A Queda da Atlântida

A Queda da Atlântida Marion Zimmer Bradley




Resenhas - A Queda da Atlântida


9 encontrados | exibindo 1 a 9


Amanda 15/01/2021

Se eu não gostasse tanto do Ciclo de Avalon...
Não teria lido mais de 50 páginas do primeiro volume, ?A teia de luz?, que é imprescindível para a compreensão desse segundo. Como os dois livros são praticamente duas partes de um livro só, ?A queda de Atlântida?, tudo que falo nessa resenha serve para ambos. Se Atlântida realmente existiu e era como a Marion Zimmer Bradley descreve, que bom que foi destruída. Uma sociedade baseada na misoginia, escravidão, elitismo e nepotismo, com direito a divisão de castas, escravas sexuais e toda uma bizarrice que tornou os dois livros quase impossíveis de se ler. Contudo, ignorando minha revolta sem sentido por questões socioculturais presentes num livro escrito anos atrás para tratar de uma sociedade que, supostamente, é ainda mais antiga e por isso seus costumes arcaicos não deveriam me chocar, é muito interessante para quem já leu As Brumas de Avalon tentar adivinhar (no meu caso pelo menos, não achei tão óbvio e fácil de decifrar) quais personagens são as reencarnações das personagens das Brumas. Pessoalmente, não a achei a leitura fluida, assim como em todos os livros da autora, salvo uma ou outra exceção, a história se arrasta e só começa a se desenvolver da metade para o final. Mesmo com o pano de fundo das Brumas de Avalon, não achei as personagens carismáticas e não consegui gostar das protagonistas da trama por mais que soubessem quem representam. Li só porque quero completar o Ciclo de Avalon na ordem cronológica das histórias e entender a criação de Avalon que será tratada nos próximos livros.
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Carla.Parreira 17/10/2024

A Queda de Atlântida (Marion Zimmer Bradley). O enredo inicia-se com o sacerdote Raja e o enigmático hóspede Mikon, que se encontram na biblioteca do templo, onde Raja realiza suas atividades de estudo. Após a apresentação entre os dois, uma aura de segredos envolvendo magia e destinos começa a se desenrolar, refletindo uma complexa interação entre os personagens. Raja, impressionado com a presença de Mikon, reconhece sua sabedoria e inicia uma conversa que revela um dilema profundo nas relações do sacerdócio e do conhecimento oculto. Ao mesmo tempo, as jovens discípulas, como Domaris e Deor, adentram em suas próprias jornadas pessoais, sendo afetadas pelas forças em jogo no templo e as lendas que cercam Atlântida. O relacionamento próximo entre Domaris e Deor é explorado, mostrando as nuances da vida e das expectativas nas tradições do templo. Enquanto isso, rumores sobre o Príncipe Atat e os mistérios das túnicas negras e cinzentas alimentam uma tensão crescente na narrativa, indicando um estágio de conflito entre os sacerdotes e as forças ocultas que ameaçam a estabilidade de Atlântida. Domaris, por sua vez, começa a desafiar seus próprios sentimentos em relação ao sacerdócio e ao seu destino, refletindo as conturbações internas que todos os personagens enfrentam. A história se enriquece com a introdução de referências a questões de identidade, poder e laços familiares, enquanto os personagens tentam compreender o papel que desempenham em meio ao destino funesto que aguarda a lendária cidade. As vozes distantes que ecoam na narrativa refletem a luta entre o bem e o mal, e as escolhas que os protagonistas devem fazer. O calor do verão e a atmosfera vibrante da cidade antiga fornecem um pano de fundo perfeito para essa trama complexa e entrelaçada, levando o leitor a investigar o que está por vir na queda de Atlântida e como os personagens se entrechocarão com os desafios que se avizinham. A história continua a se desenrolar com Micon e Arvat explorando um mercado de fragrâncias, onde o vendedor, impressionado com sua presença, oferece uma variedade de perfumes. Micon, intrigado com um perfume específico feito a partir do lírio escarlate que floresce sob a montanha da estrela, compartilha a descoberta com Domaris e Deor, que ficam encantadas com a fragrância singular. A atmosfera é marcada por uma tensão emocional que surge entre os personagens enquanto Micon reflete sobre seu afeto por Domaris, creando um desejo e anseios complicados. Na biblioteca, Raja, o sacerdote da Luz, é interrompido por Micon, que reflete sobre sua experiência de dor e seus estranhos poderes. A relação entre os dois se aprofunda, revelando uma dinâmica complexa de aprendizado e ensinamento, onde Micon se torna um guia tanto espiritual quanto emocional. Raja se oferece para ajudar Micon com sua dor, mas este recusa, sentindo-se preso a suas responsabilidades e à necessidade de manter sua linhagem viva. Enquanto isso, Deor, uma jovem aprendiz, escuta uma conversa entre os sacerdotes, revelando sua ansiedade e ciúmes sobre o relacionamento de sua irmã com Micon. A narrativa se aprofunda em questões de lealdade, amor e os desafios da escolha entre a amizade e o desejo. À medida que o enredo avança, a tensão sobre a queda de Atlântida se intensifica, especialmente quando Micon começa a se preocupar com o destino que o aguarda. A precária situação política e mágica que envolve as túnicas negras e cinzentas dá margem a discussões sobre poder, controle e a luta contra as forças obscuras. Raja concentra-se nas inquietações em torno da magia ilegítima, reconhecendo que o futuro de Atlântida pode depender de como ele e seus aliados lidam com as ameaças que se aproximam. O clima de intriga e a expectativa de um conflito iminente permeiam o ambiente, enquanto Micon e Raja enfrentam a fragilidade da vida e das decisões que moldam seu destino, respeitando as tradições e desafios impostos por suas respectivas castas. A noite do Zênite transforma-se em um evento crucial em que cada personagem deve interpretar os presságios que os astros oferecem. O campo da estrela se torna um palco para reflexões profundas sobre amor, sacrifício e a urgência em agir a favor da preservação de seus legados, culminando na necessidade de um enfrentamento contra as forças que ameaçam destruir tudo o que amam. As nuances do amor de Domaris por Micon se entrelaçam com a expectativa da linhagem e os desencontros emocionais de Deor, amplificando os dilemas que cercam a comunidade. A harmonia do ambiente contrasta com as tensão crescentes, criando um quadro vívido do que está prestes a se desdobrar, onde cada ação terá repercussões significativas não apenas para os protagonistas, mas para a história de Atlântida como um todo. A atmosfera se torna pesada à medida que Deor se vê presa em uma teia de emoções conflituosas. A insegurança a invade quando observa a transformação de Domaris, o que a faz sentir-se apegar-se à única segurança que consegue vislumbrar. O mistério de Reda, sua figura de presença intrigante, captura a atenção de todos ao seu redor, enquanto ele propõe um desafio ritualístico, sugerindo que as estrelas oferecem respostas. A música começa a fluir, e Deor hesita em se juntar ao canto, sentindo uma mistura de temor e fascínio. A canção das sete guardas do céu ecoa, tradicional e marcada de preságios sombrios, despertando um profundo sentimento de união entre os presentes. Micon, deitado em um transe meditativo, reflete sobre sua dor, enquanto a presença de Domaris se torna um farol em meio à escuridão. A conexão entre eles se intensifica, mas é interrompida pela tensão crescente entre Arvat e Micon, que os envolve em um jogo de ciúmes e possessividade. Com o amanhecer, a mistura de luz e sombra revela a fragilidade dos laços entre os personagens, uma interrogação sobre o que os aguarda. A relação entre Deor e sua irmã é testada, com dúvidas e desentendimentos surgindo entre elas. Quando Domaris decide se submeter ao ritual de Katra, a grande mãe, a jornada simbólica pela água apresenta-se como um rito de passagem para ambas, refletindo não só sua maturidade, mas também os medos que inevitavelmente surgem. Enquanto isso, na biblioteca do templo, Micon se mantém em conversas profundas com Rived, revelando a complexidade de suas emoções. A intervenção de Domaris traz um novo dinamismo, à medida que os laços entre eles se entrelaçam com os desafios que a vida lhes impõe. O peso da culpa e da responsabilidade sobre Deor a impede de ver claramente o que se desenrola ao seu redor. Domaris, em sua jornada ao santuário, atravessa suas próprias inseguranças e medos, confrontando seu destino e o amor por Micon. Quando finalmente se banha nas águas sagradas, uma conexão íntima com a deidade feminina a envolve, trazendo um sentido renovado de identidade e propósito. A beleza do momento contrasta com a turbulência emocional da irmã, que luta contra a solidão e a busca por pertencimento. A narrativa revela a interdependência entre os personagens e suas escolhas, à medida que cada um busca compreender sua posição no mundo. O desejo de Deor por Domaris se agita em um fundo de rivalidade e ciúmes, enquanto os machucados de Micon se tornam cada vez mais evidentes. A profundidade de suas histórias se manifestam e os laços entre amor, amizade e responsabilidade se tornam cada vez mais intricados. A exploração de suas emoções e a busca pelo autoconhecimento propõem um desenvolvimento contínuo, enquanto cada um enfrenta as consequências de suas ações e as complexidades das relações humanas. O ciclo da vida e da morte, da dor e da alegria, é entrelaçado nas histórias de cada personagem, capturando a essência de uma sociedade em transformação. Conforme o dia avança, a expectativa de um futuro incerto paira sobre eles, misturando esperanças e presságios de que as estrelas ainda guardam segredos preciosos a serem revelados. Rived, com a mente conturbada, reflete sobre a responsabilidade que pesa sobre seus ombros. Observando o ambiente simples onde se encontra, ele percebe que a humildade pode ser uma virtude, mas também um fardo. Enquanto isso, Rajasa observa Rived, preocupado com a disciplina em sua ordem, uma inquietação crescente permeia os sacerdotes, que se sentem cada vez mais insatisfeitos com a liderança do iniciado. Rajasa aborda Rived sobre os rumores que circulam no templo, acusando-o de permitir distorções nos rituais e práticas. A conversa se torna tensa, ambos reconhecendo o impacto que as ações de cada um podem ter sobre o templo. Rived, um tanto defensivo, tenta evitar confronto, mas as preocupações de Rajasa são sinceras e expressam um temor real sobre a influência que os Túnicas Negras podem ter. A situação se agrava quando se menciona Red, um noviço enigmático que desperta suspeitas e questionamentos. Rajasa confronta Rived sobre a responsabilidade dele em relação ao rapaz, que alegadamente possui ligações com práticas obscuras. Rived justifica sua proteção ao noviço, mas se vê em uma posição delicada, onde cada decisão pode reverberar em consequências profundas. O ambiente no templo reflete a tensão crescente, e a busca por conhecimento verdadeiro e sabedoria se torna um elemento central. Domaris é convocada ao altar, onde Rived e Rajasa a guiam em rituais que visam conceder força, coragem e compreensão, mas que também expõem os medos internos dela. O trio imerge em um estado espiritual, tocando a essência do que significa ser parte de algo maior e mais significativo. Enquanto isso, a relação entre os personagens se entrelaça com as sombras de suas inseguranças e os fardos de suas responsabilidades. Micon, afetado por seu passado e pela dor que o acompanha, se torna uma figura central nas interações entre eles, criando uma rede de proteção e vulnerabilidade. A importância do amor e da amizade é enfatizada, mas o desgaste emocional se torna palpável, especialmente para Domaris, que se vê dividida entre suas obrigações e seus sentimentos. A conexão entre Domaris e Micon evolui, especialmente quando elas compartilham a revelação de que estão grávidas. O vínculo entre os dois se torna um símbolo de esperança e renascimento, mas também de medo e incerteza diante do que pode vir a seguir. Rajasa e Micon discutem sobre o papel de cada um no templo, ponderando sobre o impacto que suas decisões podem ter nas vidas daqueles que os cercam. A atmosfera mística do templo é interrompida pela iminência de uma tempestade, que se transforma em um símbolo do que está por vir. A habilidade de Domaris em sentir as emoções de Micon e a pressão crescente sobre todos os personagens se intensificam à medida que eles se aproximam de desafios maiores. O chamado ao dever e à responsabilidade se torna obrigatório, e todos são forçados a confrontar suas verdades mais profundas. As dificuldades enfrentadas por Deor, enquanto lida com sua própria insegurança e ciúmes, criam um clima de tensão e rivalidade, mas também de aprendizado e crescimento. A dinâmica entre os personagens se torna cada vez mais complexa e interconectada, levando-os a questionar suas verdadeiras motivações e adequação em um mundo que parece exigir mais do que eles estão dispostos a dar. À medida que as chuvas chegam, um novo ciclo de vida e desafios se inicia. Domaris, Deor e Micon têm suas histórias entrelaçadas, e a transformação que cada um deve enfrentar será definida pelos vínculos que têm entre si e pelas escolhas que fazem quando confrontados com o destino que os aguarda. A necessidade de solidariedade e a busca pela verdade se tornarão os pilares de sua jornada, enquanto enfrentam os desafios que surgem em um mundo em constante mudança, onde a luz e a escuridão coexistem. Deor reflete sobre a promessa feita a Arc, reconhecendo que começa a se deixar levar pelo sentimento de controle associado a suas responsabilidades. A tragédia do nascimento da criança de Arcat a afeta profundamente, levando-a a lutar contra seus próprios pesadelos e emoções tumultuadas. Kahama, tentando consolar Deor, fala sobre a realidade da morte e a importância de seguir em frente, incentivando-a a cuidar da recém-nascida, cuja vida agora repousa sobre seus ombros. Em meio ao luto e à dor, Deor aceita sua nova responsabilidade com relutância, enquanto seu coração ainda está pesado pela perda. Porém, a determinação de Kahama em tirar Deor de sua apatia demonstra a força das tradições e do dever que a cercam, mesmo quando a tristeza parece iminente. Deor, apesar de sua vulnerabilidade, fixe-se em sua nova missão e proporciona a proteção mágica necessária à pequena Mirit enquanto se debate com suas próprias inseguranças. A conexão entre Deor e sua irmã, Domaris, se complica à medida que os eventos se desenrolam. Domaris, navegando por suas próprias transformações e desafios, percebe a luta de Deor. As interações entre elas refletem um ciclo de apoio e tensão, enquanto Domaris se esforça para guiar Deor através da escuridão, almejando que ambas encontrem um caminho para a compreensão e a união. As mudanças que ocorrem no templo não afetam apenas Deor e Domaris, mas também Micon, que, mesmo cego, mantém um papel central nas dinâmicas que as cercam. Com o tempo sibilando entre as ações e reações dos personagens, Micon e Domaris são desafiados por suas próprias escolhas e pelas consequências que advirão de ser pais em um ambiente marcado pela expectativa e pelo misticismo. O ambiente do templo, repleto de tradições e dogmas, se entrelaça com a busca por liberdade e compreensão. Rived, um iniciado influente, se envolve nas tensões que permeiam a vida dos jovens. Ao mesmo tempo, suas interações com Micon revelam um campo fértil para novas alianças e rivalidades. A forma como esses personagens cruzam seus destinos e revelam suas intenções coloca um peso extra nas relações que desenvolvem entre si. A história de amor e obediência se entrelaça com os novos desafios que surgem, enquanto os protagonistas lutam por sua autonomia em meio a uma trama de obrigações e expectativas. As reverberações da tragédia inicial continuam a moldar as vidas de todos no templo, refletindo um ciclo contínuo de dor, crescimento e esperança. A jornada de autodescoberta e responsabilidade resulta em mudanças significativas, tanto nas vidas de Deor e Domaris quanto em seu papel na sociedade que habitam. À medida que a trama se desdobra, a ligação entre os personagens se torna cada vez mais complexa. Deor luta para encontrar sua própria voz enquanto se ocupa dos cuidados com Mirit, e isso provoca um desvio entre ela e Domaris. Domaris, por sua vez, percebe a luta de sua irmã e tenta ajudá-la a superar suas inseguranças, mantendo a unidade familiar. A interação entre eles é um reflexo dos laços de amor perdidos e redescobertos, criando um espaço de resiliência em meio ao caos. Por fim, a vida dos sacerdotes se entrelaça em um reencontro de esperanças e sonhos, onde cada personagem deve confrontar seu próprio destino e aceitar as escolhas feitas. O templo, um símbolo de luz e transformação, se torna o palco para revelações profundas e para a luta constante entre o bem e o mal, aceitação e rejeição, amor e dor. Essa rica tapeçaria de emoções e experiências transforma cada encontro e cada escolha em um passo em direção a uma maior compreensão de seu papel no mundo que os envolve. Reda abaixou a cabeça, lidando com a estranha sensação de que os olhos cegos de Micon enxergavam mais do que os seus. A conversa se intensificou, com Micon levantando questões sobre o legado e a verdadeira missão dos magos, refletindo sobre o potencial que o bem que realizam pode eventualmente gerar consequências incontroláveis. Ele e Reda trocavam palavras carregadas de significado, mas ambos entendiam a necessidade de evitar um confronto. Com Deor e Shedan se aproximando, Rived cumprimentou Deor, o que deixou Shedan em estado de confusão. Rived, percebendo a tensão, mantinha um sorriso, mas sua atitude mostrava que estava ciente das implicações do que estava em jogo. Micon estava consciente da importância do momento, especialmente porque Deor estava sendo considerada para a iniciação no templo de Katra, um passo que poderia mudar seu destino. Deor, sensível e vulnerável, começou a perceber as expectativas que pesavam sobre ela. Rived conversou com Deor, insinuando que talvez ela não estivesse entrando no caminho completamente novas, mas conectando-se a algo que já havia feito em vidas anteriores. Essa ideia gerou espanto nela, enquanto ele a guiava para o próximo passo. Durante a cerimônia, Kahama impôs a Deor os ornamentos sagrados, marcando uma transição importante em sua vida. As emoções de Deor oscilavam, enquanto ela lutava para entender a intensidade dessa nova realidade. No templo, ela sentia agitação, e as palavras de Kahama reverberavam em sua mente. O ritual que a transformaria em uma mulher em busca de sabedoria e conhecimento era assustador, embora inevitável. Domaris, sua irmã, assistia ao evento com um misto de orgulho e tristeza. Sabendo que o caminho de Deor não era o dela, ela ainda se sentia conectada pela hierarquia que compartilhavam. A cerimônia progredia, exigindo que Deor deixasse para trás sua infância e abraçasse um novo papel, cercada por expectativas e responsabilidades que agora incluíam seus novos adornos e a missão de uma sacerdotisa. A dor e a expectativa estavam nas sombras do templo, enquanto Micon, ainda lidando com sua cegueira e fragilidade, burburinhava com uma energia mística nas suas interações com Deor. Ele se tornava cada vez mais um personagem central, não apenas para Deor, mas para todos ao seu redor. A conexão com Domaris também era palpável, à medida que ambos se posicionavam frente a um futuro incerto, navegando por emoções complexas devido ao amor e à amizade. A presença de Micon se tornava uma constante e, em um ato de vulnerabilidade, ele confiava a Deor a sua vontade de ajudá-lo a buscar respostas acerca de um destino misterioso. A energia da cena tornou-se intensa, enquanto ele a encorajava a se concentrar em seu novo papel e confiar em seus instintos. As duvidas sobre sua segurança e identidade se tornavam cada vez mais prementes, à medida que ela começava a compreender a magnitude das responsabilidades que herdaria. A tensão entre os personagens aumentava, refletindo um ciclo de amor, confiança e necessidade por respostas. O ambiente do templo além de ser sagrado, se tornava um campo de batalhas emocionais. Os laços que uniam Deor, Domaris e Micon começavam a desenhar um mapa de novos desafios, enquanto intrigas e mistérios se enrollavam em uma dança sutil entre luz e escuridão. Micon, em um estado debilitado, busca a ajuda de Deor, pedindo um ritual que esgueira entre o sagrado e o profano, revelando uma faceta obscura do que se esperava dela. As questões sobre pureza e responsabilidade emergem, desafiando Deor a se posicionar em meio à confusão e à transformação. Micon a coloca à prova, não apenas com os rituais, mas também com a verdade de suas intenções e do que significa tratar a vida e a morte em um cenário onde os limites entre ambos são constantemente testados. As emoções são expostas em crueza, e, com isso, a linha entre o bem e o mal se tornava cada vez mais tênue. A necessidade de proteção e entendimento se torna um clamor por clareza em meio ao caos que envolve a vida no templo. Micon, mesmo com sua handicap, consegue mobilizar poderosas energias através de Deor, criando uma interseção única entre seus destinos, enquanto a expectativa permeia os pensamentos de todos os envolvidos na busca por um caminho que iluminará as sombras do passado e definirá seus futuros. Micon, angustiado e cheio de culpa, desabafava suas preocupações com Domaris, ciente dos riscos que a nova geração enfrentava. Com o coração pesado, ele falou sobre a gravidade de sua posição e suas falhas, refletindo sobre a expectativa de um filho que deveria ser nutrido em segurança, longe das sombras que pairavam sobre eles. Domaris, embora pálida e tocada pela sinceridade de Micon, sentia que seu amor permanecia inabalável. Ela compreendia as fraquezas dele e via além do passado sombrio. O ambiente estava carregado de emoção, e Micon expressou seu temor de que o ciclo de mal pudesse se perpetuar. Ele via Reda como uma potencial ameaça e estava ciente de que a curiosidade de Diore poderia trazê-los problemas inesperados. Enquanto Micon hesitava em procurar ajuda, Domaris insistia que a conexão deles era forte e que a verdade os salvaria. Os ecos de suas interações passadas reverberavam em seus corações, e eles reconheciam que, mesmo diante dos perigos que os cercavam, havia uma força poderosa na união deles. Micon ponderava sobre o caráter dos homens ao seu redor, especialmente sobre Rived, ele se mostrava ambicioso e destemido em busca de conhecimento, o que poderia representar tanto uma bênção quanto uma maldição. No templo, um ambiente cheio de tradições e rituais, a atmosfera se tornava tensa. Rived, ao se aproximar, parecia carregar o peso da responsabilidade e da dúvida, enquanto tentava entender o que levaria os sacerdotes a tomarem decisões tão arriscadas. O olhar perspicaz de Rived confrontava Micon, exigindo respostas e promessas de lealdade à causa. Domaris, ao ver a luta interna entre Micon e Rived, sabia que os próximos passos seriam cruciais. O perigo crescia, e o destino de todos estava inextricavelmente ligado. Mesmo com a sinceridade das promessas e a fragilidade dos votos, a realidade de seus desafios se tornava cada vez mais palpável. Através das conversas sobre amor, dever e segurança, os laços entre eles eram testados enquanto buscavam um caminho em meio à incerteza. O peso das obrigações e dos medos pairava sobre a trio, e cada um sabia que precisava fazer sacrifícios em nome da proteção da linhagem e da verdade. Domaris, determinada a encontrar uma maneira de superar os obstáculos, lembrou-se do poder de sua escolha. Micon, consciente de suas limitações e dos erros do passado, fervilhava em busca de redenção, enquanto Rived, com sua mente ágil, buscava o conhecimento que poderia mudar o destino deles. As interações tornaram-se um reflexo do que estava em jogo, e, com cada palavra trocada, eles se aproximavam da difícil realidade de enfrentar as trevas que ameaçavam engolir não apenas suas vidas, mas também a essência de tudo pelo que lutavam. O conflito se intensificava, e novas alianças pareciam emergir, enquanto todos se preparavam para uma luta não apenas contra forças externas, mas também contra seus próprios demônios. As consequências de suas ações, pensamentos e decisões influenciariam não apenas seus futuros, mas também o futuro da própria civilização Atlante. Micon expressava suas preocupações a Domaris, refletindo sobre os perigos que cercavam o jovem Diore e o que isso significava para o futuro. Ele temia que a inocência dela fosse em vão, e essa tensão pairava sobre eles, consumindo a ambos. Enquanto Domaris tentava entender, Micon compartilhava seu temor de que a paixão precoce de Diore fosse explorada, especialmente por Rived, que poderia manipulá-la de maneira imprudente, levando-a a um caminho de dor e traição. Ao mesmo tempo, Micon observava uma transformação dentro de si mesmo, compreendendo as consequências de suas escolhas e a necessidade de proteger aqueles que amava. Ele se sentia culpado por arriscar a segurança de sua linhagem e, ao se preparar para enfrentar seus medos, sabia que a noite do Nadir se aproximava, trazendo consigo presságios de tragédia. Na noite fatídica, a tensão aumentava enquanto Micon e Raja se preparavam para enfrentar forças sombrias, determinados a evitar qualquer mal que ameaçasse a inocência do recém-nascido. Raja, ao perceber o quão grave a situação havia se tornado, refletiu sobre os perigos que assombravam a civilização de Atlântida e a necessidade de um sacrifício significativo. Seu coração pesava diante da realidade de que a força do bem e do mal muitas vezes estavam entrelaçadas de formas complexas. Enquanto Domaris lutava com a dor do parto, notava que sua irmã, Deor, estava nervosa, mas ao mesmo tempo determinada a ajudar. Com a chegada da sacerdotisa Kahama, a pressão aumentava, e a sensação de urgência permeava o ambiente. Domaris lembrou-se de sua própria força e da importância de assumir o controle de seu corpo e de seu destino. Eventualmente, após uma luta desgastante, Domaris deu à luz Micael, um menino lindo, mas o peso de seu amor e a responsabilidade em relação a Micon criava um vacío emocional. Quando finalmente segurou o filho nos braços, a realidade da vida e da morte se chocava em seu coração, trazendo um turbilhão de emoções que a deixava vulnerável. Micon, ainda frágil mas consumido por um amor incondicional, fez seu último pedido a Raja, delegando a responsabilidade de cuidar de seu filho. As lágrimas de Micon e a sensação de perda se misturavam enquanto ele se despedia, deixando claro que estava pronto para enfrentar o destino que o aguardava. Domaris, testemunhando a cena, viu a grandeza de Micon e o peso das escolhas que fariam parte de seu futuro. Raja, sentindo a gravidade do momento, passou a Micael seu poder e bênçãos, cercando o recém-nascido de uma proteção que poderia durar para todas as vidas futuras. O desprezo e a tristeza de Rived se tornaram evidentes à medida que a cena se desenrolava, mostrando que seu lugar na história de Atlântida também estava mudando. Com Micon se deixando levar pelo silêncio da morte, Domaris sentiu a dor deslocada de sua alma ao mesmo tempo em que respeitava o ciclo da vida que acabara de trazer ao mundo. Em um ponto de inflexão, a linha de separação entre a vida e a morte parecia se desfocar, levando todos a confrontar o que isso realmente significava. A luta, a dor e a esperança se entrelaçavam intensamente à medida que o futuro da linhagem se tornava incerto, mas cheio de promessas e deveres que teriam que ser honrados. Rived, participando do luto de Micon, percebeu que a morte do iniciado não encerrava um ciclo, mas apenas iniciava outro. Suas reflexões se entrelaçavam com as lembranças de gestos e palavras que ele havia capturado durante seus momentos de delírio, revelando um conhecimento oculto que ele estava determinado a explorar. A responsabilidade de incinerar Micon e preservar suas cinzas pesava em seus ombros, e sua ambição por poder e sabedoria começava a tomar forma. Enquanto os sacerdotes de mantos brancos moviam-se pela manhã, levando o corpo de Micon em uma procissão solene, a luz do amanhecer iluminava o caminho sinuoso. Raja, com seu semblante marcado pela dor, liderava a cerimônia, enquanto Rived os seguia em silêncio, plenos de pensamentos sobre o que o futuro reservava. Ao fundo, uma figura encurvada, Tonar, caminhava com a tristeza visível em cada passo, acompanhando seu irmão ao último destino. No topo da grande pirâmide, uma mulher de aparência sublime se destacava, segurando um bebê em seus braços. Domaris, refletindo sobre a beleza do novo dia, iniciou um canto que reverberava na manhã. O hino que ela entoava evocava um chamado à vida e à criação, simbolizando um renascimento em meio à dor da perda. As chamas da pira fúnebre dançavam, elevando-se enquanto a luz do sol tingia tudo ao redor, criando um cenário de contraste entre morte e novos começos. À medida que a cerimônia seguia, a atmosfera se enchia de uma energia peculiar, sugerindo que mesmo na morte de Micon, havia algo em processo de transformação. O renascimento de Domaris como mãe e a continuação da linhagem entrelaçavam-se com o destino de todos os envolvidos. A beleza do amanhecer prometia um futuro incerto, mas repleto de possibilidades, refletindo as complexidades da vida e do poder que agora começava a se manifestar em Micael. A conexão entre as emoções e o legado de Micon se tornava mais evidente, prometendo desdobramentos que moldariam a história. O simbolismo das chamas e da luz do novo dia reafirmava que o círculo da vida continuava, assim como a busca pela verdade, poder e identidade em Atlântida. As forças que moviam essa história estavam apenas começando a se revelar, anunciando o que estava por vir.
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Lua 02/09/2021

Princio do fim
Vemos uma sociedade doente como tantas outras, perdida em tradições e fundamentalismo religioso, o que acarreta consequências desastrisas.
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@ALeituradeHoje 31/10/2017

Magia, Mistério... faltou Emoção.
Marion Zimmer Bradley se consagrou com a saga As Brumas de Avalon (ao qual já li e adorei) contando a história do Rei Arthur sob a ótica das mulheres.
Neste A Queda de Atlandida, Bradley apresenta um mundo fictício que, pelo desenrolar dos demais livros, culminará na lendária ilha de Avalon. E este também, com um toque predominantemente feminino.
A escritora não detalha o país/ilha/arquipélago em que a história de desenrola. Não fala com cuidado da cultura e tradição desse ambiente mágico. Não explica os porquês de determinados acontecimentos. Esses são fatos que me fizeram ficar confusa e cansada em alguns momentos do livro. Achei que faltaram etapas que contextualizassem o que estava acontecendo.
Tudo começa com a apresentação dos personagens Micon, e as irmãs Domaris e Deoris. A primeira parte trata do envolvimento e desenrolar do relacionamento entre os dois primeiros. Micon trás um mistério consigo, que vai sendo revelado de forma meio truncada. O mundo de Domaris e Deoris tem características e costumes que não são explicados como poderiam. Os fatos ocorrem e não fica claro o que exatamente está por trás de tudo aquilo. A segunda parte, um pouco mais interessante, foca na vida de Deoris e como ela torna-se uma peça fundamental em todo o jogo que está se passando no âmbito.
O esqueleto da história tem personagens que poderiam ser cativantes. Porem falta por parte da autora, escrever sobre eles de forma a nos fazer entender seus sentimentos. São mistérios sem explicação, revelados sem prévia elaboração. Esclarecimento do que estava acontecendo, sem que parecesse um mistério até que fosse revelado. Tradições que seriam deliciosamente lidas se tivessem sidos aprofundadas, ficaram confusas sem a riqueza que com certeza era possível.
Enfim, achei que faltou... mas apesar de todos os meus pesares, apreciei o esqueleto. Ele nos dá vontade de saber mais, vontade de continuar lendo. É um projeto interessante, rico, com muito campo para imaginação.
Sendo assim, sigo para a sequencia esperando ser compensada com as explicações que tanto senti falta.
DESATIVADO 31/10/2017minha estante
Decepcionada estou. Perdi a vontade de ler kkk
To doida p comprar o novo livro de avalon p poder finalmente ler


@ALeituradeHoje 31/10/2017minha estante
Nãããããããõo.... kkkk... como eu disse o esqueleto vale a pena. Falta sabe... Mas o que tem é muito bom... ai, fiquei com a consciência pesada.. rsrsrsrs




lariza 28/01/2022

Separem a obra da escrotidao da autora
Soube a pouco tempo da existência desses 2 volumes.Como se fosse o início da era de Avalon. No início achei confuso,mas depois... Caramba!!!! Gostei muito.Obvio que As Brumas de Avalon ainda é meu preferido da autora.Mas continuarei na série Ciclo de Avalon e recomendo de verdade. Sempre retratando mulheres fortes e
inteligentes, por isso amo esses livros.
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Magasoares 02/09/2022

A Queda de Atlântida
Comprei esse livro num sebo, e já soube que esta estória é a continuação de outro livro. Será que foi por isso que não gostei?
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Felipe Simões 17/03/2015

Um começo interessante para uma narrativa maior.
Primeiramente mente o livro foi uma decepção já que a história não trata de Atlântida em si. Deixando este inconveniente de lado a trama se torna relativamente interessante devido a seus personagens que com o decorrer da leitura despertam muito bem a empatia do leitor. Como o primeiro livro de uma série que se enquadra em praticamente toda a obra literária da autora sem dúvida é um livro válido. Acompanhar as "reencarnações" dos personagens nas diversas sagas que Marion escreveu é algo no mínimo divertido, pelo menos nos livros em que já li dela.
anawiezzer 15/06/2016minha estante
Esse livro reúne Teia da Luz e Teia das Trevas?




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