Férias! (eBook)

Férias! (eBook) Marian Keyes




Resenhas - Férias!


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Victor 01/04/2020

Gostei bastante! Estava um pouco com o pé atrás. O tema é bem profundo e me fez pensar em várias coisas durante a leitura, e apesar da seriedade do assunto a autora conseguiu colocar passagens bem engraçadasa, as quais me peguei rindo várias vezes!
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Amanda 12/02/2020

Decepcionante!
Fui levada pelas opiniões que afirmavam que ?Férias!? é um livro hilário e à altura de chick-lits clássicos como as sagas de Becky Bloom e Bridget Jones. O resultado foi uma enorme decepção.
O tema abordado pelo livro é muito interessante: uma dependente química que se recusa a enxergar e aceitar seu vício e vai para uma clínica de reabilitação apenas por acreditar que sua estadia seria algo como um mês de folga em um spa.
No entanto, a maneira como a personagem lida com as coisas tira qualquer leitor do sério; Rachel é uma mulher arrogante que, apesar da baixa autoestima, se acha superior a tudo e todos a sua volta e dona do direito de ridicularizar as pessoas e até emitir alguns comentários fundados em preconceitos. Por isso, ler o livro sob sua perspectiva é algo extremamente maçante. A personagem de recusa s enxergar coisas óbvias sobre sua vida e não poupa comentários sobre sua o quanto ela é diferente de todos os ?viciados? internados na clínica.
É impossível, em 80% do livro, sentir qualquer tipo de empatia pela personagem, muito pelo contrário, me vi desejando que algo acontecesse para que essa ?caísse na real?.
Com isso, a abordagem de um tema sensível como o vício se torna extremamente problemática, pois somos levados a esquecer, em vários momentos, que o vício não é uma escolha de quem o possui e que o precisado de reconhecimento do problema é longo e tortuoso. A arrogância da personagem principal nos leva até a culpabilizá-la por seus problemas e torna difícil a identificação com a situação da mesma.
Foi um livro decepcionante que teve a intenção de garantir risadas e conscientizar sobre um assunto sério, mas que na verdade causou apenas apatia em mim durante a leitura.
Paula 22/04/2020minha estante
Tô nos 80% e me identifiquei bastante com teu comentário.
Eu não consigo ter empatia nenhuma por ela. Parece que ela é mau caráter desde os 3 anos de idade. Ela sempre culpabiliza o outro . Ela sempre ofende o outro.
E como esse livro envelheceu mal. Cada coisa absurda ditas pela Rachel.




Adriana 29/10/2019

Diferente
O que é bem legal é a visão de um viciado, que nunca admite que é viciado e sempre justifica suas ações....
De forma leve trata de um assunto sério
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Dri F. @viagenscomlivros 19/09/2019

Esse é um livro que estava parado na minha estante a uns 10 anos já. Eu sempre adiava a leitura porque apareciam dezenas de outras coisas antes, mas esse ano resolvi fazer uma limpa na estante para doar o que não quero mais, e estou colocando essas leituras em dia.
Férias é o segundo livro da série das irmãs Walsh. Melancia foi o primeiro, eu o li há anos atrás. Fiz a releitura e não gostei tanto quanto gostei da primeira vez (tem resenha aqui já!).
?Férias? segue bem parecido com Melancia. Ele traz a história de Rachel, a terceira das cinco irmãs. Ela saiu da Irlanda a 8 anos atrás e vive hoje em Nova York, onde divide um apartamento com sua amiga Brigit.
Rachel tem séries problemas com álcool e drogas, mas ela não se vê como uma viciada. Até o momento em que vai parar em um hospital por uma falsa tentativa de suicidio, e é obrigada por seus pais a se internar em um clínica.

Esse é o segundo livro de Marian Keys que eu leio, e confesso que ainda não me apaixonei por nenhuma protagonista da autora. Essa é uma história que se foca totalmente no quanto uma pessoa com sérios problemas com vícios pode negar suas dificuldades. Rachel simplesmente não se vê com nenhum problema com drogas, e a história toda é sobre a negação tanto dela quanto dos seus companheiros da clínica. Foi mais interessante do que Melancia, a história traz algumas situações bem divertidas, mas ainda assim é difícil gostar de alguém da família Walsh. Rachel é imatura em muitos momentos, egoísta é bem chatinha as vezes. Acho que a história traz momentos bacanas, mas ainda parece um livro que poderia ter metade de suas páginas e a história ainda seria bem contada. A escrita da autora acaba se tornando muito repetitiva em muitos momentos e parece que a gente está sempre lendo as mesmas situações.
Gostei mais de Férias do que do primeiro livro que li da autora e como tenho ainda mais um e-book das irmãs, vou tentar ler mais alguma coisa da autora para ver se me empolgo. Se você já leu algo dela que gostou, me conta aqui nos comentários? Quero indicações da autora para ver se tiro o ranço das personagens dela heheheh

site: Instagram @viajecomlivros
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Karla de Souza 04/08/2019

Surpreendente
Já havia lido outros livros de Marian Keyes, e estava familiarizada com sua escrita e seu senso de humor. Buscava um livro despretensioso, para me divertir e passar tempo. No entanto, "Férias!" me surpreendeu muito. Adorei acompanhar a recuperação e evolução de Rachel, uma menina egocêntrica, carente e com baixa autoestima, que ao longo das páginas se torna uma mulher madura, e aprende a enfrentar os problemas de cara limpa. É interessante também acompanhar o desenvolvimento de outros personagens que estiveram com ela no Claustro, a clínica de reabilitação. A autora foi intercalando cenas do processo terapêutico de Rachel com cenas em que revisitava o passado, fazendo com que ela percebesse que algumas coisas não ocorreram como ela imaginava... E pelos relatos de seu relacionamento com Luke, é difícil não acabar um pouco apaixonada por ele também.
Para mim, esse livro é a prova de que chick lits podem ser escritos com muita qualidade.
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May 16/07/2019

Mocinha errada?
Como já percebi, nos livros dessa autora, as mocinhas não são santas. E porque deveriam? Mas pelo que percebi, em especial as irmãs Walsh, elas passam por um processo interessante de auto descoberta, durante sua desventuras narradas pela autora. Interessante acompanhar esse auto conhecimento, que acontece junto a um processo de empoderamento e independência. Interessante, pois a impressão é que crescemos junto com elas.
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Juliana.Magaldi 05/07/2019

Surpreendente
Eu comecei lendo Melancia e curti a escrita da Marian Keyes, quando vim que haviam os livros das outras irmãs Walsh não perdi tempo embarquei nessa viagem...Mas, mesmo já estando envolvida com o universo das irmãs fiquei muito surpresa com os rumos que o livro tomou. É uma história forte, mas sensível. Um romance ao fundo e uma dose cavalar de humanidade.
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Dani Paioletti 09/06/2019

Decepcionante
Eu ouvi muitas pessoas falando muito bem sobre essa série, então comecei a leitura com uma alta expectativa. Achei a leitura extremamente arrastada, tive que fazer um esforço fenomenal para não abandonar. Achei a história muito cheia de enrolação, fora que não me convenceu. Esse negócio de ir para uma clínica de reabilitação achando que era um spa simplesmente não me desceu de jeito nenhum. Além da história ter sido muito vazia, não consegui encontrar uma razão verdadeira que justificasse a dependência da personagem (nao que precise ter uma razão, mas eu senti que a todo momento, era esse o objetivo da autora: chegar a uma explicação). Além de que a família dela me irritou num nível extremo, completamente desestruturada, não consegui enxergar um pingo de amor entre eles, portanto, não consigo ver um só motivo pelo qual eu iria querer me engajar nos próximos livros (que mostra a vida das outras irmãs) já que não consegui simpatizar com uma só sequer. Sabe aquela frase que quando não temos nada de bom a dizer, melhor não dizer? Então. Parece que a família dela entrou na história apenas para fazer exatamente o oposto. Nao preciso nem dizer que nao dei uma risada sequer o livro inteiro.
Enfim... infelizmente não deu pra mim.
Fernanda 30/06/2019minha estante
Queria uma família comercial de margarina?rs




Lili 17/04/2019

Mais uma vez Marian Keyes faz a gente se apaixonar por sua escrita e também por essa família surreal de engraçada, Os Walsh (ou As Walsh? Já que quem manda aqui são elas, baby!)
A história acompanha a vida de Rachel, a filha do meio e taxada como a "sem graça" dentre as outras 4 (duas mais velhas e duas mais novas). Rachel vivem em Nova York com sua colega Bridgit e namora Luke, Um Homem De Verdade... até aí nada de anormal, se não fosse o fato de que Rachel é viciada em drogas. Quer dizer, ela acha que não. Qual o problema de cheirar uma carreira de coca antes de ir para o trabalho e depois tomar vários comprimidos de Valium para sanar a paranoia? As pessoas é que estão caretas!
Após um acidente que todos interpretam como uma tentativa de suicídio, Rachel é internada compulsoriamente no Claustro, uma famosa clínica de reabilitação em seu país natal, a Irlanda.

A partir daí é muito interessante acompanhar a caminhada de Rachel e suas fases: negação, aceitação, raiva e etc, junto com os amigos que ela faz lá dentro e que enfrentam outros tipos de vícios ou distúrbios alimentares. Rachel é muito realista, e você se compadece com seus problemas de autoestima, sente raiva da sua negação, sente repulsa pela amizade tóxica que ela mantém com Bridgit e ainda se apaixona por Luke. Claro, rindo horrores das trapalhadas de sua família também!

Leitura muito boa, com certeza continuarei acompanhando essas irmãs, e sem preocupação de seguir uma ordem porque apesar das participações das irmãs uma nos livros das outras, não há uma ligação nas histórias.

Melancia - Claire Walsh
x Férias - Rachel Walsh
Los Angeles - Margaret Walsh
x Tem Alguém Aí? - Anna Walsh
Chá de Sumiço - Helen Walsh
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Ana Mc Bairros 25/02/2019

Eu li - Férias
Rachel é a irmã do meio da família Walsh, uma irlandesa que mora em Nova York em um apartamento que divide com a amiga Bright. Sempre tentando provar para si mesma e o resto do mundo que não é uma fracassada, e para aguentar o emprego que odeia, ela usa medicação descontrolada, usa drogas ilícitas e bebe feito um gambá para conseguir suportar a barra. Mas, após sofrer uma terrível overdose e ter parado no hospital, o namorado Luke e a Bright chamam ajuda dois pais dela para resolver a situação, pois havia saído de controle.

A vida de Rachel vira de cabeça para baixo, pois ainda não havia se dado conta de que se tornara uma toxicômana. Abandonada pelo namorado e a amiga que não suportavam mais o seu comportamento, ela vai arrastada para o Claustro, uma clínica de reabilitação para viciados. A família só consegue realmente convencê-la depois de dizerem que o lugar era como um spa repleto de pessoas famosas. Ela resolve então encarar como um retiro de férias, fingindo que tudo não havia desmoronado bem na sua frente.

Logo ela acaba descobrindo que o Claustro é na verdade apenas um lugar com pessoas simples e desconhecidas, e que não é nada parecido com um spa, pois eles de fato fazem sessões de terapia, limpam a própria bagunça e preparam a própria comida.

Enquanto isso, Rachel vai recordando do passado mais recente, onde sua vida em Nova York parecia badalada e empolgante, até as mais remotas e dolorosas lembranças da infância, onde aparenta mostrar a fonte de seus vícios e a necessidade de suprir o sofrimento com alguma válvula de escape.

Lá ela faz novas amizades, conhece novas histórias, tenta paquerar um dos internos e passa por uma enorme fase de negação, pois busca se justificar a todo momento que não precisava estar ali.

Repleto de bom humor, e sempre procurando as celebridades dentro do Claustro, Rachel nos leva à loucura com sua teimosia e ideias mirabolantes para sair da condição em que se encontra.

A história é narrada em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Rachel. É perceptível como a personagem é bastante insegura consigo mesma, e em algumas vezes conseguimos conhecer a fundo a fonte de tal comportamento.

Para ela tudo estava uma porcaria, mas tudo ia se resolver num piscar de olhos, pois quando usava as drogas, a dor sumia e a alegria voltava, mesmo que por pouco tempo. Ela nem se dava conta de que a sua rotina baseada em substâncias tóxicas fazia maltratar as pessoas ao seu redor, tanto que, mais tarde, descobrimos isso através dos relatos de Luke e Bright.

De forma suave e cativante, a autora nos prende a cada situação vivida pela Rachel. É uma leitura que além de fazer rir, emociona bastante, uma vez que conhecemos também outras histórias dos demais pacientes do Claustro, mesmo que rapidamente.

Não nego que me dava muita raiva (um ranço bem grande, pra ser sincera) quando a Rachel era esnobe com os outros, principalmente com o Luke. Mas, compreendi depois que a maioria sofre com traumas bem graves na vida, e pode reagir de formas diversas diante de seus problemas. Todo mundo erra, mas há sempre chances para recomeçar.

*** O livro é o segundo volume da série "Irmãs Walsh" e cada obra traz a história de uma irmã diferente, mas é possível haver algum ou outro spoiler, caso seja lido fora da sequência.

site: http://www.vicioseliteratura.com.br/2018/08/eu-li-ferias.html
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Letícia Braz | @_piilula_ 24/02/2019

Amor próprio!
Rachel Walsh é a mais alta entre as irmãs e se fosse mamãe Walsh escrevendo essa resenha, diria que é a que menos leva jeito com o sexo oposto por conta da altura. Já adulta e morando em Nova York com a sua melhor amiga, ela se vê em um mundo totalmente diferente do seu, onde só as aparências importam e fingir ser quem ela não é se torna a sua única saída. Adicione o fato que para se tornar essa Rachel popular, ela triplica o consumo de drogas e após perder totalmente não só o controle da sua vida, como a amizade da melhor amiga e levar um baita fora do seu tão rejeitado namorado Luke, Rachel é internada em um centro de reabilitação.

O livro "Férias!" poderia ser classificado em vários gêneros, como de costume nas obras de Marian Keyes, porém como este livro é sobre um tema muito delicado, a autora usou na dose e na hora certa cada emoção que ela queria transmitir. Do fundo do poço para tão sonhada redenção, a personagem Rachel nos mostra o turbilhão de emoções em que somos feitos e que somos a pessoa que mais devemos amar e admirar.
Dayvison / papo_cultural 24/02/2019minha estante
Amo!




Ivy (De repente, no último livro) 01/02/2019

Resenha do blog "De repente, no último livro"
Aqui conheceremos Rachel, a segunda irmã Walsh. Rachel é uma mulher independente, moderna, que há muitos anos vive em Nova York, dividindo apartamento com sua melhor amiga Brigit. Quando Rachel sofre uma overdose, a família Walsh decide intervir e forçar Rachel à voltar para a Irlanda. Mas não é apenas isso: Rachel deverá se submeter à três semanas de internação no Claustro, uma famosa clínica de tratamento para dependentes químicos. Rachel se recusa a enxergar-se como toxicômana. Para ela, é tudo um grande mal entendido. Porém, conforme os dias no Claustro vão passando, Rachel descobre que há mais de si mesma do que ela imagina. Sem amigos, sem namorado e sem emprego, Rachel precisa reavaliar sua vida, ser forte e assumir de uma vez por todas suas falhas.



O que mais gostei em Férias! com certeza foi a sensibilidade com que o tema da dependência química é tratado. Marian Keyes foge dos estereótipos e consegue trazer ao leitor uma história verossímil, que possui toques de drama e ternura. Uma mensagem sempre de esperança, capaz de fazer rir em certos momentos mas também que, acima de tudo, nos permite refletir e entender o que é a luta diária que algumas pessoas enfrentam tentando combater seus próprios vícios.

Eu amei o detalhe de que Marian não inclui apenas dependentes químicos no rol de seus personagens, mas também insere de maneira sucinta os viciados em jogos, em comida, os compulsivos em tantas coisas. A autora também abre um caminho para falar sobre disturbios alimentares, e com inteligência e sagacidade consegue fazer o leitor entender conceitos até mesmo complicados para um leigo no assunto, sinais e detalhes da dependência onde fica claro a experiência e segurança de Keyes ao discorrer sobre o tema. Depois de ler fiquei sabendo que a própria autora também foi durante anos alcoólatra, e só posso imaginar que muitas das experiências narradas possam ser, até certo ponto, baseadas em si mesma e em seu caminho pela recuperação.



Eu senti uma maior maturidade em sua narrativa nesta segunda parte. Os personagens me pareceram mais bem elaborados, e a trama me pareceu melhor cuidada. Em Melancia, a protagonista Claire fica dando voltas e mais voltas na mesma situação absurda. Já em Férias!, conseguimos acompanhar uma evolução tocante e notável no personagem de Rachel, o tipo de descobrimento que vai envolvendo o leitor, nos fazendo torcer por sua protagonista até o final.

Rachel não é nada fácil, mas é difícil não se apegar à ela justamente por isso. Rachel é humana, cheia de falhas, vícios e carências. Ela reage de maneira agressiva, pode ser egoísta e permite que o leitor entenda o que foi chegar ao fundo do poço. Mas essa mesma Rachel também sabe ser engraçada, carismática e frágil, até o ponto em que queremos colocá-la dentro de uma caixinha se possível para protegê-la do mundo malvado. E o grande trunfo de Keyes aqui foi esse: trazer-nos uma protagonista que condiz à perfeição com a realidade da situação narrada. Todas as atitudes de Rachel são coerentes, transformam seu drama em algo realista e duro.

Foi lindo ver como a literatura é poderosa, podendo abordar temas tão dífíceis de maneira leve, usando de uma linguagem que permite ao leitor compadecer-se sem julgar, sem criar nenhum pré conceito acerca da realidade dos personagens apresentados.

Como já disse acima, meu maior porém com o livro segue sendo a quantidade de páginas. Apesar da história de Rachel ser infinitamente melhor escrita do que foi a história de Claire em Melancia, sigo sustentando que ambos os livros possuem páginas em excesso. Férias! por exemplo poderia ter tido, no mínimo, 70 páginas à menos.

Outro ponto que me incomodou foi justamente a tal família Walsh. Em Melancia as atitudes da mamãe Walsh e de uma das irmãs, Helen, já havia me tirado um pouco do sério. Aqui ambos os personagens seguem sendo intragáveis. Helen continua sendo uma pirralha babaca, egocêntrica, arrogante e mimada. E a mamãe Walsh, na minha opinião, segue sendo uma senhorinha tola e vazia. Certamente, a minha decisão de não seguir lendo a série apesar de ter me saído melhor neste segundo livro foi justamente por conta desses personagens. Acho que não poderia lidar com mais Helen e mamãe Walsh, além disso não tenho curiosidade e nem interesse em conhecer o destino do restante das irmãs. Sorry.



De qualquer maneira, em termos de chick lit, acho que Férias! foi uma das leituras que mais gostei. O final foi encantador. Cheio de esperança e boa vibe, Marian Keyes deixou uma linda mensagem de superação nos capítulos finais através de seus personagens. É particularmente comovente acompanhar a trama pois a história não se trata apenas de uma viciada em cocaína, mas me parece muito mais profunda que isso. Há uma lição sobre recomeços, sobre perdoar e perdoar-se que me pareceu necessária e correta.

Algo que me surpreendeu foram as cenas mais apimentadas inseridas na história. Confesso que por ser chick lit não esperava encontrar algumas cenas de tom mais hot. Não chega a ser nada exagerado ou vulgar, estão até que bem inseridas na trama, mas, já deixo aqui o aviso de que esse não é um livro de teor juvenil, já que apresenta um tema sério e carrega cenas que o caracterizam como um chick lit mais adulto.

Apesar do teor mais duro da trama, achei Férias! mais engraçado que Melancia. As sacadas de Rachel, sua espontaneidade e sagacidade surpreendem o leitor, e os outros personagens secundários também ajudam bastante à sustentar a trama.



Apesar de não ter gostado nada de Melancia, recomendo ler a série na ordem, já que Férias!, apesar de não se centrar na mesma protagonista de Melancia, nos revela alguns pequenos spoilers da trama anterior. Além disso, há detalhes sobre a família Walsh que são mais evidentes em Melancia, e em Férias! ficam apenas um pouco mais ressaltados, portanto, dá pra concluir que a trama deste parte da idéia de que o leitor já leu Melancia.



Férias! foi uma leitura que, apesar de não ter me conquistado, me surpreendeu, já que não esperava gostar como gostei. Como já disse, é uma história escrita com uma sensibilidade ímpar, que se faz nítida em cada capítulo. E apesar do seu grande número de páginas, possuí essa magia de prender o leitor na história, nos fazendo sentir e sofrer ao lado de seus personagens, ansiosos pelo desfecho de cada um.

site: http://www.derepentenoultimolivro.com/2018/10/review-248-ferias-walsh-family-2.html
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Yves 23/01/2019

Uma deliciosa história de amor... Amor-próprio
Rachel sofre com baixa auto estima e dependência de drogas, acaba no hospital depois de ingerir uma alta dose de tranquilizantes e vai por força de sua família para um centro de reabilitação.
É divertido e tocante, um livro incrível.
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Alessandra Bevilaqua 21/11/2018

Superou as minhas expectativas e me surpreendeu do começo ao fim.
Comecei a ler o livro "Férias" no meu antigo trabalho, nas horas vagas, quando não tinha muita coisa para realizar. O ambiente tinha uma biblioteca digital para os funcionários, então escolhi ele meio as cegas, pois não tinha acesso a sinopse e não conhecia o trabalho da Marian Keyes. Não demorou muito tempo para poder me entrosar com o livro e mergulhar no universo da Rachel, personagem que eu me identifiquei em milhares momentos por suas inseguranças como mulher. Ao meu ver, ela foi pintada com toda a realidade que cerca a maioria das mulheres. Ela não é aquela personagem perfeita, mas dá para se enxergar nos seus defeitos e nas suas qualidades.
A sacada mais gostosa em ler o livro, é ver o lado do toxicômano, na visão dele mesmo. Ver que para ele tudo tem uma justificativa, é natural, no seu caso é diferente dos outros. Em alguns momentos, eu acreditei fielmente assim como Rachel, que ela não era viciada e a descoberta que eu fui fazendo junto com a personagem, de que de fato, ela era uma viciada e seu caso era sério é surpreendente em tantos níveis que eu não tenho palavras para descrever.
O jeito que Rachel encarou de inicio a sua reabilitação como se fossem férias em um spa, tornou o título genial e os flashbacks que ela tinha entre antes e depois, para entender melhor sua personagem, sua história e sua personalidade casou perfeitamente com a narrativa do livro e com o tempo atual que ela viveu no Claustro. Foi muito fácil imaginar como se fosse um filme.
Fora que torci encarecidamente por ela e por Luke, mesmo que na maior parte do livro, eles tenham sido apresentados em flashbacks. Eu consegui sentir a genuinidade do casal e da história deles, que não é nada perfeita, mas se tornou cativante a cada lembrança que Rachel tinha.
A linguagem do livro, fácil de ler e de ser interpretada também o tornou uma obra encantadora. Férias tem a ideia genial de narrar o lado do toxicômano, em meio a sua recuperação, nos despertando empatia, surpresa e sensação de recuperação, assim como a personagem.
O livro me surpreendeu do começo ao fim e merece cinco, seis, sete, oito estrelas...
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Kennia Santos | @LendoDePijamas 16/10/2018

Mas quem quer abrir as janelas da alma, quando a vista está longe de ser espetacular?
Título: Férias! (Rachel's Holiday)
Autora: Marian Keyes
Classificação: 3,75/5

A vida de Rachel Walsh sofre um solavanco quando ela, por livre e espontânea pressão, se interna no Claustro, uma clínica de reabilitação para dependentes. Aos 27 anos, ela não acredita que sua família, melhor amiga e seu namorado, Luke Costello, tenham concordado em enclausurá-la por 2 meses.

Mas ela tenta ver as coisas pelo lado positivo, afinal, clínicas de reabilitação são cheias de coisas de luxo como banheiras, hidromassagem e saunas. E de quebra, ela pode até mesmo encontrar uma celebridade por lá e ir para o mundo da fama, não é mesmo? Sem contar que, os últimos anos não tem sido exatamente um paraíso, e ela precisava mesmo de um período de férias.

"A vida não andava nada fácil nos últimos tempos. Pouco espaço por manobrar o carro, por assim dizer." (p.21)

Infelizmente, ao chegar no Claustro, ela percebe que as coisas não são nem de perto como ela imaginou que fosse. Homens de meia-idade usando suéteres ultrapassados, sessões terapêuticas em grupo que a tiram do sério, uma colega de quarto pra lá de neurótica que não sabe calar a boca....

E o pior de tudo é que persistem para que ela entre nesse esquema chato que envolve confissões e conselhos. Mas quem quer abrir as janelas da alma, quando a vista está longe de ser espetacular?

"Sempre detestei ouvir o que as pessoas pensavam de mim. Minha vida inteira fora uma tentativa de fazer com que as pessoas gostassem de mim, e era difícil ouvir a extensão do meu fracasso." (p.384)

Em "Férias!" Marian Keyes mais uma vez vem com toda sua paciência e delicadeza abordar transtornos que estão presentes em todo canto do mundo.

Rachel tem 27 anos e SEMPRE se sentiu insegura e deslocada em todos os aspectos da sua vida: família, relacionamento e ascensão profissional. Aos 12 anos já media quase 1,80m, sempre foi considerada a desajeitada e "sem graça".

"Mas é muito incômodo não levar nenhuma fé em si mesmo. Você apenas fica à deriva, esperando que outra pessoa lhe sirva de âncora." (p.415)

"É duro viver numa família em que todo mundo tem o seu favorito, e esse favorito nunca é você." (p.418)

Aos 15 anos, começou a se envolver com drogas, e desde então não parou mais. Porém nos últimos meses as coisas entraram numa decadência sem fim, e as pessoas mais próximas dela foram obrigadas a tomar uma atitude extrema quando ela teve overdose e quase morreu.

Não vou mentir, ela me irritou bastante com a negação constante e com os frequentes comentários maldosos que fazia à respeito de todos, até mesmo as pessoas que mais a amavam. É como se ela se recusasse a olhar para dentro de si mesma e admitir que a forma como passou a levar a vida é prejudicial e anormal.

O livro não foi uma leitura fluida, demorei bastante porque o simples pensamento de ter que aguentar a Rachel e seu comportamento me cansavam. As coisas começaram a andar depois da página 400, e mesmo conhecendo o estilo da Marian de ir devagar, achei devagar DEMAIS.

Depois teve toda a explicação do comportamento da Rachel e que isso eram efeitos da droga, pois ela usava para melhorar sua autoestima e quando surtia efeito, ele era DRÁSTICO.

Quando terminei o primeiro livro que li da Marian, "Tem alguém aí?" eu finalizei com a sensação de estar sendo abraçada pela autora. E pensei que nesse livro seria diferente porque muitas coisas simplesmente não progrediam. Mas mesmo aos 45 do segundo tempo, ela soube finalizar a história de forma satisfatória e extremamente gratificante.

Então sim, vou continuar lendo Marian Keyes, provavelmente terminarei a série das irmãs Walsh e talvez me arrisque com um ou outro livro paralelo. A questão da recomendação é uma questão delicada. Se você já leu e conhece o estilo da autora, ok, vai fundo. Caso contrário, comece com outra obra como "Tem alguém aí?" ou algum outro com uma cotação geral mais confiável :D

"Você não pode passar a vida inteira culpando os outros pelos seus erros. Você é uma adulta. Assuma a responsabilidade por si mesma e por sua felicidade. Você não está mais presa ao papel que a sua família lhe reservou. Só porque lhe disseram que você era burra ou alta demais, isso não quer dizer que seja." (p.420)
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