A Vênus das Peles

A Vênus das Peles Leopold von Sacher-Masoch




Resenhas - A Vênus das Peles


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Tiago970 10/11/2024

Sob o chicote de Apolo e sob o riso cruel de minha Vênus
"A sensação de (...) ser maltratado (...) é indescritível - eu definhava de vergonha e desespero.
E de tudo isso o mais vergonhoso era que eu, em tal lamentável situação, começava a experimentar uma espécie de prazer fantástico e ultrassensual (...)"
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Bcoralli 18/05/2024

Pioneiro no tema.
Por ser um livro antigo é extremamente ousado o tema e a forma que o abordou. Gostei de como Wanda vai desenvolvendo sua "aptidão". Esperava um pouco mais do final e confesso que apesar de ser um livro pequeno, demorei a acabar. Achei alguns pontos um pouco arrastado, deixando a leitura um cansativa.
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Alan kleber 16/05/2024

"Temos nós a escolha de ser o martelo ou a bigorna."
Leopold von Sacher-Masoch nos entrega em "A Vênus das Peles" uma obra que explora de forma profunda e perturbadora as intricadas relações entre desejo, poder e submissão. Publicado em 1870, o romance se mantém relevante até hoje, desafiando os leitores a questionar suas próprias percepções sobre amor, dominação e a natureza humana.

O livro narra a relação entre Severin von Kusiemski, um homem que encontra prazer na submissão, e Wanda von Dunajew, uma mulher sedutora que é gradualmente convencida a assumir o papel de sua dominadora. Fascinado por Wanda, Severin a convence a tratá-lo com frieza e crueldade, criando uma dinâmica de poder que é tanto perturbadora quanto fascinante.

Severin é um personagem complexo e intrigante. Sua busca pelo prazer através da dor e da humilhação desafia as convenções tradicionais de masculinidade e revela uma vulnerabilidade profunda. Ele é um homem que deseja ser possuído completamente, entregando-se à sua amada de uma forma total e aniquiladora.

Wanda, por outro lado, é uma personagem que evolui de maneira fascinante. No início, ela reluta em assumir o papel de dominadora, mas à medida que a narrativa avança, ela descobre um prazer inesperado e um poder avassalador na dominação. Essa transformação de Wanda é uma crítica poderosa às expectativas sociais sobre as mulheres, mostrando como o poder pode ser tanto uma carga quanto uma libertação.

O romance é uma profunda meditação sobre o poder e a identidade. A pele, um símbolo recorrente na obra, representa as múltiplas camadas de desejo e identidade. Quando Wanda veste peles, ela assume uma nova identidade, uma nova pele que lhe confere poder e autoridade. Este simbolismo é uma metáfora poderosa para as complexidades do desejo humano e as máscaras que todos usamos.

A dinâmica de poder entre Severin e Wanda também serve como uma metáfora para as relações humanas em geral. O romance questiona até que ponto o poder é uma construção social e até que ponto é uma necessidade psicológica. Sacher-Masoch desafia as normas tradicionais de gênero e sexualidade, oferecendo uma visão subversiva e provocadora das relações amorosas.

A escrita de Sacher-Masoch é rica e evocativa, capturando a intensidade emocional dos personagens de maneira vívida. A narrativa é ao mesmo tempo filosófica e erótica, equilibrando essas duas facetas para criar uma obra que é profundamente perturbadora e irresistivelmente cativante. A leitura é quase voyeurística, convidando o leitor a testemunhar as cenas íntimas de dominação e submissão que desafiam as normas sociais.

"A Vênus das Peles" é um romance que vai além do fetichismo e do sadomasoquismo, oferecendo uma exploração profunda do desejo humano e das dinâmicas de poder. Leopold von Sacher-Masoch não apenas nos conduz através dos recônditos mais sombrios da psique humana, mas também desafia as convenções sociais e morais de sua época.

Para as leitoras, a personagem de Wanda oferece uma reflexão poderosa sobre a autonomia e o controle feminino, subvertendo os papéis tradicionais de gênero e questionando as expectativas impostas às mulheres. "A Vênus das Peles" é uma leitura essencial para quem busca compreender as profundezas da psique humana e a complexidade das relações de poder. É uma obra que desafia, provoca e enriquece, convidando-nos a confrontar nossos próprios desejos e limites.
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Guilherme2611 21/04/2024

Que 🤬 #$%!& é essa maluco
Bom, não da pra dizer que eu não esperava a bizarrice que eu li. Piadas a parte, a visão do masoch sobre o assunto é, esperadamente, fechada, ele foi "pioneiro" no assunto, tanto que seu nome deu a alcunha do masoquismo, o que ele deixa implícito interpretar como algo digno de uma cura. É um livro um tanto bizarro, ainda mais pras bases morais da época, mas ainda assim uma leitura interessante para se ver a mente de um masoquista do século 19.
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Kleiton 17/04/2024

Masoquista
O livro do autor cujo sobrenome deu origem ao termo 'masoquista' é uma leitura interessante, porém esperava mais, dada a sua importância.
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Gi Santos 26/03/2024

Confesso que esperei um final mais trágico do que uma "cura milagrosa" após tantos sofrimentos para o personagem do Severin. Mas sendo um livro antigo, é ousado, a história é sem dúvida à frente do seu tempo e para quem gosta de história, bdsm, sadismo/masoquismo, acho uma espécie de introdução histórica ao que a gente tem hoje sobre esses conceitos. É interessante e vale à pena a leitura.
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Marcus Oliver 16/02/2024

Intrigante?
Por se tratar de um livro de 1870, sabia que não me chocaria o fato de trazer alguns aspectos do masoquismo na trama; mas o que pode chocar o leitor contemporâneo é olhar o livro com os valores atuais, pois vemos algumas visões misóginas nas páginas e uma visão até meio que a prática BDSM é algo a ser ?curado?.
O primeiro cuidado com a obra é não espere ter o mesmo choque que os leitores da época tiveram ao ler a obra de Masoch e segundo, cuidado com anacronismos e julgar o conteúdo da obra com nossos valores contemporâneos.
A história gira em torno de uma ideia central sobre relacionamento entre homens ou mulheres: o homem ou a mulher deve optar em ser martelo ou bigorna. Então é um relacionamento que não permite igualdade entre os parceiros, um manda e o outro obedece e recebe meio que ?maus tratos? e migalhas e afetivas (alguns já rotulariam como relacionamento tóxico), logo guarde essa informação durante a leitura, pois essa será a dinâmica dos protagonistas: Severin von Kusiemski e Vanda von Dunaiév.
O nome do autor, Masoch, já deve te remeter a um termo famosos: masoquismo. Pois foi essa obra e a vida do autor que inspiraram na criação do termo pelo psiquiatra alemão Richard von Kraftt-Ebing no estudo ?Psychopathia Sexualis? (neste mesmo estudo se cunha o termo sadismo, que vem de Marquês de Sade).
Isso ocorre por conta de elementos da obra que ainda permeia no mundo BDSM como a presença de um contrato entre os envolvidos, o chicote, a oscilação entre dor e prazer, e um dominadora e um dominado.
A grande questão da polêmica deste livro é que a figura masculina é dominada pela feminina, sendo este o ponto da polêmica em 1870.
Na história se acompanha Severin que se apaixona por Vanda e ele se entrega a ela de tal modo que, para amá-la e não perdê-la, aceita ser submisso a ela.
Severin pede a Vanda que encarne o ideal e a fantasia do homem e nesta trajetória a mulher se conhece melhor em especial no seu gosto para se relacionar com os homens.
A linguagem é meio pomposa demais, então alguns podem chamar o livro de erótico, mas a linguagem deixa bem velado o que seria considerado obsceno.
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Lorena 08/01/2024

?Sempre somos ou muito gentis, ou muito grosseiros conosco mesmos?

O segundo livro finalizado de 2024. Precisava ser esse. Ainda não tinha me dado conta do quanto senti falta de ler algo, digamos, antigo. Um clássico. Algo elaborado, rebuscado. E a brutalidade, disfarçada de delicadeza aqui, caiu perfeitamente. Vai muito além da ideia principal de relação sadomasoquista.

Ocorre que, no meu ponto de vista, o autor não quis explorar o jogo sexual em si, ainda que seja pioneiro em escrever sobre o tema, e sim as questões psicológicas. É perceptível que ele retrata a forma como a mulher é vista na sociedade da sua época. É surreal pensar que esse livro foi escrito em 1870, mas ainda é atual. Em diversos capítulos.

Acompanhamos as questões traumatícas e reflexivas de Severin, um personagem complexo em tantas camadas, um pensador de fato. E toda essa complexidade veio à tona dentro de uma relação desenvolvida com Vanda, que envolvida dentro dessa teia que é a mente de Severin, se deixa experimentar uma aventura sexual de dominação e submissão. É um livro de 200 páginas, antigo, mas o começo é muito envolvente. O endeusamento do feminino, bem como as reflexões que o personagem trás sobre as próprias necessidades, viram um combo surpreendentemente sensual, ainda que esse não seja o foco principal. E pra mim, aqui é aonde se encontra o poder da escrita. Pode ser um livro incômodo, o personagem tem a necessidade de ser humilhado, de ser um escravo para a sua senhora, e isso realmente é narrado. Pouquíssimas vezes li algo tão cru, psicologicamente falando, sobre os pensamentos gerados na busca desse fetiche. É realmente algo transformador, em se tratanto de literatura no tema. Eu sou leitora de romance erótico, então posso afirmar que o que já li, dentro do BDSM, é bem longe da realidade crua e por vezes fantasiosa do fetiche. Mas assim, eu AMO esses livros, inclusive Christian Grey ainda tem o meu coração.

Eu amei a experiência dessa leitura, eu gosto de ler sobre essa temática, em todas as suas formas de escrita. É um livro mais focado na psíque, mas pra quem gosta do tema, indico forte!
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fireheart. 04/01/2024

- Somos fiéis enquanto vivemos, ocorre que vocês exigem das mulheres fidelidade sem amor, e entrega sem desfrute -, onde está, então, a crueldade, na mulher ou no homem? O amor é para vocês, no Norte, coisa por demais importante e por demais séria.
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angellam 01/12/2023

Um estudo psicológico e não erótico.
Se você lê Venus com intuito de ser instruído fisicamente na arte do masoquismo, mil perdões não é este o caso. Talvez, Masoch, o autor, por ser pioneiro em abordar esse tema lá em 1800 até quisesse transpassar a questão mental e discorrer mais sobre o erotismo deste fetiche específico, mas não é o que ocorre. Porém, não tira a grandiosidade, nem da escrita, nem da profundidade abordada no livro.

E há que se dizer mais, no fundo constrói uma crítica sutil à maneira que a mulher é retratada na sociedade que ele conhecia, e muito provavelmente relatava um ínfimo avanço na igualde de gênero. Por fim é venerável o endeusamento do sexo feminino, feito por um homem, já que esta era uma época sabidamente casta, pudica, pelo menos em falácias, e misógina.

A Vênus é um estudo da mente no seu mais profundo teor do calabouço, dos desejos escondidos, mas também dos traumas, pode se deduzir muitas coisas das palavras constantes deste livro e da forma que o relacionamento dos dois é retratada, tanto que há um prazer desconhecido por muitos no subjugo mas também até onde este prazer decorre dos traumas e abandonos ao longo da vida e até onde o limite é tolerável ao ponto de quando ultrapassar certa linda, e aqui é uma linha pessoal, corrobora uma doença a ser curada.
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JimmyRamalho 28/06/2023

A Vênus das peles mostra pela primeira vez na literatura uma relação em que os limites do prazer e da dor não são claros. Inspirado por experiências autobiográficas de Sacher-Masoch, este romance deu origem ao termo ?masoquismo? e permanece uma leitura fundamental para os interessados pelos enigmáticos meandros da sexualidade humana.   
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Rodrigo946 10/06/2023

Resumo da Ópera
Livro escrito em 1870 pelo autor cujo nome é a origem do termo masoquismo. Não somente trata a história de um tema sexual e à servidão de um homem a uma mulher, mas também é um resumo quase fiel (!) da sociedade contemporânea mesmo após quase dois séculos.
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Mai Becker 27/03/2023

Um livro difícil mas interessante
A história de "A vênus das peles" em si é bastante confusa e somente dá para entender completamente quando lê-se as últimas linhas (pelo menos para mim foi assim). É uma leitura bem difícil e confusa, então recomendo ler com um dicionário a mão (encontrei um app muito bom e completo para isso, se chama "Dicio", ele tem bastante dialetos antigos e como se aplicavam na época e traz uma espécie de "tradução" para os dias atuais. Me ajudou bastante).
Bom... o relacionamento da Wanda e do Severin é muito interessante e de certa forma divertida de acompanhar. Muitas vezes não entendi o que eles realmente queriam dizer e tudo me pareceu muito dramático e teatral. Por isso não sei dizer se eles seriam boas pessoas ou não (realmente fiquei confusa)
Não sei mais como descrever minhas experiências com esse livro... se você realmente quer saber sobre como eram os relacionamentos do mundo BDSM(?) e como surgiram recomendo fortemente que leia o livro... dá para ter uma grande noção de como eram os papéis de "ser homem" e de "ser mulher" na época em que o livro foi escrito e como relacionamentos "diferenciados" eram vistos.
Essa leitura me deixou confusa em muitos aspectos (o que vai me desencadear um boom tempo pesquisando sobre ele para entende-lo completamente). Mas ela também ajudou bastante no quesito vocabulário. Conheci muitas palavras e expressões novas (mesmo sendo muito mais antigas do que eu hehe) então >pra mim< valeu muiito a pena a leitura deste livro.
Lembrando que tudo supracitado se trata apenas da minha experiência com o livro. Você pode ter uma visão completamente diferente que eu, por isso, recomendo fortemente que leia e tire suas próprias conclusões.
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