O Mulato

O Mulato Aluísio Azevedo
Douglas Tufano




Resenhas - O Mulato


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Felipe 24/12/2020

Apesar de defeitos, uma grande indicação.
Entre fins do século XVII e início do século XIX, o Maranhão e, em especial, a sua capital São Luís vivenciaram um intenso crescimento econômico, sobretudo após a intensificação da cultura algodoeira. À época, São Luís era a quarta capital mais rica do país, atrás unicamente do Rio de Janeiro, de Salvador e de Recife. Em paralelo, no século XIX diversas teóricas tornam a ganhar corpo no ocidente. Naquele período, o mundo acadêmico passa a estimar a cientificidade e a se afastar de postulados teológicos e metafísicos.


No cenário descrito, o Brasil ainda era constituído por instituições como a monarquia e a escravidão. Elas passaram a ser consideradas como empecilhos para que o Brasil crescesse. Ideias positivistas, evolucionistas e darwinistas impulsionavam ideias republicanas e abolicionistas. Nesse contexto, Aluísio Azevedo concebe “O Mulato”, obra que inaugura o Naturalismo no Brasil. Além da escravidão e da monarquia, na referida obra a influência excessiva do clero e a sociedade retrógrada de São Luís foram alvos de críticas pelo autor.

Na capital maranhense São Luís, Manuel Pedro da Silva, conhecido como Manuel Pescada, era um trabalhador português de 50 anos de idade. Com a sua ex-mulher Mariana Alcântara, tem a sua filha Ana Rosa. Mariana defendia que o casamento deveria levar em consideração os sentimentos humanos, enquanto que Manuel Pescada era a eles alheio.

Antes de se casar com Manuel Pescada, Mariana Alcântara se apaixonou por José Cândido de Moraes e Silva, também conhecido como Farol. Com ele também tentou se casar, em vão. Mariana segredou a Ana Rosa sobre os seus sentimentos em relação a Farol antes de falecer.

Após a morte de sua mãe, Ana Rosa cresceu em meio a desvelos insuficientes de seu pai e ao mau gênio de sua avó. Ana Rosa era bonita e seu corpo exibia boa forma para os padrões da época. Durante a sua adolescência, caprichos românticos lhe ocorreram, influenciada pelos livros que lia. Assim como sua mãe, defendia o casamento por amor.


Ana Rosa tornou a alimentar um amor não correspondido, o que chegou a afetar a sua saúde, trazendo preocupações a Manuel Pescada. Em paralelo, Raimundo, o protagonista da história, chega a São Luís após concluir estudos no exterior. Muito se especulava sobre Raimundo. Ele era filho de uma escrava com um português que enriqueceu com o tráfico de escravos. No curso do enredo, Raimundo e Ana Rosa se apaixonam. Manuel Pescada não admite que sua filha se envolva com Raimundo em virtude de sua mãe ser uma escrava. Em decorrência disso, Ana Rosa e Raimundo passam a viver um amor proibido.

“O Mulato” pode haver sido uma leitura obrigatória durante a sua vida escolar ou uma obra presente em algum edital de um vestibular tradicional que você já prestou. Tive a sorte de nem um desses ser o meu caso. A leitura obrigatória é um enfado e, para mim, uma das maiores inimigas da consolidação do gosto por ler.

conclua a leitura da resenha no blog. Caso tenha gostado e deseje ler resenhas nos mesmos moldes, siga o seguinte perfil no instagram: @literaturaemanalise

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kurara 03/12/2020

não sei quem teria coragem de ler
péssimo, história entendiante além da quantidade excessiva de monólogos desinteressante e uma história sem qualquer tipo de plot existente. simplesmente péssimo.
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Afranio.Cunha 28/11/2020

Excelente
Um livro muito bem escrito que destaca um período histórico do Brasil que em certos locais ainda não passou. O racismo ainda está terrívelmente presente. Personagens bem construídos. Aluísio Azevedo escreve sobre coisas cotidianas e por isso é tão genial.
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Francisco 16/11/2020

Excelente leitura
Uma excelente leitura que nos traz os costumes do povo maranhense na segunda metade do século XIX, bem como seus males: racismo, xenofobia e farisaísmo por parte de autoridades religiosas . De um modo geral, a obra conta a história de Raimundo (um mulato que não se reconhece como mulato) e seu romance "proibido" com sua prima Ana Rosa, em razão dos preconceitos raciais da sociedade da época. A leitura é bem interessante e me agradou bem mais que a outra obra do mesmo autor "O Cortiço".
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Gleisson 02/10/2020

Sobre o autor: Aluísio Azevedo arranha a profundeza da intelectualidade quando escreve esse livro. Cada extensa frase é propositadamente para cansar o leitor desacostumado com o estilo descritivo natural. "Naturalmente", diria o seu Raimundo.
O romance tem um estrutura penetrante, cada elemento está bem colocado, cada lembrança tem um fundamento e uma comparação com as ações que estão acontencendo, como as representações do inconsciente sobre o sonho, coisa que ele faz facilmente, inclusive em outros romances como Casa de Pensão. Além do mais, algumas cenas são "pitorescas" e um pouco engraçadas(engraçado sutilmente). Enfim, gosto muito do livro e do autor, amigo íntimo quase. Recomendo ler se gostar do estilo e do escritor, elemento indispensável para ler este romance.
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Valquiria.Caetano 19/08/2020

Simplismente um clássico com uma problemática bem atual, racismo e exenofobía. Nota-se que ainda temos bastante para evoluir. Já o romance é o clássico dos clássicos.
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Rafael Mussolini 30/07/2020

O Mulato
"O Mulato" do Aluísio de Azevedo (Centaur, 2013) é o segundo romance de Aluísio e foi escrito no ano de 1881. A obra é considerada um marco do início do naturalismo no Brasil, mas até ser alçada a posição tão importante, só podemos imaginar toda a polêmica que o livro causara na época. Aluísio escreveu um romance que fala dos desafios de um amor impossível e para isso construiu um retrato da população maranhense da época e do nosso país que passava por processos políticos importantes e que daí a alguns anos iria abolir a escravidão. "O Mulato" é um ótimo exemplo para analisarmos como um livro se torna clássico, pois trás consigo a perenidade de uma história que nos ajuda a pensar a própria trajetória do Brasil e que possui passagens que se tornam atuais para os tempos de hoje. Lendo "O mulato" percebemos vários fatores que fazem com que o racismo ainda seja algo tão presente na nossa sociedade e como ele se instaurou nos modos de vida dos brasileiros como algo natural.


Não consigo falar mais sobre essa obra sem antes pensar quem foi Aluísio de Azevedo. Ele é sem dúvida um dos meus escritores clássicos favoritos e a cada livro que leio fico muito surpreso com sua destreza em contar uma história que consegue retratar o Brasil utilizando da beleza e arte que é a literatura. Aluísio conta a história do país dentro das suas histórias e sem didatismo. As vivências do autor são impressionantes pelo seu contato constante com as artes e com sua dedicação à própria formação, aos estudos.

"Da infância à adolescência, Aluísio estudou em São Luís e trabalhou como caixeiro e guarda-livros. Desde cedo revelou grande interesse pelo desenho e pela pintura, o que certamente o auxiliou na aquisição da técnica que empregará mais tarde ao caracterizar os personagens de seus romances. Em 1876, embarcou para o Rio de Janeiro, onde já se encontrava o irmão mais velho, Artur. Matriculou-se na Imperial Academia de Belas Artes, hoje Escola Nacional de Belas Artes. Para manter-se fazia caricaturas para os jornais da época, como O Fígaro, O Mequetrefe, Zig-Zag e A Semana Ilustrada. A partir desses “bonecos”, que conservava sobre a mesa de trabalho, escrevia cenas de romances."

Com sua bagagem de caricaturista, jornalista, romancista e diplomata, Aluísio foi uma importante voz abolicionista e sua atuação incomodava e desafiava inclusive os padres e as paróquias da época que eram a favor da manutenção da escravidão. Em "O Mulato" encontramos no padre Diogo a representação desse tipo de religioso que enquanto ora, escraviza, que enquanto prega os ditames da Bíblia, tortura.

Aluísio insere contexto histórico nos diálogos de seus personagens e na voz do narrador como se tivesse contando um caso corriqueiro e com isso cria panoramas muito ricos de estudo. Em "O Mulato" ele faz um manifesto contra a escravidão e o preconceito racial. Para isso expõe toda a mediocridade da província do Maranhão com seus tipos e costumes mais hipócritas diante de um país que estava mudando, e de uma sociedade que não queria perder seus privilégios de senhores, de donos de pessoas e de almas.

Raimundo, o nosso mulato, é um jovem que chega ao Maranhão depois de muito estudar, de viver em vários lugares e países diferentes e se tornar um homem distinto e culto. Ele chega ao Maranhão movido por interesses econômicos em relação aos bens que seu pai deixou, mas também com a intenção de desvendar uma dúvida que sempre o acompanhou: quem era realmente seu pai, como ele morrera, e sua mãe, porque ninguém a menciona? Raimundo está em busca do lugar que nasceu e de sua história e quando chega a casa de seu tio Manuel, que foi quem ajudara a cuidar de seus bens, acaba encontrando também o amor na figura de sua prima Ana Rosa. Ana é uma mulher branca e Raimundo é um mulato, filho de homem branco com uma negra escravizada. Esse fato faz com que o amor dos dois se torne algo impensável para o Brasil daquela época.

Enquanto vamos conhecendo as personagens e vamos descobrindo junto com Raimundo os detalhes sobre a história de seus pais e os mistérios que os levaram a morte, também vamos conhecendo o Maranhão rural e os preceitos e preconceitos que dominavam naquela época. O livro consegue mostrar tanto as mazelas da região em relação à hipocrisia, desigualdade social e ao preconceito racial, como também nos mostra o Estado, que até então era uma província e sua riqueza cultural, através da música, da culinária, das festas tradicionais, entre outros detalhes que enriquecem muito a obra.

"Os corretores de escravos examinavam, à plena luz do sol, os negros e moleques que ali estavam para ser vendidos; revistavam-lhes os dentes, os pés e as virilhas; faziam-lhes perguntas sobre perguntas, batiam-lhes com a biqueira do chapéu nos ombros e nas coxas, experimentando-lhes o vigor da musculatura, como se estivessem a comprar cavalos."

Nas figuras da avó de Ana Rosa, a Maria Bárbara e do religioso cônego Diogo, o autor explora um perfil que era muito comum e que também demonstra o poder que a igreja e a religião possuía para manutenção de uma sociedade escravocrata. Maria Bárbara é a personificação da devota que é vista por todos como exemplo de fé e que também, como dito na obra "dava nos escravos por hábito e por gosto."

"Quando falava nos pretos, dizia 'os sujos' e, quando se referia a um mulato dizia 'o cabra'. Sempre fora assim e, como devota, não havia outra: Em Alcântara, tivera uma capela de Santa Bárbara e obrigava a sua escravatura a rezar aí todas as noites, em coro, de brações abertos, às vezes algemados."

Sendo assim, após a verbalização de Raimundo sobre seu desejo de se casar com a prima Ana Rosa, um grande drama se estabelece na família e na província. É interessante como Aluísio de Azevedo explora as questões raciais pelos olhos do mulato Raimundo, quando o mesmo descobre que o único impedimento para que se case com Ana é a cor de sua pele. Raimundo passa a revisitar sua vida e a inclusive questionar qual a valia de ter se tornado um homem rico, inteligente e distinto, uma vez que sua descendência é quem definirá sua posição social.

"O mulato" é um romance grandioso. Aluísio foi corajoso ao bancar uma história que poderia ter causado a sua morte, sendo que o próprio autor passou a ser conhecido após a publicação do romance como "Satanás da cidade". "O mulato" inovou por ter sido lançado em uma época de fortes clamores pela abolição, por expor as corrupções da igreja, por criar um vilão que era um padre inescrupuloso, por apresentar uma personagem feminina, a Ana Rosa, de maneira incomum para a época, sem o medo de expor a sua sensualidade em relação aos seus desejos em relação a figura de Raimundo, por trazer o preconceito racial como temática estruturante da obra. Leiam Aluísio de Azevedo, leiam clássicos, leiam literatura nacional.

site: https://rafamussolini.blogspot.com/
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Carol 18/07/2020

Segundo livro que leio de Aluízio Azevedo. Gosto muito da escrita do autor e de como ele descreve tao bem os personagens. Em poucas páginas o clima da história já foi apresentado. Fiquei desapontada com o final, mas ao mesmo tempo já esperava o desfecho. É um livro sobre o racismo de uma forma muito crua.
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Epha Silva 05/06/2020

A agonia que senti com esse Raimundo que apesar de tudo não se reconhecia como homem negro aaaah
fora isso muito bom imaginar o centro histórico de São Luís
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Beto | @beto_anderson 01/06/2020

Nada mais atual
Pra mim, um dos livros mais importantes da nossa literatura. E um livro que nos mostra a hipocrisia e o preconceito de cor que vigora até os dias de hoje. Um livro necessário para refletir sobre a questão racial que assola o nosso país. A leitura é tranquila, apesar de conter alguns termos do vocabulário da época. Nada que interfira na compreensão total da narrativa.

site: https://www.instagram.com/beto_anderson/
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Sara Muniz 20/04/2020

RESENHA - O MULATO
O Mulato foi publicado em 1881 e considerada a obra que inaugurou o naturalismo na Literatura Brasileira. Ainda com aquele pé bem cravado nas características do romantismo (que nós sabemos, é difícil de tirar), Aluísio de Azevedo traz a história de amor impossível entre o mulato Raimundo e a branca Ana Rosa, que tem como pano de fundo o cotidiano do Maranhão.

O Mulato é uma obra extremamente forte, pois retrata as mazelas daquela sociedade racista e escravista. O naturalismo se mostra presente, principalmente, nas descrições e acontecimentos dos cenários, criticando a sociedade maranhense. Além disso, na parte científica do naturalismo, seria impossível que Raimundo fosse mulato de olhos azuis, como descrito, uma vez que seu pai era branco e sua mãe negra. Por conta disso, Raimundo é um protagonista idealizado e que, "por mais que fosse mulato e filho de uma escrava", era culto e cavalheiro.

O tio de Raimundo era pai de Ana Rosa, ou seja, Raimundo se apaixona por sua prima e acredita realmente que os dois podem ficar juntos. Entretanto, quando vai pedir a mão dela para o tio, percebe quanto preconceito existe contra ele por ser mulato e filho de uma escrava. A partir desse momento, o racismo daquela época é jogado na cara do leitor. A sociedade não tolerava ou incluía cultural e socialmente os negros e mulatos, já que a escravidão estava em vigor e só foi abolida em 1888, sete anos após a publicação do livro.

"— Mulato!
Esta só palavra explicava-lhe agora todos os mesquinhos escrúpulos, que a sociedade maranhense usara para com ele. Explicava tudo: a frieza de certas famílias a quem visitara; a conversa cortada no momento em que Raimundo se aproximava; as reticências dos que lhe falavam sobre os seus antepassados; a reserva e a cautela dos que, em sua presença, discutiam questçoes de raça e de sangue; a razão pela qual D. Amância lhe oferecera um espelho e lhe dissera 'Ora, mire-se!'. A razão pela qual diante dele chamavam de meninos eos moleques da rua. Aquela simples palavra dava-lhe tudo o que ele até aí desejara e negava-lhe tudo ao mesmo tempo, aquela palavra maldita dissolvia as suas dúvidas, justificava o seu passado; mas retirava-lhe a esperança de ser feliz, arrancava-lhe a pátria e a futura família; aquela palavra dizia-lhe brutalmente: 'Aqui, desgraçado, nesta miserável terra em que nasceste, só poderas amar uma negra da tua laia! Tua mãe, lembra-te bem, foi escrava! E tu também o foste!". (p. 174)

Raimundo e Ana Rosa são proíbidos de ficar juntos, mas ao confessar para o padre que está grávida, surge no casal uma esperança de fugir e viver juntos. Obviamente, isso não é possível, principalmente porque o pai de Ana Rosa já avistava Diogo, um pretendente branco e rico para Ana. O autor mostra, portanto, a impossibilidade que existia naquela época de duas "raças" e "classes sociais" distintas se misturarem.

"(...)A sociedade apontar-te-ia como a mulher de um mulato e nossos descendentes teriam casta e seriam tão desgraçados quanto eu!" (p. 204)

O naturalismo da obra ainda está bem preso ao romantismo, mas já mostra características inegáveis, como a descrição dos cenários naturais e o cientificismo, que defende a ciência e não coloca mais a religião como a explicação para tudo o que acontece no mundo. Aluísio Azevedo é considerado o pai do naturalismo na Literatura Brasileira, inclusive, uma das obras mais famosas é do autor "O Cortiço", que eu já resenhei aqui no blog (clique aqui para ler a resenha).

"(...) Raimundo não pôde conter uma risada, e, como o outro se formalizara, acrescentou em tom sério 'que não desdenhava da religião, que julgava até indispensável como elemento regulador da soceidade. Afiançou que conhecê-la nas suas leis e nos seus fenômenos, acompanhando os homens de ciência nas suas investigaçõe, fazendo, enfim, o possível para ser útil aos seus semelhantes, tendo sempre por base a honestidade dos próprios atos'". (p. 153)

Confesso que demorei mais do que gostaria para ler esse clássico. Foi bom revisitar as obras que eu lia na faculdade (apesar de que nem faz tanto tempo assim, mas foi lá que aprendi a gostar dos clássicos). Achei a leitura enriquecedora e pude, finalmente, ter contato com a obra que inaugurou o naturalismo no Brasil e o retrato real daquela época. Não sou uma das maiores fãs de obras naturalistas, acho um grande avanço nas abordagens das obras que decidiram cortar o cordão umbilical com o romantismo e todo o aspecto do Belo e do religioso, mas também acho as leituras muito maçantes. Com "O Mulato" não foi diferente, embora em alguns momentos de revelações a obra se tornasse mais emocionante.

Leia também:
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- RESENHA - EM BUSCA DE CURITIBA PERDIDA
- RESENHA - ÁLBUM DE FAMÍLIA

"E Raimundo, ali no desconforto de seu quarto, sentia-se mais só do que nunca; sentia-se estrangeiro na sua própria terra, desprezado e perseguido ao mesmo tempo. 'E tudo por quê?... pensava ele, porque sucedera sua mãe não ser branca!" (p. 192)

Recomendo muito a leitura, porque mostra exatamente como era o comportamento daquela sociedade que vivia em meio à escravidão e ao preconceito. Dessa forma, o livro acaba sendo uma aula de história perfeita e completa, mais o bônus da história de amor que, convenhamos, por ser naturalista e não mais romantista, não termina bem como os leitores esperavam.

PARA A RESENHA COMPLETA COM TRECHOS, LINKS E IMAGENS DO LIVRO, VISITE O MEU BLOG:

site: https://interesses-sutis.blogspot.com/2020/03/resenha-o-mulato.html
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@mauricio_damascen 22/03/2020

E um livro que apesar de ter sido publicado a muito tempo ainda e bem atual pra entendemos como o racismo vem sendo estruturado a muito mais tempo do quê se imagina na sua forma mais "sútil" além de outros assuntos bem polêmicos.
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Ray 07/03/2020

Um livro, como os outros de época, bastante difícil de se ler...
Mas que livrooo!
Cheinho de reviravoltas e com um final que ninguém esperava!
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Gabri 28/02/2020

Racismo no XIX
Considerado o primeiro livro naturalista, o romance foi uma grata surpresa. Ainda não completamente tomado pelas fórmulas cientificistas do naturalismo, o autor elaborou de fato uma história com uma trama bem urdida e com reviravoltas que tornam a leitura interessante e não maçante.
O sabor maior do livro, para mim, contudo, é o modo como o racismo é, não somente explorado, mas se torna em um elemento propriamente narrativo, ligado à estrutura íntima do livro.
Gabri 18/04/2020minha estante
Correção: primeiro livro naturalista do Brasil (embora tenha minhas dúvidas quando a isso, precisava verificar com maior rigor)




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