O Futuro de Uma Ilusão, O Mal-Estar na Civilização e outros trabalhos (1927-1931)

O Futuro de Uma Ilusão, O Mal-Estar na Civilização e outros trabalhos (1927-1931) Sigmund Freud




Resenhas - O Futuro de Uma Ilusão, O Mal-Estar na Civilização e outros trabalhos (1927-1931)


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@riggifabio 09/05/2020

Edição importante no contexto das traduções de Freud para o português. Meus prediletos são O futuro de uma ilusão, O mal-estar da civilização e Dostoiévski e o parricídio.
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Julião 19/03/2013

Venho chamar atenção apenas para o primeiro livro. O enxutíssimo "O Futuro de Uma Ilusão" parece um ensaio e contém o poder de argumentação de Sigmund Freud em seu auge; Freud lança-se contra uma ilusão em particular, a religião.

O autor certamente debruçou-se sobre outras produções materialistas da sua época, o trabalho de crítica refere-se até a K. Marx. Mas propõe-se um desafio que vai além: desvendar que força, que impulsão impele o homem em direção à religião. Ora, presente em todos os povos de todos os continentes, em que reside a necessidade de anseio religioso pelo ser humano?

O texto é claro, diria até límpido e transparente, e com um vigor que eu ainda não tinha visto em Freud. Há algumas considerações interessantes: sobre a secular discussão natureza x criação, sobre a possibilidade de o homem viver fora da tutela da religião, sobre os pressupostos em que esta se assenta e, por fim - digo que a melhor parte desses escritos de Freud -, sua defesa do método científico em detrimento a outras formas de saber!

Um requinte ímpar é também a qualidade de escrita do Freud. Merece a leitura só por isso, se todo o restante não bastar.
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Lista de Livros 18/04/2018

Lista de Livros: O Futuro de Uma Ilusão, O Mal-Estar na Civilização e outros trabalhos – Sigmund Freud
Parte I:
“Ilusão seria imaginar que aquilo que a ciência não nos pode dar, podemos conseguir em outro lugar.”
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“O desamparo do homem, porém, permanece e, junto com ele, seu anseio pelo pai e pelos deuses. Estes mantêm sua tríplice missão: exorcizar os terrores da natureza, reconciliar os homens com a crueldade do Destino, particularmente a que é demonstrada na morte, e compensá-los pelos sofrimentos e privações que uma vida civilizada em comum lhes impôs.”
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“Se nos voltarmos para as restrições que só se aplicam a certas classes da sociedade, encontraremos um estado de coisas que é flagrante e que sempre foi reconhecido. É de esperar que essas classes subprivilegiadas invejem os privilégios das favorecidas e façam tudo o que podem para se liberarem de seu próprio excesso de privação. Onde isso não for possível, uma permanente parcela de descontentamento persistirá dentro da cultura interessada, o que pode conduzir a perigosas revoltas. Se, porém, uma cultura não foi além do ponto em que a satisfação de uma parte e de seus participantes depende da opressão da outra parte, parte esta talvez maior – e este é o caso em todas as culturas atuais –, é compreensível que as pessoas assim oprimidas desenvolvam uma intensa hostilidade para com uma cultura cuja existência elas tornam possível pelo seu trabalho, mas de cuja riqueza não possuem mais do que uma quota mínima. Em tais condições, não é de esperar uma internalização das proibições culturais entre as pessoas oprimidas. Pelo contrário, elas não estão preparadas para reconhecer essas proibições, têm a intenção de destruir a própria cultura e, se possível, até mesmo aniquilar os postulados em que se baseia. A hostilidade dessas classes para com civilização é tão evidente, que provocou a mais latente hostilidade dos estratos sociais mais passíveis de serem desprezados. Não é preciso dizer que uma civilização que deixa insatisfeito um número tão grande de seus participantes e os impulsiona à revolta, não tem nem merece a perspectiva de uma existência duradoura.”
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Mais em:
http://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2018/04/o-futuro-de-uma-ilusao-sigmund-freud.html
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Parte II:
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“Nunca nos achamos tão indefesos contra o sofrimento como quando amamos, nunca tão desamparadamente infelizes como quando perdemos o nosso objeto amado ou o seu amor.”
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“Os juízos de valor do homem acompanham diretamente os seus desejos de felicidade, e por conseguinte, constituem uma tentativa de apoiar com argumentos as suas ilusões.”
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“O eremita rejeita o mundo e não quer saber de tratar com ele. Pode-se, porém, fazer mais do que isso; pode-se tentar recriar o mundo, em seu lugar construir um outro mundo, no qual os seus aspectos mais insuportáveis sejam eliminados e substituídos por outros mais adequados a nossos próprios desejos. Mas quem quer que, numa atitude de desafio desesperado, se lance por este caminho em busca da felicidade, geralmente não chega a nada. A realidade é demasiado forte para ele. Torna-se um louco; alguém que, a maioria das vezes, não encontra ninguém para ajudá-lo a tornar real o seu delírio. Afirma-se, contudo, que cada um de nós se comporta, sob determinado aspecto, como um paranoico, corrige algum aspecto do mundo que lhe é insuportável pela elaboração de um desejo e introduz esse delírio na realidade. Concede-se especial importância ao caso em que a tentativa de obter uma certeza de felicidade e uma proteção contra o sofrimento através de um remodelamento delirante da realidade, é efetuada em comum por um considerável número de pessoas. As religiões da humanidade devem ser classificadas entre os delírios de massa desse tipo. É desnecessário dizer que todo aquele que partilha um delírio jamais o reconhece como tal.”
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Mais em:

site: http://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2018/04/o-mal-estar-na-civilizacao-e-outros.html
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Dayara.Silveira 16/04/2023

Freud era definitivamente excepcional
O que dizer desse livro? Por ser uma obra que contém dois livros e diversos artigos de Freud ela é extremamente complexa, o que a torna magnífica.
O futuro de uma ilusão se tornou um dos meus livros favoritos por falar de religião e o futuro delas.
O mal-estar na civilização foi mais difícil de entender e de extrair informações.
Dos artigos eu pulei muitos que não tive interesse em ler, mas os que tive foram muito bons, como "fetichismo" e "sexualidade feminina".
Emerson Meira 16/04/2023minha estante
?????? Que bom que gostou! ?




Izabela.Souza 07/10/2024

Uma das melhores obras de freud
?É que nunca nos achamos tão indefesos contra o sofrimento como quando amamos?

Tratando-se da felicidade: ?não existe uma regra de ouro que se aplique a todos: todo homem tem de descobrir por si mesmo de que modo específico ele pode ser salvo?
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