Carlos Souza 12/02/2023
"Os irmãos do elemento "X", O Diurno e o Alto Feiticeiro do Brooklyn."
Hum... Quem diria não é mesmo? Reli o primeiro volume no mês passado e foi uma experiência boa, mas eu estava com expectativas para reler "Cidades das Cinzas", porque tinha algumas lembranças boas sobre o livro, assim como tenho em relação ao último volume "Cidade do Fogo Celestial". E, tendo em vista isso, preciso dizer, eu me diverti demais lendo, eu acredito que, diferente da primeira vez e do início da saga principal, nesse livro, temos avanços tanto em ritmo quanto em construção de personagens.
Apesar de, como esperado, serem repercutidos os acontecimentos do livro passado ao decorrer das 448 páginas, felizmente, temos um "q" de humor e ação muito bem desenvolvidos de forma muito tranquila, cuja leitura/visualização é muito acessível e interessante. Aqui, temos uma maior participação da Clary nos combates e, diferente do primeiro, ao meu ver, ela enfrenta muito mais o estado de "não conhecimento" do seu lugar no mundo ao decorrer do livro, percebe-se isso, por exemplo, no início do livro quando ela não sabe se quer ou não estar em determinada posição, mas por conta da situação em que se encontra, aceita estar em um relacionamento com o bobão do Simon, personagem esse que também passa por um senhor perrengue depois do capítulo na corte da Rainha Seelie. É desse livro em diante que, finalmente, o Simon se tornará um dos meus personagens favoritos.
Outro personagem que pra mim, sofreu tanto mais que a Juliete, foi o Jace. Todos os capítulos em que ele passou pelas desconfianças da Clave, principalmente, da Mayse e da Inquisidora do cão... Sério, o início do livro que falam da canção e o final que conecta com esse parágrafo, sim, novamente, eu chorei. Acredito que todos os arcos citados acima (Clary, Jace e Simon) se conectam diretamente com o desenvolvimento dos outros personagens, devido ao processo de desenvolvimento das habilidades individuais e coletivas dos Shadowhunters. Nesse livro, vemos como acima de todos os laços, o grupo é firmado por lealdade, pra mim, é muito significativo quando o Alec abre mão da lei para libertar o Jace, mesmo que esperado, demonstra como os sobrenomes, os quais demarcam suas linhagens, na maioria das vezes, são deixados de lado. E GENTE, O QUE FOI O DESENVOLVIMENTO DO RELACIONAMENTO DO ALEC COM O MAGNUS... EU PASSEI MAL, QUANDO O ALEC CHAMA, O MAGNUS CHEGA! Nos capítulos finais, em meio ao combate, eu berrei demais. E outra coisa, eu não posso deixar de falar da fatídica cena da "marca do destemor"... ALEC DO CÉU KKKKKKK
Enfim, um livro bem bom, com um enredo fluído e que prende. Ansioso para ler "Cidade de Vidro", porque eu lembro de uma coisa ou outra e sei que é depressão pura.