mpettrus 05/03/2022
Memórias de Um Cinéfilo
Eu me tornei assinante da Revista ?Set - Cinema e Vídeo?, da editora ?Azul? em Setembro de 1997, com a edição 123, na qual trazia a manchete de capa a atriz Julia Roberts por conta do seu mais novo filme chamado ?O Casamento do Meu Melhor Amigo?.
E eu tenho essa edição guardada até hoje, por conta de um valor simbólico que ela traz as minhas memórias de cinéfilo da minha descoberta e renascimento do meu amor pela da Sétima Arte.
O cinema sempre atraiu minha atenção. Lembro-me que o primeiro filme que assisti nas telonas foi ?Aladin?, a animação da Disney. Fui eu, Mamys e meu irmão Andry. Nós assistimos o filme no Teatro das Bacabeiras. Eu fiquei deslumbrado com a magia que o cinema me trouxe. Nascia então meu amor pelas telonas. Mas ele adormeceu.
Anos depois, passando por uma banca de revista que ficava na Pç. Nossa Senhora de Fátima (até hoje ela ainda está lá funcionando ativamente), eu parei para olhar os gibis da Turma da Mônica.
Essa banca ficava no caminho pra minha escola do Ensino Fundamental. Sempre eu parava lá antes de voltar pra casa para ler um ou outro gibi da Turma da Mônica. O tio da banca não se incomodava. Grato a ele até hoje por me deixar ler seus produtos sem pagar. Eu era uma criança solitária. Decerto, ele sabia disso. Haja vista, sempre me observava caminhando sozinho na praça (ou indo para a escola ou voltando para a casa), enquanto outras crianças andavam sempre em grupo. Meu grupo de amiguinhas eram minhas primas Tatiana, Andréia e Ticiane. Mas elas também tinham seus próprios grupinhos de amigos.
Numa dessas paradas pra ler mais uma outra historinha da Mônica e sua turma (Magali sempre foi a minha Favorita), eu pousei os olhos na capa de uma revista. Era a revista ?Set - Cinema e Vídeo?. Peguei para folhear por pura curiosidade e fui imediatamente fisgado por todo o conteúdo que ela trazia.
Lembro até hoje a edição que minhas mãos folhearam. Era a edição 122, na qual trazia na capa a foto do ator Nicolas Cage. Mas o que me chamou atenção foi que na capa trazia uma reportagem para falar de dublês de corpos. Fiquei curioso para saber mais disso. A nudez sempre despertou minhas curiosidades.
Folheei, folheei e tinha decidido ali mesmo que queria ser assinante dessa revista. A essas alturas, minha família já era assinante das revistas ?Placar?, que falava sobre futebol. Por isso eu curto ler e saber das coisas desse esporte; da revista ?Super Interessante?, minhas curiosidades sobre as coisas do mundo não são por acaso; e da revista ?Playboy?, que eu lia escondido dos adultos e admirava os corpos nus daquelas mulheres.
No mês seguinte, eu ganhava minha primeira edição como assinante da revista ?Set - Cinema e Vídeo?. Quando chegou no mês de abril de 1998 a edição 130, com Leonardo DiCaprio na capa, ele já era considerado um fenômeno em Hollywood por conta do sucesso do filme ?Titanic?, que figura no meu ?Top Five? dos meus filmes favoritos.
Léo DiCaprio tornou-se então meu primeiro ídolo teen da sétima arte. E é até hoje. Já assisti toda a sua filmografia. Não, por acaso, seu par romântico no filme ?Titanic? tornou-se minha primeira atriz favorita dos cinemas. Kate Winslet tem meu amor de fã incondicional. No Brasil, quando falo de Cinema, Fernanda Montenegro é sempre a minha favorita. Quando falo de Teledramaturgia, Drica Moraes é quem figura no meu pódio.
A revista ?Set - Cinema e Vídeo? marcou um período muito importante na minha vida. Como eu disse foi a redescoberta e o renascimento do meu amor pela Sétima Arte, que nasceu ali diante das telonas assistindo ?Aladin? na minha primeira vez que pisei no cinema. Mas que por circunstâncias da vida, demorei a pisar nos cinemas por muitos anos. Mas que ao descobrir uma revista voltada somente para falar de filmes, o que estava adormecido, acordou feito um vulcão em erupção.
E a minha trindade do mundo das artes que amo saber, falar e discutir sobre se completou: Literatura, Teledramaturgia e Cinema.
(mpettrus - 05.03.22)