Luiza Helena (@balaiodebabados) 10/05/2016Originalmente postada em http://balaiodebabados.blogspot.com.br/"Eu faço o que eu quero, quando eu quero. E eu não dou a mínima para o que as pessoas pensam de mim.*"
Em toda série que, cada livro foca em um amigo, sempre tem aquele que é o dito horny dog: o cara que se acha digno do prêmio pênis de ouro sorry pela expressão e sempre está atrás de um rabo de saia. E, por ironia do destino, apesar dessas características, essa pessoa geralmente é a responsável pelo livro mais engraçado da série. É isso que acontece aqui.
Allie Hayes - roommate e melhor amiga de Hannah (The Deal) - acabou de terminar um relacionamento que, entre idas e vindas, durou três anos. A última coisa que ela queria era passar a noite acompanhada de Dean Di-Laurentis. Depois de muita tequila, os dois acabam na cama.
Allie está decidida que esse feito não se repita, mas Dean está decidido a fazer Allie mudar de ideia. Porém, o destino está preparando outra coisa para os dois.
"- Você tá fazendo isso errado, sabe. O melhor jeito de esquecer alguém é ficar com outra pessoa. Rápido.
- Não tô pronta para estar com outra pessoa ainda.
- Claro que você está. Sério, só ache alguém pra ser o estepe - Dean levanta e balança o braço - Eu me ofereço como tributo.*"
Acho que de todos os personagens, Dean foi o que mais me surpreendeu. Nos outros livros, temos uma visão muito superficial dele. Ele se deixa passar pelo menino riquinho e tapado, mas no fundo, ele é super interessado no seu futuro e a fofura em pessoa.
Allie é uma menina decidida, pé no chão - como as outras protagonistas. Porém, nesse momento, ela está um pouco fragilizada por conta do término do seu namoro. Para completar, ela está preocupada com seu futuro também e como isso vai afetar a vida do seu pai.
Falando em pai, achei muito fofa a relação da Allie com o dela. A mãe dela morreu de câncer quando ela era criança e, anos depois, seu pai foi diagnosticado com esclerose múltipla. Com sua carreira de atriz, ela quer fazer de tudo para ficar perto do pai.
Confesso que sou apaixonada por histórias em que o safadão #VAISAFADÃO desculpa galera galinha pega todas se redime. É legal ver a transição de quando percebem-se apaixonado. De início, Allie não queria essa história de casual com Dean, mas a pessoa sabe ser insistente… Claro que todos nós sabemos que iria desenvolver para algo a mais. Foi desenvolvendo de um jeito que nem eles perceberam.
"- Ok, então aqui está o nosso plano para esta noite. Primeiro vamos fazer sexo para relaxar. Então vamos pedir uma pizza e reabastecer nossa energia, e depois disso, a segunda rodada. Parece bom?
Exasperação sobe dentro de mim. Toda vez que eu acho que há mais para Dean do que simplesmente ser um tarado obcecado por sexo, ele vai e me prova errado. Ou, na verdade, ele prova certa.
- Você já considerou procurar um psiquiatra para ver essas tuas alucinações? - eu pergunto educadamente. - Porque, querido, não existe a menor possibilidade da gente fazer sexo esta noite.
- Tá bom. E que tal então só fazer sexo oral um no outro?
- Que tal você ir embora?
- Contra proposta: eu fico aqui e a gente só se esfrega.*"
A frase que inicia a resenha é quase um lema da vida do Dean. OK que ele é podre de rico e tals, mas ele não deixa que isso influencie no modo que vive sua vida. Acho que essa foi a maior lição que ele ensinou para Allie - e pra mim. Hoje em dia, sempre existe aquele ser energúmeno para criticar tudo que fazemos na vida ou para comentar que as pessoas vão falar #bandifofoqueiro. Eu simplesmente respondo "Eles pagam minhas contas? No dia que fizerem isso, podem meter o bedelho na minha vida" e saio divamente ao som de Turn Down For What #sqn #sonharnãocustanada. Resumindo, viva a vida do Dean: faça o que quiser, quando quiser e não ligue para o que as pessoas falam.
Se os outros dois livros continham cenas engraçadas, esse aqui ultrapassa o limite. Dean é a graça em pessoa. Então, qualquer cena que ele apareça, sempre vai ter algo engraçado. Rolaram algumas aqui - uma bem específica que não vou dar spoiler - que me fez rir que nem uma retardada. Não que isso seja muito difícil but whatever... Os diálogos dele com ser amigo Beau também são dos melhores.
"- Ei. Você sabe Crepúsculo?
Ele pisca. - Com licença?
- Crepúsculo. O livro de vampiros.
Seus olhos desconfiados estudam meu rosto. - O que sobre isso?
- Ok, então você sabe como o sangue de Bella é extra especial? Como ele dá um tesão em Edward cada vez que ela está ao seu redor?
- Você está f***ndo comigo agora?
Eu ignoro. - Você acha que isso acontece na vida real? Feromônios e toda essa baboseira. É uma teoria besta que algum tarado sonhou para que ele pudesse justificar por que ele está atraído por sua mãe, ou alguma merda? Ou há realmente uma razão biológica para que sejamos atraídos por certas pessoas? Como no maldito Crepúsculo. Edward quer ela em um nível biológico, certo?
- Você está dissecando a sério Crepúsculo agora?
Deus, eu estou. Isto é o que Allie está me reduzido. Um perdedor triste, patético que vai a um bar e obriga seu amigo para participar de um clube do livro sobre Crepúsculo*"
Como eu comentei nos outros livros, as histórias são free drama. Isso muda um cadinho nesse livro aqui. A autora adiciona um drama quase no final do livro, mas não tem nada de drama mimimi de casal. Eu fiquei bem mal até porque recentemente aconteceu algo parecido comigo.
O próximo livro é do último amigo que falta - Tucker. O nome se chama The Goal e vai sair em agosto. Só pelo gancho final desse livro aqui, já prevejo uma história bem engraçada. Já estou bem depressiva por me despedir desses meninos fofos e engraçados.
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