Resenhas - Os Miseráveis

Agatha 17/08/2020

"Chega uma hora que já não basta protestar; depois da filosofia é necessária a ação."
Tenho muitos elogios e críticas sobre esse livro, mas não dá para negar que, infelizmente, muitas discussões trazidas por Victor Hugo continuam atuais. Foi emocionante acompanhar a trajetória de todos os personagens. O autor teve uma impecabilidade no desenvolvimento dos personagens que tornam impressionantes a introdução, a história e o envolvimento de cada um. De todos os personagens, o Jean Valjean foi o que mais me emocionou, principalmente ao nos conduzir na discussão interna de sua virtude, seus sentimentos e sua religiosidade, envolvendo tudo o que passou e a pessoa que mais amou.
Porém, como nada é perfeito, as diversas digressões do Victor Hugo por capítulos extensos que nada acrescentaram na história e por descrições cheias de detalhes foram pormenores que não me agradaram e por vezes lentificaram a minha leitura.
Apesar disso, é um livro que recomendo muito que traz ótimas críticas, tanto sociais quanto políticas, além de criar um enredo ótimo de ser lido!
Emocionante, aterrador, realista e necessário!

Aline Donatoni 21/02/2021

Livro emocionante, cheio de reviravoltas, relações/ encontros inesperados... é muito interessante como Victor Hugo começa a contar sobre algo aparentemente aleatório e vai aos poucos aproximando para o contexto da história até chegar em algum personagem ou ato que se cruza com a narrativa futura.
Fala sobre injustiças, julgamentos, abandono, esperança, deveres, fé e apresenta vários pontos extremos: pessoas muito boas ou muito más, sem caráter algum ou que agem apenas no estrito dever legal que também não necessariamente é o correto.
Para mim a parte mais marcante foi a infância de Cosette, tão pequena, inocente e já tão sofrida...o final também foi muito emocionante. Chorei nessas duas passagens.
Em geral é um texto de fácil entendimento e fluído, apesar de levar tempo para ser lido. Há algumas digressões bastante descritivas, históricas ou filosóficas que quebram o ritmo de leitura e que não interferirem diretamente na história mas valem muito a pena serem lidas, pois trazem reflexões e frases belíssimas.

Fábio 25/12/2022

Os Miseráveis
Aos entusiastas da boa literatura pode-se dizer sobre esse livro o antigo dizer: não passe dessa vida para a outra sem ler esse livro. Ler esse livro, para mim, foi como escalar uma enorme montanha, cheia de aventuras, histórias e muitas reflexões e lições de vida.

Há muitas partes que são um pouco enfadonhas como as descrições da batalha de Waterloo, de convento, da construção de esgotos de Paris, mas que foram necessários para aplicá-los nas devidas tramas que se seguiriam.

De modo breve, o livro centra-se na história de Jean Valjean que por roubar um pão para alimentar 7 crianças passa em torno de 19 anos como forçado nas Galés, após liberto torna a roubar um garoto pequeno, não obstante ter se arrependido; mas ocorre uma reviravolta em sua vida e ele acaba se tornando um homem importante em uma cidade pequena, mas seu passado sombrio torna ele um suspeito e um espião da polícia chamado Javert fica na cola dele sempre a espreita para prendê-lo, daí surgem alguns personagens que farão parte da história de Jean Valjean como Fantine, Cosette e Marius.

Quando se chega por volta das pág 1300 percebe-se que valeu a pena passar por todas as partes cansativas como a escalada de uma montanha bem alta lhe proporciona uma bela visão pq as últimas páginas do livro são entremeadas de emoção e reviravoltas.

No mais, o livro trata de temas como a justiça, a desigualdade social, a generosidade, o perdão e o poder que o amor ao próximo tem de modificar situações e pessoas positivamente. Foi muito gratificante ler esse livro.

drummondianos 14/08/2020

o melhor livro que já li na vida
diferentemente da maioria dos clássicos políticos da literatura mundial, ?os miseráveis? foge de uma análise simplista ou óbvia e mostra, nos detalhes, as diferentes formas de miséria humana.

o personagem principal, jean valjean, tem um destino um tanto quanto sofrido após ser condenado por roubar pão. muitas coisas ocorrem em sua vida após isso, e todas elas são cercadas pelo ?fantasma? de seu passado. victor hugo questiona a nossa ideia sobre moral, nossos preconceitos e, também, nossa visão sobre os acontecimentos da vida a partir desse personagem. apesar de sua vida sofrida, valjean sempre tenta ser um bom homem e fazer o bem às pessoas.

mesmo com todo sofrimento que permeia a vida de todos os personagens, nós vemos romances, relações paternas, empatia e outros sentimentos belos. e, também, mesmo com tudo isso, a religiosidade, ou melhor, a espiritualidade fica presente e regenera personagens que estavam nas trevas. a política também se apresenta como importante fator que muda o rumo das pessoas que compõem a trama, e o narrador apresenta importantes reflexões sobre esse assunto, nos contextualizando sobre a história da França.

nesse belíssimo e enorme romance, victor hugo apresenta-nos as dores da sociedade não só de sua época, mas de praticamente todas. emocionante é a palavra que o descreve. um livro que não passará despercebido na vida de ninguém. personagens como fantine, jean valjean, gavroche, marius, eponine e enjolras são marcantes e certamente tocam o coração de todos os leitores.

carolina :) 14/08/2020

Favorito da vida;
Sobre este eu nem vou gastar palavras pra tentar explicar a imensidão deste livro. Eu sou totalmente apaixonada por a história de tal e para entender o quanto ele é importante e especial só lendo ele. Se todos lessem este livro acredito que o mundo seria diferente pois ele me mudou!

Aline no mundo das maravilhas 23/12/2022

Incrível
Mais de um ano para completar essa leitura e nenhum arrependimento.
Com certeza um dos melhores livros que já li na vida.
Da tristeza ao sublime, da maldade ao amor e da miséria para tudo que é necessário.
Esse livro é inigualável.

Beth 03/08/2020

Atualíssimo
Com certeza Os Miseráveis entrou para a lista dos meus prediletos e Jean Valjean um dos personagens que levarei por toda minha vida. Livro incrível que vale muito apena a leitura, pois, apesar de contar uma história do final do século XlX, o tema é super atual: a miséria causada pela fome e a miséria da alma.

Hugo 05/10/2024




Uma vida em um livro. Uma profunda reflexão sobre a sociedade de sua época e que ainda ecoa nos dias de hoje e ecoará para sempre já que o livro trata a sociedade como um reflexo do humano, do que o humano junta ao redor de si, quase como se fosse o lixo apanhado nas ruas. É uma belíssima história de redenção. De uma pureza incrível de ideias.

Paula 03/10/2024

Os Miseráveis
Foram cinco meses para terminar o livro. Com certeza o maior livro que eu já li. Que isso não diz nada sobre o livro ser bom ou ruim, ou se eu posso pegar uma carteirinha de leitora assídua, disso eu não tenho dúvidas. Um livro grande não diz nada sobre a qualidade do livro ou do leitor. Mas foi a primeira vez que pensei na leitura como uma forma de resiliência. Ter paciência, não abandonar o livro pela sensação de não caminhar nas páginas, ter o seu tempo, descansar do livro quando precisar (!!) e ler sem pressa para acabar. Tudo isso veio na bagagem do livro, para além da história.
E, de fato, eu achei uma história muito boa. Ler Os miseráveis logo depois de ler Grandes Esperanças é como dar um pulo longo no século XIX e conversar com pessoas que estavam olhando para onde, ou para quem, não costumava ser olhado. De novo, um livro que fala sobre classe, privação de direitos e distribuição de privilégios para poucos. Além disso, um livro que fala de redenção. Fala de uma cultura que impõe estereótipos degradantes a pessoas de classes oprimidas e que naturalizam a marginalização dessas pessoas sem uma crítica social mais complexa. Victor Hugo tenta fazer em 1511 páginas essa crítica social. Ele, no meu ponto de vista, tenta falar que, talvez, a melhor maneira de se julgar o indivíduo não seja olhando para ele, para a sua roupa, o seu nome ou os seus crimes. Ele pede para olharmos para as leis, para as instituições, para os títulos e se pergunta, enfim, quem realmente pode ter um nome na sociedade, para, de fato, circular nela. E faz tudo isso falando sobre amor. Para terminar, só dizendo que chorei horrores no final e que recomendo bastante o livro.

Mariah 15/01/2022

quotes úteis
? ?Derrubemos a golpes de martelo as teorias, as poéticas e os sistemas. Atiremos por terra o velho revestimento de estuque que mascara a fachada da arte! ?

Referência: Prefácio do escritor francês à sua peça teatral Cromwell, de 1827 (apud Álvaro Cardoso Gomes; Carlos Alberto Vechi. A estética romântica: textos doutrinários comentados. São Paulo: Editora Atlas, 1992, p. 118)

? ?O romantismo no Brasil não foi contemporâneo ao da França, embora as novidades vindas de Paris fossem avidamente esperadas por uma sociedade ansiosa por se libertar da influência da metrópole portuguesa e adaptar-se velozmente aos modelos culturais franceses.? (CALLIPO, 2010, p. 29)

Referência: Daniela Mantarro Callipo. Rimas de ouro e sândalo: a presença de Victor Hugo nas crônicas de Machado de Assis. São Paulo: Editora da UNESP, 2010.

? ?A inclinação dos românticos aos estudos históricos foi uma, e talvez a melhor das manifestações do sentimento patriótico que aqui se gerou da Independência. Deu-lhe corpo, estimulou-a, favoreceu-a a criação do Instituto Histórico, onde se procurou assídua e zelosamente estudar a nossa história, menos talvez por curiosidade e amor de sabê-la que por, mediante ela, justificar e exalar aquele sentimento. (1963, p. 199)

? ?Cumpre lembrar que o sobrinho de Napoleão I era um sério desafeto de Victor Hugo.Talvez valesse a pena relermos Quincas Borba (1890): romance em que Machado conduz o ex-professor Reunião a imitar a figura de Napoleão I, também como sinal da acelerada demência do personagem. Seria este um aval machadiano, ainda que no plano da ficção, ao posicionamento de Victor Hugo, em sua luta no plano político contra o polêmico líder francês?"

? " ? Quantas camas parece-lhe que poderiam caber nesta sala? ? Em sua sala de jantar, monsenhor? ? disse o diretor estupefato."

O monsenhor continua o diálogo indignado com o fato de na sua casa ter espaço suficiente para caberem 60 pessoas, sendo que ele mora em 3 pessoas. Oferece trocar de casa já que vivem 26 pessoas naqueles quartos minúsculos.

? "como o bispo, recebia do Estado um ordenado de quinze mil.?

? ?Os que só ensinam a ler trazem uma pena; os que ensinam a ler e a contar usam duas; e os que ensinam a ler, a contar e sabem latim usam três são considerados grandes sábios.?

? ?Assim falava grave e paternalmente, inventando parábolas quando não tinha exemplos, indo direto ao objetivo, com poucas frases e muitas imagens, o que era a própria eloquência de Jesus Cristo, convincente e persuasiva.?

? ?O bispo escutava habitualmente em silêncio essas inocentes e desculpáveis exibições maternais.?

? ? ? Que costas largas tem a morte! Que admirável carga de títulos fazem-na alegremente carregar, e que grande habilidade tem os homens para fazerem do túmulo instrumento de sua vaidade!?

? ? Nunca temamos nem os ladrões nem os assassinos. Estes são perigos externos, pequenos perigos. Temamos a nós mesmos."

? Fiat lux = haja luz.

? ?Não vejo um lobo se sacrificando pela felicidade de outro lobo. Vamos ficar com as leis da Natureza.?

? ??levantar o véu de Ísis: não há nem o bem nem o mal; há vegetação.?

? Livro I PARIS ESTUDAVA EM SEUS ÁTOMOS pág619 ?> ótima construção no parágrafo.

? ?Passa um cortejo fúnebre. Entre os que acompanham o morto há um médico. ?Olhe?, exclama um moleque, ?desde quando os médicos transportam suas obras??

? ?Seu patife, você pegou a cintura de minha mulher.? ? ? Eu, moço! Então me reviste.?

? ?(?)para que esse porão estreito, fétido, obscuro, sórdido, insalubre, repugnante, abominável, se chame Paraíso.?

? ?Deem a uma criatura o inútil e tirem-lhe o necessário, aí terão o moleque.?

? ?lírico até o limite da imundície?

? ?Em suma, para dizermos tudo em uma só palavra, o moleque é um ser que se diverte, porque é infeliz.?

? Paris estúpida. Universo estúpido. Paris ri do gênero humano.

? ?(?) sua noite de 4 de agosto dissolve em 3 horas mil anos de feudalismo.?

? ?Ousar; é o preço do progresso. Todas as conquistas sublimes são mais ou menos o prêmio da ousadia. Para que a Revolução acontecesse, não bastaria que Montesquieu a pressentisse, que Diderot a pregasse, que Beaumarchais a anunciasse, que Condorcet a calculasse, que Arouet a preparasse, que Rousseau a premeditasse, foi necessário que Danton a ousasse.?

? ?O grito ?Audácia!? é um Fiat lux.?

? ?O mesmo clarão formidável vai da tocha de Prometeu ao cachimbo de Cambronne.?

? ?Vamos, filósofos, ensinem, esclareçam, iluminem, pensem alto, falem alto, corram alegres para o grande sol, confraternizem-se com as praças públicas, anunciem as boas novas, distribuam os alfabetos, proclamem os direitos, cantem as Marselhesas, semeiem os entusiasmos, arranquem os ramos verdes dos carvalhos. Façam da ideia um turbilhão. Essa multidão pode ser aperfeiçoada. Saibamos nos servir desse a vasta efervescência dos princípios e das virtudes que borbulha, brilha e estremece em certas horas.?

? ?Fazia-se mil recriminações. Por que a segui? Estava tão feliz só por vê-lá! Ela me olhava; já não era uma grande coisa? Parecia gostar de mim. Não era tudo? Que mais eu queria? Não há mais nada depois daquilo. Fui absurdo. Foi minha culpa. Etc., etc.?

? ?Todos os nossos heroísmos provém de nossas mulheres. Um homem sem mulher é como uma pistola sem gatilho, é a mulher que faz o homem disparar.?

? ?murmurar a meia voz: Pátria.?

? Rimas com ?a culpa é de Voltaire? e ?a culpa é de Rousseau?

? ?Como e de que modo? Dia e noite. Com que finalidade? Sem finalidade alguma. Com que pensamento? Sem pensar. Para que? Para nada. Por meio de que órgão? Por meio de seu intestino. Qual é seu intestino? É seu esgoto.?

? ?(?)seu fausto, seu luxo, sua magnificência, é seu esgoto.?

? ?Essas surpreendentes inépcias não são novas; não se trata de uma tolice jovem. Os antigos agiam como os modernos.?

? Paris esgoto e mar como - lama e alma -
Pessoa desaparecer em Paris como um mergulhador desaparece em um oceano.

? ?O último gole do cálice? ?Que era então aquele homem-precipício??

livia 23/10/2022

Os miseráveis
Livro extremamente necessário, uma leitura muito gostosa e que flui muito bem. É o tipo de livro que você só quer largar quando termina de ler. Jean Valjean que no começo é um homem rancoroso e frio acaba se transformando por um gesto de amor ao próximo. A capacidade de alguém mudar através do amor é tocante. Todo mundo deveria parar pra ler esse livro perfeito.

Ana Vello Pires 04/04/2020

O melhor dos melhores
Acabo de terminar essa obra-prima e nem ao menos sei expressar o quanto esse livro é magnífico.
Os Miseráveis não é apenas uma história, é um estudo da sociedade, é um devocional, é o retrato da vida de um homem e que vida sofrida!
Depois de tantos ensinamentos, tantas provações, alegrias e infelicidades, a história de Jean Valjean se completa e tudo é acertado.
Não reconheço pontas soltas e posso dizer que esse é o melhor livro que já li em toda a minha vida e que ele mudou completamente minha visão de mundo.
Esse livro é meu tesouro e meu amor, tenho carinho por praticamente todos os personagens e já sinto saudades de todos eles.

Queila.Noemi 07/04/2020

Além da história.
Sim, é um excelente livro, sim seria 5 estrelas, se não fosse a História dentro do livro.
Quando o autor deixa nossos queridos personagens para trás para nós contar páginas e páginas sobre o esgoto de Paris, entre outras coisas, sinto que vou cansando e que vou deixando de me importar com a história em si.
No final só queria acabar e foi isso. Infelizmente.

Ana.Carolina.M 30/08/2023

Hater do Marius
Esse é um livro extremamente realista em todas as suas problemáticas e situações e traz muitas reflexões, por ser tão duro e cru ele torna fácil a tarefa de se importar com os personagens e torcer por eles, o que é meio inútil já que tudo de ruim que pode acontecer aos personagens acontece ?
Como é difícil fazer um resumo de um livro tão grande, vou focar mais nas minhas impressões sobre alguns personagens/situações.
Acho que minha maior crítica ao livro é que, apesar da história ser interessante, ela é repetitiva, o mesmo ciclo sempre se repete. Jean Valjean chega em um lugar que parece tranquilo, enfrenta algumas dificuldades para se encaixar, mas uma série de coincidências faz com que ele prospere e viva bem por um tempo, então o Javert aparece, alguma situação faz com que eles se encontrem e Javert fique perto de pegar Jean, então ele milagrosamente escapa. Isso faz com que as coisas se tornem previsíveis, mas não a ponto de você conseguir prever tudo o que vai acontecer.
Outra coisa que deixa a história maçante são as explicações, muitas vezes desnecessárias, sobre algumas coisas, por exemplo quando são gastas muitas páginas para explicar o que é gíria (quando foi criada, exemplos, etc.), tudo isso só para contextualizar o por que das pessoas de rua usavam gírias. Na maior parte do tempo eu sentia que essas interrupções eram desnecessárias e que o livro poderia ser bem menor e, por mais interessantes que fossem, eu não sentia vontade de ler e cheguei até a pular páginas, principalmente porque essas interrupções eram feitas nos clímax da história.
Mas o que mais me prendeu a história foram os personagens, que são incrivelmente profundos, complexos e carismáticos que vivem situações tão cruéis e reais que torna fácil ter empatia por eles, mas os principais seriam Jean Valjean, Marius e Javert, é tentado dar algum destaque para a Cossete, mas ela só aparece mesmo no final do livro, no restante ela apenas existe, diferente dos outros que são tão marcantes ?
Após a benfeitoria do Bispo, Jean Valjean se torna um homem temente a Deus e ansioso, por medo de ser pego. Javert é um oficial da lei e faz de tudo para cumprir a lei acima de tudo, ele é o principal perseguidor de Jean. Já Marius é um ex burguês que na maior parte do tempo se comporta com uma criança birrenta e impulsiva.
O final da história de Jean e Javert é emocionante, mostra o quanto Jean era aterrorizado por seu passado e o quanto ele se tornou emocionalmente dependente do amor que Cossete sentia por ele e, no caso do Javert, mostra o quanto a quebra de crença que a atitude de Jean causou nele foi profunda e o quanto isso o perturbou, pois ele se recusava a acreditar que poderia existir uma pessoa que era ao mesmo tempo um criminoso e uma pessoa boa e piedosa.
Já no final do Marius a única coisa surpreendente foi o quão rápido ele amadureceu, depois que acorda do coma ele praticamente se torna outra pessoa, já não se comporta mais como uma criança e passa a agir como um adulto responsável. ( E deixo aqui uma menção honrosa para a cena ridícula onde ele fica bravo com o Thernadier tentar fazer Jean parecer alguém horrível e, como demonstração dessa raiva, ele dá DINHEIRO para o Thernadier ?)
Os miseráveis te faz sentir todo tipo de emoção e, apesar de tudo, no final vale a pena.

Gfelixft 03/04/2021

Os Miseráveis
Uma das coisas mais espetaculares que já li.

"Olhem através do povo e avistarão as verdades"