Knights of Sidonia #06

Knights of Sidonia #06 Tsutomu Nihei




Resenhas - Knights of Sidonia #06


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Paulo 02/12/2021

Já chegando no sexto volume queria tocar primeiro na evolução da arte do Nihei nestas duas edições. O que eu reclamei lá no terceiro volume sobre a dificuldade de entender as batalhas espaciais, isso mudou completamente de contexto aqui. Tem alguns momentos estranhos sim, é claro, principalmente em dois volumes onde a ação se tornou o foco central da história, mas no geral o autor se sai muito bem. Duas características do Nihei me agradam demais: a capacidade criativa dele de criar criaturas e construções completamente bizarras (alienígena mesmo) e a noção de espacialidade que ele tem. Em dois momentos essa espacialidade é mais clara para o leitor: toda vez que ele cria alguma paisagem dentro de Sidonia que parece maior do que aparenta e no meteoro que proporciona um excelente campo de batalha. Aliás, nada me tira da cabeça que o Nihei se baseou na Estrela da Morte do Star Wars para criar o cenário do meteoro. Os canyons dentro do meteoro proporcionam ótimas rotas para que os gaunas e os guardiões se enfrentem e torna a batalha mais emocionante. Isso sem falar nas splash pages que são de fritar o cérebro. Como foi bem feito aquilo. Temos splash pages com momentos dramáticos ou mostrando o perfil de personagens importantes na história. Tem uma splash page no final do volume anterior e no início desse mostrando o Benisuzume enfrentando o Tsugumori do Nagate que é de arrepiar.

Essa é uma edição mais tranquila do que a anterior evidenciando as consequências da investida do meteoro contra Sidonia. Um dos pontos principais é que os sucessos de Nagate deram esperança aos demais pilotos de guardiões. Dizia-se que Nagate que se tornou um ás estaria tirando um pouco da pressão nos pilotos e reduzindo um potencial de mortes. A criação das kabizashis artificiais também tirou muito dessa pressão. Dois fatores que trouxeram vida à nave quando antes se imaginava ser uma caminhada rumo à morte. Mas, as mudanças de tática dos gaunas estão assustando até mesmo o alto escalão da nave. Nessa edição vimos como os gaunas se adaptam a cada nova estratégia adotada pelos pilotos. Se na edição anterior a esperança aumentou com os sucessos de Nagate e seu esquadrão, nessa tudo vai por água abaixo com um acontecimento trágico. A ilustração desse novo contexto é o desespero da tenente Samari que vê vários de sua equipe serem mortos. E ela não consegue mais pilotar o seu guardião devido ao medo de levar seus amigos à morte. E isso porque estamos falando de uma das melhores pilotos de guardião. Imagine alguém como a Shinatose que deseja o fim de todo esse conflito.

Por falar na Shinatose vamos comentar brevemente (e sem spoilers dessas duas edições) sobre o triângulo amoroso (ou seria um quadrado?) entre ela, Nagate e a Hoshijiro-gauna. Isso se não incluirmos a vice-comandante Midorikawa no meio. Shinatose percebeu que o Nagate tem uma estranha fixação com a forma placentária Hoshijiro e, além de ficar com ciúmes, se preocupa com aquele que ama. Talvez a maior pergunta que se faz é se Nagate está tão fixado na Hoshijiro por que ele se culpa por ele não ter conseguido salvá-la quando ela foi morta ou se ele realmente nutria sentimentos por ela antes. Shinatose está entre a culpa e o amor. A gente até se ressente um pouco de o quanto a personagem é dedicada ao protagonista e o quanto ele não percebe o quanto Shinatose gosta dele.

Essa é uma edição onde vemos as maquinações de Kunato andarem mais. Sem dar muitos spoilers, basta pensarmos que o foco dos estudos dele é baseado na manipulação genética de híbridos (que ele chama de quimeras) entre gaunas e humanos. Na visão de Kunato/Ochiai o momento da humanidade passou. O próximo passo evolutivo está na forma dos gaunas aos quais ele teve maior contato no passado. Essa visão dele é bem exposta quando ele conversa com a médica que cuidava da Hoshijiro-gauna e depois em seu diálogo com a doutora Ren Shinatose (a avó da Shinatose). Ochiai entende a humanidade como menos do que lixo. Resta saber se o contato que ele teve com gaunas no passado mudou a mentalidade dele ou se ela sempre esteve lá. Tem uma situação que se dá neste volume 6 que me deixou absolutamente enojado (que tem a ver com fecundação). Demonstra o quanto Ochiai não se importa mais em ultrapassar determinadas barreiras para alcançar seus objetivos. No fim das contas, o que ele criou pode ainda ser considerado humano? O que provavelmente veremos no próximo volume é um confronto de ideias entre a solução quimérica de Kunato e a visão da Kobayashi com o modelo 19.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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Gustavo.Romero 04/02/2018

Coeso
Um dos volumes mais coesos da série. Boas cenas de batalha, dá ritmo à história.
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Alex 25/01/2022

Ainda não li os outros mangás seguintes, tampouco vi o anime mas tenho curtido o desenrolar da estória. Adoro mangás e afins sobre interações interdimensionais e vidas em outros planetas.
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