Mônica 03/01/2014Agradável!Começo dizendo que trata-se de uma novela, que fica no meio termo entre conto e história. Nem tão grande, nem tão longa, por isso mesmo algumas partes dão pulos, passam rápido demais. Isso é normal, ok? ;)
Emmeline tem 30 anos e não pode reclamar muito, está prestes a ser promovida, um namorado que aparentemente a ama, amigos leais, uma família relativamente tranquila e… seios pequenos.
Você, assim como eu, pode achar que mesmo ela sendo filha de um renomado cirurgião plástico, isso não é nada demais. Mas Emma não pensa assim, e quando seu mundinho perfeito começa a ruir, ela coloca parte da culpa no tamanho dos seios.
É também quando ela descobre que Adam, seu namorado perfeito, não é tão perfeito assim, que começa a se dar conta que a sociedade tem ideias muito fechadas sobre como a vida de uma mulher adulta deve ser: arrumar emprego, uma casa, um marido, ter filhos e ser feliz. E quando ela percebe que dessa lista ela só tem um emprego, ela começa a bolar planos de como voltar a ser feliz e dar a volta por cima, claro que sempre com a ajuda de seus fiéis amigos.
Apesar de o livro ser sobre a Emma, durante a leitura podemos conhecer bem seus amigos, e em algumas partes achei até que ela ficava meio de lado para dar espaço para suas amigas, Rachel, Tish e Katy, e seus respectivos namorados, o que é bacana, pois assim podemos conhecer mais sobre a própria Emma e como ela lida com os problemas de seus amigos, mesmo tendo vários próprios. E vice versa.
Além disso, Emma ainda tem que lidar com sua mãe feminista e seus presentes estranhos, seu pai, sua madrasta e seus irmãos gêmeos, que mais parecem dois diabinhos. Em alguns momentos fiquei até confusa com tanto personagem.
“Nós somos suas amigas. Nós estamos do seu lado. Nós fazemos parte do pacote Emmeline, e se mexer com uma de nós, mexe com todas nós.”
Confesso que no começo achei um pouco maçante pois só tinha lido maravilhas sobre o livro e não estava achando nem tudo isso e nem tão engraçado, mas vai ficando melhor depois. E mesmo com um final bom (e um pouco previsível, preciso dizer), esperava um pouco mais de explicação, acho que faltou “AQUELE diálogo que derrete a gente no final”, mas isso é a minha opinião. E como eu já disse lá em cima, trata-se de uma novela.
Esperava também mais cenas com o engraçado e fofo Jack, mas tudo bem.
A narrativa é feita pela própria Emma e a escrita fluida e tranquila me lembrou muito a da Meg Cabot, principalmente a hilária Lizzie Nichols em “A Rainha da Fofoca”, que em certos momentos chega a ser meio absurda, assim como Emma. E me lembrou também bastante a Tily de “Dizem Por Aí”, escrito por Jill Mansell. Ou seja, a leitura é rápida e fácil. :)
Ah! Por ser um livro de 2003, algumas referências usadas já não fazem sentido e não são atuais, mas não perde a graça. Sutiã PP, apesar de não apresentar nada de novo para as leitoras amantes de chick lit, não deixa de ser um bom passatempo.
E eu adorei a capa, achei bem sutil, e nada óbvio. :)
“Ai meu Deus, o que eu faço agora?
Eu puxo o cobertor sobre a minha cabeça e finjo que sou uma pilha de roupas velhas.”
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http://monicanadal.wordpress.com/2014/01/03/sutia-pp-michelle-cunnah/