spoiler visualizarYnglid 14/03/2020
Fraco, repetitivo, enredo pobre e pouco crível. Dispensável.
Gosto muito da autora. Desde que a descobri por acaso com "Desejo e escandalo", fiz uma maratona de livros dela, emendei em "O amor de um duque", "codinome lady V" e o maravilhoso " O segredo do Conde". Até então todos livros maravilhosos, que abordavam temas profundos de maneira tocante como o abandono e assassinato de crianças bastardas.
Eu mal reconheci sua escrita nesse livro.
Lições do amor tem uma ideia boa, o clássico viúvo que não superou a perda da esposa e da filha, que se afundou em libertinagem e a mocinha que quer salvá-lo dessa escuridão. O problema é que esta ideia foi terrivelmente executada. Além do livro ser curto (considero 200 paginas curto), é pobre em diálogos e descrições, apresenta personagens demais, não desenvolve nenhum direito (nem mesmo os principais). Mas o pior de tudo para mim foi a parte cronológica que não casou com o enredo em momento algum. É até difícil de explicar.
Começou me incomodando o fato de o personagem principal tratar a Grace como criança, sendo a diferença de idade dos dois de apenas 9 anos, não achei crível. Mas tudo bem...
Determinado momento a mocinha Grace afirma ao Lonvigdon que teve seu coração irremediavelmente partido MUITOS ANOS ATRÁS quando era mais nova, ao ver seu amor se casando (ele mesmo). Até então tudo bem, mas então a vovó tem 19 anos (?????) no auge de seu debute, ele tem 28.. Então a autora explica dizendo que ela se apaixonou com 7 (??????) , S-E-T-E anos, ele tinha 16. três anos depois ele se apaixonou esposa, o que ainda dá a ela 10 anos de idade.
O próprio viuvo é uma piada cronológica, é narrado que em sua juventude (sim a autora usa esta palavra) ele sempre foi um homem correto, este ancião coroa de 28 anos e que depois da perda ele passara anos se afogando em libertinagem, se isolando do mundo, que ninguém conseguia trazê-lo de volta.... Depois é revelado que foram só dois anos, período perfeitamente normal de luto. O livro é tão confuso que nem ficou claro quantos anos a filha dele tinha, uma verdadeira bagunça. Para piorar a autora passa o livro inteiro repetindo o mantra que ele jamais amará ninguém, que a santa Juliette era isso, era aquilo.. Juliette, Juliette, Juliette. Não há mal algum enfatizar a dor do personagem mas ao chegar a metade do livro não houve um pingo de evolução emocional, ela pesou tanto a mão que o mantra se seguiu até as ultimas 25 páginas. Então tudo se resolveu magicamente, ele decidiu que ama a Grace e felizes para sempre, casamento express e cenas eróticas que me despertaram zero emoção.
Para piorar a autora ainda apelou para um problema na Grace que sequer teve tempo de ser desenvolvido, o que me causou zero empatia. Uma sucessão de erros. Não recomendo este volume, espero que o próximo seja melhor.