spoiler visualizar_carolthome 20/04/2024
Intrigas políticas e ótimas fofocas, tudo o que eu pedi
Finalmente, depois de quase um mês dedicado a essa leitura, eu consegui terminar de ler esse clássico. E entendi muito bem por que ele fez o sucesso que fez em sua época.
Mesmo que você não se identifique muito com os protagonistas, é muito divertido acompanhar cada furada, intriga e paixão que eles se envolvem. Mas, para mim, o ponto alto da narrativa é a vilã, não teve jeito. Até coloquei o aviso de spoiler na resenha para poder comentar um pouco melhor sobre ela.
Milady de Winter é uma femme fatale, deixa um rastro de sangue por todo lugar que passa. Ela é má, cruel, perversa, vingativa, manipuladora... E brilhante. Ela é extremamente inteligente e sagaz. Por ter capítulos dedicados apenas a ela e aos seus planos, admito que ela me conquistou. Ela foi escrita para ser odiada e detestada, mas não consegui. O final dela é totalmente coerente com a história, diferente, por exemplo, do final da sra. Bonacieux, que me deixou em choque por alguns instantes até eu voltar a devorar o livro e terminá-lo. Outro ponto alto da narrativa foi a amizade dos protagonistas, especialmente da proximidade entre D'Artagnan e Athos. Porthos e Aramis também me ganharam bastante, principalmente o Aramis.
Tirei meia estrela da minha avaliação por conta do excesso de tramas paralelas, como a amante de Porthos e o passado de Milady antes de Athos. Ah, e claro, é uma obra do século XIX, então é bem machista diversas vezes (e vou continuar reclamando disso). Mas, não tirei tanto nesse critério por conta da Milady.
É uma história maravilhosa, com muita intriga política, paixões, fofocas e tudo o que uma boa novela pode oferecer. Com uma vilã à altura dos personagens e uma escrita fluida, interessante e dinâmica, esse livro me conquistou mais do que eu esperava.