Sociedade do Cansaço

Sociedade do Cansaço Han B.C.
Byung-Chul Han




Resenhas - Sociedade do Cansaço


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cledysonrb 16/06/2024

?O mundo atual é pobre de interrupções, pobre de entremeios e tempos intermediários. A máquina não pode fazer pausas.?
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Ceres_Lima 10/06/2024

?Por falta de repouso a civilização caminha para a barbárie?
Confesso que li ?Sociedade do cansaço? mais como repertório para um possível tema de redação, mas além do meu objetivo principal fui levada a um estado de reflexão sobre o andamento da sociedade atual.
Byung-Chul Han vai de encontro com algo que acredito fielmente em minha vida, a necessidade de ?autoeducação? do nosso ser. Não é pq muitas coisas na vida acontecem de uma forma que aquilo seja certo, temos que nos comprometer ativamente todos os dias a rechaçar certos comportamentos sociais. Como por exemplo a percepção da nossa atual ?sociedade do desempenho? que é profundamente tóxica e prisioneira.
No mais, estou ansiosa para ler as outras obras de Byung-Chul Han.
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Caique91 10/06/2024

Positividade como mecanismo de destruição
A pessoa que não sabe que estar presa nunca tentará escapar.

Os discursos relacionados a liberdade individual e ao incentivo a produtividade excluí as consequências de viver sempre em estado de gratidão. A sujeição a forma como as coisas são dadas constroem reações automáticas. Em outras palavras, acostumar-se com o contexto é o mesmo que deixar de experienciar a vida.

As pessoas estão cansadas e adoecendo psiquicamente, mas ninguém tem tempo para pensar sobre isso.
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Felps.felp 06/06/2024

De onde vem esse cansaço???
A humanidade atual vive em momentos de hiperatividade e foco disperso. Nada mais é comtemplado com profundidade, perdemos isso para uma violência positiva da superprodução, superdesempenho e supercomunicação. Atrelo isso ao sistema neoliberal que estamos inseridos.
Segundo ao autor vivemos em uma sociedade de desempenho e não em uma sociedade de disciplina como afirmava Foucault. Antes, a sociedade da disciplina os corpos eram controlados pela vigilância e punição, a disciplina mantinha a hierarquia do poder. Hoje passamos de sujeitos da obediência para sujeitos do desempenho e produção.
Por que ocorreu essa mudança de sociedade da disciplina para desempenho?
Bem, o sistema se beneficia da superprodução do indivíduo em seu desempenho, pois o poder em detrimento do dever tem mais impacto e resultados. ?O sujeito do desempenho é mais produtivo que o sujeito da obediência? e ?a positividade do poder é bem mais eficiente que a negatividade do dever?.
No entanto, engana-se quem pensa que o sujeito do desempenho não siga uma disciplina, engana-se quem pensa que é um sujeito livre. Ele obedece assim como o sujeito da disciplina, porém obedece a si mesmo e quase como em transe se autoexplora.
A falsa liberdade de não ter uma força externa que o domine o leva a uma espécie de liberdade de coerção, em que o sujeito se encontra preso em seu desempenho. Como afirma o autor, ?o excesso de trabalho e desempenho agudiza-se numa autoexploração. Essa é mais eficiente que a exploração do outro, pois caminha de mãos dadas com o sentimento de liberdade. O explorador é ao mesmo tempo o explorado?
Porém esse paradoxo de ideia de liberdade creio eu que foi difundido por aqueles que detém o poder, e tiram proveito dessa sociedade do desempenho, acho importante apontar o culpado.
O autor também vai abordar a atenção fragmentada atual. Vai desconstruir a ideia de que a multitarefa é na verdade um retrocesso da humanidade e não uma otimização que é como é defendida. Ele vai explorar baseado em Nietzsche a importância da contemplação e atenção plena e de como isso nos faz humanos e nos distingue dos animais.
Por fim o livro vai abordar o caminho que nos leva a estarmos fadigados. Vai nos ajudar a entender que o cansaço é um sintoma social do sistema exploratório em que vivemos.
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Idayane.Ferreira 05/06/2024

"O cansaço tem um coração amplo"
Não lembro ao certo como cheguei ao livro do Byung-Chul, acho que devo ter assistido algum vídeo no Youtube tratando sobre os conceitos abordados pelo filosofo como o desempenho e esgotamento excessivos da sociedade do cansaço. Achei interessante e é um livro curto, ainda assim comecei a leitura e demorei para finalizar. Li a versão e-book e deixei em stand-by com mais de 70% lido, resolvi retomar (e finalizar enfim) e a obra se ligou perfeitamente com outro livro que li recentemente chamado Happycracia: Fabricando cidadãos felizes. Embora os livros tratem sobre conceitos diferentes (Happycracia é uma critica a psicologia positiva), fiquei pensando em como a sociedade atual, neoliberal, é calcada numa positividade tóxica de desempenho e também de auto competição e como isso nos tem levado ao adoecimento psíquico.
"A economia capitalista absolutiza a sobrevivência. Ela se nutre da ilusão de que mais capital gera mais vida, que gera mais capacidade para viver. A divisão rígida, rigorosa entre vida e morte marca a própria vida com uma rigidez assustadora. A preocupação por uma boa vida dá lugar à histeria pela sobrevivência."
Lucas Longoni 05/06/2024minha estante
Esse é o próximo livro que devo ler. Existe um documentário também, que eu achei disponível no YouTube, caso interessar: https://youtu.be/VbPvH515KoY?si=pBl0-5D3qtc7I6U5. Ainda não assisti. Caso queira compartilhar mais impressões -


Lucas Longoni 05/06/2024minha estante
(...) daqui a uns dois ou três dias, estaremos aí. Abraço!




Rute31 04/06/2024

Livro curto, mas com texto denso. O autor divide este ensaio em 7 capítulos, discutindo a vida ativa, o tédio da vida, a pedagogia do ver e (o que foi meu capítulo favorito) analisa Bartleby (de Melville) da perspectiva filosófica.
Pena ser tão curto, algumas coisas queria ler mais, saber mais. Mas acho que a graça da filosofia é essa também.
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João Marcos 03/06/2024

Meio sagaz, meio ingênuo
Há certa miopia de assumir, por exemplo, que grande parte do proletariado contemporâneo é "seu próprio patrão", como se as relações exploratórias ocorressem apenas em um contrato direto, negligenciando a estrutura onde apoiam-se. Falta diferenciação entre ser e crer.
Na investigação da cultura de autocobrança e performance, o autor faz alguns psicologismos, insinuando que o indivíduo na sociedade do cansaço é seu próprio adoecedor. Existe uma superestima da contemporaneidade como indutora de uma subversão de papéis.
Enfim, há outros exemplos de onde o livro é pobre na etiologia, na investigação das origens dos fenômenos. Todavia, é competente ao discorrer sobre consequências e sintomas. É mais interessante como ensaio filosófico e descritivo que sociológico e investigativo.
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Luiz Santiago 31/05/2024

Senti falta de mais
É um bom livro, com uma proposta dinâmica e tal, mas dada a intensidade das contestações teóricas do autor, senti falta de mais elementos argumentativos, mais livro pra ler, mais contexto.

[Plano Crítico]
planocritico.com
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Fatima.Caitano 30/05/2024

É uma leitura impactante. No entanto, pra mim foi uma leitura bem difícil, mas valeu bastante persistir na leitura. Já quero muito conhecer mais da obra desse autor.
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Raquel 27/05/2024

Uma leitura obrigatória
A leitura não é fluida, mas você se acostuma.
As duas últimas partes do livro são repetições do que o autor já apresentou nos primeiros capítulos. No final, ele mescla passagens extremamente cruas com lapsos de esperança. Sendo que se você entendeu o que ele te apresentou desde o início, sabe que a esperança é apenas?

?Depois de terminar sua criação, Deus chamou o sétimo dia de sagrado. Sagrado, portanto, não é o dia do para-isso, mas o dia do não-para, um dia no qual seria possível o uso do inútil.? Uma demonstração do intuito do autor de passar sua mensagem a todos.
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Ester06 27/05/2024

Sociedade do Cansaço
Esse é um daqueles livros mais complexos de se interpretar, porém, quando se compreende percebe-se a inteligência da escrita.

Byung-Chul Han nos leva a uma profunda reflexão da sociedade pós moderna e de como o fluxo tem tornado cidadãos escravos de si mesmos, cansados e sobrecarregados.

Mostra o quanto o excesso de informações e influências tem nos levado ao desenvolvimento de novas doenças e o quanto a necessidade de "produzir, produzir e produzir" tem nos tornado doentes.

Estamos sempre na crença de que o trabalho nos trará a autorrealização. Deixamos de ser dominados por outros apenas para nos tornarmos carrascos de nós mesmos. Mais metas. Mais horas de trabalho. Mais dinheiro. Mais cobranças.

Perdemos os pequenos prazeres da vida apenas porque necessitamos ser produtivos. Ignoramos sinais de que o corpo precisa de um tempo. Nos enchemos de mais e mais remédios, não para melhorarmos, apenas para continuar produzindo mais e mais.

Mas afinal, pra quê? Qual o motivo?

De acordo com o autor, "a auto exploração é muito mais eficiente que a exploração estranha pois caminha de mãos dadas com o sentimento de liberdade.
Lançamo-nos eufóricos no trabalhos, mas, por fim, acabamos quebrando.

Nós nos transformamos em zumbis saudáveis e fitness, zumbis do desempenho e do botox. Assim hoje, estamos por demais mortos para viver, e por demais vivos para morrer."

Enfim, é bem complexo, mas sinto que depois da metade ficou mais fluído e claro de se compreender.
Wesleyotio 28/05/2024minha estante
Ótima resenha, acho muito legal como ele critica a exploração do eu que está disfarçada de liberdade.




Wesleyotio 27/05/2024

Cansaço de ser você mesmo
Já percebeu que sempre estamos falando de evoluir? De ter que se tornar algo melhor, sempre? De que com toda a evolução dos meios de produção e tecnologia não ajuda a diminuir nosso trabalho? Sempre estamos numa correria sem sentido!

O autor nos apresenta como o excesso do trabalho, do aumento de produtividade, de desempenho, tem nos tornado cada vez mais exaustos de nós mesmos, que o tal de bornout nada mais é do que um superaquecimento do eu.

Passamos a condenar o descanso e a valorizar o viver na ?correria". Descanso esse que nada mais é doce um breve momento para que corpo e mente estejam minimamente bem para o trabalho.

Hoje não precisamos que nossos patrões digam que precisamos ficar até mais tarde para adiantar o trabalho, nós mesmos já colocamos na cabeça que precisamos fazê-lo, para mostrar o quanto somos produtivos e estamos focados em mostrar desempenho.

O cansaço do eu, vai se manifestar quando passamos a nos sentir culpados por ao invés de estarmos estudando coisas novas, estamos em momento de descanso, é realizada uma agressão onde a vítima e o agressor são a mesma pessoa.

O processo não é percebido, uma vez que temos a falsa sensação de que somos livres para fazer tal escolha, mas na prática mentalmente temos inserido a ideia que precisamos estar evoluindo.

Outro ponto importante apresentado pelo autor é que além do excesso de melhoria do eu, passamos a fazer mais atividades em paralelo o que nos desumaniza, uma vez que só os animais que precisam fazer esse paralelismo, pois isso garante a sua sobrevivência.

Com bicho gente é diferente, o que nos trouxe até aqui foi nossa capacidade de pensar, analisar e interpretar as situações antes de agir, fazer tal prática nos tornaria mais selvagens e logo menos humanos.

O que faz dessa leitura uma leitura extremamente necessária e o fato dela revelar de forma bem destaca, o quanto nossa sociedade está doente e que precisamos encontrar uma forma de sair desse buraco.
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Bruno236 24/05/2024

A atual sociedade tem se tornado um amplo espaço de excessiva positividade, diferente da sociedade disciplinar de outrora onde o indivíduo era controlado, no atual momento, ele se torna causa de sua própria coação, sua própria pedra de tropeço. Iludido pela ideia da falsa produtividade, o indivíduo contemporâneo desgasta a si mesmo, atingindo por vezes o burnout, o total esgotamento de si mesmo. Em um ensaio cirúrgico e sobretudo necessário para esses dias, Byung Chul Han nos ajuda a refletir sobre nossas falsas concepções de vida e nos propõe a reflexões que podem nos auxiliar a uma boa vida.
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Romulo 24/05/2024

Legal
Legal a proposta de avaliar a situação atual com um olhar diferente. Leitura fácil e acessível. Não demanda muito tempo.
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Leitura Aguçada 23/05/2024

Pra falar a verdade eu coloquei tantas expectativas nesse livro, e acabou que não foi tudo o que eu achei que ele fosse.
Demorei a concluir por inúmeras questões, mas não é um livro que eu releria.
Achei a escrita um pouco densa.
O livro nos traz uma escrita mais filosófica e que nos faz refletir sobre a sociedade atual.
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