Meu nome é Vermelho

Meu nome é Vermelho Orhan Pamuk
Orhan Pamuk




Resenhas - Meu nome é Vermelho


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André Vedder 14/07/2024

Meu nome é vermelho
Pamuk nos leva a Istambul do século XVI e nos apresenta um emaranhado de intrigas envolvendo artistas locais na construção de uma obra encomendada pelo sultão. Obra essa que carrega o polêmico embate sobre a cultura ocidental x oriental, e é em cima desse tema que se desenrola o fio narrativo de todo o enredo.
Mas muito mais que isso, temos aqui também mistério, paixões e cultura. Tudo isso narrado por vários personagens e visões distintas sobre diversos assuntos, o que torna a leitura rica e cativante.
Meu único porém são alguns momentos em que descrições de obras e pinturas se tornam enfadonhas e repetitivas, mas a originalidade e brilho do conjunto se mantém intacta.

"Só os idiotas são verdadeiramente inocentes."

"Porque se a imagem do ser amado fica viva no seu coração, o mundo inteiro é sua casa."

"Aquele olhar doloroso queria dizer uma só coisa, que todos os aprendizes sabem: o tempo não passa, se você não sonha."



Bruno Malini 07/08/2024minha estante
Boa noite, o que me diz desse autor? Me interessei por alguns livros ... A leitura é tranquila?


André Vedder 08/08/2024minha estante
Opa Bruno! Já havia lido "Neve" e gostei muito também. A escrita é tranquila e flui bem. Recomendo :-)




César Ricardo Meneghin 18/11/2021

Uma pincelada na cultura Oriental.
Meu nome é vermelho, do autor Orhan-Pamuk. Um livro denso e um tanto pesado.
Conta a história de muitas pessoas, todas, comuns e do povo. A narrativa gira ao redor de miniaturistas, ou melhor, artistas que confeccionavam livros repletos de desenhos característicos da cultura Islâmica. E uma das maiores características é que todas as representações feitas nos livros possuem pouca variação. Arvores, animais, pessoas tem representação iguais através do tempo nos livros feitos.
E essa é a métrica usada pelo autor. Enquanto lemos os vários personagens descreverem suas ações e suas vidas, notamos pouquíssimas variações de personalidade. Muitas vezes não as distinguimos.
O autor nos faz submergir na cultura Islâmica e na sua forma de pensar e enxergar a vida e o mundo, ele descreve com muitos pormenores a vida. E como ela é construída. Notei que apesar de uma vida muito pautada na religiosidade, os personagens vivem em busca do prazer. Tanto sexual como o da realização pessoal.
É muito interessante a descrição do modo de pensar deste povo.
O livro prende, mas muitas vezes lento, acredito que por intenção do autor.
Ele poderia ser um pouco mais enxuto e com menos descrições repetidas. Mas acredito que isso também tem a ver com a estética que ele queria apresentar.
Em algumas resenhas se fala muito dos personagens sem personalidade, por isso eu percebi que essa era a forma que ele queria impor. Para se assemelhar ao trabalho do miniaturista.
Um livro que deve ter ainda muita coisa a ser descoberta, e por isso vale a pena ler e reler.
Maria 30/05/2022minha estante
Amei




Alexandre Kovacs / Mundo de K 19/05/2010

Orhan Pamuk - Meu Nome é Vermelho
Editora Companhia das Letras - 534 páginas - Publicação 2004 - Tradução de Eduardo Brandão com base na versão francesa.

Fiquei conhecendo o trabalho de Orhan Pamuk, ganhador do Nobel de Literatura 2006, através do romance "Neve" que foi mundialmente divulgado e discutido devido ao caráter político do choque entre radicalismo islâmico e influências da cultura ocidental na Turquia moderna. Na ocasião, o refinamento estético da narrativa de Pamuk me deixou surpreendido, mas com este "Meu Nome é Vermelho", lançado originalmente em 1998, encontrei não apenas o rigor artesanal no texto, mas também um nível de experimentalismo narrativo raramente visto na literatura moderna.

A cidade de Istambul, centro do Império Otamano no final do século XVI, é o cenário de "Meu Nome é Vermelho" e a preparação de um livro representando o poder e riqueza do Império em comemoração ao primeiro milênio da Hégira é o fato desencadeador de toda a narrativa. Este livro, segundo orientação do sultão para demostrar a superioridade do mundo islâmico, deveria conter ilustrações pintadas com base nas técnicas retratistas da pintura renascentista ocidental o que contraria um dogma do islã , segundo o qual toda arte figurativa constitui um pecado.

As pressões dos grupos religiosos islâmicos radicais fazem com que a tarefa da criação deste livro se torne bastante arriscada o que acaba levando ao assassinato de um dos miniaturistas contratados. De volta a Istambul após doze anos, Negro deverá desvendar o mistério no prazo máximo de três dias, caso contrário pagará com a própria vida. Este gancho policial faz lembrar bastante "O Nome da Rosa" de Umberto Eco que soube equilibrar também cultura, filosofia e mistério em um único romance.

Pamuk levou ao extremo a técnica da "polifonia", uma vez que diversas vozes se alternam no decorrer de "Meu Nome é vermelho" que é contado por dezenove narradores diferentes. O capítulo inicial, por exemplo, é narrado pelo cadáver do miniaturista: "Agora, sou meu cadáver, um morto no fundo de um poço. Faz tempo que dei o último suspiro, faz tempo que meu coração parou de bater mas, salvo o canalha que me matou, ninguém sabe o que aconteceu comigo. Esse crápula desprezível, para certificar-se de que tinha mesmo dado cabo de mim, observou minha respiração, espreitou minhas derradeiras palpitações, depois deu-me um chute nas costelas, arrastou-me até um poço, passou-me por cima da mureta e precipitou-me fosso abaixo."

Alternando os narradores em cada capítulo, Pamuk consegue uma visão multifacetada da história o que dá um movimento extraordinário ao romance e desperta interesse compulsivo no leitor.
Evy 31/01/2011minha estante
Tenho mais vontade de ler este livro do que Neve!
Sua resenha está ótima!


AdriBoeck 04/12/2011minha estante
Não concordo que seja inferiro a Neve, o livro é excelente com seus 19 narradores que tratam pontos de vista diferentes sobre a vida, a cultura e a história a partir de um crime a ser investigado, parte do local para o amplo e nos fazendo viajar por diversos aspectos da cultura ocidental e oriental.


Arlete 04/12/2014minha estante
Excelente. A história é contada sob a ótica de cada personagem.


Márcio_MX 15/11/2018minha estante
Omar Pamuk tem um dos melhores estilos narrativos que conheço.


Alexandre Kovacs / Mundo de K 16/11/2018minha estante
Estilo elegante e muito agradável de ler, este romance é um dos melhores, muito criativo.




Artur 29/04/2021

Interessante
Li esse livro com excelentes expectativas, foi uma boa experiência. Me levou para um lugar que eu não esperava e conhecia muito pouco. Em alguns momentos a leitura fica bem arrastada, ainda mais quando tratava das pinturas que é tão pouco conhecida por mim. No geral, foi uma boa experiência.
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Patricia 31/07/2022

As mil e uma noites de meu nome é vermelho
"E se alguma coisa, numa história, cria uma dificuldade para nossa inteligência ou para nossa imaginação, a imagem vem nos socorrer: as imagens são a história  florescendo em cores, mas a pintura sem uma história que a acompanha é inimaginável"
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Henrique Fendrich 17/05/2020

A originalidade narrativa é o ponto forte do livro. Ele começa com o relato de um morto, o que, para nós, não é grande novidade desde o Brás Cubas, mas há depois alguns momentos de soberba criatividade, como quando a voz principal é a de um cão (Kafka fez isso também, é verdade), a de uma árvore, a do dinheiro, a da morte, a do cavalo, a do próprio diabo, entre outras. Quase todos esses momentos nascem a partir de um satirista que improvisa histórias a partir de um desenho que lhes fazem em um café.

Não se trata da trama propriamente, que, contudo, também é composta pela alternância da primeira voz entre os personagens, com apelos à metalinguagem e sem as limitações da nossa realidade física – o encontro com Alá no céu, por parte de um personagem morto, é um desses momentos igualmente criativos.

Mas o livro é, em termos de enredo, sobre a atividade de pintores miniaturistas em fins do século XVI, vivendo o conflito entre manter o legado da pintura que reverencia Alá e a outra, europeia, que despontava como uma ameaça herética.

Há muitas discussões e descrições de pinturas e essas não estão entre as partes mais agradáveis de se ler – em mim, ao menos, fica a impressão de que seria preciso “ver” alguma coisa dessas tantas que são descritas, mas, por mais que se fale em pinturas, não há uma única no livro todo que possa “auxiliar” o leitor – isso, é verdade, engrossaria um livro já bastante grosso, mas seria algo que me satisfaria mais do que ler descrições e relatos que, por vezes, chegaram a ser enfadonhos.

Há um tanto de mistério na história, crimes, romance e descrições mais cruas de atividades sexuais do que se imaginaria em meio a uma cultura marcada fortemente pela religião.

É também um mérito que o universo antigo da Turquia, com sua realidade tão diversa da nossa, possa hoje ser lida pelos ocidentais.

Alguns trechos que me agradaram durante a leitura, a ponto de eu registrá-los:

“- Não se esqueça do seguinte: quando o fogo do amor nos devora antes do casamento, o casamento vem apagá-lo e não deixa mais que um triste amontoado de cinzas, enquanto o amor que nasce depois do casamento também acaba se apagando, mas para ceder lugar à felicidade. Apesar disso, há uns imbecis que se apaixonam antes e que lançam em vão seu amor nas chamas. Isso tudo por quê? Porque imaginam que o amor é o que há de melhor na vida.
- Se não é ele, o que é?
- A felicidade, ora! O amor, assim como o casamento, nos ajuda a alcançá-la: é para isso que servem um marido, uma casa, filhos, um livro”.

"De repente, o mundo se apresentava a mim como um imenso palácio cujos aposentos se comunicam por mil e uma portas escancaradas, e podíamos passar de um aposento ao outro valendo-nos das nossas lembranças e da nossa imaginação. Mas a maioria das pessoas é preguiçosa demais para fazer uso desse dom e prefere ficar encerrada sempre no mesmo aposento".

E tem ainda o personagem que morre, encontra Alá e pergunta:
"Qual o sentido disto tudo... deste mundo?
'Mistério', ouvi em meus pensamentos, ou talvez tenha sido 'miséria', mas não tenho certeza".
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Adriana1161 25/02/2023

Arte em exagero
O livro é bom, principalmente para quem se interessa por cultura artística e religiosa do século XVI. Época do Renascimento, perda da hegemonia e do apogeu da arte islâmica, tão bem retratados no livro.
São vários narradores, 19 ao todo, que vão apresentando a história, o suspense, formando uma polifonia. Porém, como esses narradores falam em primeira pessoa, não são nada confiáveis.
Tem romance, suspense, e pano histórico de fundo.
Achei um pouco enfadonho e repetitivo, com exagero de detalhes. Enfim, foi uma leitura um pouco arrastada.
Personagens: Negro, Shekure, Hassan, Ester, Tio, Sultão, Borboleta, Oliva, Cegonha
Local: Istambul - 1591
@driperini
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Henrique 17/03/2009

Livro muito bom, porém inferior ao excelente Neve, do mesmo autor. Assim como neste, Orhan Pamuk ambienta sua história na Turquia, seu país natal.
Mesmo situada no século XVI, é possível traçar inúmeros paralelos com os conflitos atuais entre ocidente/oriente; cristãos/muçulmanos e daí inferir algumas lições valiosas.
A diversidade de narradores durante o livro só ressalta o talento do escritor na arte da narração. Destaque aqui para as narradoras femininas, sempre geniais e geniosas
Talvez o único defeito do livro seja o enfoque em excesso de temas como a pintura e as inúmeras recorrências a histórias árabes antigas, o que torna a leitura um pouco fastigante.
Mas nada disso tira os méritos desse livro, que deve ser lido por todos que se interessam pela cultura do oriente médio ou simplesmente gostam de uma boa leitura
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Max 31/12/2022

Mil vidas...
Livro maravilhoso! Com todos os elementos que desejamos numa grande história. Ao final me senti renovado e feliz em um ano em que nunca li tanto e tantas coisas lindas.
Fechando com chave de ouro mais essa leitura, desejo a todos um ano repleto de felicidades, saúde e sorte!
Ler é viver mil vidas! ?
Débora 01/01/2023minha estante
Obrigada, Max!!! Um Feliz Ano Novo pra você também e que tenhamos ótimas leituras!!!????




Caesar 18/06/2021

Um mergulho em Istambul no século XVI e uma trama investigativa em torno de um assassinato que envolve o conflito da cultura europeia com a cultura islâmica.
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zeguilhermespp 24/01/2023

Um mergulho profundo (até demais) no mundo da arte islâmica
Meu nome é vermelho é o primeiro romance que leio do Nobel turco Orhan Pamuk. No livro, Pamuk narra duas histórias intimamente ligadas: uma é policial e instigante; a outra, de amor, um pouco mais lenta. Na Istambul do fim do século XVI, capital do poderosíssimo Império Otomano, um pintor é assassinado enquanto trabalhava em uma obra encomendada pelo próprio sultão. O inusitado detetive que vai investigar esse sinistro é o Negro, que volta a Istambul após uma ausência de 12 anos, determinado a se casar com sua paixão de infância, a irresistível Shekure.
Esse é, em linhas gerais, o enredo do livro. A partir dessa premissa, Pamuk constrói uma teia narrativa complexa e polifônica, que abrange mais de quinze narradores (dentre eles, uma moeda e o próprio Diabo). Se essa proposta soa invovadora na forma, na entrega não me agradou tanto. Apesar de ter curtido sobretudo os capítulos de narradores inesperados (como uma árvore ou a cor vermelha), senti que essa dispersão foi um entrave ao aprofundamento dos personagens. Mesmo após quase 600 páginas, consigo citar apenas algumas características dos principais narradores desta história (o Negro é apaixonado por Shekure, que só se importa com o bem estar dos filhos; Ester é escorregadia e manipuladora, enquanto o Tio é um admirador das novidades da arte europeia). Esse elenco me pareceu raso e, por isso, não me cativou, exceção feita a alguns momentos da trajetória da inteligentíssima Shekure.
Se o drama não contribui, então qual o traço distintivo de Meu nome é vermelho? A resposta é fácil: a incursão completa no mundo a arte islâmica, em geral, e da pintura otomana, em particular. Para mim, um jovem brasileiro do século XXI, foi maravilhoso percorrer os corredores dos ateliês otomanos e poder compreender, ao menos um pouquinho, a maneira como o Islã encarava, à época, a pintura. Era uma maneira radicalmente diferente da europeia porque, para os muçulmanos, não se pode pintas as coisas tais quais nós as vemos ? isso seria como tentar usurpar, de Deus, a posição de criador. Pintar um rosto humano à moda dos retratistas europeus seria idolatria. Afinal, por que colocar um ser humano no centro de uma imagem, senão para adorá-lo? O culto aos ícones era expressamente proibido pelo Corão.
O ofício dos pintores, assim, era sempre rondado pela sugestão do pecado, pela aura do proibido. A pintura podia ser feita, mas apenas para ilustrar as histórias dos livros (daí ser vista como uma arte inferior à caligrafia), e jamais deveria representar humanos reais, apenas rostos genéricos à maneira dos chineses. Portanto, quando a influência dos pintores renascentistas começa a penetrar nessa sociedade profundamente religiosa (a Europa também o era, é claro, não incorramos em orientalismos), cria-se um nó górdio: de um lado, autodenominados arautos do progresso técnico, defendendo a adoção da técnica de perspectiva; do outro, fundamentalistas religiosos que aproveitam a ocasião para atacar não só o avanço da técnica europeia, mas a pintura de modo geral; e, entre um e outro, os pintores. A tensão Ocidente-Oriente é muitíssimo bem trabalhada por Pamuk e esse aspecto de sua obra, inclusive, figurou na justificativa de seu Nobel em 2006.
Apesar da empolgação inicial, meu entusiasmo com a arte islâmica foi minguando conforme as centenas de páginas passavam. A grossura desse livro foi, pra mim, injustificável. Em alguns momentos eu chegava a me fartar de referências à tradição literária persa em conversas casuais entre dois personagens.
Meu nome é vermelho é um bom livro, sobretudo, pra quem gosta de história e de arte. Mesmo assim, poderia ser mais curto que as suas (longas) 576 páginas.
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Valéria Ribeiro 09/05/2022

Genial
Um livro encomendado pelo Sultão que adquire a fama de sacrílego. Dois homicídios e a busca pelo assassino. Esse é o enredo do livro.
Para desenvolvê-lo, o autor se utiliza de dezenove vozes!
A história é rica em todos os aspectos, pois exibe a cultura turca e discute a arte ocidental e oriental.
Não se trata de um thriller, uma vez que o livro não tem essa agilidade, mas é uma obra genial.
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Arraes.Arraes 26/05/2022

Metalinguagem mode on
A despeito do recorte histórico abordado (que pode ser desconhecido para o público geral) a habilidade com que o autor conduz a narrativa e o jogo de palavras ilustra perfeitamente o ambiente, momento e dá energia da trama na interação entre as personagens. Sem dúvida uma obra muito qualificada em termos literários e também enquanto documento histórico de uma sociedade riquíssima em cultura.

A metalinguagem aplicada na trama possui propósito mais que justificado, tal qual as próprias personagens, servindo ao enredo de modo absorver completamente a atenção do leitor. A habilidade de administrar tantos campos sem que haja dispersão na progressão da obra é salutar e me parece a razão fundamental para a merecia premiação do Nobel de Literatura.
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DIRCE18 22/10/2021

Bye,bye , inspiração.
Estamos no século XVI, sim porque logo na narrativa 1 “me vi espionando” no fundo do poço e lá estava um cadáver – o Elegante Efêndi – um miniaturista – que fora assassinado.
E assim segui acompanhando narradores (haja narradores! ), muitas vezes, nada convencionais, desfrutando da deliciosa escrita do Orhan Pamuk, angariando conhecimento, pois tive que pesquisar sobre a tal miniaturas do sec. XVI, que até então jamais ouvira falar.
Mas não foram só a escrita apetitosa e obtenção de conhecimento que me prenderam ao livro. Iniciei esse comentário dizendo; “Estávamos no século XVI”, e este o pano de fundo – Istambul do Império Turco Otomano - no qual se desenrola o romance. Um romance histórico, portanto, o conflito cultural Oriente - Ocidente se faz presente e, no meu entendimento, esse conflito é a mola precursora da motivação do crime cometido e de todos os fatos que a ele se sucederam.
O retorno do Negro à sua cidade e sua visita ao seu tio o torna encarregado de desvendar o crime. O pobre negro se vê mais perdido de amor por sua prima Shekure do que quando deixara a cidade havia 12 anos, e o resultado foi um romance proibido. Acredito que a abordagem desse romance também denota um aspecto da Cultura reinante e afirmo ser ela cruel para com as mulheres (uma obviedade).
Quanto ao assassino ele é um enigma até o final do livro, porém até o final há nada mais nada menos que 568 páginas e narrativas instigante e intrigante surgem a cada página.
Essa obra merecia um comentário mais condizente com sua grandeza, mas minha inspiração resolveu me dar bye bye ( ou seria minha falta de capacidade?). Só posso afirmar que irei relê-lo em breve e irá para os meus favoritos. Também irei (re) ler Neve do mesmo autor que li há muito tempo e que não me recordo absolutamente nada.

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