Henrique0 26/01/2023
Sensacional, genial e otimista
Parte 1: começa com a história do Teste do Marshmallow e dos experimentos que revelaram as estratégias adotadas por crianças pré-escolares para resistir a tentações.
Parte II: mostra que as mesmas estratégias também poderiam capacitar adultos a adiar prazeres e a poupar mais para o futuro. Nela também mostra mecanismo subjacente às estratégias de controle bem-sucedidas que ajuda pessoas com o coração partido a superar a dor, indivíduos sensíveis à rejeição a preservar relacionamentos.
Em conjunto, o que é apresentado sobre o domínio do autocontrole: ?
1. Algumas pessoas são melhores que outras na capacidade de resistir às tentações e de regular as emoções dolorosas. (conclusão menos surpreendente)
2. Essas diferenças tornam-se visíveis já nos anos de pré-escola, mantém-se estáveis ao longo da vida, para a maioria mas não para todas as pessoas, e indicam resultados psicológicos e biológicos extremamente importantes no curso dos anos.
3. A crença tradicional de que a força de vontade é traço inato que se tem ou não se tem em alta dose (mas nada se pode fazer a respeito) é falsa. Ao contrário, as habilidades de autocontrole, tanto cognitivas quanto emocionais, podem ser aprendidas, aprimoradas e exploradas para que se ativem automaticamente quando se precisa delas. Isso é mais fácil para algumas pessoas, porque recompensas e tentações emocionante fortes não são tão fortes pra elas, que também conseguem minimizar elas com mais rapidez.
Mas, não importa quão bons ou ruins sejamos "naturalmente" no autocontrole, podemos melhorar.
4. Não precisamos ser vítimas do nosso passado social e biológico. As habilidades de autocontrole podem nos proteger contra nossas vulnerabilidades: talvez não eliminem de todo as vulnerabilidades mas podem nos ajudar a funcionar melhor com elas. Por exemplo, alguém com alta sensibilidade à rejeição, que também tenha bom autocontrole, será mais capaz de proteger os próprios relacionamentos que receia perder.
5. O autocontrole envolve mais que determinação: exige estratégias e isights, assim como objetivos e motivação, para facilitar o desenvolvimento da força de vontade e para aumentar as recompensas da persistência (denominada garra).
Na parte III: o livro passa do laboratório para a vida, analisando primeiro como essas descobertas se relacionam diretamente com as políticas públicas. No capítulo final, análise como a pesquisa sobre o autocontrole e plasticidade do cérebro humano muda nossos conceitos de quem somos.
O Teste do Marshmallow além de identificar os mecanismos mentais que possibilitam sua aplicação na vida cotidiana - como parar de fumar, controlar o peso, superar decepções amorosas e planejar a aposentadoria. Com profundas implicações nas decisões que as famílias tomam, no sistema educativo e nas políticas públicas, com toda certeza este livro mudou a minha e mudará a sua maneira de como vemos a nós mesmo e o mundo.