O que é Ideologia

O que é Ideologia Marilena Chaui




Resenhas - O que é ideologia


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ToniBooks 28/04/2022

Agora é a vez da competência.
Você acha que é livre, mas tem sempre "uma pulga atrás da orelha" quando percebe que não te contaram tudo sobre de onde vem o poder do Estado. Essa potestade informe e poderosa. Assim como o grande Leviatã, é tão divulgado em sua prática quanto dissimulado quanto à sua origem e seus mecanismos de legitimação. É sobre isso e muito mais que Marilena Chaui trata nesse pequeno grande opúsculo.
Douglas Finger 29/04/2022minha estante
Essa obra é genial! Chauí é muito didática em tudo que escreve


ToniBooks 30/04/2022minha estante
Nessa obra, em particular, senti muita generosidade por parte de Marilena. Não hesitou em retomar a ideia central várias vezes, numa estratégia didática perfeita. ??




Mina 16/04/2022

Ela ( Chaui ) viaja entre conceitos de ideologias no decorrer da linha factual da existência humana, criando umã contextualização e preparo interessante sobre o tema. Após explora com eficácia o ponte de vista da ideologia marxista, sem esquecer de fazer interferências as quais trás reflexões pertinentes sobre a sociologia e como atua na existência do indivíduo.
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Gisele 13/12/2021

Um ótimo livro para compreender como alguns conceitos nos foram empurrados. A leitura é difícil, fica confusa em muitos pontos porque parece não ir direto ao ponto, mas no final cumpre seu objetivo.
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gab.3 09/12/2021

Impactante
Ótimo livro escrito pela Marilena, aponta grandes características sobre a ideologia. A ideologia possui espaços em branco e lacunas, deixando vago o real sentido e nos forçando a crer em características ilusórias como se estivessemos destinados a tudo o que é imposto por ela.
Quero deixar registrado aqui alguns dos vários trechos que me impactaram.

"Vejamos algumas consequências perversas produzidas pela ideologia da competência. Se ser competente é vencer a competição e subir na hierarquia de uma Organização, como se sente o desempregado? A ideologia burguesa lhe ensina, no cotidiano e na escola, que o trabalho é uma virtude que dignifica o homem, e que não trabalhar é um vício (a preguiça, a malandragem). A ideologia dá competência lhe ensina, no cotidiano, na organização escolar, na organização empresarial, que só a competência no trabalho assegura felicidade e realização."

"Dizer que a ideologia não tem história significa que:
a) a transformação das idéias não depende delas mesmas, de alguma força interna que teriam (como na história do Espírito hegeliano, ou como nas etapas do Espírito humano de Auguste Comte), mas depende da transformação das relações sociais e, portanto, das relações econômicas e políticas (...) Enquanto a ideologia explica o presente como efeito do passado, o passado pelo presente e o futuro pelo já existente, fazendo com que este último deixe de ser possível (aquilo que os homens poderão realizar) para de tornar o previsível (aquilo que os homens deverão realizar), o saber histórico mantém as diferenças temporais como diferenças intrínsecas;

b) a ideologia fábrica uma história imaginária (aquela que reduz o passado e o futuro às coordenadas do presente), na medida em que atribui o movimento da história a agentes ou sujeitos que não podem realizá-los."
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paulo 21/04/2021

Esse é o segundo livro que leio dessa coleção, o primeiro foi O Que É Participação Política?, do Dalmo Dallari, para a faculdade. Excelente, ótima abordagem e linguagem bem acessível, perfeito para um conhecimento rápido e básico para novas pesquisas.
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Élida Mercês 25/01/2021

Com um texto objetivo e didático, na medida em que o assunto permite, Marilena Chauí explica o conceito de ideologia por meio da demonstração de como ela funciona, como instrumento de dominação política, ao lado do Estado. Vale a leitura.
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Lucas 11/12/2020

Abordagem didática e linguagem de fácil leitura.
A autora mostra como surgiu o termo "ideologia" e suas mudanças de significado ao decorrer do século, sendo sua gênese em meados do século 17.

A autora busca enfatizar o significado que Marx dá a tal termo, que significa, basicamente, toda e qualquer ideia que é apresentada como um processo natural, mas que, na verdade, trata-se de algo carregado de condicionalismos sócio-históricos.
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felipe.capuzo 20/11/2020

Guia do Mochileiro da Pós Verdade
Quem controla o passado, controla o futuro.
Quem controla o presente, controla o passado.

Os estudos sobre Ideologia sempre me intrigaram, muito disso advém de 1984, do Orwell. De todo modo, esse pequeno livro é capaz de introduzir esse conceito tão essencial para os tempos de pós verdade de uma forma boa e lúcida.

Recomendo para quem se interessar por teorias políticas e sociais, ou também para aqueles que desejam enfrentar as violências fascistas de nossa contemporaneidade bagunçada e tecnocrática.
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Stella 03/11/2020

Leitura essencial!
A leitura foi graças à faculdade, mas trouxe muita clareza para compreender conceitos tão importantes de Marx, Hegel, Engels, que permeiam na nossa sociedade política e cultural.
Como o título mesmo diz: uma leitura essencial para compreender melhor onde estamos inseridos.
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Fernando.Lovato 02/11/2020

Excelente obra para introdução a filosofia. Ou para entender o conceito de ideologia
Marilena Chaui traz na obra o seguinte modo de apresentação: resumo do pensamento de um autor, exemplos claros da teoria dele, explicação por que tal autor está preso numa ideologia. Ela faz isso até chegar a Marx. Nesse ponto e baseado nesse último autor, ela identifica o que é ideologia, sua origem, como a ideologia é utilizada para manipular as classes dominadas e traz propostas de solução para tal situação ideológica vigente. Enfim, parada obrigatória para qualquer pessoa que curse algo em humanas.

---> Pontos positivos:

. A autora faz excelentes resumos dos pensamentos dos autores que são analisados. Nem todo mundo leu todos os autores citados na obra para saber como a ideologia se aplica a eles ou do que eles falavam a respeito. Assim, o fato da autora resumi-los antes de criticá-los demonstra atenção especial a novos leitores da área.

. Linguagem inclusiva, clara e inequívoca.

. Uso de exemplos sempre que um conceito ou teoria nova é exposto.

. Aplicação prática alta e imediata.

-->Pontos negativos (sinceramente não encontrei nenhum ponto negativo digno de nota. Assim, apenas colocarei algumas sugestões particulares minhas):

. Eu faria mais divisões no texto e relembraria em cada uma delas o que pretendia naquele ponto. Ex: agora irei resumir Hegel para que vocês entendam que Marx não inventa determinado conceito.

. Toda argumentação marxista depende do conceito de contradição hegeliano. E embora a autora o resuma bem, eu sugeriria mais foco nesse conceito, pois ele é de difícil apreensão. Talvez cortar um autor ideológico pré-moderno e usar as páginas poupadas para aprofundar um pouquinho mais na contradição hegeliana.
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Gabriela.Give 09/10/2020

Não é o tipo de leitura que me agrada, mas por ser leitura obrigatória da faculdade decidi dar uma credibilidade e me arriscar. Para quem gosta da temática, a leitura flui bem. Também é uma ótima oportunidades de entendermos, conhecermos para criamos nossas opiniões contra ou a favor, mais enraizadas, a partir do senso crítico, ao invés do senso comum.
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Anienne 22/08/2020

O que é Ideologia?
Muito interessante a forma como Marilena Chauí aprofunda e nos aproxima do termo "ideologia".
Fica bem clara a questão de que a sociedade está vislumbrando uma "ideia da realidade" pelas lentes e ideias da classe dominante vigente e nao vislumbrando a "realidade em si"; além de que cai uma ficha muito importante, qdo constatamos que tanto a ideologia, como as leis e o estado são simplesmente instrumentos de dominação, por sinal, muito violentos.
Aí a gente fica como Cazuza na música Ideologia: " era melhor qdo eu não via, qdo era um(a) ignorante feliz... agora que vejo, o que fazer? Nunca mais serei aquela(e) menina(o) que queria mudar o mundo."
Sim, meu grau de pessimismo é nesse nível, por mais que façamos, estamos atolados num mar de esgoto e perde-se a tranquilidade e enche-se de pessimismo, desesperança, desacreditar...
Enfim, os sentimentos vão a esse nível, já o livro... é bom.
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Vanessa 20/08/2020

Em 1980 foi lançada a primeira edição deste livreto. Apenas 125 páginas de reflexões fantásticas sobre ideologia. Dominação. Luta de classes. "Os ideólogos são aqueles membros da classe dominante ou da classe média que, estão encarregados, por meio da sistematização das ideias, de transformar as ilusões da classe dominante em representações coletivas ou universais. Assim, a classe dominante se divide em pensadores e não pensadores, ou em produtores ativos de ideias e consumidores passivos de ideias". Dessa forma, os consumidores das ideologias, muitas vezes mesmo sabendo de sua condição de explorado reproduz a ideologia dominante. É o que justifica o trabalhador assalariado defender os meios de exploração capitalista. É o que justifica o trabalhador, a classe média e os microempreendedores defendendo a ideia de que quem trabalha alcança o sucesso ou pode enriquecer. A complexidade das ideologias enfraquece o trabalhador pois joga proletariado contra proletariado.
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Natália 24/06/2020

Esclarecedor
O livro consegue desmembrar conceitos muitas vezes vistos como complexos de forma compreensível. Nele a autora nos conceitua do que é a ideologia pela ótica marxista.
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Karina599 05/04/2020

Essencial e para sempre contemporâneo
“O que é ideologia” da Marilena Chauí é uma obra densa e muito completa. Eu diria, até mesmo, essencial, para a compreensão da sociedade de um ponto de vista das ideias que se propagam.
Por vezes, parece que tem informações demais que dão voltas e voltas sem explicar nada. Porém, essa foi minha impressão inicial, porque no decorrer do livro, todas as informações se amarram formando relações interessantes.
Começando o livro com as teorias da Antiguidade sobre conceitos iniciais que serão utilizados no decorrer do livro, como trabalho, divisão do trabalho, campos significativos, relações sociais, as relações do homem com a Natureza e, portanto, com o conhecimento adquirido.
Passa então para o histórico do termo “ideologia” e então percorremos um caminho histórico desde os ideólogos franceses, seguindo pela filosofia positivista e depois disso com o sociólogo Durkheim, até chegarmos a concepção Marxista. A partir de então, temos um capítulo inteiro reservado para essa questão. Em um livro sem muitas divisões em capítulos, esse é um importante vestígio sobre a própria ideologia da autora que não esconde seu posicionamos, observável até mesmo, em outras obras dela.
Não acredito que isso seja um obstáculo para este livro, já que a pesquisadora tem muito conhecimento sobre o que diz e traz um panorama completo de tudo que está falando. Por exemplo, ao entrar no capítulo “A concepção marxista de ideologia”, ela traz um cenário no qual Marx direcionava críticas à filósofos alemães da época, que por sua vez, contestavam as teorias de Hegel.
Entrando em Hegel, Marilena Chauí resume, como ela mesma afirma, “de forma grosseira, as principais ideias de Hegel, a dialética idealista e espiritualista, dais quais eu considero como destaque as ideias de que “a história é reflexão”. A reflexão é a volta sobre si mesmo, na qual a consciência é responsável por fazê-la. “Este exterioriza-se em obras, mas é capaz de reconhecer-se como produtor delas, é capaz de compreender-se ou de interiorizar sua criação.” (2006, p. 41). Outro ponto que achei particularmente interessante é sobre como o Estado representa os interesses dos indivíduos privados ou públicos, famílias, sociais e etc.
De forma clara e sucinta, Chauí resume os pontos da teoria hegeliana de forma clara e sucinta, já que esse não é o objetivo da obra. Inclusive, durante a leitura tive as minhas dúvidas se, de fato, eram necessárias para a compreensão do livro e quais as relações entre Hegel e ideologia sobe a perspectiva marxista. Então, a autora passa a comparar os conceitos hegelianos que Marx conserva em sua teoria, e aqueles que Marx contrapõe. O livro como um todo se conversa, a todo momento retomando tópicos já trabalhados. Estamos sempre relendo e reafirmando os conceitos em nossa mente.
Mariela Chauí passa, então, a explicar o marxismo, como a luta de classes: o trabalhador que vende sua força de trabalho e aquele que dispões das condições de produção. Explica também sobre a mais-valia, alienação, conceito de propriedade de da divisão de classes.
Chauí ainda dedica uma parte à explicar a diferença da concepção de Estado entre Hegel e Marx, na qual o primeiro define como “superação das contradições”, enquanto o segundo afirma que o Estado é “a vitória de uma parte da sociedade sobre as outras.” (2006, p. 66).
A partir de então, a autora escreve como a ideologia tem sua função em “ocultar” a realidade e fazer parecer que as ideias são autônomas, ou seja, como se surgissem sozinhas sem ter um representante. Isso faz com que as pessoas não reflitam sobre as relações sociais que causam sua posição social, e portanto, traz a ingênua sensação de que as coisas são do eito que são por causa de um poder superior e que todos estão submetidos à esse poder igualmente.
Finalizando sua obra, Chauí faz um apanhado sobre tudo que foi pensado no decorrer do livro e retoma todos os conceitos por ela trabalhado. De forma bem amarrada, Chauí escreve essa obra que considero tão importante para a nossa sociedade. Livro indispensável para repensarmos sobre a estrutura da nossa sociedade e além disso, tudo o que consumimos e como digerimos esses conteúdos. Se, inicialmente, pensei que a obra tomava caminhos desnecessários, ao chegar ao final entendo que Chauí inclui tudo que é necessário para compreendermos o conceito de ideologia em sua totalidade, de um jeito genial e bem concatenado.
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