare, mas os rumos de sua vida não foram lá tão bons e ele entrou naquela fase em que não estaria muito de bem com as coisas. Coincidentemente, foi essa a sua melhor fase. E "O Mercador de Veneza" teve a maior parte de suas folhas recheada desse pessimismo.
Percebe-se no começo que se trata de mais uma agradável comédia de Shakespeare. Com o passar do livro, o clima vai mudando e você pensa estar lendo mais umas de suas tragédias, mas não são como as tradicionais. Mesmo que em poucas doses, o humor está presente. E é isso que deixa o livro mais interessante ainda.
Aqui também se trata de um tema abrangente até hoje: o anti-semitismo. Os personagens o eram, mas também, que judeu mais desgraçado! Ô carinha ruim! Mereceu o final que teve! Por falar em final, quem espera um triste fim, vai queimar a língua.
Ah, esqueci de me dizer que a parte responsável pelo humor fica por conta de Pórcia, uma mulher solteira que espera que um homem de valor venha a sua casa e acerte o baú em que está a sua fotografia. Desde o início eu sabia que era o de... melhor deixar queito.
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