/https://skoob.s3.amazonaws.com/livros/46544/TEORIA_DO_MEDALHAO_145147797046544SK1451477970B.jpg "Teoria do Medalhão")
Resenhas - Teoria do Medalhão
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Iara
18/08/2021
Extremamente provocativo
Um conto curto e que consegue tocar direto na ferida de como a maior parte da nossa sociedade ainda hoje pensa. Ou melhor, reproduz a ideologia que foi imposta, fugindo de qualquer brecha de questionamento que possa surgir em nossas mentes.
Leitura rápida, mas repleta de impacto e reflexão do jeito único Machado de ser
18/08/2021Extremamente provocativo
Um conto curto e que consegue tocar direto na ferida de como a maior parte da nossa sociedade ainda hoje pensa. Ou melhor, reproduz a ideologia que foi imposta, fugindo de qualquer brecha de questionamento que possa surgir em nossas mentes.
Leitura rápida, mas repleta de impacto e reflexão do jeito único Machado de ser
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E. 11/07/2021
Um apontamento.
Realmente é espantoso que a quase totalidade dos leitores não tenham a mais mínima compreensão do que leram.
Enquanto alguns terminaram a leitura crentes de que o cerne do conto são conselhos paternais elencados fastidiosamente, a outra parte apenas achou a narrativa sem pé nem cabeça.
De modo que ao ler tais impressões, não resisti: diferente de Jacobina (O Espelho), senti ebulir em mim a necessidade de redarguir com alguma contribuição.
Pois bem: o conto ?Teoria do Medalhão?, embora escrito no século XIX, continua denunciando as principais misérias enraizadas neste nosso solo tupiniquim.
Machado, genialmente e usando de clara ironia, descortina e joga luz em todo o ?medalhão? que o é pela pôse e pelo faz de conta.
Condena, sarcasticamente, o costume brasileiro de sempre se pautar pela lei do menor esforço, ao que nunca se eleva a si mesmo, mas, antes, busca nivelar tudo desde onde está: de baixo.
Ridiculariza, com erudição, os papagaios humanos que o são em nome do desejo desesperado pela validação de seus pares.
Sutilmente zomba dos que frivolamente expõem-se a si e aos de seu entorno, babosos por receberem ? que seja ? um copeque de atenção.
Sintetizando em internetês: trata-se de um ?exposed? antropológico feito por Machado e aferível em qualquer das esquinas dessa nossa ?pátria amada? ?
Um apontamento.
Realmente é espantoso que a quase totalidade dos leitores não tenham a mais mínima compreensão do que leram.
Enquanto alguns terminaram a leitura crentes de que o cerne do conto são conselhos paternais elencados fastidiosamente, a outra parte apenas achou a narrativa sem pé nem cabeça.
De modo que ao ler tais impressões, não resisti: diferente de Jacobina (O Espelho), senti ebulir em mim a necessidade de redarguir com alguma contribuição.
Pois bem: o conto ?Teoria do Medalhão?, embora escrito no século XIX, continua denunciando as principais misérias enraizadas neste nosso solo tupiniquim.
Machado, genialmente e usando de clara ironia, descortina e joga luz em todo o ?medalhão? que o é pela pôse e pelo faz de conta.
Condena, sarcasticamente, o costume brasileiro de sempre se pautar pela lei do menor esforço, ao que nunca se eleva a si mesmo, mas, antes, busca nivelar tudo desde onde está: de baixo.
Ridiculariza, com erudição, os papagaios humanos que o são em nome do desejo desesperado pela validação de seus pares.
Sutilmente zomba dos que frivolamente expõem-se a si e aos de seu entorno, babosos por receberem ? que seja ? um copeque de atenção.
Sintetizando em internetês: trata-se de um ?exposed? antropológico feito por Machado e aferível em qualquer das esquinas dessa nossa ?pátria amada? ?
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umarosaleitora 06/07/2021
O perigo de vicejar novas ideias - o medalhão é a anestesia
Ainda não consigo traduzir o que sinto lendo esse conto, é genial.
Numa sociedade do espetáculo, em que viver de aparências - uma narrativa incompleta, mas com capa bonita - é o que mais importa, temos o medalhão como o ofício mais almejado. Trata-se de um sistema que faz de tudo para manter os ideias como estão. Ter ideias é a arma mais poderosa; ameaça a estrutura deles. O que fazer? Apenas reproduzir. Garantir que todos permaneçam no estado de inópia mental. Machado critica a sociedade do século XIX ao citar todos os benefícios adquiridos em ser um medalhão, como se destaca na publicidade e na política, que o discurso metafísico é apaixonante para todos e fazem-os esquecer do problema. Também na descrição da "terra prometida" e as metáforas com o ideal de meritocracia.
Por fim, uma das personagens ressalta o que estamos vendo: "E parece-lhe que todo esse ofício é apenas um sobressalente para os déficit da vida?"
Anterior a essa fala, tem uma citação que precisa ser colocada aqui:
"(...) porque o adjetivo é a porção idealista e metafísica do idioma. O substantivo é a realidade nua e crua, é o naturalismo do vocabulário" gente!!!!!!!!!!!!!!!!!
De fato, Teoria do Medalhão e qualquer outra obra de Machado não vai ter efeito nenhum caso você inicie a leitura já pensando em acabar.
Um professor me disse uma vez - e sigo confirmando em cada novo conto - que nós não sabemos ler Machado. O seu pensamento e alma estão lá, colocados com tamanha sutiliza que conseguimos visualizar às críticas feitas à sua época nos dias de hoje. Atemporal em todas as suas formas. Machado via o que mais ninguém estava disposto a ver.
Nenhum elemento (termos em latim, datas, pensadores, instituições) é posto de forma aleatória. Outra coisa que tem me ajudado a apreciar Machado é ver sua relação com a ironia. É lindo demais, sério. E o danado faz questão de reforçar esse carinho aqui numa passagem da penúltima página, deixo aqui:
"(...) Somente não deves empregar a ironia, esse movimento ao canto da boca, cheio de mistérios, inventado por algum grego da decadência, contraído por Luciano, transmitido a Swift e Voltaire, feição própria dos céticos e desabusados."
- o pai alertando o filho sobre os perigos da ironia, de abrir espaço para dúvidas e ideias.
rsrs
É um conto para ler, reler, ler mais uma vez e continuar relendo.
O perigo de vicejar novas ideias - o medalhão é a anestesia
Ainda não consigo traduzir o que sinto lendo esse conto, é genial.
Numa sociedade do espetáculo, em que viver de aparências - uma narrativa incompleta, mas com capa bonita - é o que mais importa, temos o medalhão como o ofício mais almejado. Trata-se de um sistema que faz de tudo para manter os ideias como estão. Ter ideias é a arma mais poderosa; ameaça a estrutura deles. O que fazer? Apenas reproduzir. Garantir que todos permaneçam no estado de inópia mental. Machado critica a sociedade do século XIX ao citar todos os benefícios adquiridos em ser um medalhão, como se destaca na publicidade e na política, que o discurso metafísico é apaixonante para todos e fazem-os esquecer do problema. Também na descrição da "terra prometida" e as metáforas com o ideal de meritocracia.
Por fim, uma das personagens ressalta o que estamos vendo: "E parece-lhe que todo esse ofício é apenas um sobressalente para os déficit da vida?"
Anterior a essa fala, tem uma citação que precisa ser colocada aqui:
"(...) porque o adjetivo é a porção idealista e metafísica do idioma. O substantivo é a realidade nua e crua, é o naturalismo do vocabulário" gente!!!!!!!!!!!!!!!!!
De fato, Teoria do Medalhão e qualquer outra obra de Machado não vai ter efeito nenhum caso você inicie a leitura já pensando em acabar.
Um professor me disse uma vez - e sigo confirmando em cada novo conto - que nós não sabemos ler Machado. O seu pensamento e alma estão lá, colocados com tamanha sutiliza que conseguimos visualizar às críticas feitas à sua época nos dias de hoje. Atemporal em todas as suas formas. Machado via o que mais ninguém estava disposto a ver.
Nenhum elemento (termos em latim, datas, pensadores, instituições) é posto de forma aleatória. Outra coisa que tem me ajudado a apreciar Machado é ver sua relação com a ironia. É lindo demais, sério. E o danado faz questão de reforçar esse carinho aqui numa passagem da penúltima página, deixo aqui:
"(...) Somente não deves empregar a ironia, esse movimento ao canto da boca, cheio de mistérios, inventado por algum grego da decadência, contraído por Luciano, transmitido a Swift e Voltaire, feição própria dos céticos e desabusados."
- o pai alertando o filho sobre os perigos da ironia, de abrir espaço para dúvidas e ideias.
rsrs
É um conto para ler, reler, ler mais uma vez e continuar relendo.
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Benício 30/06/2021
Simples, pratico e assertivo.
Um pai preocupado com o futuro do seu filho, prestes a completar a maioridade, chama-o para aconselha-lo a como se portar diante da sociedade para se tornar um ?medalhão?.
O livro usa, claramente, a tão conhecida ironia machadiana que na verdade nada mais é que um conselho na qual, os que querem estar à margens da sociedade pensando por si só, não devemos seguir.
Pequeno e prático.
Simples, pratico e assertivo.
Um pai preocupado com o futuro do seu filho, prestes a completar a maioridade, chama-o para aconselha-lo a como se portar diante da sociedade para se tornar um ?medalhão?.
O livro usa, claramente, a tão conhecida ironia machadiana que na verdade nada mais é que um conselho na qual, os que querem estar à margens da sociedade pensando por si só, não devemos seguir.
Pequeno e prático.
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Marina 10/05/2021
Teoria do medalhão e O espelho são meus contos favoritos (dos que já li) de Machado de Assis. Falam muito sobre o eu e o eu social. Teoria do medalhão poderia ter sido facilmente escrito na nossa era de redes sociais. Conversa tanto com a nossa atualidade que eu tenho dificuldade em acreditar que esse conto fez mais sentido no sec XIX do que agora.
10/05/2021Teoria do medalhão e O espelho são meus contos favoritos (dos que já li) de Machado de Assis. Falam muito sobre o eu e o eu social. Teoria do medalhão poderia ter sido facilmente escrito na nossa era de redes sociais. Conversa tanto com a nossa atualidade que eu tenho dificuldade em acreditar que esse conto fez mais sentido no sec XIX do que agora.
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Sofia.Budal 29/04/2021
divertido porém confuso
achei a história interessante porém por conta do português colonial fiquei um pouco confusa com alguns momentos
divertido porém confuso
achei a história interessante porém por conta do português colonial fiquei um pouco confusa com alguns momentos
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@Matcholo 09/04/2021
Um conto bem escrito, mas não foi uma leitura que gostei muito, achei a história pouco atraente. O conto começa muito bom porém depois se perde não prendendo a atenção do leitor até o final. Trata-se de um pai dando conselhos a seu filho para que ele se torne um medalhão, ou seja, uma pessoa que conseguirá fama e riqueza, por vezes podemos retirar os conselhos para nós mesmo o que torna a leitura interessante, porém não acontece nada além disso e o conto parece que acaba na mesmice que começou.
Um conto bem escrito, mas não foi uma leitura que gostei muito, achei a história pouco atraente. O conto começa muito bom porém depois se perde não prendendo a atenção do leitor até o final. Trata-se de um pai dando conselhos a seu filho para que ele se torne um medalhão, ou seja, uma pessoa que conseguirá fama e riqueza, por vezes podemos retirar os conselhos para nós mesmo o que torna a leitura interessante, porém não acontece nada além disso e o conto parece que acaba na mesmice que começou.
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Paulo1584 28/01/2021
Medalhão
Teoria do medalhão é basicamente um pai aconselhando um filho a ser alguém importante, dando as dicas para que o moço alcance aquele lugar onde ele não conseguiu chegar.
Fora essa questão de a figura do medalhão refletir bem o que as pessoas aspiravam como status na sociedade do século XIX; o conto me lembrou um pouquinho o texto "As nuvens", onde há uma sátira de um Sócrates sofista - figura de "professores" que ensinavam a como "se dar bem" sem precisar precisamente de conhecimento, como vencer um debate etc. Lá, ao invés da figura do medalhão, é a do sofista, e ao invés de ser uma figura de prestígio, é basicamente alguém que sabe "trapacear". Em "as nuvens", texto que li há uns quatro anos, o personagem é aconselhando pelo pai a procurar os sofistas para que estes lhe ajudem a não ter que pagar uma dívida. De alguma maneira me pareceu que as figuras são análogas.
28/01/2021Medalhão
Teoria do medalhão é basicamente um pai aconselhando um filho a ser alguém importante, dando as dicas para que o moço alcance aquele lugar onde ele não conseguiu chegar.
Fora essa questão de a figura do medalhão refletir bem o que as pessoas aspiravam como status na sociedade do século XIX; o conto me lembrou um pouquinho o texto "As nuvens", onde há uma sátira de um Sócrates sofista - figura de "professores" que ensinavam a como "se dar bem" sem precisar precisamente de conhecimento, como vencer um debate etc. Lá, ao invés da figura do medalhão, é a do sofista, e ao invés de ser uma figura de prestígio, é basicamente alguém que sabe "trapacear". Em "as nuvens", texto que li há uns quatro anos, o personagem é aconselhando pelo pai a procurar os sofistas para que estes lhe ajudem a não ter que pagar uma dívida. De alguma maneira me pareceu que as figuras são análogas.
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Ingrid72 23/09/2020
Em poucas páginas, Machado de Assis traz um diálogo entre pai e filho. É a noite do aniversário de 21 anos do filho, e o pai o aconselha a tornar-se um medalhão. Aos poucos, é possível descobrir que medalhão é uma pessoa que conquista riqueza e fama. Mas pelo que o leitor poderá notar, ser um medalhão exige um esforço grande, e só se adquire esse privilégio após os 40 anos, E é difícil porque a pessoa deve sempre se manter neutra, não pode ter opiniões, e ser limitado em vocabulário e conhecimento, O conto é um pouco difícil de desvendar, mas aos poucos percebe-se que Machado de Assis faz uma crítica a sociedade brasileira, que aniquila o indivíduo para que ele se torne o que a sociedade considera melhor.
Em poucas páginas, Machado de Assis traz um diálogo entre pai e filho. É a noite do aniversário de 21 anos do filho, e o pai o aconselha a tornar-se um medalhão. Aos poucos, é possível descobrir que medalhão é uma pessoa que conquista riqueza e fama. Mas pelo que o leitor poderá notar, ser um medalhão exige um esforço grande, e só se adquire esse privilégio após os 40 anos, E é difícil porque a pessoa deve sempre se manter neutra, não pode ter opiniões, e ser limitado em vocabulário e conhecimento, O conto é um pouco difícil de desvendar, mas aos poucos percebe-se que Machado de Assis faz uma crítica a sociedade brasileira, que aniquila o indivíduo para que ele se torne o que a sociedade considera melhor.
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sauron11 13/08/2020
Primeiro conto.
Esta obra de Machado de Assis foi o primeiro conto que li.
Confesso que inicialmente achei um pouco confuso o texto tendo em vista a utilização de palavras complexas, contudo o que me chamou mais a atenção, e gostaria de frisar a futuros leitores, foi a riqueza de detalhes que podemos encontrar nas entrelinhas desta obra, os quais nos levam a reflexão e análise quanto as opiniões e orientações repassadas de pai para filho.
Por fim, se trata de um clássico de Machado de Assis, que merece ser apreciado.
Boa leitura!
Primeiro conto.
Esta obra de Machado de Assis foi o primeiro conto que li.
Confesso que inicialmente achei um pouco confuso o texto tendo em vista a utilização de palavras complexas, contudo o que me chamou mais a atenção, e gostaria de frisar a futuros leitores, foi a riqueza de detalhes que podemos encontrar nas entrelinhas desta obra, os quais nos levam a reflexão e análise quanto as opiniões e orientações repassadas de pai para filho.
Por fim, se trata de um clássico de Machado de Assis, que merece ser apreciado.
Boa leitura!
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Samanta 27/07/2020
Atualíssimo
Como pode ter sido escrito há tanto tempo e ser tão atual? A ironia desse conto é fantástica. Trata-se de um aconselhamento dado de um pai a um filho quando o filho completa 22 anos.
"Guardadas as proporções, a conversa desta noite vale O Príncipe de Machiavelli."
Recomendadíssimo!
Atualíssimo
Como pode ter sido escrito há tanto tempo e ser tão atual? A ironia desse conto é fantástica. Trata-se de um aconselhamento dado de um pai a um filho quando o filho completa 22 anos.
"Guardadas as proporções, a conversa desta noite vale O Príncipe de Machiavelli."
Recomendadíssimo!
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