Carol 14/09/2024
Jack Angel is the Devil himself!!
(colocando a resenha 1 mês depois pq escrevi no bloco de notas e esqueci de postar ?)
Eu comecei esse livro despretensiosamente mês passado, e engoli mais da metade dele em uma noite. Mas ai veio as férias e meu tempo livre fez eu me sentir obrigada a começar a ler e pesquisar sobre o artigo que tenho que escrever e publicar pra faculdade. Então, sem nem perceber, eu acabei deixando behind closed doors, e outras leituras ficionais de lado, porque não tava conseguindo encaixar na rotina.
Mas ai avançamos no tempo para quinta-feira dessa semana (15/08/24). Fui ao cinema assistir "It ends with us" e quando cheguei em casa lembrei de behind closed doors pq o assunto violência doméstica tava na minha cabeça martelando.
Não consegui voltar a ler quinta nem sexta durante o dia, porque fiquei pensando sobre It ends with us, comparando o filme com a minha leitura de 2020 do livro pra entender se gostei ou não da adaptação... MAS FINALMENTE CHEGOU ONTEM (18/08) 11 HORAS DA NOITE E EU FIZ "HORA DE LER BEHIND CLOSED DOORS, BABY!!", e depois dessa introdução, provavelmente 90% desnecessária, aqui vai a minha review:
"PEAK LITERATURE ??????" KKKKKKKKKKKKKK.
Tudo bem, não é peak literature. Até pq eu dei 4??, não 5. E talvez, se não fosse o fato de eu ter acabado de relembrar de "It ends with us" e dos ressentimentos com as coisas que eu achei que não caíram bem no filme, poderia ter sido até 3,5??, mas nunca saberemos disso.
O ponto chave pra essas 4?? em behind closed doors é que, apesar dele ser um livro ficional de thriller, ele aborda um assunto extremamente relevante e, infelizmente, muito presente na nossa sociedade: a violência doméstica.
Em BCD, as ações sofridas por Grace ao longo da narrativa traçam de forma completa, e muito didática, o conceito dos 3 ciclos da violência doméstica contra mulher.
Rápida contextualização: Grace é a nossa "mocinha" e personagem principal. E ela é tão doce, bela, solidária e empática quanto qualquer mocinha pode ser. Grace realmente é one of a kind.
Ela é uma jovem, solteira, no seus early 30's e guardiã legal da sua irmã mais nova, que é o seu maior e verdadeiro amor, Millie.
Millie é portadora de síndrome de down, e as duas irmãs não tem muito o apoio dos pais, então é só elas duas no mundo. Elas por elas.
Todo o trabalho que Grace faz é para conseguir dar a melhor qualidade de vida possível para a sua irmã, mantém ela na melhor escola que abraça as suas diferenças e quando estão juntas ela sempre leva Millie pra dançar, numa espécie de baile que tem toda sexta-feira. E é exatamente ai, em um desses bailes, que a história de Grace e Jack se inicia.
Jack se apresenta (para nós leitores, e para Grace) como um homem incrível e doce. Um galã em seus late 30's, com uma carreira impecável de advogado que luta a favor das mulheres em casos de violência e sempre ganha suas causas colocando os abusadores das suas clientes na cadeia.
Ele ganha o coração de Grace de forma óbvia, demonstrando cuidado e carinho com quem ela mais se importa nesse mundo, sua irmã.
Jack se apaixona perdidamente por Grace e acha lindo a dedicação e amor que ela tem com a sua irmã. Ele quer fazer parte disso, quer ser família e abrigo para elas... e desse jeito, com um namoro sendo um mar de rosas, onde Jack teria se mostrado nada mais que "o homem perfeito", Grace não tem como também não ficar perdidamente apaixonada, e em questão de meses eles já estão noivos.
A partir do dia do casamento deles é que começamos a ver uma nova faceta do Jack que não estávamos acostumados, e dai até a lua de mel a narrativa vai demonstrando de forma "sutil" uma virada de chave.
Percebemos um lado mais misterioso de Jack, a primeira vez dele talvez com raiva? Vemos a primeira discussão em que ele age de forma mais agressiva, impaciente, aumentando o tom de voz, demonstra estresse e descontentamento, o que, na maioria das vezes, leva a mulher a se sentir culpada por aquela situação ter ocorrido. E é exatamente o que ocorre na narrativa de Jack e Grace.
Até que, uma vez que eles chegam na Tailândia, não tem mais como ela tapar o sol com a peneira e, já na sua lua de mel ela se dá conta do relacionamento que está.
Depois disso, é história pra vocês lerem...
agora vou finalizar citando o início de uma música da minha amada loirinha, Taylor Swift.
"Este's a friend of mine, we meet up every tuesday night for dinner and a glass of wine."