Cley 06/04/2020Depois de ser gravemente ferido, o Dr. Marc Seidman acorda de um coma de duas semanas e percebe que sua vida fora destruída. Sua esposa foi assassinada e sequestram a sua fila Tara de apenas 6 meses. Após à desgraça, Marc finalmente pode ter uma chance de reencontrar Tara, mas ele precisa tomar muito cuidado, pois não haverá segunda chance. Além disso, as autoridades são seu percalço, pois ele também é um suspeito.
"Talvez eu estivesse buscando uma resposta que eu já sabia o tempo todo."
Mais uma vez, Coben nos mostra que nem tudo é o que aparenta, as coisas acontecem por alguma razão, seja por uma ferida aberta no passado, seja por querer proteger quem amamos, não importa, há sempre um motivo para que as coisas aconteçam, boas ou más.
Nesta obra, temos um personagem que me deixou um pouco intrigado devido a algumas atitudes e declarações feitas pelo mesmo. Talvez o Marc fosse muito ingênuo em confiar demais nas pessoas, quando deveria desconfiar, pois, ele teria que ser muito cauteloso, afinal, se tratava da vida de sua filha.
Através de personagens que abrilhantam mais a obra, Coben usufrui deles para abordar temas bem relevantes, por exemplo, depressão. A linha narrativa não se passa nos dias atuais, mas é perceptível que os problemas que rondavam na época, são os mesmos de hoje.
Ler Harlan Coben é preciso atenção, pois o autor monta um grande quebra-cabeça, pensamos que ao pegarmos uma peça ela vai se encaixar, percebemos que não, e escolhemos outra. Essa analogia representa bem o que é ler este livro e os demais do autor.
Há vários capítulos que são predominantemente repletos de ação, garantindo ao leitor a sensação de estar assistindo uma cena de filme o qual é impossível desviar a atenção.
"Não há segunda chance" mostra que, as vezes fazemos as escolhas certas por decisões erradas, ou as escolhas erradas por decisões certas. Não importa, como humano, sempre faremos escolhas, o que venha a ser certo ou errado, só o tempo responde.