Resenhas - Mulher-Maravilha: Sangue

Marieliton M. B. 16/10/2016

"A Mulher-Maravilha era a amazona perfeita..."
Diana, a princesa amazona, se sentia diferente das demais guerreiras da Ilha Paraíso por ter sido gerada através do barro. Isso a faz sair de seu lar de origem e assumir um novo objetivo de vida no “mundo dos homens”. E para isso ela se torna a super-heroína Mulher-Maravilha.

Mas acontece que sua origem não foi exatamente da forma que sua mãe, Hipólita, até então sempre contou. Essa descoberta vai trazer sérios problemas ao mundo, seja dos deuses, como o dos mortais também. E tudo se deve ao sangue que corre nas veias da Mulher-Maravilha.

Devo confessar que este é o primeiro gibi solo da Mulher-Maravilha que leio. Antes disso, só a via junto com os demais super-heróis em estórias da Liga da Justiça. E pra corrigir esse grave erro de minha parte, acredito que comecei com o pé direito. 8)

Brian Azzarello reconta a origem da Mulher-Maravilha e faz com que essa origem traga repercussões não só pra vida da heroína, mas também pra o restante do mundo. Aqui temos uma mulher decidida, batalhadora e forte, capaz de resolver seus próprios problemas sem depender de ninguém, em suma, uma Mulher-Maravilha com M’s maiúsculos. A arte de Cliff Chiang tá excelente, pena que ela não se mantém até o final do encadernado. As duas últimas estórias são desenhadas por Tony Akins e é bem perceptível o quanto que a qualidade da arte decai comparada com as estórias anteriores desenhadas pelo Cliff. Mas tirando isso, a qualidade da narrativa se mantém.

Achei muito boa essa “nova origem” da Mulher-Maravilha. E fiquei muito a fim de ler o restante desse arco. Após a leitura, é perceptível que os elogios dados a esse quadrinho realmente são verdadeiros.

Luan 03/09/2020

O início da saga.
Amo as histórias da mulher maravilha, ela arrasa demais! Ansioso pra ler os volumes seguintes.

Danilo Silva 12/09/2016

Sangue!
Quando a DC Comics propôs um reboot de seu universo fictício (chamado de Novos 52), muitos grandes artistas foram chamados para reinventar essas personagens, mostrar ao público uma nova faceta de heróis e heroínas já tão conhecidos. A ideia não poderia ser mais objetiva: criar novas histórias, agora livres e amarras cronológicas. A Brian Azzarello (conhecido por títulos como Lex Luthor: O Homem de Aço e Coringa, ambos ao lado do talentoso Lee Bermejo) coube a tarefa de apresentar uma nova Mulher-Maravilha ao público.
Em parceria com Cliff Chiang e Tony Akins, a nova Mulher-Maravilha não veio do barro, mas sim nasceu de uma relação carnal entre Zeus, o líder do Olimpo e deus dos deuses gregos, e Hipólita, a rainha humana (ainda que imortal) das amazonas. A origem do barro ainda está lá, de certa forma: Hipólita inventa essa história para proteger sua filha recém-nascida das garras furiosas de Hera, bem conhecida na mitologia por atacar os filhos de Zeus (tal qual fez com Hércules, por exemplo). Então esqueça tudo o que sabe sobre Diana Prince, a princesa amazona, pois esta nova faceta da heroína promete ser muito surpreendente para novos e antigos leitores.
O ponto alto das histórias criadas por Azzarello foi a inserção da mitologia. Diana sempre esteve às voltas com os deuses gregos, até mesmo combatendo-os fisicamente, mas nestas histórias isso vai ainda mais além: Zeus sumiu e uma disputa pelo trono do Olimpo começa, enquanto Diana quer apenas proteger uma mulher grávida dos perigos do mundo divino. Os deuses ganharam novas e interessantes roupagens, mais modernizadas, permeiam toda a trama e dificultam a vida da Mulher-Maravilha. Também somos apresentados a monstros e rituais gregos antigos, que enriquecem a trama e a tornam mais verossímil dentro das regras criadas nas próprias páginas dos quadrinhos.
Há, ainda, um jogo político ocorrendo em paralelo com os desafios de Diana, e nisto vamos conhecendo um pouco melhor os deuses. Dou destaque para Poseidon, o deus dos mares, aqui transformado em uma figura monstruosa e curiosa, uma reinterpretação diferente de tudo o que já vimos para a personagem – mas não se engane, absolutamente todos os deuses estão diferentes de suas contrapartes em qualquer outra história, incluindo a própria mitologia. Apenas Hera, figura importante na história, é facilmente reconhecida por ter mantido suas feições originais.
E em meio a tantas maquinações, está a personagem título, Mulher-Maravilha. Aqui, uma guerreira feroz e implacável, o texto de Azzarello não esquece algumas das maiores qualidades da personagem: seu amor e sua bondade, seu desejo de fazer justiça e se tornar uma ponte para a paz. Neste volume, Diana quer proteger uma mulher grávida que está sendo caçada pelo Olimpo, e coloca tudo o que preza, até mesmo seu lugar entre suas irmãs amazonas, por esta mulher que mal conhece, simplesmente porque é o certo a se fazer. Esta é uma Mulher-Maravilha que os fãs aguardaram tanto para reencontrar, e não me admira a crítica e o público terem dado tantas notas positivas para esta obra.
Quanto ao traço do Cliff Chiang e Tony Akins, Chiang é quem desenha a maior parte da obra, e seu traço incomum pode causar certo desconforto para novos leitores, mas o achei muito bonito. Fugindo do traço mainstream habitual, aqui somos apresentados a uma Mulher-Maravilha forte, mas sem perder sua feminilidade, de traços mais gregos e curvas mais próximas de um modelo real (e não as formas exageradas com as quais os quadrinhos foram presenteados nos anos 1990). Já Akins desenha as duas edições finais do volume, substituindo Chiang temporariamente, e seu traço não me agradou muito por ser inconstante e cartunesco – para ser justo, os monstros desenhados por Akins são excelentes! As belíssimas capas das edições originais, pelo menos, são todas de autoria de Cliff Chiang.
Mulher-Maravilha: Sangue é, para mim, o melhor título dos Novos 52, e recomendo fortemente que todos os fãs de quadrinhos o leiam. Não era leitor habitual da personagem antes da passagem de Azzarello pelo título da amazona, mas agora é certo que continuarei acompanhando. Para os fãs de mitologia, resta ainda a graça de esmiuçar a trama e comparar com a mitologia real enquanto aproveitam uma boa história em quadrinhos.

site: http://literaturaestratosferica.blogspot.com.br/2016/09/mulher-maravilha-sangue.html#more

Didi 17/06/2016

Nada a ressaltar quanto a história. Não é estupenda, mas também não é fraquinha. Não diria que é mais um "Mais do mesmo", embora em alguns pontos deixe essa sensação. Mas confesso que esperava um pouco mais de tempero na trama, especialmente do meio para o final.

E mais: na minha humilde opinião a história toda deveria ter sido desenhada exclusivamente pelo Cliff Chiang. O que mais me incomodou foi justamente a quebra na diferença de traços a partir da parte 5: os traços de Chiang eram mais expressivos e nítidos, mais belos que os traços dos outros dois ilustradores. Se tivessem mantido da revista 1 à 6 o Chiang, poderiam ter arriscado inclusive uma edição em P&B neste formato encadernado.

Math 30/05/2021

Esse primeiro encadernado da Mulher Maravilha nos traz uma origem muito boa da personagem que é uma das minhas preferidas da DC. As ilustrações são simplesmente incríveis.

A trama é confusa em vários momentos já que somos jogados em um universo com vários elementos novos, porém isso me deixou com muita vontade de continuar a ler para saber a explicação.

Ansioso para o próximo encadernado, mesmo já tendo lido ele há um tempo atrás e sabendo o que aconteceu.

Lud 11/01/2022

Uma diversão garantida
Eu simplesmente AMO a releitura da origem da MM, por mais que eu venere o trabalho do Perez na criação da heroína com toda elaboração do significado dos poderes e das deusas, o fato dela não ter sido feita de barro e sim de duas realezas, sendo uma delas mitológica, coloca a heroína no centro do nicho de sua história, agora fazendo parte dessa grande família muito doidinha de deuses inconsequentes (tadinha a única com juízo)

O humor dessa edição é MARAVILHOSO, pontual e bem singelo, o diálogo leve consegue contrabalançar toda carga dramática que está acontecendo entre os seres mitológicos.

Estou relendo essa edição depois de alguns anos e ela segue me surpreendendo, me divertindo e me relembrando como eu amo a Diana.

Iris 26/01/2022

Uma das melhores dos novos 52
Sem dúvidas a saga da ww é uma das melhores dos novos 52, além de possuir uma arte simplesmente fantástica e um roteiro coeso e cativante, enfim, um ótimo começo de saga.

Danizio0 29/03/2022

Um dos melhores dos novos 52
Mulher maravilha nós novos 52 está simplesmente de tirar o fôlego, eu acho essa saga dela simplesmente demais, tanto na arte como no roteiro, tudo aqui é muito bom.

Nat 02/07/2017

Sangue em todos os sentidos
Não conhecia quase nada da Mulher Maravilha. No mês anterior, li Terra Um e não achei a melhor hq do mundo, portanto estava com um pouco de pé atrás em relação a esse arco dos Novos 52. Mas era uma preocupação desnecessária, porque essa história é ótima. Não ficamos presos apenas em descobrir as origens da amazona, já logo de cara a vemos lutando. Diana está protegendo Zola, a mulher que está grávida de Zeus, seu pai. Recomendo!

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat

Pizza Fernandes 17/12/2022

O início de uma série incrível que na minha opinião resume tudo que a Mulher Maravilha deveria ser. Essa fase do Brian Azzarello com a personagem fez ele virar um do meus autores favoritos. Alguns pontos na origem da personagem foram modificados e foi uma das poucas vezes que realmente gostei de um retcon em uma HQ. Recomendo demais inclusive como um ótimo começo pra que nunca acompanhou uma série de HQs completa em ordem cronológica.

LT 19/06/2017

Olá!!! Nana aqui para falar sobre empoderamento feminino, e girl power! Opa! Não, não, isso não é um blog pessoal! (risos)

Mas, o livro que vou apresentar hoje, ou melhor, a graphic novel que vou resenhar hoje, trata sobre uma mulher muito poderosa!

Hoje, para vocês, Mulher Maravilha – Sangue! E já sabe, segue lendo!


Nessa graphic novel vamos conhecer e saber o que acontece quando Zeus resolve engravidar mais uma humana, e sumir! Deixando os deuses do Olímpo com um grande problema nas mãos. E não muito longe disso temos Diana envolvida nessa briga quando se vê na obrigação de cuidar da humana quando Hermes a manda para ela.

Minha entrada no mundo de graphic novel é muito recente e com toda essa repercussão que o filme da Mulher Maravilha tem causado em nós, geeks, eu resolvi entrar um pouco mais nesse mundo (ainda mais quando se ganha uma HQ tão legal de presente!).

O trabalho de roteiro está muito legal, muito bem estruturado e a DC comics consegue fazer um trabalho incrível nos seus quadrinhos. Há um crescimento e conhecimento maior dos personagens, a inclusão deles acontece de maneira interessante e deixa um gosto de quero saber mais. Dou destaque para as piadinhas que ocorrem, e além de me divertir com as cenas de aventura, me arrancou algumas risadas.

A arte é linda, sem falhas, e muito bem produzida, e o caracter design dos personagens é de tirar o chapéu. Especialmente como os deuses foram representados (adorei o Hades

site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/

Paulo 08/02/2017

Mulher-Maravilha Sangue foi o primeiro encadernado de super-heróis em muito tempo a me prender a atenção do início ao fim. A roteiro é muito inteligente ao recontar a origem da heroína envolvendo novos elementos da mitologia grega antes não explorados, de forma que esta está longe de ser uma história de origem convencional.
O trunfo deste arco é justamente a maneira que Azzarello reinventa para o nosso mundo vários elementos da mitologia grega, alguns de forma muito criativa (apesar de que outros nem tanto rs.. Não curti tanto a forma que ele desenha Poseidon e Hades, por exemplo).
Em Sangue, A Mulher-Maravilha não está lutando contra algum tipo de super vilão genérico da DC: vemos uma Mulher-Maravilha subitamente jogada de cabeça pra dentro do mundo de intrigas e conspirações dos deuses gregos, e isso que torna a leitura tão agradável e fluida.
Quanto a arte, há belos quadros, principalmente na forma criativa que Cliff Chiang e Tony Akins desenham alguns dos deuses gregos, mas o estilo de desenho estilizado da dupla não me agrada muito.
Enfim, este encadernado é simplesmente um ótimo começo de fase. Muitos personagens fazem apenas uma ponta de leve e deixam no ar várias perguntas, o que só me deixa ansioso pelas próximas edições.

Lucas Muzel 08/12/2023

Reinvenção que não durou muito
Os desenhos são muito bons. A reinvenção da Diana está longe de ser a melhor coisa já feita com a personagem. Retira características únicas e a retrata como uma mera semideusa, igual a dezenas de personagens mitológicos. Mas existem pontos positivos, ainda assim. A trama sucessória entre deuses poderosos é muito interessante. Todos são retratados como humanos, ao melhor estilo família de mafiosos ou até mesmo membros da realeza medieval brigando pelo poder. O material é perfeito se for imaginado como um selo Black Label, ou até mesmo um Elseworld.