Maitê 06/05/2018Precisei de uns dias para digerir esse livro antes de fazer uma resenha, é um livro bem lento, que quase nada acontece, mas mesmo assim, de alguma forma, é difícil assimilar tudo.
Começa com um relato semi-autobiográfico do autor, no qual ele conta sua historia, e a da sua cidade, até ele encontrar uns documentos antigos e uma letra ''A" vermelha, que ele descobre, ter sido o castigo de uma mulher. E essa é a historia que ele se propõe a contar.
Nunca ficamos sabendo o que de fato aconteceu, mas somo imersos imediatamente em seu castigo, que após um ápice humilhante, perpetua por anos, um castigo humilhante, severo e solitário. No qual é renegada pela sociedade local, e isolada com sua filha, que acaba crescendo como uma criança meio que estranha, fruto das consequências de sua criação.
Em contraposto a Hester, acompanhamos o parceiro do seu crime, um homem que por covardia não assumiu, e viveu uma vida tranquila e até santificada, ao olhos da cidade, mas por dentro, a culpa o corroía e adoecia seu corpo.
Em um breve momento, esses dois seres se encontram e conseguem por algumas horas viver longe desse fervor religioso sem noção e altamente cruel.