ritita 23/06/2016Podia ser melhorSalma, de uma tribo muçulmana dum país não especificado, em algum lugar da África, é bem criada e querida pelos pais, mas engravida de um mocinho e, para não morrer, jurada pelo irmão para defender a honra da família é levada para a Inglaterra. Até aí, já lemos muitas histórias. O problema maior de Salma no novo país é que ela, apesar de ter conseguido a cidadania inglesa, não consegue ter a noção de pertencimento e ter uma auto-estima sofrível - não consegue perdoar-se pelo seu “pecado”. Ela se acha feia, um lixo, uma puta e acha que todos a olham da mesma forma e, sendo assim, continua com o corpo na Inglaterra e a mente todo o tempo em sua tribo.
A narração é feita entre passado e presente. A contação é arrastadaaa toda vida, alguns fatos extremamente repetidos, mas pelo lado psicológico de uma mulher expatriada, com raros amigos e com uma criação muçulmana, muito interessante. O final é arrebatador!