A Guerra dos Botões

A Guerra dos Botões Louis Pergaud




Resenhas - A Guerra dos Botões


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matheusph 03/10/2011

Pelos Botões!
Em 1912 Louis Pergaud escreveu esta estória recheada de 'lambe-cus' e momentos bizarros. Neste ano foi escrito o livro mais perverso se tratando de crianças que eu tive o prazer de ler.

A Guerra dos Botões é interessantíssimo, tanto pelo lado cultural quanto pela diversão proporcionada em suas páginas. Logo no início da leitura já podemos prever o que o livro nos proporcionará, revelando as crianças mais perversas e, ao mesmo tempo inocentes que levam uma vida difícil em um vilarejo na França.

As batalhas entre os Velrans e os Longevernes só são o que são pelo fato de Lebrac, o garoto-durão - como diria se o narrador da Sessão da Tarde estivesse descrevendo nosso companheiro -, lider dos Longevernes, pensar em tudo e, sempre da forma mais bárbara tramar planos para 'derrotar' seus inimigos, os porcos dos Velrans.

Descrever essa belezura da forma que ela merece levaria um bom tempo, e tempo é o que menos tenho, então, vos aconselho a procurarem esse livro e devorarem suas páginas, pois, apesar de conterem uma estória relativamente simples, tem o poder de apaixonar o leitor que as lê.

Simone 12/07/2012minha estante
Marcou minha infância, pois ainda o li na biblioteca. Foi o primeiro livro que virou filme que me decepcionou. Optei por desconstruir todas as imagens do filme que ficaram na minha cabeça e manter a minha versão mágico-épica da leitura na infância.




Reccanello 29/08/2024

Ah, a juventude de outrora!
O que faziam as crianças antigamente? Como elas se divertiam naquela época, final do sec. XIX, sem rádio, TV ou celular? Simples: fazendo guerra! Em um vilarejo remoto da França, os meninos (todos na faixa entre 8/9 e 11/12 anos de idade) se reuniam após as aulas para, num campo fronteiriço, lutar contra os meninos do vilarejo vizinho, todos na mesma faixa etária. Pedradas, pauladas, porretadas, socos, pontapés e mordidas, tudo era válido naquela guerra sem fim, renovada a cada xingamento, a cada tomada de butins. E que butim! Botões, cadarços, elásticos, todos tomados à força dos prisioneiros inimigos que, humilhados e um pouco machucados, voltavam para casa chorando e já preparando a vingança. Um círculo sem fim que fazia os meninos mais adultos ao exercitar suas forças físicas e morais, seu senso de lealdade, de honra e camaradagem. Bons tempos que nunca mais voltarão! Um livro muito divertido!
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Renan.Oliveira 27/09/2016

Resumo do livro : A guerra dos botões
A guerra dos botões e um livro,cuja o autor se chama Louis Pergaud,e a adaptação de Cecilia Casas,esse livro fala de dois gibus (reinos) que entraram em conflito,um era de Vernois e o outro de Boulot.
Um dia eles assinaram um decreto de guerra pois não se entendia com o outro,porém tinha um espertinho no grupo,ele se chamava Lebrac ele planejava o ataque antes da guerra,ele comprava os botões,tecido,linhas e ate roubava de outras pessoas,que ficava até nuas!
chegando o dia da guerra os dois reinos assinaram um acordo de paz,mas o Lebrac não aceitou e acabou sendo esquecido pela humanidade dos gibus,era para a guerra funcionar assim: quem arrancava mais botões ganhava a guerra.
Eles queriam guerrear porque tinha um líder que era o maior de todos eles.
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Suzana.Kawai 08/07/2024

O gêmeo de "Os meninos da Rua Paulo"
Em "A guerra dos botões", meninos de aldeias rivais, qual torcidas organizadas, vivem de planejar e executar enfrentamentos ferozes na zona limítrofe entre as regiões de Longeverne e Velrans. Cada escaramuça revela a inteligência dos líderes, a bravura dos pequenos, o senso de honra de vencedores e vencidos. O título se deve ao fato de que um perdedor pode voltar com a roupa arrebentada para casa, sofrendo terríveis castigos. Assim, instituem maneiras de acumular botões, presilhas e agulhas com que consertar os estragos da guerra e driblar as surras domésticas.
Esta é uma obra francesa e - como fiquei sabendo - lida até hoje no Ensino Médio daquele país, um clássico. Desde a capa ao título, me levou ao universo de outro clássico, húngaro desta vez: "Os meninos da Rua Paulo". De fato, os dois livros são quase simultâneos, separados por 5 anos de diferença, o primeiro é de 1912 e o segundo de 1907.
O autor francês avisa que sua obra é satírica, inspirada em Rabelais e não direcionada para garotinhos e garotinhas. Isso é muito verdade, porque as crianças do livro são sempre duramente castigadas por adultos extremamente ciosos de uma moral e bons costumes, que não possuem ou que sempre infringiram. A gente aprende a amar a bravura e a inteligência de Lebrac e La Crique, talvez o meu favorito. A gente sofre com a crueldade dos adultos, revolta-se com a hipocrisia, mas também se diverte com a malandragem dos pequenos.
Dei quatro estrelinhas para "A guerra dos botões" e cinco para "Os meninos da Rua Paulo" justamente porque o húngaro tem uma veia menos cáustica e quando emociona, nos leva às lágrimas de verdade. Ainda assim, amei a ironia de Pergaud e só fiquei preocupada com a sobrevivência de sua obra em um mundo que vem reescrevendo os livros no politicamente correto.
Eu não mudaria uma vírgula, mas faria "A guerra dos botões 2".
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Ana 19/03/2018

Chulo e divertido
Esse livro foi um dos mais porra-loucas que já li, ainda mais em se tratando de um livro com protagonistas crianças e para crianças. Subversivo total. O vocabulário chulo me deixou mais de uma vez chocada (eu tinha 12 anos quando li), mas fora isso, o livro é muito divertido.
Nesse livro, escrito em 1912 pelo que li em algum lugar, o autor nos transporta à infância nua e crua, sem filtro, sem limite.
A história se passa no interior da França, entre as aldeias de Longeverne e Velran. Reza uma lenda muito antiga que uma grande rixa envolve os meninos dessas duas aldeias. Todos os anos esses meninos guerreiam entre o outono e o inverno para afirmar suas virilidades. Armados com paus, pedras e estilingues eles lutavam, embora sempre cuidando para não estragar a roupa de domingo, pois domingo era dia de ir à missa. O autor contrapõe, neste livro, o mundo dos adultos e o das crianças, deixando o segundo grupo como protagonista, enquanto que os adultos são muitas vezes os antagonistas, aqueles que se contrapõem ao mundo dos filhos, ao modo de eles serem e agirem. Os pais e os professores, são a autoridade, são aqueles que mandam e desmandam, e os filhos são os rebeldes.
Esse livro era um total desconhecido para mim, há 16 anos, mas foi um dos melhores que já li na vida. Muito bom.
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Rique Viola 11/01/2019

Ah, a infância...
Este clássico francês de autoria de Louis Pergaud, narrado em terceira pessoa, nos contará a história de diversas crianças de dois vilarejos franceses do século XX as quais vivem em um conflito que remonta a anos, tendo estas crianças apenas um objetivo: roubar botões!

De um lado temos os Longevernes, liderados pelo general Lebrac, que está disposto a fazer de tudo para mostrar para seus inimigos que com seu grupo ninguém pode. No outro lado temos os Velrans, comandados pelo valente Aztec que, assim como Lebrac, é um líder forte e determinado a defender seu vilarejo a todo custo.

Conforme vamos avançando na história e conhecendo mais nossos guerreiros, automaticamente começamos a entender seus planos, suas estratégias suas habilidades e diversas outras características pessoais que os fazem serem reconhecidos pelo que são, como Lebrac com sua alma de liderança, Camus sendo um dos mais espertos da turma e Tintin, um dos mais inteligentes, e por aí vivenciamos suas aventuras, vitórias, derrotas e até desentendimentos.

O livro é um prato cheio para quem gosta de narrativas que retratam a infância, e um dos pontos que o torna tão interessante é o fato de que seu autor se inspirou em suas memórias de origem em uma cidadezinha, Landresse, que fica bem a leste da França, a qual suas tradições rurais eram (e ainda são) muito presentes.
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Rafael1366 14/09/2023

A GUERRA DOS BOTÕES
A premissa do livro me chamou a atenção, os personagens são bons e suas aventuras e batalhas são muito divertidas de se imaginar, porém, para mim, a tradução tinha o poder de salvar ou dificultar em muito a experiência do leitor que se depara com este livro datado que se passa no interior da França.
O trabalho da tradução poderia ter modificado termos e frases para palavras mais fáceis e atuais, que ajudariam o livro a ser mais fluído, porém ela não cumpre esse papel.
O livro em si, pela história, não é ruim, mas a tradução, pelo menos para mim, dificultou e muito a experiência.
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