Lina DC 09/07/2017A história de Vandal é talvez, a mais polêmica da série (pelo menos dos quatro primeiros livros). Vandal é um homem atormentado, que entrou e saiu de reabilitações e sua vida gira em torno da banda Ashes & Embers e inúmeras mulheres aleatórias em sua cama. Apesar de amar seus primos, ele é meio antissocial e não é tão receptivo quanto os demais membros da família. O único raio de sol de sua vida é Katie, sua filhinha de cinco anos de idade. Ele levou dois anos nos tribunais para conseguir a guarda compartilhada com Deb, a mãe da garotinha. Deb é uma mulher exasperante, que consegue causar confusão com as mínimas coisas.
Um dia, Vandal está com a filha dormindo e a Deb liga, exigindo que ele saia no meio da noite para levar a filha para a casa dela, pois ele está algumas horas atrasado para levá-la. Vandal tenta argumentar que a garotinha está dormindo exausta e que seria perigoso dirigir tão tarde. Mas Deb não quer saber e o ameaça, falando que irá entrar em contato com os advogados para revogar a guarda compartilhada. Com medo de perder a guarda de seu raio de sol, Vandal não faz ideia de que sua vida vai mudar de forma irrevogável... Vandal sofre um acidente e Katie não sobrevive. O outro carro que estava envolvido no acidente também teve apenas uma sobrevivente.
Vandal, que já era alguém bem destrutivo, torna-se ainda pior. Ele isola-se em casa, revivendo as lembranças com sua garotinha e não quer saber de falar com ninguém. As visitas ao túmulo da garotinha tornam-se mais constantes e é no cemitério que ele escuta a dor de outra pessoa.
Ele fica fascinado com a capacidade de alguém morto ser tão querido e vai investigar quem é a pessoa que está chorando. É Tabitha, a outra sobrevivente do acidente. O mundo de Tabitha também ruiu, pois perdeu seu marido e sua vida ruiu.
As pessoas ao redor de Vandal e Tabitha não compreendem o quanto eles estão sofrendo e para Vandal, ter alguém que o entende nesse momento é essencial. Então ele se aproxima de Tabitha, sem revelar sua identidade. E oferece a ela um mês de isolamento e libertação sexual como forma de aliviar a dor emocional.
Vandal é um Dom e tem as habilidades para controlar as emoções dele e de Tabitha através do sexo. Porém, o sexo torna-se algo mais conforme ele vai conhecendo a jovem viúva e fica fascinado por ela, até mesmo desenvolvendo sentimentos por ela.
Particularmente, eu não me apaixonei pela história de Vandal e Tabitha. Não pelo fato de ser uma história de Dom/ Sub, mas sim por passar a ideia de lidar com o luto através do sexo com um desconhecido. Além disso, nas outras histórias que tive a oportunidade de ler sobre a temática, os autores sempre enfatizam que a extrema confiança do parceiro é o alicerce nesse tipo de relação e que, quando um dos parceiros quebra a confiança, pode-se ter até mesmo consequências psicológicas. Visto por esse lado, achei que o fato de toda a situação ser baseada em uma omissão e que os protagonistas já estão emocionalmente fragilizados, a forma como se desenvolveu a história não me convenceu.