Sinhazinha

Sinhazinha Afrânio Peixoto




Resenhas - Sinhazinha


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Maira 22/01/2023

Amor, guerras, famílias
Simplesmente maravilhoso. Amei o fato de citar minha cidade e região, além da valorização da cultura nordestina/baiana. Um romance nada clichê, me surpreendeu.
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neia 22/10/2017

"...e a Bahia continua, como outrora, entre a Metrópole e a Colônia, ponto de interseção, encruzilhada de caminhos, na mesma faina, ainda hoje, agora entre o sertão e o resto do país, a lhes fornecer baianos e baianos, que enriquecem esse Brasil..."
Por ser uma baiana longe da sua terra, esse livro me trouxe muita nostalgia de toda essa cultura que minha terra carrega, com um ódio entre famílias parentes que vem a anos ceifando vidas de um lado a outro das famílias, gostei da maneira que o autor conduz a historia, vou procurar mais livros dele!!!
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Claire Scorzi 12/06/2016

Sertão, Vingança, Amor Impossível... e a Ação das Mulheres
A feitura delicada de Afrânio Peixoto para as figuras femininas eu já conhecia de "Maria Bonita". Li críticos desfazendo dos seus perfis de mulher, mas eram críticos homens, e eu sou mulher - então, sim, acho que são perfis bem realizados no esforço do autor de combinar coragem moral com recato e reserva, as características exigidas das mulheres de respeito da época em que foi escrito o romance - 1929.

Mas, há também essa coragem - em Maria Bonita, em Sinhazinha (a jovem Clemência), em D. Emília - uma coragem que lhes mostra, mais rápido do que aos homens, onde está a justiça e onde começa o desvario. Sendo mulheres, numa sociedade patriarcal, há de ser preciso mais do que doçura e mansidão para fazer o que é certo; há de existir um pouco de audácia também, misturada à coragem. Uma audácia sutil, de mulher...

Ao fim, para que a vingança não triunfe, nem tampouco o caminho para o ódio, as mulheres decidirão o que é certo; com astúcia, nesse ambiente de violências. Disfarçadamente. Porque se trata de um mundo de homens.

Afrânio Peixoto conseguiu contar sua história de amor - aliás, entremeada de outras, narradas aqui e ali por outros personagens, histórias dentro da história - combinando ternura e paixão física. A ternura, que D.H. Lawrence nunca conseguiu mesclar na sua valorização da paixão física; e esta, aqui, no romance de Peixoto, como um valor positivo que nada mais é do que o coroamento do amor verdadeiro.

Um bom romance para ser lido no dia dos namorados.
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sonia 15/04/2012

há que ser esperta
Este romance, bem escrito, me lembra A Princesa de Cleves - nenhum dos dois apaixonados troca sequer uma palavra entre a primeira e a ultima pagina do livro.
Esta é a história da paixão, mais intensa quanto mais inacessivel, porém, no sertão machista brasileiro, a esperta menina se dá bem, contando uma audaciosa mentira para conseguir atingir o seu intento: casar com o escolhido por ela, e escapar da escolha do seu pai.
Bem humorado.
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