Nati Gaiewski 07/04/2023
Monótono
Eu realmente só li pelo colégio e não sei como fui até o final, foi um trilhão de vezes mais chato e monótono do que eu esperava. A escrita não foi um empecilho para a fluidez da leitura, mas a repetição ao longo de toda a obra, com sempre os mesmos sentimentos, os mesmos problemas e as mesmas reações melodramáticas, que são típicas da época, mas que não deixou de ser irritante, deixaram o livro muito atravancado. A moreninha, Carolina, é retratada de forma muito tola e constantemente objetificada por Augusto, o que só faz a história ser maçante e tediosa.
São umas 200 páginas daquele chove e não molha, com relatos de vários fracassos amorosos passados que justificariam a libertinagem de Augusto, mas que obviamente não se sustentam, e descrição excessiva de pensamentos e sensações perpetuadas. Mesmo esses traços sendo característicos do período romântico brasileiro, eu senti que foi incrivelmente entediante ler A Moreninha, para só lá na última página achar um pouco de alívio com a tão demorada concretização do casal.