Recordações da Casa dos Mortos

Recordações da Casa dos Mortos Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Recordações da Casa dos Mortos


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Igor 17/09/2021

Crucial
Para quem é fã do autor ou o quer começar ler, esse livro é o indicado. Aqui Dostoiévski vai nos relatar sobre seus tempos de prisioneiro, mostrando o caminho que determinou o rumo da sua brilhante vida literária.
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sheila 05/03/2020

A triste realidade de um preso na Siberia de 1849, pior ainda pra ele um homem estudado, que sempre foi olhado de longe pelos outros, por mais que conseguia fazer certas "amizades" ele sabia que no fundo eles não aceitaram ele por pertencer a nobreza. Neste livro ele não se centra no seu encarceramento, senão tenta cortar em terceira pessoa a rotina do dia a dia na prisão. Ele era muito observador e isso fez ele detalhar cada personagem, e em poucos momentos deixava sair seu próprio sentimento e o que mais deixava ele mal era não encaixar nesse povo da prisão. Forte porém muito bom pra poder conhecer uma etapa de um escritor destacado como ele
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Adriana1161 21/10/2022

Quase autobiografia
Foi o décimo livro do Dostoiévski que eu li, e o que eu admiro é a diversidade de sua escrita conforme as fases de sua vida. Ele vai de um extremo ao outro, faz crítica social, escreve com humor, ironia, etc... Este livro, no caso, é quase uma autobiografia, em que ele faz um relato romanceado dos anos em que esteve preso na Sibéria.
É narrado em primeira pessoa, por um preso que foi condenado pela morte da esposa, e posteriormente escreveu os relatos da prisão.
Faz um estudo profundo do ambiente e das pessoas que o habitavam.
Tem alguns pontos bem interessantes, e levanta várias questões que nos fazem refletir. Por exemplo, sobre a privação da solidão; sobre o trabalho compulsório ser mais leve que o trabalho comum feito pelo mujique, apesar de ser um trabalho inútil para o preso; sobre a desigualdade dos castigos, e sobre a homogeneidade das penas para crimes iguais, porém cometidos com diferentes motivações.
Um livro muito interessante!
"A raça humana é forte. O homem é a criatura que pode se acostumar a tudo, e creio que essa é talvez a melhor definição para ele."
Personagens: Alexander Petrovitch Goriantchikov, outros presos
Local: Omsk - Sibéria/ por volta de 1850
@driperini
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Pedro.Inocente 21/07/2024

Um bom livro, mas confesse que estava com altas expectativas para essa obra e acabei me decepcionando um pouco!
Achei a escrita um tanto arrastada, apesar de Dostoiévski escrever muito bem, como sempre. Não me prendeu tanto quanto outras obras que li dele, mas com certeza vale a leitura, pois é um livro decisivo para toda a carreira do autor, em sua experiência nesses 4 anos na Sibéria, ter sobrevivido a esses desafios possibilitou Dostoiévski de ter suas inspirações e escrever suas obras futuras, muitas delas, de grande sucesso, como ?Os Demônios? , ?O Idiota?, ?Crime e Castigo? e ?Os Irmãos Karamázov?, por exemplo!
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Marcus 20/05/2023

Memória de um cárcere
Diário do escritor durante sua prisão na Sibéria contada através de um alter ego. Em muitas partes cansativo, de qualquer forma é sempre uma grande obra, escrita com a maestria de Dostoiévski.
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Johnny Blue Heart 09/04/2022

A maior angústia humana é a privação da liberdade
Um livro fascinante sobre a realidade de detentos num presídio de trabalhos forçados na Sibéria. O que mais toca é a inevitável reflexão sobre se isto que vivemos fora de uma prisão, no sentido jurídico, seria, de fato, a liberdade. Um olhar profundo acerca da complexa condição humana. Muitas das histórias dos detentos inspiraram grandes personagens de obras angulares do grande escritor russo. Baita livro!
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Patrícia 08/07/2009

Cansativo!
É duro dizer mas foi o único livro que não gostei de Dostoiévski e ainda não consegui terminar.
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Mi_ 04/05/2024

Só um gênio como Dostoievski para escrever sobre um tema tão pesado, de forma leve e dinâmica.
A leitura é bem fluida e não deixa de ser - em alguns aspectos bem atual, como no trecho abaixo.
? O preso, por exemplo, que é condenado por processo devido a crime contra seus superiores, acha que se tal fez foi porque alguma razão houve; portanto, não se interroga se fez mal, muito embora saiba que os superiores encaram tais crimes dum ponto de vista muito diverso, apoiados no direito, digamos assim, devendo, pois, ser castigados. É uma questão que apresenta duas faces.
O criminoso está convencido de que um tribunal constituído por gente da sua própria classe lhe dará razão, jamais o condenando severamente ou até mesmo o absolvendo, já que não perpetrou um crime contra seus irmãos, contra a sua própria classe. Sua consciência, portanto, não o aflige, e nessa consciência assim apoiado, deixa de ter temor. Não lhe sobrevêm cuidados morais, acaba olvidando. Percebe, não obstante isso, que alguma coisa fez, acaba aceitando o castigo como uma fatalidade e, portanto, inevitável.?
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nalewbs 14/06/2020

Não fluiu, para mim
Essa leitura foi muito complicada de finalizar. Não conseguia aproveitá-la de fato nem realmente mergulhar na história. Isso não quer dizer que é um livro ruim. Acho o tema interessante e, bom, foi meu primeiro contato com literatura de cárcere. Por um lado, valeu a pena por alguns questionamentos que me fiz durante a leitura. Por outro, não foi prazerosa, ainda que eu tenha lido "Crime e Castigo" do mesmo autor e tenha curtido bastante.
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Israel145 07/09/2012

Uma das obras mais importantes do autor, RECORDAÇÕES DA CASA DOS MORTOS traz o personagem narrador Alexander Petrovich, condenado a cumprir pena por trabalhos forçados na Sibéria face ao assassinato de sua própria esposa.
O livro na verdade é uma versão romanceada do período em que o próprio Dostoiévski viveu na prisão, onde se viu envolvido com um levante chamado “Decembrista” que tinha o objetivo nada mais nada menos que derrubar o Czar Nicolau I, apesar do envolvimento do jovem Dostoiévski ser meramente intelectual e não ter nada de revolucionário.
Na obra, o autor envereda pela análise da relação entre as autoridades, os presos e o ambiente prisional, fazendo um vasto apanhado de situações vividas por ele e por outros no confinamento. Logo no princípio, o termo “Casa dos mortos” passa a ganhar sentido devido a condição a que os prisioneiros são submetidos. Dostoiévski, nos 10 capítulos do livro, aborda as primeiras impressões de Alexander, o relacionamento entre as castas na própria prisão (Alexander é um nobre) e o melhor: uma vasta sequência de histórias absurdas, profundas, traumáticas e horrendas tanto da sua própria vida, como da vida dos detentos ou do que ocorreu quando estavam em liberdade. Essas histórias dão ao livro um toque especial por passar a sensação de ler mini-contos dentro do romance.
A partir dessa história, o autor analisa o lado mais sombrio da alma humana, seja ela a alma do carrasco que aplica uma pena de 1000 chibatadas ou um facínora que matou a própria esposa, colocando-os numa mesma balança porém vendo-os sob perspectivas bem diferentes.
A edição da Nova Alexandria é primorosa. Foi traduzida direto do Russo por Nicolau Peticov, além de capa dura, papel Pólen Soft, fonte e espaçamento no tamanho adequado. Traz ainda como extra uma carta de Dostoiévski destinada ao irmão Mikhail, datada da época do fim do cumprimento da pena, onde o autor foi forçado a cumprir 1 ano de serviço militar obrigatório. Nessa carta, o autor implora ao irmão por dinheiro, conta um pouco sobre a vida na prisão, faz planos para a publicação de seus livros e em toda a carta, é comovente ver Dostoiévski implorar para que o irmão mande livros, sendo que em quase todos os parágrafos ele faz esse pedido alegando os mesmos serem a sua razão de existir.
RECORDAÇÕES DA CASA DOS MORTOS talvez seja um grande divisor de águas na obra de Dostoiévski, pois é muito provável que se não fosse essa experiência vivida na prisão, o autor não tivesse se tornado um dos maiores, se não o maior escritor russo de todos os tempos.
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Potterish 19/06/2012

Quem tem medo de clássico?
Resenhado por Thiago Terenzi

Pois este autor escreveu “Recordações da casa dos mortos”, um romance baseado em suas experiências enquanto viveu na sombria e gélida prisão de trabalhos forçados da Sibéria. Um enredo como este conseguiria facilmente atrair a curiosidade de qualquer leitor ávido por uma boa estória, certo? Mas este autor é Dostoiéviski e o livro é um dos maiores clássicos da história da literatura mundial. Alguém aqui tem medo de clássico?

Há quem sue frio quando ouve falar em Dostoiéviski, Machado de Assis, Cervantes, Tomas Mann, Kafka, Álvares de Azevedo, entre outros. Quando o professor exige a leitura de algum destes, um medo terrível adentra o corpo do aluno: é o Medo do Clássico.

Mas acalme-se! Nada está perdido – o clássico pode sim se tornar uma leitura interessantíssima. Há beleza – e muita! – nas palavras mofadas de um livro cânone. E digo com conhecimento de causa: já fui um desses que preferia jogar bola ou videogame ou entrar no MSN ou ir no cinema ou dormir ou assistir tevê… tudo, menos ler um Temível Clássico. Fui fisgado para esta que chamam de Literatura Erudita ao ler o livro que agora recomendo: “Recordações da casa dos mortos”, de Fiódor Dostoiéviski.

São sempre as mesmas as queixas quanto aos clássicos: a linguagem é dificílima; o livro não prende a atenção do leitor; são páginas e páginas de descrições chatíssimas, onde está a ação?…


PARA LER A RESENHA COMPLETA ACESSE: WWW.POTTERISH.COM/RESENHAS
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aguiasou 24/10/2022

Indico muito essa essa leitura
O livro um tanto autobiográfico, do período em que Dostoievsk passou preso na Sibéria.
Mostra o retrato da prisão, o tratamento que os presos eram acometidos, as discriminações por parte dos presos (tantos os da classe nobre em relação a classe mais baixa e vice versa).
Dostoievsk escreve sua experiência e visão, nos olhos do seu personagem, e com isso temos seus anseios, como era o seu relacionamento com os demais presos, os castigos recebidos, os ambientes em que passou.
Não existe floreios, é uma escrita crua que nos faz refletir, é uma realidade que nos faz pensar sobre o sistema prisional como um todo.
Por fim deixo uma citação do livro que define bem o sistema prisional:
"As prisões e o sistema de trabalhos forçados não reeducam o criminoso; eles apenas o castigam e salvaguardam a sociedade de futuros atentados".
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Henrique 25/08/2020

O lado humano na mais desumana das condições
Neste livro, o meu primeiro de Dostoievski, chama a atenção a sua simplicidade e maestria na escrita. O livro se lê saborosamente, com diversos sorrisos.
Apesar de se tratar de uma descrição de presídio sob os rigores da Rússia do século XIX, a história é, na verdade, menos bruta. Trata das mazelas e da degradação humana que, no fim, une todas as pessoas. O livro, ironicamente, traz uma certa esperança ingênua e reconfortante.
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HULK AGIOTAAA 07/02/2023

O laboratório do gênio
Escritos da casa morta, a meu ver, é um livro que infelizmente ocupa posição periférica na fantástica obra de Dostoievski. Mas não o faz por falta de qualidade, mas sim por excesso, das grandes obras de período mais maduro. Mais do que uma simples biografia travestida de narrativa a parte, Escritos da Casa Morta é um livro que traz o processo de amadurecimento de um homem que escreveu O duplo e Gente pobre, que foi condenado a pena de morte e que foi ressaltado pelo mais importante crítico literário da época, Bielinsky, como o precursor de toda um nova literatura. A partir dos anos de degredo na casa morta, Dostoievski passa a nutrir-se dessas mesmas lembranças, dessa matéria bruta, para a construção de seus mais icônicos personagens. Um bom livro para compreender a relação do escritor com os seus livros.
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Gabriel.Larrubia 19/03/2022

"Passei minha vida lendo, analisando, escrevendo (ou treinando minha mão na escrita) e desfrutando. Descobri ser está última coisa a mais importante de todas"
Creio que foi Agamben quem disse que uma leitura que não desperta o desejo de escrever é uma leitura falha (ou um texto, tirando tanta responsabilidade do leitor que essa paráfrase carrega). "A poesia não é alheia, a poesia está logo ali, à espreita". Escritos da casa morta é um êxito total, mesmo que a escrita que a obra inspire venha ser uma ao vento. Ser uma pessoa em meio à gente, estar presente mesmo que absorto em pensamentos, pois esses pensamentos tem como raiz o entorno imediato, todos que lhe rodeiam. Se uma boa escrita desperta a vontade de produzir, uma escrita que desperta o desejo de viver é uma escrita perfeita. Completa.
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