Resenhas - A Cidade Do Sol

13marcioricardo 15/02/2022

Favoritado, recomendado, obrigatório.
Livro espetacular, obrigatório para quem gosta de literatura, de uma boa estória e de se emocionar. Mais uma vez Khaled nos traz a realidade do seu Afeganistão, da guerra, da discriminação e dos dramas humanos. Depois do grande sucesso, o Caçador de Pipas, o autor nos presenteia com outra obra que em nada fica atrás. Desta feita sobre duas mulheres e de como seus destinos se cruzam. Aqui sim, você verá a pior face do machismo, onde a mulher é tratada muitas vezes como um objeto ou animal. Maltratada, humilhada, sem voz, sem poder de escolha, casando cedo com quem a sorte ditar, escondida atrás de uma burka, sendo violentada física e psicologicamente. E pra piorar a já sua débil condição de mulher, muitas das vezes acresce a sua origem étnica ou social, pra já não falar dos efeitos colaterais da guerra.

Andre_Sch 29/06/2009

Alguns não gostam outros acham show, para mim Hosseini conquistou-me desde "O Caçador de Pipas", o cara manda vê no que escreve, ele prende a gente nas suas narrativas. O mundo que a gente da América nem sonha, a vida dessas duas mulheres é comovente, triste e rica em conteúdo e cultura. Eu recomendo zilhões de vezes.
Da atualidade ele é pra mim um dos grandes escritores.

Curiosidade: O título se refere a Cabul, capital afegã e a um poema chamado: “Mil sóis esplêndidos”.

“Não se podem contar as luas que brilham em seus telhados, Nem os mil sóis esplêndidos que se escondem por trás de seus muros”

Mariam e Laila representam a vida de milhares de mulheres que sonham, lutam e desejam uma vida melhor e mais tranqüila, onde o amor supera tudo, em qualquer parte do mundo.


Esse livro é muito bom. Favorito mesmo.

NiviaMar 08/02/2011

Eu agradeço por ser brasileira.
Depois que eu li esse livro, automaticamente tive vontade de me ajoelhar e pedir graças ao Bom Deus de viver no Brasil, no que me diz respeito a ser mulher. Assim como em "O caçador de pipas", o autor descreve de maneira brilhante um Afeganistão sofrido, onde seus personagens estão longe da ficção, relatando o quão duro era ser mulher ali. O triste é saber, que mesmo sendo ambientado nos tempos de infância do autor, a história ainda seja tão atual e verídica. Ainda há mulheres submissas e ofuscadas pelo poder da cultura, sendo submetidas a todo tipo de tortura no silêncio de suas casas.

Carolina.Perdigão 03/02/2023

O livro mais difícil que já li na vida e também o mais triste. A história é um soco no estômago, bem pesada.
Retrata a vida no Afeganistão entre 1963 e 2003 com uma descrição poderosa e perturbadora da violência e da guerra naquele país. As personagens principais são inesquecíveis e profundamente marcantes. Um livro imperdível.

Marly.agatha 22/06/2024

Releitura
Ai reler esse livro, 10 anos depois, eu vejo o quanto ele foi necessário pra mim na adolescência. Conhecer um pouco sobre outros universos, amplia nossa capacidade de empatia e discernimento.

gio 06/11/2021

Duas da manhã estava chorando por causa deste
Se me pedissem para falar o livro que é impossível não se emocionar eu diria A Cidade do Sol. Do início ao fim tudo que essa obra apresenta ao leitor é aclamação e coesão. É incrível como a história de ambas as protagonistas te prende, quando entrelaçadas e separadamente. Você torce, chora e esperneia em cada capítulo, e o desfecho não poderia ser melhor. Livro perfeito de um grande autor.

Polly 20/03/2024

Não esperava nada e me entregou tudo!
Pela capa imaginei uma história totalmente diferente, já iniciando a leitura, alguns acontecimentos são de puro repúdio, pois, acredito que é uma crítica a um certo costume "religioso" de alguns países, enfim, creio que crítica o abandono paternal, mãe narcisista, estuprou, pedofilia, claro que de uma maneira sútil, porém óbvia...
O desfecho é simplesmente maravilhoso, inicialmente o livro começa com a história de Mariam, sua vida tem uma reviravolta e ela é OBRIGADA a se casar com um cara que tem idade para ser seu pai, com o vai e vem, muito tempo depois, é adicionado a história de Laila, filha de um professor mente aberta e que deseja o mundo para filha, no entanto, com as circunstâncias em que estavam vivendo a história das duas acabou se cruzando, inicialmente foi por um cuidado, depois ódio e depois por amor, criou-se entre elas um elo maternal. Uma história muito, muito triste, você simplesmente abre o olho e leva um choque de realidade, pois é o que anda acontecendo pelo mundo, mas não deixo de recomendar, para quem quer um livro que te faça querer mais e te faça perder o sono e, também, cheio de repertórios para os vestibulandos,ESSE É O LIVRO. Com essa leitura desesperei todas as emoções possíveis...um conselho, só leiam ??

Vania.Evangelista 07/09/2021

A construção da identidade feminina afegã.
Em a Cidade do Sol, Khaled Hosseini retrata sem censura a realidade da mulher afegã. Relatando o abuso, sofrimento, humilhação e toda opressão a qual elas são submetidas dentro de casa e fora dela, devido ao regime extremista do grupo talibã e sua política com vertente fundamentalista religiosa radical.

O romance se estende por 4 décadas no Afeganistão (1970 até o ano 2000). Na primeira parte conhecemos Mariam, uma jovem Harami (bastarda) de origem muito humilde e que mora com sua mãe. Mas devido acontecimentos drásticos, Mariam é forçada a casar-se com um homem mais velho. Na segunda parte conhecemos Laila, filha de professor, foi ensinada que a vida é bem mais do que apenas casar e ter filhos. Porém, estes ensinamentos são opostos ao que a cultura mulçumana prega.

Na terceira parte do livro, o destino uni estás duas mulheres fortes, pois casaram com o mesmo homem. Vivem sob constante humilhação, sofrimento, estupro e agressões verbais e física. Apesar de todo sofrimento, elas constroem uma amizade linda e forte para que assim suportem o passar dos anos nesse casamento.

Não há um final feliz, este livro nos mostra o quanto as mulheres afegãs são resistentes, porém extremamente sofridas. Mulheres que tiveram seus sonhos destruídos após a tomada de poder pelo talibã na década de 90, pois foram obrigadas a viver na sombra dos homens, sem voz e sem liberdade.

Ana 28/10/2020

Cruel
"Assim como uma bússola precisa apontar para o norte, assim também o dedo acusador de um homem sempre encontra uma mulher a sua frente. Sempre."

Livro que nos faz viver e experenciar circunstâncias de vida totalmente distintas das quais vivemos, é violento, é arrebatador, é cruel.

Bruno M. Silva 27/12/2023

Bem escrito, forte e sufocante
Você está bem emocionalmente? Se não, deixa esse livro pra quando estiver. 

Melhor romance que li em 2023.

A livro começa com os dois pés no peito e uma mão na sua garganta. Recomendo inspirar bastante antes de começar, você vai precisar de fôlego. Ele dá uma constante sensação de sufocamento, de impotência diante de tanta desgraça que acontece na vida das protagonistas. Até o final do livro você fica esperando o que pode acontecer de pior, mesmo quando algo bom está sendo descrito.

Bem escrito, forte e sufocante. Acho que são as melhores palavras que encontrei pra falar sobre o livro. Foi as sensações que mais estiveram presentes durante a leitura.

A partir de determinado momento, você para de esperar que aconteça o melhor para as protagonistas, você ainda deseja que pudesse ser assim, mas o livro te desacredita. Se você é alguém que gosta de plots (reviravoltas), pode se frustrar ao ver que é só desgraça após desgraça. Mas não é assim a história de muitas mulheres que viveram nesse local e nessa época?

A cronologia do livro foi muito bem estudada, passando pelos momentos de maior conflito no Afeganistão. Acompanhamos não só a história das protagonistas, mas uma parte recente da história do país.

O livro poderia não ter o posfácio com as opiniões do autor. Acredito que como obra literária, até seu fim o livro foi maravilhoso. Ou poderia ter sido colocado como um tópico sobre o autor e não como posfácio do livro. Opiniões como "anarquia" querendo dizer bagunça, ou não culpabilizar a ocupação militar dos EUA como período onde o Talibã mais cresceu e se fortificou, para voltar a assumir o controle do país em 2021, fora os incontáveis bombardeios que assassinaram milhares de civis, mostra que o autor é um ótimo romancista e deveria parar por aí.

Silmara.Silva 12/12/2022

A cidade do sol
Triste mais necessário, apesar do autor informar que é ficção, fui pesquisar sobre o Afeganistão e para minha surpresa o que está relatado no livro continua igual, a leitura é de fácil entendimento. Foi uma leitura em no @clube.livrossobrelivros

Julia Manjko 19/09/2023

Tristemente inspirador
Tive pouco contato com a história e cultura do Afeganistão e por isso fiquei muito feliz de ter lido esse livro pois ele me ensinou muito.

É uma história muito triste , com relatos gráficos que não serão suavizados em nenhum momento, escrita de forma muito clara mas de maneira respeitosa. Gostei muito da escrita do autor, esse foi o primeiro livro dele que li e fiquei muito satisfeita de ver como todas as camadas se conectam e como o autor ensina sobre a história do Afeganistão de forma abrangente mas sem dar palestras.

Foi um livro q me inspirou a sempre procurar a minha volta coisas q me fazem sentir grata, independente das circunstâncias.

Recomendo muito o livro.

Bernardo Luiz 29/04/2022

Resistir e Sobreviver, sempre lutando por Liberdade ????
Sabe aquelas leituras que nos tiram completamente da nossa zona de conforto, que nos fazem refletir que apesar das nossas dificuldades, diferenças sociais, existem pessoas vivendo em situações completamente piores e mais lamentáveis que a nossa ?. A Cidade Do Sol, é um desses livros.

A história conta sobre a vida de Mariam e posteriormente de Laila, duas mulheres nascida no Afeganistão, que viveram num dos piores momentos da história do país, imerso em guerras, miséria e muita opressão, principalmente com as mulheres.

Por consequência do destino, Mariam e Laila acabam convivendo e se unindo no futuro, aprendendo e dividindo uma com a outra, suas experiências, dores, frustrações e também seus sonhos e esperança. Esperança que foi o ponto chave nesse livro com tanta opressão e falta
de liberdade, foi a esperança que fizeram com que elas resistissem e sobrevivessem, acreditando em dias melhores.

Nós leitores depois de acompanharmos toda a trajetória lamentável nas vidas de nossas protagonistas, temos um final emocionante de derramar lágrimas, para nos brindar com esse
livro incrível e aquecer nossos corações.

Considero uma leitura necessária a todos para melhorar nossa empatia como seres humanos. E entendermos como esse mundo funciona sobre outro regimes e culturas. Me considero um outro leitor após ter lido esse livro, com certeza abriu minha mente sobre diversas coisas e me fez refletir demais, espero e torço para que todos possam ter essas mesmas experiências e eu recomendo muito, muito mesmo essa leitura.

Narah 13/12/2021

- (...)“Mariam ficou ali deitada no sofá, com as mãos entre os joelhos, olhando a neve que girava e rodopiava do outro lado da vidraça. Lembrou que Nana tinha dito, certa vez, que cada floco de neve era o suspiro de uma mulher sofrida em algum canto do mu
comprei esse livro numa promoção de um sebo e foi o melhor preço que já paguei em um livro, compensou demais. Não só por causa do preço, o livro entrega um romance com bastante drama, o coração fica apertado em vários momentos e a vontade de salvar essas pessoas da realidade cruel delas é muito forte, o sentimento, a dor fica na pele e acredito que somente nós mulheres somos capazes de ver, reconhecer, se por no lugar da outra. Mariam é daquelas pessoas que vieram pro mundo mas o mundo não as merece. Eu não soube aceitar sua trajetória mas a real é que existem muitas Mariams por aí que nascem, sobrevivem e passam por coisas que é difícil de aceitar e nós apenas assistindo isso de fora, a religião que deveria ser refúgio acaba sendo prisão, escravidão, dor, sofrimento. Dói ler esse livro, muito. Mas arrisco em dizer que deveria ser tratado com mais consideração até para base de estudos a respeito da religião mulçumana, do modo de vida, de fatos históricos e dados que são apresentados nele, mesmo sendo ficção, trás fatos que aconteceram e como o povo afegão sobreviveu durante tudo isso. A amizade, a empatia é o que salva a vida de muitos, ainda que as desgraças sejam maiores, ainda resta esperança. Mariam e Laila cruzam suas vidas sendo suporte uma da outra e estão eternamente ligadas por tudo que passaram e suportaram juntas. Das duas foi tirado muito e não há nada que pudesse ter sido feito pra recompensar o que passaram. Um livro muito tocante e importante porque da voz a muitas mulheres que são caladas, humilhadas e silenciadas sem direito a nada a não ser cozinhar, cuidar da casa e parir. Leiam e amem Mariam e Laila como eu amei.( Não posso esquecer de Tariq! Homens como ele ainda existem, acreditem.)

itiagomartins 02/08/2023

Lindo é necessário
É um livro incrível. Apesar de ser ficção, ele se baseia em fatos para retratar a história do Afeganistão, das diversas etnias que o compõem e da ascensão do regime taliban.

Recomendo a todos, mas principalmente para as pessoas que já conhecem um pouco da cultura e da história do islam. Para contextualizar melhor a história e entender os motivos da guerra e dos problemas naquele país, recomendo outras leituras complementares, e principalmente, que seja lido com o objetivo de estreitar laços, criar empatia e aprender mais sobre o mundo. Se essa não for a sua preocupação, talvez essa leitura não lhe será tão agradável.