abibliotecadamica 19/01/2023
Excelente.
Provavelmente escrita em 1599, Júlio César é uma das quatro tragédias romanas de Shakespeare, ao lado de Coriolanus, Antônio e Cleópatra e Titus Andronicus; e é considerada a mais famosa entre as quatro peças.
A obra retrata a conspiração contra o general romano Júlio César, seu assassinato e suas consequências.
Enquanto César é honrado por seu sucesso militar, um grupo de conspiradores, liderados por Cassius e Casca, convence o honrado e patriótico Brutus a acompanhá-los no plano de assassinar o general, com o objetivo de salvar a república. O argumento é que César era ambicioso e poderia se tornar um grande ditador. Ou seja, os conspiradores desejam salvar a república de um possível futuro tirano.
Apesar de muitos presságios, sonhos, avisos e uma importante interferência da esposa de César, ele se aventura para o Capitólio e lá é esfaqueado pelos conspiradores. A continuação da história todos sabem: depois da morte de César às mãos dos senadores, seguiu-se uma guerra civil e seu sobrinho Octaviano tornou-se Imperador (o que não é mais assunto dessa peça). Aliás, é importante destacar que essa guerra civil é incitada por um dos discursos mais famosos da história do teatro, no qual Marco Antônio utiliza sua retórica inteligente e sagaz para estimular a multidão à revolta.
Júlio César é uma peça de homens gigantes: César, Marco Antônio, Cassius, Brutus, Otávio; e seus diálogos majestosos nos convidam a muitas leituras e releituras.
Et tu, Brute? Sem dúvida, a facada que mais doeu em Julio César foi a traição de Brutus.