A era da curadoria

A era da curadoria Mario Sergio Cortella




Resenhas - A era da curadoria


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Smoke One 20/10/2015

Mais tédio por favor
Este livro me confirmou uma suspeita que me acompanhou durante
muito tempo, ou seja, quanto mais o tédio se apossa dos seres humanos,
mais possibilidade têm para criar.
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Milena @albumdeleitura 16/02/2017

A Era da Curadoria
O livro é uma longa e dinâmica conversa informal entre o professor e educador, Mario Sergio Cortella e o jornalista e criador do site Catraca Livre, Gilberto Dimenstein. Tendo como tema central a “curadoria do conhecimento”, os dois intelectuais defendem a bandeira da educação, do conhecimento e da comunicação, trazendo à tona experiências vivenciadas por ambos os autores, as quais favoreceram a construção da obra.

No primeiro capítulo, intitulado Educar pela comunicação; comunicar pela educação, Dimenstein inicia o bate-papo expondo seu dilema pessoal: o conflito interno entre o renomado jornalista e o educador em ascensão que o mobiliza e ao mesmo tempo inspira.

Por sua vez, Cortella defende a ideia de que tanto a comunicação quanto a educação lidam com a formação, e esse ponto em comum tem como principal função desenvolver um cidadão crítico e consciente, fazendo um gancho com o segundo capítulo, Curadoria do conhecimento, no qual conceitua curadoria, tema do livro, como sendo a síntese entre a educação, a comunicação e a cidadania. Os dois autores por fim, ponderam sobre como as tecnologias e redes sociais como fonte de informação têm influenciado a sociedade, tornando-se curadoras da vida contemporânea, “poder” que pertencia apenas a uma pequena parcela de formadores de opinião. Hoje, a informação está por toda a parte, e a função tanto do educador quanto do comunicador é direcionar o indivíduo ao pensamento crítico da sociedade em que vive. Para eles, a essência do ato educativo consiste em tirar o indivíduo de um lugar e levá-lo a outro, processo que consiste em fertilizar a formação do indivíduo direcionando-o a ter critérios de seleção. E é nesse momento que educação e comunicação se fundem, tendo como resultado a crítica na cidadania.

Aprender em tempo real e pelo resto da vida é uma necessidade evidente. Sendo assim, Cortella e Dimenstein discutem a respeito de a informação ser um recurso a favor da transformação do poder da comunicação em ato educativo, portanto, cabe tanto ao educador quanto ao comunicador se apropriar adequadamente desse conhecimento e agir como curadores nesse processo.

Em suma, os autores defendem a ideia de que as pessoas devem ter acesso a todas as informações, porém, sem tornarem-se servas dessa condição, e é nesse momento em que prevalecerá o senso crítico, tão defendido em capítulos anteriores, pois ele dá certa autonomia ao indivíduo. Por isso, no último capítulo O que importa é saber o que importa, os autores ressaltam mais uma vez que a comunicação, o aprendizado e a cidadania formam o empoderamento do ser humano em todos os sentidos.

A leitura flui muito bem, além de o tema ser interessantíssimo! Foi algo totalmente diferente do que eu costumo ler, mas quem acompanha minhas leituras, sabe que gosto de variar e ler de tudo um pouco...

A mensagem que deixo a respeito do livro é a de que: ser crítico é a instância máxima atingida pelo sujeito que, a partir de então, consegue caminhar com as próprias pernas e até mesmo se transformar em um formador de opinião. O mais interessante é que esse livro tem função metalinguística, ou seja, o próprio diálogo entre o comunicador educador (Dimenstein) e o educador comunicador (Cortella) trata-se de um processo curador, por meio do qual os autores conseguem compartilhar conhecimentos e evoluir juntos. A leitura da obra trata-se de uma chamada de atenção para que educadores e comunicadores sejam os curadores do conhecimento encarregados de zelar pelo maior patrimônio nacional: a educação. Pois, é só através dela que o sujeito não apenas exercerá seu papel, mas também se tornará senhor de si mesmo. Super indico!

site: http://albumdeleitura.blogspot.com.br/2017/02/eu-li-e-voce-85.html
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Tama 24/02/2022

Colóquio agradável
Uma conversa inteligente entre 2 pensadores.
Nem mais, nem menos.
Agradável, mas pouco (diria quase nada) acrescentou ao que eu já sabia.
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