Revelry

Revelry Carmen Jenner




Resenhas - Revelry


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Natalie e Vivian @avidezliteraria 24/08/2018

Cooper foi traído pela namorada, que partiu levando a filha do casal. A melhor maneira de curar um coração partido? Muita bebida. Cooper vai afogar suas mágoas garrafa atrás de garrafa. Porém esse comportamento não será aceitável, a gravadora irá intervir e fará exigências para continuar o contrato com a banda. Em uma reunião para acertar o novo acordo, onde os ânimos estarão exaltados e as demandas serão altas, uma ruiva literalmente cairá aos pés de Cooper. E assim Ali acabará como assistente da banda Taint.

O problema é que Ali lembra fisicamente a ex de Cooper, e esse misto de atração e ódio será responsável por diversos embates entre os dois. Cooper jurou nunca mais se apaixonar, mas não consegue negar que uma noite com Ali seria uma boa idéia.

Ali não está tendo uma vida fácil. Sua avó morreu, seu namorado a traiu com a colega de quarto deles, ela vive em seu carro com a gata de sua avó que por sinal a odeia, sua conta bancária está zerada, ela tem somente dez dólares na carteira, seu novo emprego está se provando mais difícil do que ela esperava e para piorar ela acabou presa em uma tarefa que não queria ou iria ser despedida. Ser a assistente da banda Taint não estava em seus planos, muito menos lidar com o mau humor ou sarcasmo de Cooper.

Esses dois não irão se entender. É só colocá-los em um mesmo local e a confusão está armada. Conforme os ânimos se exaltam e a tensão sexual cresce, Ali é bombardeada com a notícia que irá sair em turnê com a banda. Quatro roqueiros confinados em um ônibus. Receita certa para desastre.

Cooper, Levi, Zed e Ash. Os astros do rock e integrantes da banda Taint. E enquanto Cooper e Ali continuam esse jogo de amor e ódio, uma nova peça nesse jogo se faz presente: Levi. Ele também se mostra interessado em Ali e decide tentar conquistá-la. Três pessoas. Um relacionamento. E um triângulo formado.

Revelry é um livro que literalmente se utiliza do lema sexo, drogas e rock and roll. Durante todo o livro, o leitor lidará com muita bebida, muito sexo e muita droga, jogados na narrativa como situações normais e típicas desse mundo. Algumas cenas chocam, outras são desnecessárias. A roda dos rapazes onde eles estão comparando uma curiosidade e a cena da depilação forma vergonhosas.

Ali que no início me despertou empatia, ao longo da trama me irritou e se mostrou incrivelmente egoísta. Desde o princípio é possível saber de quem ela verdadeiramente gosta, o outro é apenas atração, e mesmo assim, ela insiste nesse jogo, onde é previsível que não acabaria bem. Magoada com um, ela decide dormir com o outro e assim começa toda essa confusão.

Cooper oscilou entre fofo e babaca o livro todo. As cenas dele com Ali onde ela o ajuda a lidar com o pânico foram a parte fofa. Todo o resto foi a parte babaca. Ele iniciou esse triângulo, ele queria dormir com ela mas não queria se apaixonar, resolve trazer Levi para essa equação pois assim seria só sexo, e decide ter crises de ciúme toda hora e dar verdadeiros chiliques como uma criança mimada.

Levi foi a grande surpresa do livro. O roqueiro mulherengo e de bem com a vida, mostrou que existe outra pessoa escondida por debaixo da fachada que apresenta ao mundo. O que começou como atração se tornou um sentimento mais forte, e Levi se permitiu pela primeira vez amar alguém. Toda a minha simpatia foi para ele. Seu ato altruísta partiu meu coração.

Os outros membros, embora presentes por toda a trama, não foram tão desenvolvidos, o que aumentou minha curiosidade. Zed e Ash são interessantes e escondem seus próprios segredos.

Revelry é um ótimo livro. Sim, apesar de todos os pontos negativos que citei, o plot é diferente, interessante e bem desenvolvido. O triângulo é a base de toda a narrativa, tudo se resume a construir essa estória e apresentar seus altos e baixos. O meu único pesar, é que no fim o triângulo só serviu para fazer ciúme em um e partir o coração de outro. Em um livro onde outros temas polêmicos foram abordados, no fim poderia ter se explorado sim essa relação poliafetiva, e não transformar tudo em apenas sexo. Faltou coragem.

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