Wesleyotio 27/05/2024
Cansaço de ser você mesmo
Já percebeu que sempre estamos falando de evoluir? De ter que se tornar algo melhor, sempre? De que com toda a evolução dos meios de produção e tecnologia não ajuda a diminuir nosso trabalho? Sempre estamos numa correria sem sentido!
O autor nos apresenta como o excesso do trabalho, do aumento de produtividade, de desempenho, tem nos tornado cada vez mais exaustos de nós mesmos, que o tal de bornout nada mais é do que um superaquecimento do eu.
Passamos a condenar o descanso e a valorizar o viver na ?correria". Descanso esse que nada mais é doce um breve momento para que corpo e mente estejam minimamente bem para o trabalho.
Hoje não precisamos que nossos patrões digam que precisamos ficar até mais tarde para adiantar o trabalho, nós mesmos já colocamos na cabeça que precisamos fazê-lo, para mostrar o quanto somos produtivos e estamos focados em mostrar desempenho.
O cansaço do eu, vai se manifestar quando passamos a nos sentir culpados por ao invés de estarmos estudando coisas novas, estamos em momento de descanso, é realizada uma agressão onde a vítima e o agressor são a mesma pessoa.
O processo não é percebido, uma vez que temos a falsa sensação de que somos livres para fazer tal escolha, mas na prática mentalmente temos inserido a ideia que precisamos estar evoluindo.
Outro ponto importante apresentado pelo autor é que além do excesso de melhoria do eu, passamos a fazer mais atividades em paralelo o que nos desumaniza, uma vez que só os animais que precisam fazer esse paralelismo, pois isso garante a sua sobrevivência.
Com bicho gente é diferente, o que nos trouxe até aqui foi nossa capacidade de pensar, analisar e interpretar as situações antes de agir, fazer tal prática nos tornaria mais selvagens e logo menos humanos.
O que faz dessa leitura uma leitura extremamente necessária e o fato dela revelar de forma bem destaca, o quanto nossa sociedade está doente e que precisamos encontrar uma forma de sair desse buraco.