Resenhas - O Primo Basílio

Alice 11/11/2023

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Demorei pra engatar, mas quando peguei fui direto até o fim.

Entra pra o conjunto de livros que se eu tivesse lido no colégio não teria entendido ou teria odiado.

A história é envolvente, parece uma grande fofoca. A linguagem - pelo menos da minha edição - é um pouco difícil mas a gente acostuma.

Odiei os desfechos, só fiquei com raiva e mais raiva depois da morte da Juliana, mas ainda assim é bem verosímil tudo que acontece.

Basilio simplesmente um pedaço de b0st4, Jorge no fim das contas se mostrou um pouco melhor que ele.

E é isso, a vida era uma merda para todas as mulheres nesse livro.

Mas eu gostei muito.

Uma resenha cheia de contradições, sim

Geórgia 05/11/2023

Por isso é um clássico.
Um clássico da literatura portuguesa, este romance de Eça de Queiroz é maravilhoso. O enredo me prendeu bastante e oscilei entre sentir pena e raiva tanto de Luísa quanto te Juliana. O Jorge é adorável e Basílio é o típico macho escroto que usa e abusa de Luísa. Os demais personagens só tornam a obra ainda mais completa. Temos aqui um retrato da sociedade da época, com todos os seus costumes, julgamentos e hipocrisias. Infelizmente, algumas coisas nunca mudam. Aprendi que o sofrimento te faz sucumbir até não ter mais volta. E que a ingratidão produz despeito e revolta. Essas coisas podem acabar com as vidas de quem sente e de quem é alvo delas.

Juliana 04/11/2023

Exemplo típico do realismo
Publicado em 1878, Eça de Queiroz (sou fã por causa de Os Maias) traz em O Primo Basílio uma narrativa com todos os tons do realismo literário da época. Fica muito exposta a hipocrisia e a futilidade da burguesia da sociedade lisboeta (é impressionante como há fofocas entre os vizinhos!). O adultério e a imoralidade são temas centrais da obra. As aparências, a "vida perfeita da família perfeita", representada por Luísa e Jorge. Ela, a moça linda, esposa perfeita, que não resiste aos encantos e sedução de seu primo Basílio, que chegou em Lisboa. Jorge, viajando a negócios... Basílio, o conquistador. Juliana, a criada oportunista, que vê a chance de mudar de vida ao encontrar as cartas de Luísa para Basílio e passa a chantageá-la. Essas cenas dão uma certa ação à história, pois a narrativa de um modo geral é lenta e muitas vezes cansativa.
PS: Adorei a surpresa de encontrar o trecho da música Amor I love you, de Marisa Monte, lido por Arnaldo Antunes. Lindo trecho!

Manu 22/10/2023

Estranho
Foi um livro não muito agradável de se ler por conta da dificuldade de compreensão pelas palavras difíceis. Do início do livro a 80% foi monótono e chato, no final do livro é quando os acontecimentos realmente me interessaram. As causas das mortes me deixaram confusas e não entendi algumas partes

Paula Horn 21/10/2023

5 estrelas
Não sei como a nota é menor do que 4 aqui no Skoob. O livro tem de tudo: personagens cativantes, enredo interessante, ritmo bom?
É bem escrito e super divertido de ler?
Se eu pudesse tinha lido em 1 dia!

Natelli Almeida 14/10/2023

Paixão cega....
Luísa sentiu a paixão avassaladora pelo lindo primo Basílio renascer. Paixão está que trouxe grandes euforia e desgraça. Até onde pode ir o sacrifício de se apaixonar por alguém às cegas? Luísa percebeu tardiamente que, toda aquela paixão que ambos sentiam um pelo outro era algo cheio de trevas e escuridão. Essa obra é sem dúvida umas das mais atuais.

mazuchini 07/10/2023

O Primo Basílio
Esse é o típico livro super romântico q acaba perdendo toda a sua magia por conta da leitura maçante.
A história é maravilhosa e segue os padrões da época, mas o q estraga a experiência da leitura é o detalhamento excessivo. O livro descreve minuciosamente cada ambiente, todas as características do local e das pessoas nele presente, oq acaba te distraindo do foco principal da história.
Os personagens são mto bem
retratados, mostrando cada defeito e qualidade de todos, mostrando o ser-humano na sua pior forma (característica do realismo).
Li esse livro em um mês (+/-), comecei com o livro físico e terminei com o audiobook. Por volta da pág 30 eu não estava mais aguentando e oq me ajudou a não abandonar o livro foi o audiobook.

Gabriela993 06/10/2023

Excelente!
O autor escreve de forma sublime, com muita riqueza de detalhes,sem deixar a leitura maçante. Recomendo a leitura para aqueles que desejam conhecer mais sobre o realismo!

Eduarda1728 05/10/2023

Vamos lá
Luisa nao merecia o fim que teve, gosto muito desse tipo de história de outrora aonde um simples divórcio resolveria tudo

soufernanda 27/09/2023

Ingenuidade, malícia, amor e hipocrisia
Em "O Primo Basílio" acompanhamos Eça de Queirós perturbar a paz de uma pacata família lisbonense. Para isso, ele introduz - melhor dizendo, resgata - a figura de Basílio de Brito.
A temática central é o adultério. Mas, antes que me julguem pelo spoiler, isso não é um mistério para os leitores em nenhum momento, além de que há muito mais o que descobrir.

A obra de Eça de Queirós retrata de maneira verossímil diversos caracteres da sociedade portuguesa do século XIX, escancarando a hipocrisia que a permeia.

Para além disso, em "O primo Basílio" o leitor é envolvido por uma aura de mistério acerca do desfecho da obra a partir do momento em que, em uma reunião íntima realizada na casa do casal protagonista, ao ouvir sobre os acontecimentos finais da peça escrita por Ernestinho, Jorge afirma ser o assassinato a punição adequada para uma mulher adúltera. Deste momento em diante, o leitor acompanha as mudanças na finalização da peça com aflição, como se a salvação ou desgraça da personagem teatral representassem o fim a que Luísa estava destinada.

E por falar em Luísa, é de grande importância observar a maneira como a personagem, descrita como alguém ingênua e pueril, é ridicularizada durante a obra. Seu hábito de ler romances e se imaginar como a protagonista das histórias que lê contribuem para que acredite veementemente que a relação extraconjugal e incestuosa vivida com Basílio trata-se do início de uma avassaladora e eterna história de amor, quando na verdade está apenas sendo usada como um passatempo sem valor. Desta forma, Eça de Queirós debocha do idealismo que permeia a estética romântica em face do compromisso que os escritores realistas assumiram de descrever em suas obras o mundo como ele realmente é.

Por último, justifico o fato de não ter atribuído 5 estrelas à obra por dois motivos: os capítulos são bastante longos (e parecem ser ainda maiores no início, quando o leitor ainda não está envolvido pelo enredo da obra), o que pode desmotivar ou, no mínimo, atrasar o avanço na leitura; já o segundo motivo deve-se ao fato de as transições de uma cena para outra não serem feitas de maneira muito clara em alguns momentos o que pode gerar confusão e prejudicar o entendimento.

Elaine.Spiteri 24/09/2023

Acho q td essa carencia de Luisa, pela falta do marido a fez cometer o adulterio, mas primo Basilio nao fica p tras pq a convence do seu amor.

anahelena.blasilemos 22/09/2023

O PRIMO BASÍLIO – de Eça de Queiroz
Eça de Queiroz gerou polêmicas e também unanimidade.
As polêmicas se referiam à apropriação de roteiros (plágios?) de romances famosos tais como ‘Eugénie Grandet’ (Honoré de Balzac, 1833), ‘Madame Bovary’ (Gustave Flaubert, 1856) estes dois relacionados a‘O Primo Basílio’ (1878), bem como o seu 'O Crime do Padre Amaro' (1875) que faz referência direta a‘O Crime do Padre Mouret’ (Émile Zola,1875), inclusive no título.
Além disso, a'O Primo Basílio a polêmica foi grande pela contundente crítica à sociedade portuguesa da época - principalmente a lisboeta - onde Eça espicaçava com muita elegância e sarcasmo as hipocrisias e falsos moralismos.
Consumidores de livros eram predominantemente da classe burguesa, justamente à quem Eça dirigia sua mordaz escrita, o que naturalmente gerou uma enxurrada de desprezo, muitas vezes em forma de respostas publicadas em jornais, do tipo ‘é uma bela obra de arte, mas um péssimo livro’.
Eça se defendia dizendo ser um dever, como advertência, desnudar e até acutilar aquele modelo grupal cheio de egoísmos que se contradizem, de formalismos oficiais, de literatura acéfala, de beatices parvas, de tédios nas profissões, de vaidades e desforras pessoais.
Nosso Machado de Assis com seu refinado senso estético foi um dos que se levantaram para questionar inúmeras peculiaridades do romance.
Publicou na revista O Cruzeiro, no dia 16/04/1878 um artigo com severas críticas ao livro, questionando prioritariamente a nova escola Realista que segundo ele, avolumava os acessórios até abafar o principal.
Devido à celeuma gerada pelos que não concordavam com seu ponto de vista, Machado foi levado a publicar um segundo artigo, no dia 30/04/1878.
Garantiu ser sua última opinião sobre o livro, repetiu suas análises e salientou a dúbia mensagem moralista. Disse que a protagonista Luisa não tinha remorsos, o que ela tinha era medo.
Em contrapartida, apontava sua admiração pelo grande escritor português dizendo que não se tratava de repelir o talento, menos ainda o homem, e sim a doutrina.
Polêmicas e unanimidade!
PERSONAGENS: Luisa, Basílio, Juliana
CITAÇÃO : “Que ferro! Podia ter trazido a Alphonsine!”

Tsuki 19/09/2023

Mais um clássico terminado!
Esse foi um dos clássicos de leitura mais fáceis que eu já peguei, diria que não é a melhor estória do mundo mas é um dos bons clássicos que valem a pena.

Luiz Rodrigo de 17/09/2023

Eu finalmente descobri que quem suspirou e beijou devotamente o papel
Eu finalmente descobri que quem suspirou e beijou devotamente o papel foi a Luísa. E a utilidade dos leques nos grandes teatros europeus eram paras que as senhoras fidalgas arrotarem discretamente em paz. Assim, li pela primeira vez o grande Eça de Queiroz, o Primo Basílio é um livro com os devaneios dos romances lido por Luísa e a dura realidade da vida.
Este é um livro que mostra a parte mais horripilante do ser humano. O descaso de todos que cercavam Luísa é muito chocante. O primo que só queria e descaminho dela, a amiga que queria ver este fogo arder, a vizinhança que queria motivos para falar mal, a chantagem da empregada, o descaso do marido que se importou quando já era tarde.
Dentre todas preciso fazer um destaque maior em um personagem é o próprio Primo Basílio, sim ele seduziu a prima, só por um motivo fútil, iniciativa teve sim de preparar o ninho de amor, chamado O Paraíso, na verdade um inferninho. E em suas conversas com o seu amigo já queria se livrar faz tempo dá Luísa. Ele achava lindo vê-la chorando. Sim, podemos dizer que esta é uma mentalidade do século 19, mas sabe o que é mais devastador é que esta mentalidade permanece até os dias de hoje. Triste, não?!?! Estava quase esquecendo fiquei novamente com vontade de ler Fausto , tanto do Goethe quanto do Tommas Mann, pois me aguçou a curiosidade na cena do teatro. Porque ele utilizou Fausto e não Romeu e Julieta? Provavelmente uma referência que eu não tenho.
Este foi o livro de número 27 em 8.487 páginas. Um livro totalmente fora dos meus planos de leitura, e de minha zona de conforto. Mas fiquei satisfeito pois apesar de algumas palavras eu não sabia , o Kindle ajudou muito. Mas o meu nível de compreensão foi muito além. Dou 4 🌟. por Luiz Rodrigo de Souza.

Maria.Lemes 14/09/2023

é...
Não achei bom, mas tampouco achei ruim. já li livros melhores e já li livros que gostei menos. o enredo até que é interessante e o ritmo da história se mantém constante - não é lento, de forma alguma, mas alguns acontecimentos são narrados de forma muito rápida, o que deixa as coisas um pouco inconsistentes.
de fato, ninguém ali se salva. tudo desvirtuoso, sim.
semana que vem espero compreender melhor o motivo de ser um clássico.