A Samurai

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Resenhas - A Samurai


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Luiza 29/08/2016

Sobre arte e cultura japonesa
O que você estaria disposto a fazer para encontrar a família que você nunca conheceu? “A Samurai” mostra a resposta de Michico a esta pergunta.
A primeira impressão da HQ, nacional, é a de que se trata de uma versão de “Mulan” para adultos: uma mulher que assume uma identidade masculina para lutar em nome da família. Mas logo nas primeiras páginas nota-se o abismo de diferença entre as duas histórias. A semelhança encerra-se no fato duas serem orientais, fortes e exemplos de personagens protagonista femininas bem desenvolvidas.
A narrativa se passa no chamado período Edo (1573 - 1603) ha história japonesa, época conhecida como “A Idade da Paz Ininterrupta”, na qual o país era dominado pelos shoguns (líderes militares) e daimyous (senhores feudais), e divido em quatro castas: samurais, camponeses, artesões e comerciantes.
Michico foi deixada ainda bebê em um okiya, local onde moravam as gueixas, as cortesãs japonesas, juntamente com uma carta e um amuleto. Durante a infância, Michico foi treinada para se tornar uma gueixa. Ao mesmo tempo em que descobria o talento para as artes, percebeu a capacidade do manejo da espada. entretanto, enquanto um ofício era estimulado, o outro teve que ser praticado em segredo e sobre a alcunha masculina de Midori com a ajuda do amigo de infância e futuro amante, Yamada.
Alcançada a maioridade, a protagonista saiu do okiya sob a proteção de um danna (patrono rico), um daimyou rival ao que servia como samurai na esperança de encontrar pistas sobre seu pai. A partir daí é traçado o conflito da personagem entre a gratidão, o dever e o sonho da vida toda.
Publicada graças a um financiamento bem sucedido no Catarse, a HQ é desenvolvida sob a estética japonesa wabi-sabi, que valoriza o imperfeito. “A Samurai” foge à narrativa redonda e fechada; ela é aberta às possibilidades. Possibilidades que começam a ser exploradas nos oito capítulos da história divididos por cores e ilustradores. Cada qual é desenhado por um quadrinista diferente - Yoshi Itice, Vencys Lao, Guilherme Match, Mika Takahashi, Bianca Pinheiro, Herbert Berbet, Leonardo Maciel e Gustavo Borges -, respeitando o estilo e interpretação do enredo dos artistas. Um festival de paletas e traços, um mais encantador do que o outro.
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