A Invasão Divina

A Invasão Divina Philip K. Dick




Resenhas - A Invasão Divina


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Danzoc 31/05/2011

Valis 2
Este livro é a segunda parte da Trilogia Valis, a mais interessante trilogia que já li (que infelizmente não foi concluída, já que sua terceira e final instância, "The Owl in Daylight", nunca foi concluída). Inspirada em situações que o próprio autor vivenciou, esta Invasão Divina é uma aplicação em ficção daquilo que ele racionalizou e narrou em Valis: experiências, filosofias, teologia... enfim, uma busca pela verdade universal, de maneira individual.

E pensar que foi escrito em apenas um mês, chega a ser surreal, frente ao número absurdo de citações e referências que devem ter sido estudadas a fundo para chegar às conclusões apresentadas no livro. Uma ficção extremamente inteligente, sem preguiças, sem medo de ser refutada. Assim como o garoto Manny, ela apenas é. Os níveis de realidade aqui apresentados farão os fãs de Matrix, A Origem e outras obras que questionam o sentido de realidade delirar, e perceber que há muitas décadas o mestre Philip K. Dick já discutia os temas, e criava história intrigantes e profundas sobre o assunto. Leitura obrigatório, mas se você não gosta de filosofia, ou teologia, pode achar um pouco maçante, apesar de talvez se interessar por toda a história.

PS: Impossível não sorrir ao descobrir a verdade sobre duas das personagens femininas do livro! :-)
Maria Vitória 01/12/2012minha estante
Concordo com você, o livro é cheio de referências interessantes e, no geral, gostei bastante dele. Até a metade o achava meio chato e torcia o nariz para a teologia embaralhada do Dick (depois revista com mais carinho). Daí para o fim o livro me deixou meio perturbada em alguns momentos e muito apreensiva em outros, super intrigada com a leitura. No fim imaginei que se tratasse de uma série, já que tive a sensação de que a história apenas começava ali. Não gostei do final de Rybys e a odiei por sua passividade, apesar de que esse era literalmente o "papel" dela na história. Vou ler o primeiro, obrigada pela dica! ;D




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Hellis 05/09/2012

K.Dick
Ler K.Dick é sempre muito desconfortável para mim. Tenho certas limitações para compreender a ordem cronológica das coisas, se é que há. E eu preciso de uma ordem cronológica pra me sentir confortável dentro de uma leitura.

De qualquer modo, é um livro essencial para quem está iniciando seus estudos no Esoterismo.

É necessário prestar bastante atenção para não perder os elementos místicos disfarçados de romance ou ficção científica.
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Davenir - Diário de Anarres 14/01/2020

Segundo da trilogia VALIS: mais teológico, menos pessoal.
"A Invasão Divina" (1981) é a segunda obra da trilogia VALIS de Philip K. Dick, onde ele aplica na forma de ficção os conceitos em VALIS, usando personagens que encarnassem sua forma de enxergar o divino numa ficção científica muito fora do comum.

A história segue Emmanuel, um menino de dez anos que frequenta uma escola especial onde conhece Zina. Uma menina mais velha que guia Emmanuel em sua jornada para sua verdadeira essência. Ele é deus reencarnado para uma batalha do bem contra o mal. Ele foi trazido a Terra por Herb Asher, do distante planeta de metano CY30-CY30B, quando ajudou Rybys a conseguir tratamento para um câncer terminal, enquanto estava grávida de Emmanuel ainda virgem.

Asher também está em uma jornada própria, após sua chegada a Terra, sofre um atentado no qual Rybys morre e Emmanuel posto em uma escola interna e passa dez anos em estado criogênico. Congelado, mas consciênte Asher reviveu o seu tempo, diversas vezes, nos domos CY30-CY30B de com Rybys desde que é forçado por Elias Tate a ajudá-la até o atentado.

Emmanuel e Zina, representam a divindade conforme a exegese de Horsolver Fat em VALIS enquanto a Asher é obviamente o próprio autor vivendo em camadas de realidade sem saber se existe uma que não seja um simulacro, sofrendo de visões e buscando salvação em sua musa inspiradora. Dick volta a usar de mais literatura e discrição para expor sua exegese usando personagens ao invés de apenas trazer conceitos, como fez em VALIS, o que fez sua visão ficar precisa mas não teve o peso emocional da história da ruína de Horselover Fat. Assim como seu predecessor, continua sendo uma obra que necessita de um conhecimento prévio de teologia, sendo que aqui Dick usa mais a Tora judaica que a Bíblia cristã. Recomendo a obra para leitores avançados em Philip K. Dick ou, ao menos, para quem já leu VALIS para não ficar de fora das referências.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2020/01/resenha-117-invasao-divina-philip-k-dick.html
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