Rosa Daré 09/07/2020
O sentido da vida segundo Viktor Frankl reside em encontrar um propósito, em assumir uma responsabilidade para conosco e para com o próprio ser humano. Assim, tendo claro um ?porquê? poderemos enfrentar todos os ?como?. Apenas nos sentido livres e seguros do objetivo que nos motiva, seremos capazes de gerar mudanças para criar uma realidade muito mais nobre.
Nós sabemos, não existe pergunta tão complicada quanto tentar definir o que é para nós isso que chamamos de ?sentido da vida?. Essa questão abarca às vezes nuances filosóficas, transcendentais e, até mesmo, morais. Por isso muito frequentemente ficamos nos clássicos ?ser feliz e fazer os outros felizes?, ?me sentir satisfeito comigo mesmo?, ?fazer o bem?, etc.
?O homem pode conservar um vestígio da liberdade espiritual, de independência mental, até mesmo nas mais terríveis circunstâncias de tensão psíquica e física.?
-Viktor Frankl-
No entanto, são muitas pessoas que, ao tentar dar respostas a essa pergunta, sentem um profundo vazio existencial. O que é para mim o sentido da vida se a única coisa que eu faço é trabalhar, se todos os meus dias são uns iguais aos outros e se, na verdade, não encontro sentido para nada que está ao meu redor? Frente a essa situação tão comum, o célebre neurologista, psiquiatra e fundador da logoterapia, Viktor Frankl, costumava dar uma resposta bastante sensata que deve nos levar a uma adequada reflexão.
O ser humano não tem a obrigação de definir o sentido da vida em termos universais. Cada um de nós o faremos à nossa maneira, partindo de nós mesmos, a partir do nosso potencial e das nossas experiências, nos descobrindo no nosso dia a dia. E mais, o sentido da vida não apenas difere uma pessoa de outra, mas nós mesmos teremos um propósito vital em cada fase da nossa existência.
O importante é que cada objetivo nos confira satisfação e coragem para nos levantar pela manhã e lutar por aquilo que desejamos.
Em nossa época de falta de sentido para a vida e de despersonalização, o Dr. Frankl levantou uma voz solitária e forte contra a falta de dimensão humana na psicoterapia. Neste livro, ele refuta o ?pseudohumanismo? que invadiu a psicologia popular e a psicanálise. E, pela explicitação das mais significativas características humanas, ele revigora a área com muito humanismo, ao mesmo tempo que preserva as tradições inestimáveis tanto da análise freudiana como do comportamento.