A falência

A falência Júlia Lopes de Almeida
Júlia Lopes de Almeida




Resenhas - A falência


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Suely Cristina 17/01/2021

Uma descoberta
Graças à lista de leituras obrigatórias da Unicamp, esse clássico está sendo redescoberto. Desta época, só estudamos nas aulas de Literatura autores homens como Machado de Assis, Aluísio Azevedo ou Raul Pompéia. O enredo prende bastante, abordando questões como racismo, a situação das mulheres solteiras na época, adultério e a hipocrisia regiosa. Recomendo!
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so 29/11/2020

Livro bom, a leitura pode ser um pouco cansativa, pois ha momentos em que a leitura flui bem e outros em que parece apenas enrolação.
Entretanto eu super recomendaria, a historia é legal, apesar do ja comentado, e a autora em si, e sua historia tbm são muito interessantes.
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Carol 25/11/2020

No começo achei que não ia gostar tanto do livro, achei a leitura meio arrastada, mas depois ficou muito legal e fiquei bastante curiosa para saber o que iria acontecer com a família Teodoro, gostei do final, é um bom livro.
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Daisy 23/11/2020

Uma descoberta alegre!?
Foi um grande achado. O livro se arrastou no início, mas agora findo entendo que ela precisava descrever o luxo, a folga, a alegria da fartura e de relações, para que pudéssemos entender no fim, o quanto tudo foi arrasador, pesado e difícil, foi como acordar em um pesadelo depois de um sonho colorido...
E mesmo após tudo ter acabado, ela nos ensina a importância, de arregaçar as mangas e lutar, mesmo que a luta seja difícil e o caminho misterioso...
Gostei bastante do livro e dessa autora, que me era estranha.
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dede 23/11/2020

De longe o melhor livro da lista do vestibular ever. Francisco Teodoro abdicou de sua mocidade, vivendo somente para o trabalho duro até alcançar a riqueza. Constituiu sua família e, seus quatro filhos e esposa foram criados com muito luxo e abundância. A casa deles era cercada de convidados e a relação da família com esses amigos e entre si é muito curiosa, assim como a personalidade de cada filho. Quando os negócios vão à falência cada membro da família reage de maneira diferente, incluindo uma tragédia que gera acontecimentos inesperados. Recomendo muito.
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Sabrina466 23/11/2020

Surpresa
Realmente não esperava por isto! Que autora incrível!
Pensava que seria um livro modernista chato, mas esse foi escrito por uma mulher, o que faz toda a diferença! Com críticas sobre machismo, feminicídio, suicídio, próprios da sociedade brasileira durante a República, com o advento e a o fim da economia cafeeira.
Realmente não esperava que fosse gostar e rir com ele.
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isapoirot 17/11/2020

júlia lopes tem uma escrita realmente cativante! apesar de ser uma leitura obrigatória pro vestibular, foi um livro leve e fluido, diferente da escrita densa de muitos autores antigos nacionais.
apesar de ter encontrado alguns termos pejorativos um pouco racistas, sei que o contexto era outro e muitos escritores homens que utilizavam esses termos continuam sendo divulgados ainda hoje. além disso, apesar de forma sutil, júlia lopes conseguiu trabalhar com algumas pequenas alfinetadas a ideia da emancipação da mulher, podendo esta escolher servir ou não o seu marido, casar-se ou não, ter objetivos maiores que o amor como a música e os negócios. no entanto, essa ideia foi muito mais trabalhada nas filhas da personagem principal, que não tiveram tanto destaque como a mãe.
enfim, vale a pena leitura! a escritora realmente merece mais destaque do que lhe foi permitido, tendo suas obras ocultadas na época simplesmente por ser mulher.
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Lau 17/11/2020

O final foi a parte mais surpreende, na minha opinião. Apesar da demora para o acontecimento do clímax da história (que faz referência ao título da obra), a escrita de Lopes de Almeida é muito fluída e gostosa de ler.
Uma verdadeira viagem ao Rio de Janeiro pós independência.
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Mari 14/11/2020

Literatura feminista brasileira da mais alta qualidade
Há tanta coisa para se falar desse livro que existe o risco de começar a falar dele e não parar mais. Demorei alguns dias para fazer a resenha, porque queria pensar bastante sobre o que queria dizer.

A leitura é fluida, há a presença de algumas palavras arcaicas, mas dá para entender o significado pelo contexto. Os personagens são muito bem construídos, principalmente as mulheres, que são todas à sua própria maneira incríveis (não que sejam boas pessoas, são personagens muito interessantes mesmo), enquanto que os homens são, propositalmente, medíocres e irritantes (especialmente, Mário e Gervásio).
O foco da história é o adultério feminino, tema muito comum na época (tendo como grandes exemplares Madame Bovary e Anna Karenina), mas a forma como Júlia Lopes de Almeida aborda o assunto é revolucionária.

1) Ela critica firmemente essa escola literária, porque as mulheres sempre eram punidas ao final, sendo que não haviam cometido nenhum crime para isso e os maridos e amantes que eram medíocres ou maus não sofriam nada. Além do fato de ela afirmar constantemente que os maridos traíam as esposas e não eram cobrados pela sociedade por isso, enquanto as mulheres eram, algo que esses escritores nem abordavam;
2) O estilo de escrita da Júlia também é uma crítica, já que, Flaubert tinha um estilo tradicional, com frases e parágrafos longos, enquanto que Júlia utiliza de parágrafos pequenos, que agilizam a leitura;
3) Ela muda a ideia de que escritoras não seriam objetivas ou seriam muito sentimentais, porque enquanto os escritores homens gastavam vários parágrafos falando de sentimentos, Júlia consegue expressar todos os sentimentos necessários com poucas palavras e foca muito mais na política e na economia, que eram assuntos "proibidos" para mulheres. E ela faz isso de uma forma que conseguimos entender.

Ela conseguiu abordar inúmeros temas feministas com naturalidade, sem ser forçado, como a independência financeira, feminicídio, o voto, a opção de não casar, arte feita por mulheres e a união entre mulheres para obter independência. Hoje em dia, podem parecer temas que já foram muito discutidos, mas na época, quase ninguém falava sobre eles.

Um fator que achei muito interessante é que Júlia vai construindo a cidade do Rio de Janeiro durante a narrativa sem ser maçante, ela descreve ruas de bairros antigos, casas e também o início da formação das comunidades.

O único defeito que vejo no livro é o racismo. Embora, Júlia se preocupe com suas personagens negras e exponha os abusos que sofriam num Brasil que acabava de abolir a escravidão, ela usa termos que, atualmente, consideramos racistas e, por isso, incomodam bastante. Além disso, na hora que ela expõe esses abusos e defende os direitos que a população negra não possuía (mas deveria possuir), ela acaba se perdendo e sendo racista. Eu acredito que esses deslizes não tenham sido intencionais, mas sejam produtos da época em que o livro foi escrito, na qual ainda não havia estudos sobre racismo e, praticamente, não havia discussão sobre isso. Porém, essa questão é impossível de ignorar e não se pode cogitar em passar pano.

Não é à toa que ela era a escritora brasileira mais bem sucedida (contando tanto mulheres como homens), numa época que tinha Machado, Aluísio de Azevedo, Lima Barreto, Olavo Bilac e muitos outros. Mas, ao contrário deles, sua história foi esquecida e apagada e somente agora começamos a reparar esse erro. Marquei o livro todinho e quero ler tudo dela agora, que bom que sua obra está em domínio público.

" ? Então não leio. Sei que está cheio de injustiças e mentiras perversas. Os senhores romancistas não perdoam às mulheres; fazem-nas responsáveis por tudo ? como se não pagássemos caro a felicidade que fruímos. Nesses livros tenho sempre medo do fim; revolto-me contra os castigos que eles infligem às nossas culpas, e desespero-me por não poder gritar-lhes: hipócritas! Hipócritas!"
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Steh @duendeleitor 21/10/2020

A queda moral e material de uma família
Um retrato de uma família burguesa fútil que vive sem preocupações com o dinheiro farto do café e, de uma hora para a outra, vai à falência e passam a conhecer a necessidade. É difícil gostar dessa gente, mas a história da sua derrocada é envolvente. Traição, mentira, inveja, desprezo, futilidade, tentações, inocência, a queda material e moral são os temas tratados no livro. Muito bem escrito, ainda melhor que A Intrusa, o outro livro da autora que já li. Júlia Lopes de Almeida é uma autora incrível, e que está sendo resgatada agora e não se pode deixar de conhecer sua obra. Ela, que seria a primeira mulher na Academia Brasileira de Letras, que participou de sua criação, porém foi impedida de participar no último minuto apenas por "ser mulher". A Falência é mais um exemplo das obras de brilhantes autoras que foram deixadas de lado na história da literatura brasileira.
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Beatriz 20/10/2020

Leitura obrigatória para a Unicamp
Embora eu tenha lido para o vestibular, foi uma leitura prazerosa
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Ihorana 30/09/2020

Incrivel!!
Otima perspectiva feminista no século passado, Julia Lopes de Almeida é simplesmente perfeita em deixar seus pensamentos muito claros sobre a posição feminina e seu protagonismo. A Falência é um livro envolvente, em que vc torce pelas meninas e fica aflito tb pelos seus problemas.
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Mariana.Wetzel 26/09/2020

Comecei a ler este livro para o vestibular e me surpreendi, livro de fácil leitura, fluída, em que os personagens nos envolvem e nos mostram a época de alta do café no Brasil.
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Bárbara | @barbaraeoslivros 24/09/2020

Você tem um minuto para a palavra de Júlia Lopes de Almeida?!

Mas quem é essa Júlia Lopes de Almeida?!
Ela foi apenas escritora, jornalista, cronista e dramaturga. Além de importante porta-voz das reivindicações femininas no período da República Velha, ela também era abolicionista, pacifista e precursora da literatura infantil e da conscientização ecológica!
Mas sim, você não ouviu o nome dela na escola porque, por algum motivo, ela não é citada em muitos livros sobre literatura brasileira.
Mas, saibam, que seu talento foi reconhecido em sua época e Júlia era a principal figura feminina entre os escritores de sua época, vivendo de sua própria escrita.
Tanto é verdade que, na fundação da Academia Brasileira de Letras, uma das cadeiras estava destinada à escritora (que fora inclusive uma de suas idealizadoras), porém, convenientemente, o regulamento acabou não prevendo a candidatura feminina e, como prêmio de consolação, colocaram seu marido (bem justo não?).
O atual resgate do nome de Júlia se deve principalmente à Unicamp, que passou a exigir este livro em seu vestibular (obrigada pessoal da Unicamp).

Tá, mas é o livro?!
Publicado em 1901, a história retrata um período bem familiar para quem gosta de estudar História do Brasil: a República Velha.
O enredo tem como pano de fundo as repercussões do boom do café no final do século XIX e a formação da burguesia brasileira, retratando a dinâmica social e familiar da época.

O livro é uma crítica ácida à sociedade machista da época e um dos primeiros registros das nascentes favelas do Rio de Janeiro.

Preciso destacar também a qualidade narrativa do livro, cujo início retrata um dia comum em uma das principais ruas do Rio com movimento e beleza dignos de um filme, além da maravilhosa construção dos personagens.

O título é verdadeiro spoiler da história, mas não se engane, a ruína vai muito além dos negócios.

[Nós não nos escondemos atrás do homem que procura defender-nos. Se ele avança para o inimigo, sentimos não ter asas, e é sempre com ímpeto que nos lançamos na carreira querendo ajudá-lo a vencer ou evitar-lhe a derrota. Este é que é o nosso caráter; que me desminta quem puder!]

[ (...) o Brasil seria arrastado vertiginosamente pela maldade de uns, a ignorância de outros e a ambição de todos, em voragens abertas pela política amaldiçoada.]
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Gui 15/09/2020

Narrativa atraente
O texto é bem cativante e nos prende na história de tal modo que é possível viver os momentos na imaginação no decorrer da leitura.
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