Temporada dos Ossos

Temporada dos Ossos Samantha Shannon




Resenhas - Temporada dos Ossos


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Xandde 31/05/2020

Surpreendente
No primeiro livro de Samantha Shannon somos apresentados a uma sociedade que marginaliza os clarividentes. Considerada uma habilidade hostil aos demais. Acompanhamos os acontecimentos da vida de Page Mahoney, desde a sua vida ?normal? na cidadela de Scion London, sua segunda vida no sindicato, e os desdobramentos da Temporada dos Ossos XX. Samantha Shannon provou ter um talento ímpar como escritora e nos presenteou com um universo cheio de personagens cativante, muita ação e reviravoltas.
Leitura e . 31/05/2020minha estante
Oii.. bom diaa, tudo bem? Desculpa interromper sua leitura, mas gostaria de te convidar para seguir meu instagram literário e me acompanhar em minhas leituras... E vai rolar sorteio de um livro hoje!! Te espero la! Obrigado ?

@leituraeponto


Xandde 31/05/2020minha estante
Opa, tudo bem? Te segui lá! Grande abraço! ?


Leitura e . 31/05/2020minha estante
Obrigado ? pra vc tbmm




gabriel 22/04/2016

Temporada dos Ossos

Temporada dos Ossos, é o primeiro volume de sete, da serie Bone Season. Na historia teremos como protagonista Paige, uma garota Clarividente, que como muitos, tenta sobreviver no submundo usando seus poderes, mas ao matar dois sub-guardas, ela não imaginava onde isso iria leva-la.

O livro se passa no ano de 2059, no lugar que conhecemos como Londres, sendo a capital Scion, uma das cidades modelos, mais seguras do mundo, embora nela tenha uma vigilância forte contra as pessoas com poderes mentais, os Clarividentes, lá ainda se formou vários grupos poderosos no submundo, cada um comandado por um Mime-lord.

Peige Mahoney, é uma hacker de mentes, e com mais seis clarividentes, faz parte do grupo "Sete Selos", comandado por Jax, o Mime-Lord, da I-4. Ela é uma das mais poderosas clarividentes, ela é uma Andarilha Onírica, que tem a habilidade de saber a localização das pessoas, roubar informações da mente, isso sem mencionar que pode matar pessoas com sua aura.

Ps: Os Clarividentes, são classificados em 7 categorias: Adivinhos, Médiuns, Sensitivos, Algures, Guardiões, Fúrias e Saltadores. A maioria deles podem se conectar com espíritos, e muitas vezes usa-los como armas.

"Agora eu era uma assassina. E o pior, eu tinha deixado uma prova: um sobrevivente."

Como eu falei a cima, a vida de Paige, muda completamente quando ela mata dois sub-guardas no metro, mas ao invés de ser enviada para a prisão, ela é enviada para a antiga universidade Oxford, que até então era proibida para os humanos.

Em Oxford, serve de base para uma raça antiga, os Rephaim, que foram forçados a vir para a Terra, a duzentos anos, por uma raça parasita, os Him, que invadiram seu lar. Essa raça parasita, tem como presa os humanos, e isso acabou levando o Governo fazer um acordo com os Repaim, eles matarem os parasitas que vierem para a Terra, e em troca, o governo daria a eles pessoas com clarividência.

Mas o que os Rephaim, querem com os clarividentes?

Isso vai ser respondido ao decorrer da leitura, mas vou contar ao menos um pouco da introdução. Os humanos são tratados como escravos por eles, mas os que tem clarividência podem se tornar guerreiros, os túnicas vermelhas, são parte do grupo de luta contra os parasitas, já os túnicas amarelas, são covardes que desistiram nos testes para serem guardas, e por último temos os túnicas brancas, que são a escoria de lá, eles servem apenas para serem um entretenimento para os Rephaim.

Uma vez por ano, chegam novos clarividentes, o que ficou conhecido como "Temporada dos Ossos". Eles passam por uma serie de testes para ganahar uma túnica, e sua posição social lá. Com Paige, não vai ser uma exceção, e cada clarividente, tem um Rephaim, como professor, que não os trata muito bem, bom, isso você vai descobrir ao ler. O Repahim, responsável por Paige, é o Consorte de Sangue, uma espécie de príncipe, visto que ele é o noivo da rainha - os dois terão uma relação bem "estranha", mas confesso que não tem como não gostar dele.

A partir daqui não sei se posso contar muito mais coisas sem dar algum spoiler, mas vamos lá.

Paige, ao contrario dos outros clarividentes que foram levados, não está tentando fazer parte do sistema, ela quer fugir, e vai se meter em muitas confusões, que nossa, você só lê pensando em como ela quer morrer, mas calma, isso não vai acontecer.

Além de Paige, tentando fugir, iremos descobrir mais sobre a raça Repahim, e o que eles realmente querem na Terra. Bom, não sei se você notou, mas eu não mencionei sobre o que aconteceu com o grupo que Paige fazia parte na I-4? Então, o seu mime-lord, vai tentar salvar ela de lá, mas como? Lendo para saber. Ahhh, ainda conheceremos alguns personagens muito legais que ajudaram Paige, nessa sua revolução.

"Quando comparam a autora a J.K Rowling, não posso discordar, ela criou um mundo incrível e complexo sobre os clarividentes, e ainda mais, sobre novas raças que vieram para a Terra, mas o que realmente importa é que ela consegue te deixar preso na leitura, sempre querendo saber o que irá acontecer na próxima pagina, e eu garanto, tudo ocorre em um ritmo frenético viciante."

site: http://perdidoemlivros.blogspot.com.br/2016/04/resenha-temporada-dos-ossos-bone-season.html
Neuza 24/04/2016minha estante
Comecei a lr sem muita fé, mas o livro é muito viciante. \´rende nossa atenção e vai ser difícil esperar o volume 2.


gabriel 27/04/2016minha estante
Ele é viciante mesmo, mas também não aguento esperar o vol 2 - se bem que ele já foi lançado no exterior.




Flavia 09/10/2022

Não sei o porquê, mas vou continuar lendo
Eu, particularmente, sou fã de high fantasy. Então imaginei que ia gostar muito desse livro, certo? Errado. Achei que a construção de mundo foi simplesmente jogada na cara do leitor, uma infodump de informações tão importantes que se você não entedesse NAQUELE MOMENTO, a leitura não ia avançar. Eu gostei bem médio de como o mundo funciona (talvez.por não ter entedido direito) e achei que muitas coisas a autora simplesmente inventou na hora e resolveu jogar ali no meio pra ver se alguém comprava a narrativa.

Sobre os personagens, achei eles meio burros meio mal construídos. Não consegui me apegar a nenhum deles de verdade, então as coisas iam acontecendo e eu só ficava "ok próx página".

Isso também impactou na forma como eu me senti com o suposto "romance". Gente PELO AMOR DE DEUS. Do nada, DO NADA, um romance???? Sinceramente, desnecessário. Se a autor queria colocar um romance pra fazer o leitor se envolver, ela devia ter desenvolvido melhor os peesonagens. Mas tudo bem, porque acabou que o romance me fez ficar motivada pra acabar.o livro.

Vou ler o segundo da série? Sim, maa só porque quero ver aonde a autora vai levar essa história doida. Eu não ODIEI, mas tem fantasias bem melhores.
Analuz 09/10/2022minha estante
Nossa, meu sentimento foi bem semelhante. Eu precisei reler o início pra entender esse universo doido. Aí vi que não fez diferença reler porque a escrita é estranha mesmo, então só segui o fluxo.
Mas lá pela metade já tava aceitando a história haha


Flavia 10/10/2022minha estante
EXATAMENTE! o leitor não entende, ele simplesmente aceita kk




Ivy (De repente, no último livro) 01/05/2019

Resenha do blog "De repente no último livro..."
Temporada dos Ossos é uma distopia tão complexa, mas tão complexa e original que não sei nem como começar essa resenha. Vai ser complicado explicar o potencial dessa história, como ela me prendeu e cativou e o quanto aguardo ansiosa pelos próximos volumes pois, Temporada de Ossos, é muito bom de verdade.

O início foi um pouco confuso. São tantas informações e classes diferentes de videntes. A autora nos apresenta grupos bem peculiares de "desnaturais" e o jeito é não tentar absorver tudo de uma vez mas sim ir desfrutando a leitura com calma e paciência, e com o passar das páginas garanto que a gente passa a entender direitinho os diversos dons de clarividência.

A protagonista, Paige Mahoney por exemplo é uma andarilha onírica. Paige consegue sair de seu próprio plano astral/espiritual, chamado de éter, e tem a faculdade de invadir o éter dos outros, assim ela consegue visualizar sentimentos, pensamentos, lembranças. Uma verdadeira hacker da mente humana. Não é à toa que um lord dos mime crimes, Jaxon Hall, escolheu ela pra ser parte fundamental de sua gangue, conhecida como Sete Selos.

Paige não vê nenhum problema em burlar as regras. Jax paga bem e a vida em Scion Londres não é nada fácil para clarividentes como ela. Chamados de "desnaturais" eles são perseguidos, caçados e enviados à prisão, sua existência é considerada uma ameaça, ainda que não tenham cometido crime algum, E a sociedade, composta em sua maioria por amauróticos (pessoas sem clarividência) se apressa em julgar e punir os que são "diferentes" e "potencialmente poderosos/perigosos".

A vez de Paige não demora em chegar, e ela é capturada e enviada à uma prisão especial , Sheol I, um lugar escondido da sociedade, esquecido por todos, onde o improvável espreita.

O lugar é comendado pelos Rephaim, uma raça teoricamente superior aos humanos, dotadas de éter, que são fortes e poderosos, e se alimentam do éter de seres humanos como Paige. A garota agora terá duas opções: encarar testes difíceis e árduos para ser uma Túnica Vermelha e assim ganhar algum privilégio e confiança no confinamento, ou se recusar a passar nos testes e ser condenada a viver como uma tunica amarela, conhecidos como covardes e perdedores, forçados a se tornarem artistas e escravos, à mercê da crueldade de seus senhores Rephaim.

Por causa de seu dom, Paige é entregue aos cuidados do "Mestre" Arcturus Mesarthim, um dos Rephaim mais importantes de Sheol I. Ele é o consorte de sangue, o noivo da líder do lugar, a impiedosa Nashira.

Conforme o Mestre passa a treinar Paige, seu dom vai se tornando cada vez mais forte e a garota percebe que resistir pode se tornar uma opção. Mas, em uma terra de opressão e medo, conseguir aliados confiáveis será uma tarefa quase impossível e quando a vida de Paige se vê ameaçada, só resta a garota lutar com o que pode e confiar naqueles que menos espera.

Esse livro é tão grandioso, rico em descrições, em personagens, em variedade de todos os tipos. É uma distopia, com fantasia, toques de romance, muita aventura, ação, e até mesmo algo de mistério, que me manteve grudada nas páginas, querendo saber mais. Eram tantos detalhes que o leitor acaba ficando mais atento em cada parágrafo, com receio de perder alguma informação crucial, e apesar de ser um livro complexo, com uma história muito elaborada, também é o tipo de leitura gostosa, daquelas que fazem o leitor terminar as últimas páginas com um aperto no peito, ansioso pelo que virá a seguir.

Eu fiquei encantada com a Paige e também com o Mestre. Eles dois sãos os protagonistas absolutos dessa primeira parte e eu adorei a interação que há entre eles. Primeiro uma desconfiança mútua, até mesmo um ódio enraizado por parte da Paige. E enquanto acompanhamos a avalanche de sentimentos pelos quais Paige atravessa, também desvendamos com a garota informações bem inusitadas e imprevisíveis sobre essa nova raça trazida por Samantha Shannon, os Rephaim.

Ainda falta muito para explicar e elaborar. Temporada dos Ossos foi apenas a primeira parte de uma série de 7 livros (ainda não publicada inteiramente pela autora) então, apesar de toda a adrenalina que foi esse primeiro livro, as informações mais importantes ainda ficam reservadas para os próximos volumes, onde acredito a autora trará com mais detalhes vários eventos que ocorrem aqui, tanto sobre Paige e os seus, quanto sobre os Rephaim.

O que adorei nesse início de saga é que a autora criou uma trama com começo, meio e quase final. Ficaram várias pontas soltas, porém, o conflito maior que dá o tom à esta primeira parte foi encerrado e se pode esperar uma segunda parte bem diferente, sob um contexto imprevisível já que há vários possíveis rumos para os personagens após este desfecho.

Um dos pontos que tornou Temporada dos Ossos uma leitura tão ágil é justamente a quantidade grande de personagens secundários. Paige está em uma prisão, então conheceremos seus companheiros como ela, os carrascos que os controlam, e detalhes de sua vida antes de Sheol I (que o leitor vislumbra através de lembranças da personagem ao longo dos capítulos), e é bem interesasnte acompanhar as lembranças de Paige porque dá pra gente comparar as mudanças que ela vai enfrentando, e ao memso o leitor se permite adentrar em dois universos distintos, a prisão de Sheol I e a vida clandestina (mas livre) em Scion Londres.

A ambientação é fenomenal. O trabalho impecável da autora na ambientação é o que faz a diferença. ela nos traz uma sociedade cheia de nuance,s de diferenças, de abismos, de caos. Paige vem de um mundo já degradado, comandado por Sindicatos que aliciam clarividentes para motivos nada altruístas e então ela é enviada para Sheol I, u lugar onde a vida vale pouco ou nada, e ela deve conviver com perdas, privações e dificuldades. A autora soube trabalhar muito bem essa ambientação e o leitor se sente imerso nesse ambiente, vivenciando com Paige todas aquelas experiências.

Temos uma dose pequena de romance nessa primeira parte, e achei isso ótimo porque na história não há lugar para um romance que ocupasse destaque. Eu já previa o romance, mas torci do mesmo jeito porque achei o desenvolvimento dele bem lógico, pausado e eu gosto desses romances que vão acontecendo aos poucos, com muita calma, acho que fica mais coerente.

Meu único "porém" com essa primeira parte foi o final. Achei sem emoção. Simplesmente ocorre o esperado e, apesar de envolver o leitor, não é um final de tirar o fôlego. é um final apenas satisfatório, que abre margem para o próximo livro mas que me deixou com uma sensação agridoce, pois eu esperava por mais sofrimento, mais ação...

Temporada dos Ossos é uma fantasia extremamente bem trabalhada, com um universo bem único, cheio de detalhes que, num primeiro momento podem até confundir o leitor, mas logo se esclarecem conforme a leitura avança. Achei os personagens bastante fortes, centrados, a narrativa é envolvente e mantém o ritmo, embora o final tenha me deixado com sentimentos mistos. Uma história que vale a pena conferir principalmente por causa de sua maravilhosa ambientação e trama, que traz uma variedade grande de elementos que podem mudar completamente os rumos da saga, permitindo ao leitor imaginar todo tipo de reviravoltas e possíveis desfechos para Paige e seus aliados.

site: http://www.derepentenoultimolivro.com/2019/04/review-277-temporada-dos-ossos-bone.html
Nelly Nasre 02/05/2019minha estante
Eu amo essa série, acho ela muito promissora, mas estou receossa da Rocco não publicar a continuação da série :( . Ela só publicou até o segundo livro, não quero que a série pare por aí aqui no Brasil T_T


Ivy (De repente, no último livro) 03/05/2019minha estante
Eu to receosa da autora parar de escrever a série. No Goodreads só tem ate o terceiro publicado Nelly, embora tenha confirmado que serão 7, a autora parou de escrever a série já tem uns 2 anos e até agora não dá noticias. Acho que até por isso a Rocco não se interessou ainda de seguir publicando




Lucas 01/07/2016

www.EstanteNerd.com
Recomendações de autores renomados em capas de livros e também as famosas comparações com obras queridas pelo público podem atiçar a curiosidade do leitor e também deixá-lo com um pé atrás. Em qualquer um dos casos, isso pode influenciar a leitura e acabar estragando a experiência. Como já dizia o clichê: “Expectativa is a bitch”.

Na contracapa de Temporada dos Ossos encontra-se a seguinte frase: “A nova J.K. Rowling”, do The Sunday Times. Fiquei receoso com isso? Sim. E o fantasma da expectativa me assombrou mais uma vez. Nesse caso, o hype já vinha de antes disso, mas a comparação contribuiu um pouquinho.

Estava esperando uma obra que fosse me arrebatar e me sugar para aquele universo como poucos livros fazem. Não tiro o mérito da autora. Claro que não. A leitura foi proveitosa e me diverti em alguns momentos. Mas, por mais divertidas que fossem certas passagens, eu não entendia muito bem o propósito de tudo aquilo. Eu lia, lia, lia, mas esperava por algo que fosse me surpreender e fazer o caminho até ali valer a pena. E não encontrei isso.

O mundo criado pela autora é interessante, sim, bem fundamentado. Inclusive, o início da leitura é até um pouco complicado justamente por causa disso. Você demora a se situar e a entender bem tudo que está acontecendo.

O livro inicia uma série de sete volumes, que está em andamento lá fora. Não vou dizer que não tenho vontade de continuar a leitura. Irei ler, sim, o segundo livro. Mas eu esperava algo que fosse me fazer estar louco para continuar.

A obra não funcionou muito bem para mim, mas foi, basicamente por causa de toda a expectativa criada. O livro tem, sim, uma mitologia bem fundada e potencial para uma série. Você vê que a autora tem elementos a explorar.

site: Para mais, acesse: www.estantenerd.com
Hermilano.Sales 18/03/2017minha estante
Acredito que a única coisa em comum com HP é que ambos tem 7 livros...




Joyce Adrielle 05/08/2022

Confuso
Começou confuso, no meio parecia que estava no começo e no fim parecia o meio.

A história é bacana, o universo idealizado pela autora é incrível... porém, é confuso, gente. Só comecei a entender em quase 60% do livro, nisso quando entendia. É uma mistura de imortalidade, com vampirismo, zumbis que não são zumbis, poderes especiais.

O desenvolvimento "amoroso" dos personagens principais foi péssimo, tem um romancizinho que não é romance. É como se a autora pensasse "vish, tem que colocar um amor impossível aqui" e jogasse.

Sinceramente? Quero muito ler os outros livros só para entender como termina tudo isso, porém vou deixar para depois.
Flavia 09/10/2022minha estante
Exatamente como me senti




raposisses 24/04/2016

Muita criatividade, pouca escrita
O famoso caso do 99% ótimo, mas aquele 1%....

(Posso só rapidinho comentar sobre a capa de Temporada dos Ossos? Porque ela já era linda na edição gringa, mas a edição brasileira conseguiu deixá-la ainda mais maravilhosa. Parabéns para editoras brasileiras, arrasando no quesito capas mais uma vez.)

Mas então, Temporada dos Ossos. Que livro, minha gente. Amei muitas coisas nesse livro, principalmente o mundo criado pela autora e o desenvolvimento da relação entre os personagens principais. A história em si não é das mais originais mais uma distopia sobre um governo opressor e uma classe social oprimida -, mas a adição de magia foi um toque de gênio da autora. Seu sistema mágico é original e complexo, misturando à uma história de ficção científica (distopia futurística, criaturas não humanas), toques de fantasia; e não qualquer fantasia, mas a fantasia baseada em nossa religião pagã, que é minha parte favorita. Comunicação com fantasmas, cartomantes, rituais de invocação de espíritos já adoro qualquer história ligada a isso.

É claro, ter um mundo tão vasto e um sistema de magia tão complexo resulta no problema de ter que explicar tudo isso para os leitores. Toda uma avalanche de informação vem nos primeiros capítulos, e o leitor talvez passe pelo menos metade desse livro confuso com a terminologia do mundo. Honestamente, isso não me incomodou; não me importo de ter que ficar olhando o glossário do livro enquanto o leio. Mas isso pode incomodar outros leitores.

Apesar do mundo cativante, nenhuma história consegue se sustentar só com seu cenário; ela precisa também de personagens que tirem o maior proveito desse papel de fundo. Samantha Shannon também não erra aqui: sua personagem principal, Paige Mahoney, é ótima. Nem todos os leitores gostarão dela: ela é impulsiva, teimosa, e nem sempre toma as melhores decisões. Mas gosto de personagens assim, e Paige ainda tem uma característica que adoro em personagens femininas: ela é brava. Paige é extremamente indignada com sua situação, quer vingança, é até mesquinha em muitas situações, agindo de forma contrária apenas para irritar seu inimigo, e em nenhum momento a narrativa a pune por isso. Raiva é, na minha opinião, um dos sentimentos mais interessantes de se explorar em ficção. E uma personagem feminina que tem a liberdade de agir em sua raiva, com apoio da narrativa, já tem automaticamente meu amor.

Agora, a relação principal de Temporada dos Ossos. Como o sumário do livro diz, Paige é capturada por Rephaims, uma raça humanóide que chegou à Terra para controlar humanos com poderes como os de Paige (eu sei que parece bizarro mas o livro explica tudo direitinho, prometo). E quando chega lá, Paige é imediatamente escolhida por um dos Rephaims, Warden, para ser sua escrava (de novo, parece bizarro mas no livro faz sentido!). É claro, quando isso acontece imediatamente percebi que o livro estava perigando de ir pelo caminho do romance entre esses dois, e quis morrer de desgosto. Mais um livro bom arruinado por um romance sem pé nem cabeça!

Pois é né, engoli minhas próprias palavras.

O que me fez gostar da relação deles é que a autora, ao contrário de muitos outros que já escreveram esse tipo de relação, sabe que seu ponto inicial é muito, muito ruim: uma prisioneira e seu captor. Isso é muito problemático, gente! Você não pode fazer a personagem prisioneira passar a gostar de seu captor em cinco minutos! Ah, mas ele não é igual os outros captores, ele é bonzinho não faz a mínima diferença, a relação de poder entre os dois é MUITO desigual. Isso deve ser tratado com cuidado, que é o que Samantha Shannon faz. Paige passa grande parte do livro odiando, e depois não confiando, em Warden; e a narrativa nunca a pune por isso. Em um livro com um pouco mais de 450 páginas, o romance só começa no último 1/3 do livro, de maneira muito sutil e com ambos os personagens 100% conscientes de que estão fazendo uma grande burrada. Só assim para me fazer gostar de um romance desse tipo, e realmente gostei muito. Estou shippando forte os dois, haha.

Então esse livro tem um ótimo mundo, uma história que não é a mais original mas ainda assim é sólida, uma ótima personagem principal, um ótimo romance. então porque só dei três estrelas a ele? Porque, por mais que tenha amado tudo isso, uma coisa me incomodou muito, do começo ao fim: a escrita de Samantha Shannon.

Me sinto meio mal em criticar estilo de escrita porque isso é algo muito subjetivo. Sou a primeira a confessar que prefiro estilos descritivos e floridos, que mergulham fundo na mente dos personagens e dissecam suas emoções. O estilo de Samantha Shannon é o oposto disso: frases curtos e diretas, e parágrafos com muitos pontos finais (tantos que fiquei com vontade de mudar metade para vírgulas, haha). Então parte do problema que tenho com sua escrita pode ser apenas questão de gosto. Mas mesmo levando em conta o fator pessoal, ainda há defeitos que podem ser detectados.

O problema com a escrita desse livro, na minha opinião, é que pode-se notar claramente que é o primeiro livro da autora. Há erros de ritmo da trama óbvios, cenas abruptas demais, momentos emocionantes que não funcionaram, reviravoltas que são óbvias para o leitor. Paige e Warden são personagens muito bem desenvolvidos, mas o resto dos (vários) personagens secundários são rasos e sem nenhum desenvolvimento. A relação entre Paige e os personagens secundários também é muito abrupta de onde essa amizade veio? E porque esses dois se odeiam? Os personagens simplesmente se amam ou se odeiam à primeira vista e pronto, nenhuma explicação.

Um estilo de escrita melhor, ou um escritor mais experiente, elevaria esse livro para no mínimo 4 estrelas muito facilmente. Mas minha esperança é que, como o fato desse ser o primeiro livro da autora ser justamente a causa da maioria dos pontos que me incomodaram, haverá apenas melhora nos próximos livros. Estou ansiosa para a continuação dessa série; tanto para saber o que acontece na história, quanto para ver a evolução de Samantha Shannon.

site: raposisses.wordpress.com
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Lina DC 27/04/2016

A história é totalmente narrada em primeira pessoa pela protagonista Paige Mahoney e apresenta ao leitor dois locais incríveis, a SciLo (Scion Londres - Scion é o nome do governo) e Sheol I.
O ano é 2059 e segundo as autoridades, pessoas clarividentes são uma ameaça à sociedade. No decorrer da leitura, teremos as explicações sobre os inúmeros tipos de "desnaturais" (pessoas com clarividência). São várias classes que apresentam inúmeras subdivisões. Scion é perigosa. Ela captura os desnaturais e os prende ou até mesmo os mata. Os desnaturais precisam viver incógnitos e fazer o necessário. Paige acaba se tornando a concubina do Jaxon Hall, o mime-lorde responsável pela área I-4. Os mime-lordes são como mafiosos, cada um tem o seu grupo e controla uma determinada área. Trabalhar para Jaxon dá um status de proteção à Paige, mas mesmo assim ela não se vê fora do perigo. Nas primeiras partes dos livros somos apresentados aos demais empregados do Jaxon, que fazem parte dos Sete Selos, a elite desse grupo. Temos algumas histórias de como ele é como chefe e os trabalhos que esse grupo realizou. Temos também uma parte da história da protagonista, uma irlandesa que migrou para Londres com o pai após um terrível acontecimento com seu primo Finn.
Em um determinado momento, Paige é capturada e levada para Sheol I. Todos acreditam que Sheol I, conhecida como Oxford, é uma prisão onde ninguém escapa. Mas a verdade é muito mais obscura....
Sheol I é uma cidade governada pelos Rephaim, criaturas que tem suas origens desconhecidas. Segundo a líder Nashira, os desnaturais estão causando aberturas no Éter e permitindo que criaturas canibais venham para esse plano. Os capturados são escravizados e divididos em classes, sendo treinados por um Rephaim.
Aqui entramos no mundo fantástico que é Sheol I. A cultura, o povo, a sociedade, os alimentos, tudo é diferente do que estamos acostumados. Nashira é ardilosa e impaciente e demonstra bastante interesse em Paige, por conta de seu dom especial. Paige precisa se adequar as regras e aprender o suficiente para conseguir escapar.
Seu treinamento é feito pelo Mestre, o consorte de sangue da Rainha Nashira. Desde o início percebemos que existe algo diferente nele. O Mestre não utiliza de violência, mas tem seus próprios planos em andamento.
O leitor é levado para essas duas realidades e fica perdidamente apaixonado por ela. Em SiLo temos Jaxon, Zeke, Nick, Eliza e Danica, mas em Sheol I temos Seb, Lis e Julian. De formas distintas, ambos os grupos aprendem desde cedo a sobreviver, mas mantendo uma chama de esperança por dias melhores.
A trama é muito rica em detalhes e explicações e tem uma complexidade única. As descrições são detalhadas e em muitas passagens, ficamos apenas com narrativas por algumas páginas, sem um único diálogo. A escrita é densa, mas viciante. Sem dúvida "Temporada dos Ossos" é um dos livros favoritos do ano de 2016.
O trabalho da Editora é fantástico. A contracapa é vermelha, temos um glossário, detalhes no início dos capítulos, mapa, um organograma com as ordens dos clarividentes e muito mais, como uma revisão impecável e uma escolha de capa perfeita.


site: http://www.viajenaleitura.com.br/
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Camila.Vibian 12/06/2016

o que dizer...?
só uma coisa a dizer....
necessito do segundo livro!!!!
fantástico
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Virna 20/06/2016

Informação DEMAIS.
É um mundo complexo. A escritora é boa, mas lotou todos de informações e isso não foi feito de uma forma que não comprometa a leitura. Ainda vou ler os próximos porque o universo é bastante completo, mas confesso que fiquei um tanto quanto decepcionada porque queria ter me apegado bem mais levando-se em conta o quanto falam bem desse livro.
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gabilemos 23/06/2016

“Entre o futuro distópico e o mundo dos espíritos… Ela luta pela sobrevivência!”
Paige não é uma pessoa normal. Ela é clarividente.
Estamos em uma distopia, bastante diferente por sinal.Onde existem amauróticos e desnaturais, ou seja, o livro é uma distopia sobrenatural (minha primeira leitura nesse segmento).
O ano é 2059, estamos em Londres,mas não a Londres que conhecemos, e sim, SciLo. Há duzentos anos atrás foi descoberta a existência dos clarividentes e do mundo espiritual,desde então, há uma caça eterna a aqueles que tem o dom. Vários países cederam a essa política de caça aos clarividentes. Assim, dando um mundo fictício bem coeso e expandido.
Paige é clarividente, e tem um dom especial (soa meio clichê falar disso…), há uma classificação bem organizada de cada habilidade e especialidade dos que tem o Dom (tanto que você na leitura corre um certo risco de se confundir e ficar perdida), e como esse dom é proibido, ele é crminalizado, existindo gangues que lucram com isso.
Com isso, a perseguição contra os videntes é bastante reforçada e opressiva, e nossa protagonista é pega por eles. Sendo encarcerada e reunida com outras pessoas que também são que nem ela. Se tornando uma pessoa da Temporada dos Ossos.
E com a existência dos desnaturais, surgiram algumas criaturas, como os Rephaim e os Emim (sendo apresentadas de maneira bastante misteriosa, e coesa na narrativa) e que estão muito relacionados com esse mistério da Temporada dos Ossos e a existência dos videntes.
A mistura de sci-fi com o sobrenatural é algo meio complicado de se abordar, o risco de confusão ou de deixar a leitura cansativa é muito grande. A mitologia estabelecida por Shannon é muito boa,mas pouco introdutória, deixando uma certa confusão na leitura, mesmo com a presença do glossário no final do livro.
A narrativa em primeira pessoa nos dá um apego maior a Paige (que não é uma protagonista tão tipificada de distopias juvenis), a luta pela sobrevivência é constantemente abordada no livro,criando um maior suspense no decorrrer da obra. O romantismo se faz presente,mas poderia ser abordado de forma menos rápida, concentrando mais nos acontecimentos principais do livro. E os flashbacks da protagonista nos dão um maior vislumbre de como o mundo se tornou, e entendendo mais suas motivações.
Os personagens secundários são presentes,mas não há espaço para nos apegarmos a eles, podendo ter uma maior presença na obra e mostrando de forma mais forte a relação deles com a protagonista.
Temporada de Ossos é o primeiro livro de uma série de 7 livros, The Mime Order foi lançado ano passado,sem previsão para lançamento aqui.
Para uma autora novata, Shannon nos entrega um mundo totalmente inédito e complexo, podendo gerar até narrativas de universo expandido. Será interessante ver mais desse mundo, e o amadurecimento de sua escrita.

site: http://wondergeek.com.br/temporada-dos-ossos-de-samantha-shannon/
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Castro. 19/10/2024

Ossos ?
No primeiro livro de Samantha Shannon somos apresentados a uma sociedade que marginaliza os clarividentes. Considerada uma habilidade hostil aos demais. Acompanhamos os acontecimentos da vida de Page Mahoney, desde a sua vida ?normal? na cidadela de Scion
London, sua segunda vida no sindicato, e os desdobramentos da Temporada dos Ossos XX.
Eu acho que esse livro tinha tudo para ser um dos meus favoritos em questão de fantasia, e não me leve a mal, o livro é realmente bom e intrigante, porém senti falta de muitas coisas que teriam feito o livro muito mais emocionantes, como exemplo: o foco nos
"poderes" da principal, ja tinha um foco ali mas eu me senti perdida e achei fraco. A relação deles (do "Mestre" e a principal) também não foi uma das melhores (embora eu tenha amada as migalhas do casal). Eu odiei com todas as forças o final e espero mesmo que futuramente tenha um segundo livro.
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Dani 13/08/2016

2,5
Fiquei bem decepcionada com esse livro.
O inicio da história é extremamente confuso. A autora joga um bando de informações ao tentar desenvolver o universo, mas de uma uma forma que me desconectou completamente da história e dos personagens. Confesso que pensei, em vários momentos, em desistir da leitura, mas persisti pois já tinha ouvido recomendações de que a história iria melhorar. E realmente, na segunda metade fica bem melhor. Entretanto, ainda tive sérios problemas com o enredo e com a escrita.
Provavelmente não continuarei com a série.
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ju 12/01/2017

Não esperava gostar tanto!
Superou as minhas expectativas, porque eu não sabia o que esperar dessa história. É uma distopia maravilhosa que mistura elementos de fantasia, muita ação e até um pouquinho de romance proibido. Recomendo para quem quer algo diferente.
No geral, foi uma leitura que me agradou bastante, só fiquei um pouco decepcionada com o final, senti falta talvez de um gancho maior ou de um daqueles momentos “AH-MEU-DEUS-PRECISO-DO-PRÓXIMO-LIVRO-AGORA”, mas isso não chegou a atrapalhar a leitura, foi apenas um detalhe. Outra coisa é que apesar de ter gostado muito da apresentação da história com mapas e gráficos sobre os tipos de videntes que existem no mundo de Samantha Shannon, achei o início da narrativa muito confuso, cheio de termos esquisitos e apresentações corridas. Mais quem quiser se aventurar nessa nova série da Samantha Shannon, não deve se decepcionar. A narrativa é original e tem boas doses de ação, romance, intrigas e mistério, agradando um pouco vários tipos de leitores
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Thayrine 24/03/2017

Diferente e Interessante.
4.5 - Samantha Shannon conseguiu com esse livro reunir diversos elementos estranhos entre si e transforma-los em algo surpreendente!
Confesso que não foi um livro fácil, embora o glossário exista o número de informações que temos que guardar para conseguirmos compreender um pouco sobre o universo é grande e pode dificultar ou retardar um pouco o ritmo da leitura, no entanto, depois de algumas páginas, nos acostumamos com a escrita da autora e tudo flui.
É um livro de ação e aventura, o romance existe mas é sutil e quase não aparece, boa parte dele fica subentendido nas entrelinhas.. Achei bom embora eu goste de romance não foi algo que senti falta enquanto lia porque o clima do livro é tão sério e perigoso que é como se não houvesse tempo para pensar em outras coisas além da sobrevivência da Paige e de seus amigos.
O final foi difícil pra mim, apertou meu coração haha mas me deixou super ansiosa pela continuação!!
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