Thiago 12/11/2022
Potencial para ser memorável
Este livro de Agatha Christie é um tanto quanto único. A história é nominalmente de Miss Marple, mas sua participação é pífia. É um caso em que a própria nada faz, aparecendo pela primeira vez aos 75%, voltando aos 85% e, sem mais nada, desvendando tudo aos 95%. Portanto, a condução da história se dá por meio de dois irmãos e, como é típico da autora em situações de casal, a mulher, mesmo aparecendo menos nesta obra, é muito mais carismática que o homem. Destaco, também, a personagem Megan Hunter. Ela é muito divertida e carismática em suas aparições, especialmente no início do livro.
Ao mesmo tempo em que há reviravoltas interessantes e o desfecho do crime é bem engenhoso e, também, verossímil, a condução deixa um pouco a desejar e a solução milagrosa do final soou como uma pressa de resolver naquele número máximo de páginas.
A história também conta com dois romances que são pedra cantada quase desde o início; e um deles é tão estranho em seu desenvolvimento que incomoda muito.
Em síntese, um livro que poderia ser imperdível, mas terminou como razoável.