Nat 19/10/2018Anny agora tem 80 anos e já mora no Brasil há várias décadas. Quando chegou no país em busca da irmã que nunca conheceu, ela é muito bem recebida. Sua avó e sua irmã não podiam estar mais felizes, apesar dessa alegria ser um pouco toldada pela morte recente do avô, um completo entusiasta do jogo de xadrez. Mariza, sua irmã, nunca soube lidar muito bem com perdas, e ao longo dos anos, após o falecimento da avó, elas se distanciam. Anny relembra quando começou a estudar balé, encorajada pela avó, e como foi aceita na companhia do Balé de Santos; como conheceu seu futuro marido Túlio e o nascimento da filha do casal; como foi que ela adotou o pequeno Miguel; e mais tarde, quando ela viaja para a Inglaterra em busca de respostas sobre sua vida.
Eu ficava imaginando se a continuação de Jogando xadrez com os anjos teria um toque emocional tão forte como o primeiro livro. O livro é muito melancólico, não somente por causa das lembranças de Anny, mas por causa do seu jeito sempre positivo para lidar com todas as provações pelas quais passou. Gostei da alternância entre passado e presente e do fato de Anny ainda sonhar com o Reino Xadrez (mesmo os sonhos não sendo tão bons assim). Como sempre, Fabiane sabe criar uma história para se emocionar e que ensina a nunca se render, a superar as provações e continuar vivendo. Recomendado.
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