O Primo Basílio

O Primo Basílio Eça de Queiroz




Resenhas - O Primo Basílio


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@jana450 15/04/2024

Inesquecível
Por ter sido leitura obrigatória para o vestibular eu li com muita atenção e reli, fiz todos os questionários e por isso não esqueci nenhum detalhe.
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Polianny Martins Advocacia 09/04/2024

Fiquei agoniada com o romantismo e o machismo andando de mão dadas. Na maioria dos momentos não gostei da história, mas ela é muito boa perto do filme.
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Scarx 06/04/2024

Primeiramente o livro fala mais sobre Luísa do que sobre Basílio em si. A escrita por ser em um português mais antigo, digamos assim, complica a leitura e a compreensão. Além de ser uma leitura pesada pelo enredo e pelo tamanho dos capítulos, digamos cansativos.

Não é meu estilo de livro mas é um clássico bom, muito bom.
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Iara Caroline 20/03/2024

?Quel giorno più no vi leggiemi avante?
Ambientação de uma vida burguesa sem preocupações urgentes e uma vida calma. É como começa o romance. Meu aspecto favorito talvez seja esse. Eu amei como o Eça possui uma sagacidade em sua escrita, uma maneira de traçar os desdobramentos antes mesmo de acontecerem. É como uma forma de impulsionar a narrativa antes mesmo dela acontecer. Ele passa o livro todo trazendo pequenas nuances do que quer dizer, do que se trata as personalidades e as perspectivas das personagens.

No prefácio dessa edição há uma delineação acerca da escola literária realista, seu contexto histórico e sua base filosófica. Entre todas as escolas, ela provavelmente é a que me interessa mais. É no realismo, de fato, que as coisas são vistas pelo que são. E não há como ter um exemplo melhor do que O Primo Basílio. Na narrativa de Eça, tudo ganha uma perspectiva objetiva e real demais. Para além do ponto de vista do oprimido, a empregada negra, é impossível não me referir à própria protagonista e ao enredo principal. A traição de Luísa não é nem de longe uma trama supérflua, nem mesmo ela própria. Apesar de me causar repulsa a maior parte do tempo, a construção dessa personagem simplesmente me encantava. Luísa é a própria crítica que Eça faz da escola literária anterior, ela é a personificação dessa distinção. Sem muito o que fazer além de ser esposa e patroa, as horas que ela passava a ler romances (do romantismo) com certeza ironizaram seu destino. No entanto, um destino que por pouco tempo se pareceu com os livros que lia. A realidade sem encantos e cruel vem a tona como o próprio objetivo do livro. O seu amado, Basílio, não passa do que na realidade ele obviamente é. A sua atitude, por mais que se busque justificativas, não passa da atitude de alguém fraco que escolheu o seu próprio destino. Para minha surpresa, não foi sequer a personagem emblemática Leopoldida que a conduziu ao erro. Ela fora sozinha, por circunstâncias ou não.

É óbvio que a critica social que, no geral, o realismo busca vai além. Na cena em que aparece pela primeira vez Juliana, a criada, há um contraste muito alto entre a manhã tranquila de dois pequenos burgueses e a própria feição e linguagem corporal daquela que os servem. Juliana aparece doente, suja, com feições amareladas. É quase um incômodo à paisagem anteriormente criada. Como diz Lilian Jacoto no prefácio, é a primeira vez que uma personagem como ela tem sequer o direito de uma aparição real. A angústia e o sofrimento dessa personagem são colocados em destaque. As suas reclamações, o seu ódio, as suas dores e principalmente, seu quarto abafado são intencionalmente mencionados para causar esse incômodo. Não há como se incomodar menos com a sua situação do que com os questionamentos de conduta de Luísa. Paula, personagem essencial do romance, afirmara: ?Falo da alta sociedade, das fidalgas, das que arrastam sedas! É uma cambada. (?) No povo há mais moralidade. O povo é outra raça!? E é agora que o leitor, a não ser que se tenha uma conduta muito distorcida, irá se importar mais com o que acontece com a pobre, não mais com as pequenas decepções da protagonista delicada.

Com um final trágico, a agonia dos capítulos finais causam um desconforto sufocante. ?No culto da ironia que projeta sobre todos os elementos do romance a sua ambiguidade, a prosa de Eça sabe jogar com as expectativas do leitor, confundindo seus afetos de medo, raiva e compaixão.? A agonia de Luísa e os regalos e desmandos de Juliana, na inversão dos papéis, quase enganam o leitor. É, no entanto, nas mortes que tudo volta a ser reestabelecido. Na aflição de ver sua recompensa final fugir de suas mãos, morre Juliana sem um alma sequer para a velar. Morre também Luísa condenada com suas próprias escolhas, com uma casa cheia e com o perdão de seu marido. Pior ainda, continua vivo Basílio. Sua preocupação é estar sozinho, na repugnante cidade de Lisboa.
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samy 13/03/2024

Esse foi um dos melhores livros que minha professora de literatura passou, até agora.
apesar de ser um clássico e a linguagem muito extensa, não achei a leitura tão maçante e acho que isso se deve por conta que a história não é parada, e sim sempre está acontecendo algo importante.
portanto, foi um livro bom para mim.
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Senhorita_morland 01/03/2024

"Devia ter trazido a Alphonsine"
E pensar que tudo poderia ter sido evitado se esse pulha do Basílio tivesse trazido a Alphonsine rs
Um clássico que nunca perde o brilho, adoro o jeito como o Eça escreve e sagazmente crítica a sociedade Lisboeta da época através dos seus personagens fúteis e hipócritas, burgueses desocupados.
A pobi da Juliana só tomou no rabicó, mas em compensação a Luísa teve seu final tão melodramático quanto ela. E embora ela fosse uma sonsa, gostava de acompanhar o relacionamento dela com o Jorge.
Sobre a servidão isso sempre vai me incomodar, vai cair a mão se um burguês a colher for pegar?
Enfim, fica aí esta reflexão...
Sem mais,
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AlineLucia 28/02/2024

Fabuloso!
Essa foi minha segunda tentativa de ler O Primo Basílio. Na primeira vez, as expressões em português de Portugal me cansavam, não consegui me sentir atraída pela história, e acabei desistindo da leitura antes da metade do livro.
Alguns anos se passaram e resolvi dar mais uma chance à obra, e ainda bem que fiz isso! Que história emocionante!
O autor nos faz amar ou odiar os personagens dependendo do momento da história, aproximando-os de nossa natureza humana falível, ora ética, ora desprezível.
A exceção talvez seja o tal primo, que só possui mesmo o lado desprezível. Até a bruxa da Juliana tinha lá alguns motivos para sentirmos um pouquinho de pena dela.
Em se tratando de adultério, culpa e consequências, essa obra é muito mais interessante do que o chatíssimo Anna Karênina. Cinco estrelas!
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Yasmim648 28/02/2024

Interessante só início ao fim e olha que eu particularmente não gosto muito de "Clássicos". Desenrolar legal e final inesperado. Notal:1000
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calpurnia 23/02/2024

Só é clássico porque é velho
A história? Uma porcaria
Já li livros com uma lição muito melhor por trás, que realmente te ensinam valores e importâncias da vida
Mas sabe por que esse livro tem todo esse respeito e nome? ?Ai que vai no vestibular ?
É só porque é velho!
Só porque é de 1800 e bolinhas e foi pioneiro em tal escola literária
Foda se?
Realmente odeio esse mecanismo da escola nos obrigar a ler esse tipo de livro com a desculpa de que tem algo maior por trás
Já li clássicos melhores também
Uma porcaria
Fefenoir 23/02/2024minha estante
Simmm achava que odiava ler por causa dos livros da escola. Não suporto Machado de Assis


Fefenoir 23/02/2024minha estante
Vc sabe quem nos obrigava a ler esses clássicos. Agora dá vontade de chegar pra ela e contar toda a trilogia de Príncipe Cruel igual ela fazia com esses livros KKKKKKKKKK


calpurnia 23/02/2024minha estante
Pois é cara


calpurnia 23/02/2024minha estante
Esse tipo de livro que desmotiva a leitura.




Marinus0 19/02/2024

Achei a leitura bem pesada, nem foi pela linguagem , mas a narrativa é as longas páginas dificultaram uma leitura dinâmica. Isso atrapalhou um pouco o meu gosto pelo livro.
Mas além disso a história é boa, Eça de Queiroz faz uma crítica crua e afiada a burguesia.

De forma que desde o início seus personagens são marcados por interesse. O interesse financeiro no casamento de Jorge e Luísa, o interesse sexual de Basílio por Luísa, o interesse da vizinhança pela a vida de Luísa (na forma de fofoca, rumores e julgamento), o interesse de Juliana pela ascensão social...

É uma quebra total do romantismo em que Luísa tanto acredita. Não existe amor, declarações, fugas com o amante, nem finais poéticos. Tudo isso para ela ficar as vontades de Juliana, com medo e de certa forma coração partido. Essa construção de personagens é muito completa, facilmente entramos na perspectiva deles e compreendemos sua história, seus sentimentos e suas intenções -- essas últimas nada boas.
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Vini 18/02/2024

Basicamente uma novela cheia de intrigas, fofocas e personagens com péssimas decisões motivadas pelo tédio. Super divertido e até contemporâneo. Apesar das óbvias inspirações em outras obras, tem suas particularidades e essas valem a pena.
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