spoiler visualizarRhuan40 22/09/2023
PALHAÇADA
O amor impedindo por uma mesquinhez e uma vingança de uma jovem elitista recém agraciada pela riqueza material.
Aurélia, jovem de elite, aventureira, dona de si, doou seu coração a um jovem rapaz que, por segurança social e material, a dispensou de início.
Nisso, gerou no peito da noviça, ao enriquecer-se por herança e angariar o amor do mesmo rapaz, uma sede de vingança a ponto de se casar com ele num casamento arranjado e tratá-lo como escravo.
O que não puderam esconder foi a paixão pulsante no coração de Aurélia e Seixas, a qual poderia ser plenamente vivida naquele seio matrimonial se Seixas já não tivesse tão machucado pelas humilhações sofridas pela orgulhosa Aurélia.
Gente, para que complicar? Confesso que fiquei revoltado com o casal em diversos momentos.
José de Alencar ainda soube explorar minhas emoções: uma profunda angústia em meu peito ao ler as desavenças repletas de sarcasmo a amargura do casal (principalmente da Senhora) durante a trama do livro, e também um ímpeto revoltante ao me deparar com o final estrondoso do enredo.
Entre idas e vindas, a dificuldade de ceder à paixão, o autor ainda teve a audácia de colocar o casal para viver plenamente o amor passional depois de se tornarem oficialmente divorciados.
Quem diria que ler um clássico da literatura brasileira me deixaria num turbilhão de emoções pelos personagens? Acho que realmente entrei na história.
#RevoltadoComAureliaESeixas