Senhora

Senhora José de Alencar...




Resenhas - Senhora


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Jazz 14/10/2019

Não foi dessa vez.
Clássico da literatura brasileira, escrito por José de Alencar, A Senhora é um livro bastante querido, que conquistou um lugar nas telinhas, virando uma telenovela com mesmo nome, dirigida por Gilberto Braga. A história gira em torno de Aurélia, uma jovem pobre e orfã de pai, e Fernando Seixas, ambicioso e também pobre. Ambos namoram, até que Seixas se afasta de Aurélia, movido pela ambição de se casar com uma jovem rica, Adelaide Amaral.
Passam os anos, até que a vida de Aurélia dá uma reviravolta e a mesma enriquece, se transformando em uma das jovens mais ricas do local. Por intermédio do tio, A menina oferece cem contos de réis à Fernando, para que se case com a mesma, porém, ele não poderá saber quem é a noiva até o dia do então casamento. Seixas então descobre e se sente alegre, pois nunca deixou de amar Aurélia. A mesma o desilude na noite de núpcias, após afirmar que "o comprou" para servir de marido, o que uma senhora como ela deveria ter. O relacionamento é guiado por críticas, ironias e ataques verbais, causando desconforto ao vendido Fernando.
A história é muito interessante, apesar do "romance" chato, critica bastante a sociedade sexista da época, e onde a burguesia vivia de aparências (não que seja muito diferente hoje em dia). Esse "amo-o ou não amo-o? Eis a questão?" me irritou bastante também, com certeza o fator que mais me cansou.
Algumas partes achei que o autor estava empurrando com a barriga e tacando descrições desnecessárias pra disfarçar.
Enfim, é uma leitura razoável e só.
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Al Broiser 25/09/2019

Maravilhoso
O livro é excelente, inclusive me levou a escrever uma carta de desculpas à minha professora de português do ensino médio que se estende à própria senhora.
Por muitos anos achei o livro tedioso e ruim, mas apesar de ainda achar uma leitura bastante complexa devido ao rebuscar das palavras, a minha opinião mudou radicalmente.
O que José de Alencar faz muito bem nesse livro é confundir o leitor, muitas vezes não sabemos a intenção por trás das ações das personagens, o que nos leva a ter sentimentos diversos durante toda a leitura. Além disso são muito bem escritos os diálogos, principalmente as descrições da beleza de nossa Aurélia.
Esse livro claro é de outra época, mas garanto que seja um dos romances mais puros já escritos.

Vou deixar o link para a carta de desculpas que acho ter ficado de bom tom e explica bem a razão, além disso lá me aprofundo mais em porque sinto que o livro é excelente.

site: https://medium.com/@alansmarcondes/perdão-senhora-77e6e0f8d3e6
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Guilherme.Barbosa 14/09/2019

Resumo: Senhora
Senhora faz uma crítica à união matrimonial por interesses financeiros. O casamento é descrito como uma transação comercial, o que fica explícito nos títulos das quatro partes que compõem a obra: “O preço”, “Quitação“, “Posse” e “Resgate”.

O preço
Na primeira parte, Aurélia, rica frequentadora da corte, é disputada pelos jovens da sociedade, em razão de seus dotes físicos e financeiros. Ela envia seu tio e tutor para negociar seu casamento com Fernando Seixas — rapaz de origem simples, mas que mantinha hábitos de moço rico – oferecendo a ele um dote para que ele se case com ela. No entanto, há uma condição: ele não saberia a identidade da noiva antes de aceitar o acordo. A princípio relutante, Seixas aceita.

Quitação
Na segunda parte, por meio de um fashback, revela-se a origem humilde de Aurélia e o início de sua relação com Fernando, que a abandonou por outra mulher. Também é esclarecido o motivo da ascensão social de Aurélia, que herdara a fortuna do avô que fora, antes, indiferente a ela.

Posse
Na terceira parte, Fernando está casado com Aurélia. Um casamento, porém, de aparências, em que ela o humilha por tê-lo “comprado”. Revelam-se, portanto, as contradições entre o falso comportamento do casal, em sociedade, e a real hostilidade que alimentam, na intimidade.

Resgate
Na quarta parte, a paixão que Aurélia ainda nutre por Fernando começa a suplantar o desejo de vingança. Ele também muda de comportamento: deseja devolver o dinheiro do dote e se ver livre. Mas, ao se despedir da jovem esposa, esta lhe faz uma grande declaração de amor. A partir de então, apaixonados, vivem um final feliz.

Análise do livro
Alencar ambienta Senhora na cidade do Rio de Janeiro. A obra enquadra-se nos chamados romances urbanos, em que o autor representa a capital do império de forma idealizada; ou seja, as tramas desenrolam-se num espaço que se assemelha a Paris ou qualquer outra capital europeia, e são omitidos problemas advindos de uma estrutura precária (se comparada a tais cidades estrangeiras).

Outro aspecto interessante é que os protagonistas dessas tramas (a maioria, de temática sentimental) pertencem à elite e retratam aspectos do modo de vida dessa classe no Brasil do século XIX: a maioria dos personagens não trabalha, segue a moda francesa e tenta reproduzir os divertimentos europeus (o teatro lírico, bailes e saraus).

Senhora narra a história de uma jovem, Aurélia Camargo, que, juntamente com as protagonistas de Lucíola e Diva, apresenta-se como um dos perfis femininos mais fortes dentro da obra do autor. Os três romances, ambientados no Rio de Janeiro (portanto, de temática urbana), formam o ciclo subintitulado “Perfil de Mulher”.

site: https://www.coladaweb.com/resumos/senhora-jose-de-alencar
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Rayssa 14/09/2019

A senhora
Aurélia carmargo era filha de uma costureira pobre que queria namorar com Fernando seiaxas, ele amava ela, mas nem ele é nem ela eram ricos então ele troco ela por Adelaide Amaral,uma menina rica que podia dar um futuro melhor.
Com o passar do tempo Aurélia se torna órfã,e recebe uma herança do seu avô e começa a ser cobiçada por pretendentes interesseiros.
Aurélia ainda estava apaixonada por Fernando mas ele já tinha se comprometido com outra, então ela pediu para que o seu tio Lemos ,pagasse para Fernando se casa com ela. No início ele não aceitou pois, não sabia quem ela era ,mas depois que o tio disse que ia pagar,resolveu aceita e eles se casaram
Depois do casamento,Fernando se vê como escravo de Aurélia, então eles começam a discutir e o orgulho não deixa eles se resolverem,então ele vai trabalhar pra paga tudo o que ela tinha dado em troca do dote e pede o divórcio,ela percebe a mudança e eles resolveram ficar juntos
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R...... 06/08/2019

HQ EBAL (Edição Maravilhosa Nº 120 - 1956)
Adaptação para seleto grupo que goste de HQs baseadas nos clássicos. Opa, tô nessa!
A estética e idealização são antiquadas e pouco instigantes, mas deu para contornar com entusiasmo diante de uma história interessante, entre minhas preferidas do Alencar, onde o amor é vivenciado apenas quando se vê livre de ódios, interesses egoístas e aparências. Uma ilustração contrária aquele velho ditado, de que o dinheiro compra felicidade. Para Aurélia Camargo e Fernando Seixas não foi assim...
Dá para perceber a obra em diferentes óticas. Empoderamento feminino? Revelação de jogo de interesses escusos e aparências na sociedade? Sensibilização para percepção do homem como mercadoria? (coisa do contexto de época). Determinismo ambicioso pelo dinheiro?
Com certeza, algumas possibilidades para calorosas discussões. Só escolher e enveredar, caso seja de interesse.
Dessa vez, fico com a percepção e impacto da regeneração através do amor, capaz de superar todas essas coisas quando genuíno.
Por essas e outras, gosto do romance e assim (vá lá com as tosquices) a leitura da HQ foi divertida.
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MM 05/08/2019

Clássico e atual
Escrito no século XIX, José de Alencar nos conduz através da história de amor dos personagens Aurélia e Fernando. Dividida estruturalmente em quatro partes: preço, quitação, posse e resgate; como se figurasse uma transação comercial, José de Alencar tece uma história sombreada por interesses e aparências.
Aurélia, tem sua paixão de menina, pobre e conformada, rejeitada por seu amado, de moral duvidosa; com o orgulho ferido, se utiliza de inesperada e opulenta herança recebida e transmuta essa paixão em vingança objetivando subjugar o homem que a fez sofrer.
Este clássico da literatura ainda permanece atual e, excetuando-se o palavreado rebuscado da época, bem poderíamos ver seu enredo avançar até o tempo presente, onde encontraríamos uma Aurélia precoce e empoderada, dona de suas vontades; e um Fernando esbanjando sorrisos e falsas aparências. Ambos exibiriam a imagem perfeita e invejada nas redes sociais, admirados por seus "zilhões" de seguidores, ludibriados com suas máscaras forjadas a ferro e fogo.
"Senhora" foi, e ainda é, uma crítica social, a importância dada ao dinheiro e as relações sociais que, muitas vezes, dele dependem.
Recomendo.
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Diane 31/07/2019

Me rendendo aos clássicos
Aurélia é uma bela moça pobre que recebe uma herança de seu avô, e ao se tornar rica, logo vê a oportunidade de fazer parte da sociedade nobre do século 19 e aproveitar tudo que lhe é direito, inclusive escolher seu futuro marido.

Fernando é um rapaz que se vê responsável pelas mulheres da família muito cedo e abandona o seu amor da juventude, em busca de um casamento que possa lhe oferecer dotes para que ele possa sustentar a sua mãe e irmãs. Logo ele se vê enfeitiçado pela nobreza e pelo dinheiro.
O que ele não esperava é que o seu amor da juventude agora era uma senhora rica, que iria lhe oferecer um dote para que Fernando se tornasse seu esposo, em um trama de vingança e romance improvável.

Tenho consciência da riqueza que é a literatura clássica nacional, mas confesso que a linguagem me causa uma certa preguiça em ler. Eis que encontrei esse clássico em quadrinhos e simplesmente me apaixonei, vendo ai a oportunidade de conhecer uma das grandes obras de José de Alencar. E adorei! Gosto como a Aurelia é uma moça a frente de seu tempo, embora vingativa, bem empoderada. Achei que o final previsível tirou um pouco o brilho da narrativa, mas ainda assim gostei bastante.
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Sarah 10/07/2019

A senhora romântica
José de Alencar, nascido em 1829, foi um dos principais representantes do Romantismo no Brasil. Brasileiro de nascença, foi filho de um político importante e recebeu boa educação; mais velho, atuou, além de romancista, como jornalista, advogado e político. Em 1856, publica seu primeiro romance “Cinco minutos”. A partir de então, nunca abandona a literatura, tornando-se um escritor de sucesso.
Para se analisar as obras de Alencar, é necessário compreender o período histórico em que viveu. O romantismo surge com a ideia de construir, simbolicamente, uma nação. Alencar, em seus romances, tenta interpretar a sociedade brasileira da época e redigir dogmas da brasilidade; ele não faz isso, portanto, de forma inocente.
Na tentativa de construir um orgulho nacional, Alencar traz temas indianistas, regionais e sociais. Em seu enredo, porém, defende também os interesses aristocráticos. Na fase indianista, verifica-se o sacrifício do índio pelo português; ao trazer mulheres como protagonistas, ainda assim elas são idealizadas e perfeitas.
À parte das possíveis críticas feitas à Alencar acerca disso, ele era um escritor exímio e sabia como manipular a palavra. Seus romances têm traços poéticos que encantam e ele trata do Brasil com uma delicadeza particular; abandonando-se os preconceitos contemporâneos, é necessário compreender a importância que seus livros tiveram à época.
Senhora é um de seus romances urbanos – que caracterizam a vida na corte durante o segundo reinado – mais famosos. Traz como protagonista Aurélia, uma menina que, apesar de sua vultuosa riqueza, vê-se sozinha no mundo e descrente da vida em sociedade.
O livro divide-se em quatro partes. Antes de iniciar o enredo, porém, há uma nota de Alencar, “ao leitor”. Nesta nota, ele diz que a história a ser contada é verdadeira, não criada por ele, mas que ele apenas teve o prazer de transformar em livro.
Na primeira parte, intitulada “Preço”, conhecemos um pouco da vida de Aurélia. Órfã e herdeira de uma fortuna, é uma mulher muito bela, admirada por toda a sociedade fluminense. Vive com a tia, D. Firmina, que passa o dia a satisfazer os caprichos da garota. Aurélia sempre sai para os bailes a noite, onde é cercada de admiradores, por pensar que estes só se interessam por seu dinheiro.
Certo dia, porém, manda chamar seu tutor e tio, Lemos, que também é responsável por suas finanças. Ela confessa que já escolheu seu futuro marido, Seixas; ele, porém, já está arranjado para outra. Aurélia coage o tio, então, a fazer com que esse plano de casamento seja desfeito. Armando para desmanchar o outro casamento, Lemos rearranja a noiva e faz uma oferta de um dote alto para Seixas, não revelando a identidade da nova pretendente. Lemos argumenta que a garota também não saberia do casamento, mas seria necessário casá-la com um sujeito decente antes que alguém viesse lhe roubar a fortuna – o que, é claro, era mentira já que Aurélia que tinha arquitetado tudo.
Apesar de declinar inicialmente, Seixas tem um dia de múltiplas desventuras econômicas e, no desespero de casar a irmã, aceita se casar com a mulher misteriosa por causa do dote. Em uma visita guiada por Lemos, ele descobre que a mulher era Aurélia, figura tão admirada e seu antigo amor.
Fascinado por tal coincidência, os dias se passam e afinal chega o dia do casamento. Os dois noivos parecem muito felizes e toda a sociedade presente admira tal sorte. Ao ficarem sozinhos na primeira noite nupcial, porém, Aurélia humilha Seixas, dizendo que havia comprado um marido e que ele era um homem vendido. Espantado, Seixas ouve a mulher contar sua história.
A segunda parte do livro é dedicada para explicar o que teria levado Aurélia àquela noite. A jovem começa a narrativa com a história de seus pais. Seu pai, Pedro, era filho bastardo de um rico fazendeiro; Emília, sua mãe, vinha de uma família grande. Apaixonados, os dois decidem se casar, mas nenhuma das duas famílias apoia isso. Emília, rebelando-se, foge de casa e casa com Pedro de qualquer forma.
Os dois passam a viver juntos em uma casa simples. Até que certo dia Pedro recebe uma carta de seu pai, intimando-o a ir vê-lo na fazenda. Lá, Pedro não tem coragem de enfrentar o pai e esconde o casamento. Resignada, Emília aceita. O casal só se vê quando Pedro vem para a corte; mesmo assim, Emília engravida duas vezes.
Aurélia e Pedro Camargo são os frutos de tal união. No dia em que Pedro – esposo – é intimado pelo pai a casar-se, delira de covardia e morre sozinho. Arrasada com essa perda, Emília adoece e se esforça para sustentar a família, que passa cada vez mais necessidades. Pedro Camargo não possuía gênio para fazer carreira; apesar disso, Aurélia o ajuda a manter o emprego. Chega o dia, porém, que o garoto adoece e morre como o pai.
Aurélia, portanto, fica sozinha para cuidar da mãe. Emília nunca reclama, mas declara o desejo de ver Aurélia, ainda menor de idade, casar-se para que ela não fique sozinha no mundo. Para atender ao desejo da mãe, Aurélia passa os dias a janela. Por muito tempo, nenhum pretendente digno aparece. Até que Seixas passa um dia à sua janela.
Os dois se conhecem e Aurélia se apaixona por ele. Nega outro pretende mais rico, Abreu, por não querer se casar sem amor. Seixas promete casar com ela, mas mais tarde a troca por Adelaide, por causa do dote. Descrente do amor, Aurélia desanima diante da vida e ela e a mãe passam cada vez mais necessidade.
Até que um dia aparece a sua casa um senhor; é o avó de Aurélia, pai fazendeiro do falecido Pedro. Este declara ter encontrado a certidão de casamento de Emília e Pedro e está pronto para reconhecer a família. Ao voltar para a fazenda, porém, passa raiva com enteados e acaba falecendo. Nesse meio tempo, Emília tem uma de suas crises e também vem a morrer. Desta forma, logo Aurélia fica órfã.
Ela é acolhida pela sua parente mais próxima, a viúva D. Firmina. Logo, entretanto, chega a notícia que ela herdou uma fortuna do avô falecido. Diante do dinheiro, Aurélia vê todos os que a tinham abandonado se voltarem para ela e lhe prestarem auxílio.
Revoltada com tal atitude interesseira, ela passa a morar sozinha com D. Firmina e, depois de meses, frequentar a sociedade fluminense. Precisando de um marido, ela escolhe Seixas. Terminada a narrativa, os noivos se confrontam. Seixas, humilhado, aceita que se vendeu e diz que não a ama mais. Abalados, cada um parte para o seu quarto.
A terceira parte retrata a vida dos dois casados. Sempre se tratando de formas sarcástica quando estão sozinhos, Aurélia e Seixas se esforçam para manter a aparência do casal perfeito. Eles, porém, mal conseguem passar um tempo juntos. Seixas está sempre a se sentir humilhado e Aurélia, sempre frustrada por causa da falta de dignidade do marido. Os dois nem tocam um ao outro, e dormem em quartos separados. Passado os meses inciais, Seixas volta a trabalhar como jornalista.
Cada vez mais encantado com Aurélia, porém, Seixas mal percebe que se apaixona por ela. Aurélia também ainda o ama e fica feliz quando vê que ele está chegando cada vez mais perto do homem ideal por quem ela se apaixonara. Sempre interrompidos ou com mal-entendidos, porém, os dois não se acertam.
Nos últimos capítulos do livro, porém, Seixas a chama em particular e mostra que conseguiu acumular a quantia pela qual “foi comprado”. Restitui essa quantia a Aurélia e assim se põe livre do compromisso do casamento. Arrependidos, porém, os dois confessam o que sentem um pelo outro e que o interesse pelo dinheiro havia impossibilitado que ele se concretizasse antes. Perdoados, deixam o dinheiro de lado e começam do zero o casamento.
No decorrer do livro, é muito claro a crítica que Alencar tece à sociedade de aparências e ao casamento por interesse. Reforça, contudo, a santificação – cristã – do casamento e a mulher pueril, intocável. Dessa forma, é construído um romance de costumes, que retrata a sociedade aristocrática fluminense do século XIX.
Em meio a capítulos adornados de uma beleza ora simples ora ostensiva, Senhora narra uma história de um amor corrompido pelo dinheiro. O amor, porém, dos dois é maior do que o dinheiro e no final eles conseguem se perdoar; Seixas com um caráter mais nobre e Aurélia uma esposa dedicada, dona de um amor pueril.
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Marcos5813 15/06/2019

O puro amor
É difícil, muito difícil fazer uma crítica as obras de um dos maiores expoentes da literatura brasileira e não menos da literatura mundial. "Senhora" é um daqueles romances que não trás muita surpresa no final para quem já conhece as obras do autor, mas o desenlace é muito menor que toda e tecitura da narrativa, da construção das personagens, da trama composta e do riquíssimo vocabulário de um escritor que além de tantas outras atividades possui sobre a língua portuguesa a destra da pena que corre solta. Se a união entre dois amores começa num contrato matrimonial, em "Senhora" acontece justamente o contrário, a no alvará de um testamento, que o já selado se concretiza. A morte da dúvida era apenas a dissipação das clausulas que prendiam amantes em sues despojos. Se todo amor é puro nem tudo que brilha é ouro, e nem tudo que se ama tem preço, e a pureza dos sentimentos dá destino aos amantes, e invertido dos laços sociais, do puro o amor antes lodo brota lótus. Fantástico romance!!!! É difícil muito difícil criticar e mesmo resenhar a obra de um autor que pelo seu conjunto supera a destreza do engodo afã.
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Fabio Shiva 04/06/2019

Sexy Alencar
Eu tinha onze anos de idade quando, junto com a querida amiga Eva Costa, fiz um cartão na biblioteca do bairro da Ribeira, em Salvador. Era um cartão só para nós dois, que dava direito a pegar dois livros a cada quinze dias. Então combinamos que cada um escolheria um livro para ler, e depois trocaríamos. Eu escolhi “O Caso dos Dez Negrinhos”, de Agatha Christie, que me deixou alguns dias sem dormir. Eva escolheu “O Guarani”, de José de Alencar, que gerou em mim uma grande paixão pela literatura brasileira, pelo que sou muito grato.

Nos três anos seguintes li muitos outros livros de José de Alencar: “Cinco Minutos”, “A Viuvinha”, “Ubirajara”, “Iracema”, “O Tronco do Ipê”, “Til”, “Lucíola” e “A Pata da Gazela”. Devo a essas leituras praticamente tudo o que sei de gramática!

“Senhora” foi um dos últimos que li desse autor, já aos quinze anos, como imposição escolar. Por essa época minha paixonite por José de Alencar já havia fenecido um pouco, por conta de outras leituras e descobertas. Ainda assim, gostei da leitura – fato raro dentre os livros que li na escola, com a ingrata obrigação de fazer uma prova depois.

E agora, depois de tanto tempo, retorno a esse autor tão querido de meu coração. Feliz reencontro! O que primeiro me encantou foi o lirismo da prosa de José de Alencar, mas logo em seguida fiquei capturado pela trama amorosa (mesmo já tendo lido o livro!), para minha própria surpresa! A turma que gosta de ler histórias de amor e ainda não conhece José de Alencar não faz ideia do que está perdendo!

Algo que me chamou a atenção nessa segunda leitura foi a carga erótica de algumas cenas, que passaram despercebidas de meu olhar adolescente. Pois é preciso contextualizar, ter em mente que a história foi publicada em 1875. Para os padrões da época, imagino que a cena que descreve Aurélia entrando no leito nupcial, por exemplo, deve ter deixado muitas moçoilas e mancebos com taquicardia... sobretudo pela cruel interrupção do clima erótico, em uma reviravolta que define a estrutura narrativa de “Senhora”.

Pois se o tema geral do livro é o do chamado “casamento de conveniência”, a estrutura narrativa segue uma técnica arriscada, que poucas vezes vi sendo posta em prática com bons resultados (e nunca tão bem quanto em “Senhora”): algo que chamei de “técnica do coitus interruptus”, e que consiste na frustração da expectativa de alívio dramático, por meio de seguidas reviravoltas, até a resolução final do grande e catártico clímax. Isso sim é que eu chamo de Literatura Hot!

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2019/06/senhora-jose-de-alencar.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio
Eveline.Reis 07/10/2020minha estante
Amei a sua resenha. Sou um pouco suspeita pra falar porque Alencar é o meu autor favorito e Senhora, o meu livro preferido. Tão bom saber que Alencar ultrapassa gerações com o sua mais pura e envolta poesia. Ouso dizer que Senhora é a sua melhor obra,(linguagem suave e cuidadosa para a época, com um lirismo poético e nada vulgar, ainda assim, muito quente). Preciso ser sua amiga, cara rsrs


Fabio Shiva 07/10/2020minha estante
Oi, Eveline! Gratidão pelo comentário e por essa energia boa! Entendo perfeitamente o que você quis dizer, pois estou sentindo a mesma alegria ao ver o quanto você também gosta de José de Alencar (um autor que infelizmente muitos associam a ter que fazer prova na escola!). Sou muito fã dele, e diante do que você disse fiquei com uma enorme dúvida: qual será o meu livro favorito dele? Difícil escolher! Gratidão por sua amizade!


Eveline.Reis 05/11/2020minha estante
??




Mundo da Vavah 05/05/2019

Eu sempre fui apaixonada nessa história, desde meus tempos de vestibular e quando recebi essa edição da Ciranda fiquei super feliz em poder reviver todo esse misto de sentimentos que é Senhora.
Aurélia de Camargo, uma órfã de classe pobre, mas de beleza única, em determinado episódio se apaixona por Fernando Seixas, mas este pretende se casar com uma mulher mais rica. O que ele não esperava é que Aurélia recebesse uma estrondosa herança e se tornasse uma das mulheres mais ricas da região.
Jose de Alencar retrata muito bem a relação de comércio existente nos relacionamentos da época, mostra o poder que uma mulher pode ter e que pode ser tão eficiente, esperta e valiosa quanto os homens. Aurélia se torna uma mulher muito a frente de seu tempo, o que nos faz admirá-la imensamente.
Essa edição em quadrinhos ficou maravilhosa, a editora criou desenhos bem característico e marcantes sobre os personagens, sendo super fiel as descrições, o que me deixou ainda mais imersa a leitura. Claramente é uma edição perfeita para incentivar a leitura de nossos clássicos. Recomendo demais.
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Aline Palmeira 24/03/2019

Que final revoltante...
É isso, você viaja através dos antigos costumes brasileiros e dá de cara com a escola literária vigente! Aí aí...
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@cinthia.lereplanejar 16/03/2019

Que "maravioso" clássico da nossa literatura!
Segundo Império, época em que o poder era patriacal e mulher era submissa, Senhora serve para criticar tal sociedade, dando o poder a jovem Aurélia. José de Alencar caz crítica ao casamento por interesse, o dote. O que acontecia qdo a mulher era de uma família humilde e sem dote? Não se casa, além de ser mal vista perante a sociedade. O autor retrata tal dificuldade com as irmãs de Fernando Seixas e para evitar q sua irmã não tenha tal destino, acaba se "vendendo".
Livro que fora o romance conturbado entre Seixas e Aurélia, nos faz reflerir sobre o papel da mulher numa sociedade machista e o quanto o dinheiro e herança ditava seu destino.
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